2ª Temporada - Ela É A Única Que Pode Me Salvar escrita por Bel Russeal


Capítulo 17
Não me deixe agora.


Notas iniciais do capítulo

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Narração João Vitor:

Afastava-me dos dois e me encontrei com a parede e nela havia um extintor, não pensei duas vezes ao pegá-lo e soltar a fumaça branca no rosto dos dois que tossiam e tinham a visão confusa, aproveitei e com o uso do extintor agora quase vazio, deixei o cara que estava com arma desacordado e tomei a arma para mim.

Ao passar toda fumaça branca o outro observou que seu colega estava desacordado e eu estava com arma e a brincadeira para eles dois tinha acabado.

_ Amarra seu amigo , agora. – ordenei com a arma apontada pra ele e assim ele fez.

Depois eu o amarrei e por precação o desacordei também . Coloquei a arma presa na minha cintura e com um pouco de dificuldade escalei a parede e passei pela pequena janela de vidro que tinha no galpão.

Do lado de fora percebi que o local em que estava parecia uma antiga propriedade abandonada, mas estava cercada de árvores, com certeza esse lugar ficava muito longe da cidade.

Narração Eduarda.

_ Eu não acredito que perdeu o carro do Rogério de vista, Manu.- falava brava.

_ Eu falei que era para eu dirigir .- Guilherme reclamava.

_Calado .- Manu o repreendeu.

_ Ei gente espera, aquele carro atrás de nós não é o .. - Bernardo comentou, e sim era de Rogério e a policia federal .

Paramos o carro e já sabíamos que tínhamos sido descobertos e estávamos encrencados.

_Eu falei pra vocês ficarem, isso não é brincadeira , se eu não tivesse percebido vocês iam colocar o plano em falha. – ele falava em tom elevado e nós escutávamos escorados no carro em uma fila.

_ Júnior leva eles pra casa.- Rogério ordenou a um dos cadetes.

_ Não, por favor deixa a gente ficar, nós ficamos com o pessoal que vai vistoriar a área de longe , por favor ? – Pedi, ou melhor, implorei a Rogério.

_ Tudo bem, mas nada de aprontarem e vão ficar junto com o Júnior e nem pense em sair perto dele.

_ Aceito. – falamos em coro.

_ Júnior leva os carros deles para fora da área e depois volte imediatamente.

Rogério ordenou e o cadete obedeceu , e seguíamos o pai de Bernardo que entrava agora na mata que ficava na beira da estrada.

_ A onde estamos indo ?- Bernardo perguntou.

_ Eles estão localizados em uma antiga propriedade de uma família rica que faliu na cidade, eram grandes propriedades que funcionavam até uma manufatureira na época e que foi esquecida, mas acho que Daniel anda restaurando o lugar e usa o lugar para esconder todo seu contrabando.

_ Daniel ?- Guilherme indagou.

_ Daniel Damasceno, o nosso procurado, é o chefe de tudo.

_ Ainda estou tão surpresa por Thiago esta envolvido com esse pessoal. – comentei enquanto andávamos desviando dos galhos das árvores.

_ Você não achou estranho um cara ficar louco por você tão rápido, digo, você já se conheceu? – Manu provocava e eu a ignorei.

Chegamos a certo ponto da mata onde estavam algumas tendas estendidas com equipamentos e armas, onde alguns policiais se preparavam para algo grande. Rogério nos conduziu para dentro de uma van com computadores com imagens diretas de alguém que vigiava a entrada do local.

_ Ninguém ainda entrou ? – perguntei.

_ Não isso tem que ser com calma, não sabemos quem tanto está lá dentro e nem como estão protegidos.

_Mas o João não pode esperar.

_ Eduarda, sei que está aflita, mas eu vou fazer de tudo para salvar João se ele ainda estiver.. – Rogério engoliu o seco e não terminou a frase.

_Ele está, eu sei que sim.

_ Eu também sinto que está, mas precisamos trabalhar com todas as hipóteses, não podemos ter surpresas. – Rogério me olhou aflito.

_ E você vai participar da missão? – Bernardo perguntou para o pai.

_ Vou.

_ Mas eles querem você, se aparecer lá eles vão te matar e dessa vez de verdade.

_ Não se preocupa Bernardo, eu preciso fazer isso pelo João, eu o meti nessa enroscada.

Rogério saiu, Manu e Guilherme fuçavam os computadores olhando as imagens e dados conseguidos .

_ Ei não mecham ai . – Júnior chegou tirando Manu e Gui dos computadores.

_ Bernardo eu não quero ficar esperando aqui. – Sussurrei para ele.

_ eu também não , quero fazer algo.

_ Mas como vamos se livrar desse tal de Júnior? Ele não vai deixar a gente sair daqui.

_ Assim. – Manu disse quebrando uma parte dos computadores na cabeça do Junior.

_ Você pirou garota ? – Gui falou assustado.

_ Eu não quero ficar aqui e ele só ta dormindo e com certeza vai acordar com uma tremenda dor de cabeça, mas é melhor do que ficar com a função de babá. – Manu explicou e com certeza ela não era uma garota normal ,tinha probleminhas na cabeça .

_ Então vamos ? – Bernardo perguntou pulando fora da van.

Saímos da van escondidos e não fomos notados.Andávamos guiados por um GPS que marcava o local que Gui tinha roubado da van e logo chegamos em alguns portões, que tinham vários homens armados de vigias.

_ Vamos pelo o outro lado. – Bernardo conduziu.

Com um pouco de dificuldade pulamos o muro e nós escondemos atrás de muitos caixas empilhadas.

_ O que será que tem aqui dentro ?- Manu indagou.

_ Vamos descobrir . – Bernado puxou um pequeno canivete da mochila e furou uma das caixas e dentro delas tinha uma grande quantidades de drogas.

_ Esses caras são muito perigosos.- Adverti.

_ Que foi, ta com medo agora ? – Manu provocava.

_ Não. Cala boca Manu. – falei irritada.

_ Tenho uma novidade, não dá pra voltar a trás.

_ E eu não vou , eu não saio daqui sem o João Vitor.

_ Silêncio meninas tem um carro entrando. – Guilherme avisou.

Ficamos encolhidos, escondidos pelas caixas e observávamos a limosine que entrara parecia alguém importante, o motorista do carro abriu a porta de traz e dela saiu um homem muito elegante trajado de terno cinza e tinha na boca um charuto.

_ As caixas, trouxeram ? – ele perguntou a alguns homens que o cercavam a sua espera.

_ Trouxemos pela manhã , ali estão empilhadas. – Um deles respondeu.

_ Muito bom Michael . E o garoto ?

_ Esta preso aguardando pelo senhor , para executarmos .

_ Mudanças de planos, eu vou matá-lo somente quando Rogério Roccher aparecer, matar o sobrinho na sua frente vai ser divertido . – ele falava de forma maliciosa e os outros homens riam e uma lágrima escorreu em meu rosto, mas era um alivio em saber que João Vitor ainda estava vivo.

_Senhor Damasceno, como tem certeza que ele virá ?

_ Aquele homem está tramando contra mim há anos e agora que já juntou informações suficiente enquanto se escondia feito rato, virá atrás de mim em busca de vingança.

_ É ele, é o Tal de Daniel , é esse o cretino que ta acabou com a vida da minha família por alguns anos .- Bernardo falava em tom furioso.

_ Mas tragam o moleque quero torturá-lo um pouco por esconder de nós que o tio estava vivo.

Nós quatro nos entre olhamos e Bernardo se segurava pra não aparecer e enfrentar Daniel Damasceno. Que agora estava sentado em uma poltrona pegando sol enquanto esperava pelos seus homens trazer o meu João.

_ Senhor. – um deles chegou assustado.

_ Que houve?

_ ele sumiu encontramos Dick e Luís desacordados no local.

_ Droga , preparem –se e supervisionem o local , Rogério e seu policial já deve está chegando e peguem o moleque não deve esta longe.

_ O helicóptero esta pronto.

Muitos homens armados se organizavam reforçavam vigilância e parecia que Daniel tinha o plano de matar Rogério e João , completar sua vingança e fugir para se esconder em outro país onde não o encontrasse , agora que era um procurado da polícia.

Narração de João Vitor.

Estava escondido atrás de alguns carros estacionados e Daniel já havia chegado não ouvia o que ele falava com os bandidos , mas com certeza já havia descoberto minha fuga , eu tinha que arranjar um modo de sair daquele local.

Abri a porta do carro em que estava próximo e adentrei sorrateiramente com dificuldade com minha perna machucada que sangrava muito , Não havia chave , mas consegui ligar o carro ligando os fios de comando , não sabia muito o que fazer, mas arriscaria algo.

Pensava um pouco, mas desisti de fazer com qualquer coisa ao ver Bernardo , Guilherme, Manu e Eduarda escondidos atrás de umas caixas empilhadas. Por que estavam ali ? Droga, eu imploro para Bernardo cuidar de Eduarda e ele traz ela pra essa grande cilada, sei bem que ela era teimosa e com certeza estaria por trás disso.

Levei minha mão ao rosto tentando aliviar a tensão, nada vinha minha a cabeça em como sair daqui e tira-los também. Levantei meu rosto e meu coração deu forte aperto ao ver a cena dos capangas encontrando o pessoal escondido atrás das caixas, eu tinha que fazer algo.

Sai do carro e sorrateiramente me aproximei mais do local onde eles estavam para ouvi-los.

_ Ora , Ora ,vejo o que encontramos os amiguinhos vieram salvar o Roccher, Daniel . – Michael se divertia.

_ Esse é parecido com o Rogério, não me diga que é filho dele? – Daniel estava satisfeito e zombeteiro com a atitude deles .

_ É sim senhor , mais um Roccher. – Michael ria.

_ Essa é a Emanuele , filha de Alerrandro , vejo que adora uma encrenca não é querida ? – Daniel se aproximou de Manu que cuspiu na cara dele .

_ Seu maldito. – Ela gritava.

_ Vejo que ainda guarda mágoa sobre a morte do papai . –ele limpava o rosto com um lenço e gargalhava.

_Esse é Guilherme Sampaio, conhece senhor ? – Michael apresentava para Daniel.

_ Sim, interessante, o jovem milionário do Brasil que triplicou a fortuna do pai. - Daniel falava interessado.

_ E essa linda garota ? – Daniel passava a mão no rosto de Duda e meu sangue fervia.

_ É a noivinha do João Vitor Roccher . – Michael dizia em tom de deboche.

_ Que bom gosto o rapaz tem.

_ E assim formam a liga da justiça. – Michael gargalhava com os outros capangas.

_ O que pensavam que iriam entrar aqui salvar seu amigo e ir embora, impunes por estragar meus planos ? – Daniel perguntava em tom elevado.

_ Levem todos para o galpão e os prenda, exceto o irmão e a noivinha, vamos fazer João Vitor aparecer.

Assim obedeceram e Daniel tinha Eduarda e Bernardo junto com ele .

_ Achem João Vitor quero ver como ele vai reagir com a noivinha e o irmão aqui . – Daniel falou .

Voltei imediatamente para o carro que conseguira ligar , mas um celular dentro dele me chamou a atenção. O peguei e disquei o número de tio Rogério.

_ Tio ? !– exclamei quando ele atendeu .

_ João ? Você conseguiu fugir?

_ Em termos ainda estou aqui dentro do local.

_Estamos preparados pra invadir o local , mas ele é muito extenso .

_ Eu sei , é um lugar muito grande , proporcional para eles poderem fugir , mas isso não importa agora .. Manu , Guilherme , Bernardo e Duda estão aqui , eles foram pegos , e..

_ O que? Esses garotos são mesmo impossíveis.

_Venha rápido , ele está usando Duda e Bernardo pra me atingir.

_ Estou a caminho. Não faça besteira espere por mim.

Desliguei o telefone e estremeci com a cena, Daniel ordenara alguns capangas baterem em Bernardo, eu não esperaria Rogério, eu não era e nunca fui sensato.

Liguei o carro novamente e passei a marcha e acelerei fazendo o motor gritar, posicionei o carro para direção de Daniel sentado em sua poltrona e logo tiros vieram contra mim, mas não me contrai e acelerei o carro e Daniel pulou da sua poltrona que voou e se quebrou com o impacto do carro .

Eduarda aproveitou a distração dos bandidos e ajudava Bernardo se levantar do chão, dei a curva no carro e freei ao lado deles e desci, Eduarda logo me abraçou .

_ Acabou a festa João – Daniel falou e os seus capangas apontavam as armas em nossa direção.

_ Sério ? E eu achava que ela esta só começando.

Eduarda me olhava aflita e acolhi e em meu braços e a puxei mais contra meu peito , eu não deixaria que nada acontecesse com ela.

_ A família reunida que lindo .- Daniel debochava .

_ Na verdade o triângulo amoroso, senhor. – Michael entrou no diálogo .

_ Não me diga? – Daniel exclamou interessado.

_ Os irmãos Roccher competiram por essa garota, mas João Vitor deu a melhor e roubou a namorada do irmão.

_ Fez uma ótima pesquisa sobre a vida dos irmãos Roccher , Michael.- Daniel falava satisfeito .

_ Querida, o que tem de especial pra esses irmãos te amarem tanto ? – Daniel perguntou para Eduarda que segurava forte meu abdômen.

_ Ela é tímida assim mesmo João Vitor ? – Daniel debochava.

_ Deixa eles irem. – falei , mas em vão.

_ Claro que não, eles deixaram tudo mais divertido.

_ Bernardo não guarda mágoa do seu irmão, ou melhor, seu primo ter roubado sua namorada?- ele perguntou .

_ Vai se ferrar , cretino. – Bernardo respondeu e Daniel gargalhava.

_ Sim , mas mudando de tema, vejo que o amor causa revolta por aqui. João ficou com toda fortuna de Alerrandro e quero ela pra mim . – ele disse pegando uns papéis nas mãos de Michael .

_ Como? Daniel, você fuma a droga que contrabandeia também ? – perguntei rindo.

_ Vejo que tem bom humor, João. Mas assine logo esses papéis antes que mate sua noiva.

_ Eu terei prazer de matar – Michael se pronunciou.

_ Michael vejo que sua mão melhorou ? - dei um leve sorriso debochado pra ele que se aproximou com a intenção de me bater , mas foi advertido por Daniel.

_Leve a noiva e o irmão para dentro tenho negócios a tratar com João Vitor. – Daniel ordenou e quando eles se aproximaram de Eduarda , puxei a arma que tinha.

_ Nem ouse chegar perto dela.

_ Olha ele tem um brinquedinho , sabe usar ? – Michael debochou e eu atirei em seu pé.

_ Tive algumas aulas. – sorri debochado.

_ Desgraçadooo! – Michael se contorcia de dor.

_ O que pensa que ta fazendo João, você tem uma arma e meus homens tem várias, se eu estralar meus dedos eles atiram em você e fim de jogo.

_ Não vai fazer isso.

_ Por que não ?

_ Se não já teria feito, mas nada me impede de atirar em você.

_ Acho que esta muito todo corajoso assim porque a policia esta cercando a propriedade.

_ Vejo que não é tão burro quanto parece.

_ aah chega de impertinência garoto .- Daniel fez sinal e os seus bandidos atiraram em meu braço fazendo derrubara a arma que segurava.

_ Nãao!– Eduarda gritou preocupada.

E os bandidos me cercavam e afastaram Eduarda e Bernardo de mim , resisti contra um ,dois e três , mas eram muitos ...

_ Vamos todos se reunir lá dentro então , tenho ótimas surpresas. – Daniel disse e seus homens nos arrastaram.

Narração Eduarda.

Estávamos agora em uma sala, Manu e Guilherme estavam algemados em um certo canto da sala, Bernardo foi colocado juntos deles . No centro do lugar havia uma mesa com algumas cadeiras e João estava sentado em uma delas , ele parecia mal , estava quase apagando e perdia muito sangue de algum ferimento em sua perna.

Um dos homens, que por suposto se chamava Michael me segura forte enquanto observávamos a cena de Daniel que exigia a João Vitor a passar todo o seu patrimônio à ele . Daniel era um homem ambicioso, ele tinha muito grana, mas sempre queria mais.

_ Vamos assine logo, tenho tirar todo esse dinheiro da caixa de sua empresa.

_ Não ! – João era teimoso e eu não entendia porque ele não assinava aquele maldito papel, eu já não aguentava mais ver eles torturá-lo.

_Por que se recusa assinar, eu vou te matar e não irá usar esse dinheiro ? – Daniel insistia.

_ Esse patrimônio é do meu filho , não vou passá-lo pra você.

_ É verdade, você tem um filho . – Daniel ria e fez sinal para baterem mais em João .

_Para , por favor . Ele não resiste mais. – Falei entre choro.

_ Espera, tive uma idéia. – Daniel se aproximava de mim e me puxou me colocando na frente de João .

Ele colocara uma faca em meu pescoço e fez uma leve pressão, João Vitor levantou da cadeira tentando impedir, mas foi derrubado por Michael.

_ Solta ela, seu mafioso filha da puta. - Guilherme levantou com dificuldade por causa das algemas.

_ chefe, deixa eu matar pelo menos ele. - Michael disse se aproximando de Guilherme e Damasceno apenas riu.

_ Larga a Eduarda. - Guilherme repetiu, Michael se irritou e puxou a arma apontando para a cabeça de Guilherme e chorei mais ainda com o que via.

_ Ei, cara. Você não quer fazer isso. -Guilherme disse cauteloso.

_ Ah, eu quero sim. - Michael disse provocativo.

_ Pensa nos meus filhos. - guilherme disse fechando os olhos quando Michael encostou a arma no seu rosto.

_Que filhos? - Michael perguntou.

_ Os que eu ainda vou ter. - Manu revirou os olhos e Michael ficou mais irritado.

_ Mantenha o foco na noivinha, depois você mata quem você quiser. - Damasceno repreendeu Michael.

_ Assina, se não eu vou começara torturar ela em vez de você , já que pelo visto não liga para a dor. - Damasceno disse pressionando mais a faca em meu pescoço fazendo sangrar.

_ Tudo bem, eu assino. – João Vitor pegou a caneta e assinou com certa dificuldade. – larga ela agora.

_ Eu não entendo o que essa garota tem de especial . Batemos nele por mais de horas e ele se recusa ai faço uma leve ameaça a ela e pronto ele cede. – Daniel debochava e me deu um empurrão e cai sobre João.

Passei a mão no seu rosto e limpava seu ferimentos , ele parecia mal e meu coração se cortava a o vê-lo daquela forma .

_ João ? – sussurrei e ele deu um leve sorriso e ameaçava a desacordar.

_ Fica acordada, não me deixa aqui. – falei entre choro.

_ Eu não deixarei . – ele disse com dificuldade e dei um leve selinho nele.

_ Pronto, agora é só esvaziar o caixa da empresas Vasconcelos e da empresas Roccher .

_ Como ? Você falou das empresas Roccher ? – Bernardo indagou .

_ aah é mesmo, não contei pra vocês. Una a família Michael.

Todos olhavam curiosos para porta a espera de Michael que havia buscado algo e para nossa surpresa e agonia , Clarisse era refém também.

_ Mãe ? – Bernardo e João disseram em coro.

_ Sou uma caro muito precavido . Quero ver como Rogério irá reagir quando eu estiver com a vida da família dele na palma de minha mão. – Ele disse jogando Clarisse de forma grosseira em um canto do salão.

_ João ? – ela disse estagnada ao vÊ-lo quase inconsciente e muito ferido e se aproximou chorando e colocou a cabeça de João em seu colo.

_ Meu filho , me perdoa, isso é culpa da minha ambição. Filho, meu filhinho . – ela chorava muito.

_Mãe. – João pronunciou com dificuldade e uma lágrima escorreu de seus olhos azuis .

_ Senhor, Senhor . – um homem chamava por Daniel na porta .

_ Fala Dick . – ele respondeu irritado.

_ A policia invadiu o local , estamos tentando detê-los , mas logo conseguirão entrar na mansão.

_ Que ótimo, preparem o helicóptero, logo vamos partir . – ele disse irritado e saiu do salão nos deixando trancados.

_Temos que sair daqui logo, ele vai nos matar. – Manu levantara aproveitando a presença de nenhum deles na sala e batia na porta.

_ Não tem como . – Guilherme falava tentando abrir as portas .

_ Temos que falar com o meu pai , ele tem que tirar a gente daqui antes de Daniel voltar . – Bernardo afirmou.

_ Você viu seu pai ? – Clarisse perguntou com um olhar brilhante , mesmo naquela situação devia ser bom saber que o irmão ainda estava vivo.

_ Sim mãe , ele está vivo . – Bernardo respondeu sorridente .

_ Então ele vai nos tirar daqui .

_ Mas tem que ser rápido João Vitor não esta bem. – manu disse passando a mão na testa dele e conferindo a sua febre.

_ Larga de bobagem Manu, eu estou bem . – João Vitor levantou com dificuldade.

_ Não, para João, para de fingir que esta bem e contornar tudo para nos livrar, eu não quero perder você. – o puxei e ele cambaleou um pouco se encostando em mim .

_ Nós vamos ficar bem. – ele afirmou e me deu um abraço e depois se afastou .

João Vitor tirou um celular do bolso e discou um número rapidamente.

_ Esse é o seu rápido, tio ?

_ Estamos preso .. Eu não sei , estamos em uma sala .

O trinco da porta virou e todos ficamos aflitos , mas para nossa sorte quem abrira era Rogério e alguns policiais.

_ Ficaram com saudade? – ele perguntou com um sorriso no rosto.

_ Você não faz ideia. – Manu exclamou.

_ Vamos sair daqui. – Bernardo falou aliviado.

...

Rogério nos guiava em meio de trocas de tiros com alguns homens que esbarravam em nossos caminhos de vez em quando e finalmente saímos da antiga mansão , mas ainda estávamos dentro local.

_ Quero que vocês atravessem a mata com muito cuidado e achem um lugar seguro . – Rogério disse dando uma arma para Bernardo.

_ Você não vem conosco? – Clarisse perguntou .

_ Não , tenho que colocar o cara que destruiu minha vida atrás das grades. – Rogério disse sério.

_ Falando de mim ? – Daniel apareceu com alguns homens .

_ Que bom reencontrá-lo – Rogério dizia com um tom nervoso que transmitia muita raiva.

_ Não imagina o quanto é satisfatório esta frente a frente com você ,Roccher. – Daniel o encarava.

_ Mas dessa vez você não escapa ,não tem mais nada e ninguém para me chantagear.

_ Você acha mesmo que não ? Ta vendo aquele helicóptero ali pousado , olhem bem para ele, tem uma pequena, linda , loira e adorável surpresa.

Todos olhamos e alguns cabelos dourados e levemente cacheados apareceram e depois seu rosto apareceu, era Valentina e chorava muito.

_ Seu desgraçado . solta ela agora. – Bernardo avançou para cima de Daniel , mas foi impedido por Rogério.

_ Bom, eu tenho uma longa viagem a fazer e talvez encontre sua filha, Rogério , mas só quando não colocar a policia para estragar meus planos . – ele falava furioso .

Eu nunca em toda minha vida havia presenciado tanta maldade em uma pessoa só, alem de mal , Daniel era um homem frio e calculista .

_ Adeus família Roccher foi um prazer conhecê-los.

Daniel iria dar meia volta e Bernardo apontou a arma para ele.

_ Não seja bobo, abaixe essa arma ou sua irmã sofrerá as conseqüências. – Daniel ameaçou e os olhos marejados de Bernardo se concentravam na irmã e seus braços abaixaram.

_ Eu sempre vou estar a uma passo a frente. Adeus foi um prazer conhecê-los.

_ Devolve minha filha agora . – Clarisse ocorreu em direção ao helicóptero e não conseguimos impedir, Daniel olhou com um olhar de deboche e tinha um sorriso de lado no rosto e apontou a arma em direção a ela e um barulho entoou em meus ouvidos a cena de Clarisse caindo no chão passara em câmera lenta sobre os meus olhos e eu encolhi .

( Sugestão : http://www.kboing.com.br/lana-del-rey/1-1183473/ )

Daniel se virou e caminhava em direção ao helicóptero que já dava indicio de vôo e entrou com um sorriso desafiador no rosto e acenou.

Todos estavam paralisados e chocados com a cena.

_ Mãe . – João Vitor soletrou e caminhara até ela com dificuldade e eu o segui.

_ Mãe , olha pra mim . – ele falava com a voz trêmula e Clarisse passou a mão no rosto dele e suas mãos caíram para o lado e ela fechou os olhos devagar e não mais os abriu.

_ Não , não , não . Abra os olhos, você não pode partir .- João gritava.

_ Eu te amo, mãe. Me perdoa, está me escutando? Sou eu seu filho, não me deixe. Por favor? – Abracei João por traz que estava ajoelhado no chão ao lado de Clarisse.

Ele se levantou e mancava de um lado para o outro, gritava , e parou se ajoelhando no chão. Ele chorava bastante .

_Não me deixa agora !!!

...

Bernardo chorava desolado no chão e era consolado por Rogério estava ajoelhado no chão estava triste pelo fracasso da missão e pela morte da irmã. A policia conseguiu prender muitos integrantes da máfia , mas o mais importante conseguiu escapar. Todos estavam abalados .

Caminhei até João que estava sentado nas escadas , ele espera pela ambulância para receber seu primeiros socorros. Sentei ao seu lado e ele tinha um olhar do qual não sabia decifrar.

_ Eu sinto muito , meu amor . – falei segurando seu rosto e seus olhos azuis transmitiam tanta dor.

O abracei e ele retribui fortemente, ele me abraçava e os seus braços me envolviam com muita força , mas fui parando de sentir a força de seus braços e me afastei para olhar João Vitor e ele parecia fraco e foi se escorando até fechar os olhos.

_ Socorro gente, o João desmaiou. – eu gritei e Rogério veio me atender.

_ Temos que levá-lo para um hospital urgente ele esta perdendo muito sangue.

Entramos no carro em direção ao hospital , depois de tudo que presenciei , eu só queria ver João Vitor bem , mas acho que mesmo que recuperasse fisicamente ,a dor que ele tinha no coração iria demorar a passar , nem que ele tentasse negar e fingir que esta bem , como sempre faz ele tenta superar e finge ser durão .

“Morrendo jovem e estou fingindo ser durona

Esse é o jeito com que meu pai fez de sua vida uma arte

Bebemos o dia todo e conversamos até escurecer

Esse é o jeito que os Road Dogs fazem, dirigem até escurecer

Não me deixe agora

Não diga adeus

Não me dê as costas

Deixe-me chapada e seca ... ♫”

...


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Notas finais do capítulo

ESperando a opinião de vocês sobre o capitulo beijooo ;)http://fanfiction.com.br/historia/371333/Amor_E_Caos