- Vamos – Patch disse enquanto me puxava da cama. Estava um dia frio e chuvoso e tudo o queria na minha folga do trabalho era dormir até tarde. Patch acordara cedo e cismara que nós deveríamos sair hoje. Eu não estava com a mínima vontade de sair.

- Não. – eu respondi cobrindo a minha cabeça com o edredom.

- Nora, você merece um dia legal. Tudo o que você tem feito é trabalhar, lutar e ficar na frente do computador pesquisando até tarde. Vamos, prometo que não vai se arrepender.  – ele estava tentando me convencer, quando o celular dele tocou. Era Dabria. Desde que foi provado que ela estava grávida, ela não saia mais daqui. Ela ligava pro Patch de uma em uma hora e vinha quase todos os dias aqui. Eu não gostava nada disso, mas ela estava grávida e me Patch me garantira que não havia nada para eu me preocupar.

Levantei da cama e entrei no closet para pegar alguma roupa. Vesti uma calça jeans escura, um casaco vermelho e meu cachecol preto. Eu queria ficar o mais quente que pudesse. Preparei uma xícara de café enquanto Patch discutia alguma coisa com Dabria. Eles brigavam na maioria dos telefonemas. Eu não queria interferir, então fiquei na cozinha até ele terminar. Ele veio na cozinha com uma cara preocupada, mas depois melhorou. Patch estava segurando uma mala pequena consigo.

- Para que a mala? – eu não consegui disfarçar a minha curiosidade.

- Nada demais. Vamos?

Ele me guiou até o carro sem dizer uma palavra. Nós fomos conversando no caminho sobre Dabria, mas eu sabia que ele estava tentando me distrair. Até que ele estacionou no aeroporto.

- O que estamos fazendo aqui? – eu estava uma pitada nervosa.

- Vamos para minha casa.

- Sua casa?

- Eu cresci em Malibu. É para lá que estamos indo. Eu achei que você gostaria de escapar um pouco.

Eu fiquei quieta. Eu não sabia detalhes da vida de Patch, muito menos que ele era rico. Eu já desconfiava, mas não sabia o quão rico ele era. Eu fiquei o voo todo sem dizer uma palavra, até que desembarcamos na Califórnia. Eu me lembro da última vez que estive aqui. Não fora nada agradável. Patch beijando Dabria, Katerina, mentiras, traições, blah.

Nós pegamos um taxi que nos levou a uma casa espetacular. Era uma mansão alá Tony Stark, com carros de luxo, vista para praia e tudo que tem direito. Na parte da frente havia um jardim espetacular, uma fonte enorme e uma rotatória para carros. A porta me pareceu ser de mármore puro e me pareceu uma morada para deuses.

- Você cresceu aqui? – eu estava mais do que admirada.

- Sim. – Patch disse achando divertido a minha surpresa, mas ao mesmo tempo com um olhar triste.

Ele abriu a porta e me mostrou a casa mais linda que alguém poderia ter. A parede norte, como seu apartamento, era toda feita de vidro e tinha uma vista espetacular do mar. No me lado esquerdo, tinha uma escadaria branca e com carpete vermelho que daria dó de pisar. Embaixo da escada havia um piano de calda maravilhoso. O chão era de um porcelanato cremoso e brilhante, como se ninguém nunca houvesse pisado lá. Aos meus dois lados haviam dos corredores iluminados, com obras de arte e o mesmo piso da sala. Perto do piano, tinha uma mesa de mogno claro de 12 lugares. Era um lugar maravilhoso para se crescer.

- Nossa. – eu disse depois de um tempo. – Não mora ninguém aqui?

- Meus pais estão em algum lugar do mundo, mas eu garanto que eles não vão nos incomodar. Vem aqui. – ele pegou minha mão e me guiou até a escadaria.

Ele me levou até um quarto imenso e colocou a mala na cama. O quarto tinha uma parede de vidro que dava vista para o mar e uma cama de casal imensa.

- Bem, vista algo leve. Vamos sair. – Patch parecia sem graça e deixou o quarto. Vesti uma regata branca e um shorts preto. Eu me olhei no espelho e percebi que essa era a roupa mais curta que eu já tinha usado na frente de Patch. Respirei fundo e desci.

Ele estava sentando em um sofá bege perto do piano. Ele vestia suas habituais calças jeans e uma camiseta. Ele parecia distraído.

- Vamos? – eu perguntei.

- Sim. – ele me olhou e sorriu. – Ou podemos ficar aqui. – ele me olhava com um olhar de malícia.

Patch se aproximou e me beijou. Eu encaixei meus dedos em seu cabelo e fiquei na ponta dos pés para que ele não tivesse que se abaixar. Ele me beijava rápido, me deixando sem folego. Ele me colocou em cima da mesa e continuou me beijando.

- Sabe, você deveria se vestir assim sempre. Você tem belas pernas. – Ele sussurrou no meu ouvido enquanto passava a mão na minha coxa. Eu o puxei para mim e ele deu uma risadinha. Eu tirei sua camiseta assim que ele tirou a minha e ele me beijava cada vez mais rápido.

Acordei na cama imensa e na casa de Patch. Já estava de dia e eu ouvi um barulho vindo do corredor.

- Patch? – eu chamei. O quarto ainda estava escuro, mas eu pude ver alguém entrando e sorri. A sombra veio até mim e colocou um pano no meu rosto. Eu estava desmaiando, eu sentia isso. A última coisa que eu me lembro é de que a pessoa não era Patch.