Emma’s POV

Eu estava bêbada, completamente bêbada, eu realmente tinha exagerado no uísque, sério se no bar estivesse tocando musicas de amor, eu teria chorado, imaginem vocês a cena, eu cantando uma daquelas musicas pops melosas e choramingando: Regina! Deprimente vocês devem estar pensando, vocês poderiam até sentir pena de mim, pobre Emma, mas vocês não vão acreditar onde eu estou agora, eu estou simplesmente entrando no quarto da prefeita e com a prefeita, o quão fantástico era isso? Eu tenho que assumir que esperava no mínimo uma tapa na cara quando a pedi para dormir com ela, mas nós meio que temos um acordo, ela só pode me bater se me beijar antes, enfim, ela me disse sim, vamos dizer que eu fiquei no mínimo surpresa, eu tinha duas teorias para explicar aquilo: a primeira é de que ela tinha provavelmente tomado algum remédio para dormir, e ele mexeu um pouco com o juízo dela fazendo-a aceitar, e a segunda, bom, acho que vocês têm que concordar comigo, ela não resistiu ao charme da minha pessoa alcoolizada, sim, foi isso, minha futura esposa não me resistia usando minha jaqueta de couro vermelha e falando do meu imenso amor por ela.

– Acho que você deveria tomar um banho – a minha linda morena interrompe meus pensamentos, eu fixo meu olhar nela, é tão linda a futura mãe dos meus filhos.

– E eu acho que você deveria se juntar a mim no banho – eu abro um sorriso gigante para ela.

– Nos seus sonhos, Sheriff Swan – ela tem um sorrisinho arrogante nos lábios.

– Não posso mentir que isso acontece frequentemente neles – eu dou uma piscadinha de olho para ela e noto que a face dela está levemente corada, isso me delicia e ela me encara tediosamente.

– Sério, Emma? – ela suspira, eu posso sentir que ela está começando a se irritar, eu deveria me comportar e não abusar da minha sorte, não precisa me dizer, eu sei disso, mas eu já disse a vocês como ela fica linda quando está com raiva? Sim? É provavelmente eu já disse isso e outra coisa que não passou despercebida, foi que ela usou meu nome, que lindo, não acham?

– Oh sim, Regina – eu sorrio para ela usando meu charme – Você gostaria que eu falasse sobre eles ou talvez a gente poderia encenar algumas partes, eu não me importaria nenhum pouco com isso – Se vocês me achavam desaforada antes, eu tenho que dizer que sou muito pior quando estou bêbada.

– Você não tem ideia do quanto isso seria inapropriado.

Eu me aproximo dela suavemente e sussurro em seu ouvido – Ninguém precisa ficar sabendo disso – ela me empurra e revira os olhos, ela estava irritada, eu não posso deixar de sorrir.

– Sabe, Miss Swan – Ouch, lá vem ela me chamando assim de novo, sabe, eu pensei que agora o tratamento dela ia evoluir para não sei coisas como baby, meu amor, minha Sheriff sexy e etc., mas eu não vou me deixar desanimar por isso, ela continua falando – Não faz nem dois minutos que você está aqui, e eu já me arrependo amargamente de ter te deixado ficar.

– Jesus, Regina, relaxe, estou apenas dando sugestões de como podemos aproveitar esse nosso tempo juntas.

Ela suspira e senta na cama cruzando as pernas – Vá tomar banho – ela ordena impaciente, eu como a pessoa boa que sou, resolvo obedecer e começo a tirar a minha jaqueta, ela me encarava enquanto eu começava a me livrar de minhas roupas, tenho que dizer, ela estava um pouco corada e parecia constrangida, e isso era adorável.

– Não, não, você vai tirar suas roupas no banheiro – ela exclama, se levanta e me empurra em direção à porta.

– Tudo bem, mas saiba que acabou de perder o melhor show de Strip Tease que você já viu na vida – eu entrei no banheiro e continuei falando – Eu poderia dar uma dança de colo para você, mas tenho que assumir que preferia que você fizesse isso para mim, quero dizer você é muito sexy e – ela fecha a porta na minha cara e me deixa falando sozinha, eu tenho que dizer, isso não foi nada gentil da parte dela, eu não sei o que faço para merecer tanta hostilidade, eu faço beicinho, me digam, eu me comporto mal? É claro que você vão me dizer que não, sim? Tudo bem, não posso dizer que isso foi inesperado, eu suspiro me livro de minhas roupas e entro debaixo do chuveiro e aprecio meu banho, quando termino, noto que não tem nenhuma toalha, sim, ai está uma chance de improvisar – eu sorrio enquanto elaboro meu plano maléfico.

– Regina – eu chamo por ela e não ouço resposta – Reginaaaa – eu chamo novamente e nada dela me responder – tudo bem, você pediu por isso, Madam Mayor, eu penso enquanto abro a porta do banheiro e saio completamente nua e ando até o pé da cama dela, quando a minha prefeita abre os olhos, ela me olha repetidamente de cima a baixo, o olhar dela era faminto, os olhos castanhos estavam escurecidos, ela me desejava, me dê um momento para apreciar a reação dela, terminei, eu continuo ali na frente dela sem vergonha nenhuma do meu corpo nu ainda molhado, ela engole seco e pigarreia quando vê meu sorrisinho malicioso, com dificuldade ao que me parece ela desvia o olhar.

– Por que diabos você está assim? – ela está corada, também diria um pouco sem fôlego, e não se atreve a me olhar novamente.

– Algum problema com o meu corpo? – eu me viro e sinto o olhar dela em mim apreciando o cisne tatuado nas minhas costas, quando me viro novamente eu fixo meu olhar no dela, ela se levanta e vai até o closet dela e me entrega uma toalha branca, ela se curva, que visão maravilhosa, procurando por roupas, ela me entrega um short preto e uma camiseta branca.

Sem a mínima cerimonia eu me seco e me visto na frente dela, ei, eu estava bêbada, e bom, eu não sou do tipo de pessoa que ficaria com vergonha ao ver sua futura esposa lhe devorando com os olhos, não era vergonha que eu sentia exposta ao olhar dela, eu sentia outras coisas diferentes... Acho que vocês podem imaginar... Enfim, mudando de assunto eu me visto e deito na cama ao lado dela, eu encaro o teto por alguns segundos e depois me viro e a chamo fazendo-a olhar para mim.

– Regina – eu falo o nome dela de uma forma doce ela se vira e fixa seu olhar no meu – Obrigada por me deixar ficar aqui com você – eu sorrio para ela e quando olho os lábios dela vejo um sorriso se formando.

– Eu não ia deixar você sair bêbada daquele jeito.

– Não que eu esteja reclamando, mas você poderia ter me oferecido o quarto de hóspedes.

– Ainda está em tempo de fazer isso – ela tem um olhar malvado.

– Não, eu vou ficar com você – eu ajo sem pensar e me aproximo dela, colando seu corpo junto ao meu e a abraçando pela cintura, não acho resistência da parte dela, a principio o corpo dela fica tenso mais logo ela relaxa e se aconchega no meu abraço, nós ficamos em silêncio, eu já estou viciada pelo cheiro delicioso dela, o corpo macio dela contra o meu, o calor dos nossos corpos juntos, eu podia me acostumar a isso, e como podia.

– Você quer dormir de conchinha? – eu sorrio contra o cabelo dela.

– Eu nunca fiz isso.

– Não acredito, vamos mudar isso agora – a gente se ajeita na cama, ela deita a cabeça no meu braço e eu envolvo a cintura dela – Confortável?

– Oh sim – ela sorri e se aconchega mais nos meus braços, eu não consigo nem pensar em dormir, eu continuo segurando a minha futura esposa, sentindo o cheiro dela, pedindo para qualquer um que esteja me ouvindo que nós nunca nos separaremos – Eu te amo, Regina – eu falo docemente, dize-la que eu a amo era tão natural como respirar, eu me surpreendo quando ela se vira para mim, eu acaricio a face dela com afeto e dou um beijo no topo da cabeça, quando a olho novamente ela ainda tem seus olhos fixos em mim.

– Eu nem gosto de você – ela tenta parecer severa e me fazer acreditar nas palavras dela, mas falha miseravelmente.

– Não, mas você me ama – eu falo confiante e ela suspira dando as costas para mim novamente e eu aperto a cintura fina dela, puxando-a para mim, eu não ia permitir nenhum tipo de distância entre nós. Alguns minutos e não proferimos nenhuma palavra.

– Reginaaaa – eu começo a choramingar quebrando o silêncio.

– Sim? – ela pergunta impaciente.

– Eu não consigo dormir de roupa. – eu me mexo um pouco na cama fingindo desconforto.

– Mas você vai

– O que, Regina? Medo de não resistir ao meu corpo sedutivo? Por que se não resistir para mim não tem nenhum problema.

Ela nem se dá ao trabalho de me responder, me magoava que ela me ignorasse, eu não achava que merecia isso, tento novamente – Eu não consigo dormir.

– Isso não é problema meu. – ela realmente não parecia se importar.

– Eu já tentei e não consigo – eu insisto.

– Tente contar carneirinhos – ela sugere em tom de deboche, eu sorrio contra a pele do pescoço dela.

– Isso funciona?

– Se no dia seguinte você não se lembra de quantos contou é por que você adormeceu.

– Fala sério, nem o Henry ia cair nessa – eu a senti sorrindo contra a minha pele.

– Ginaaa, sabe o que a gente deveria fazer?

– Não, Miss Swan.

– A gente devia dançar. – eu exponho minha ideia brilhante e ela ri de mim.

– Não, nós não vamos dançar.

– Ginaaa – eu choraminguei novamente e ela se virou para mim, alguma coisa me dizia que ela não estava de bom humor...

– Swan, se cale e vamos dormir.

– Por favor, por favor, só dessa vez e eu prometo te deixar em paz – eu faço uma pausa e acrescento – Por agora.

Ela olha para mim – Já te disse o quanto você me irrita? – eu sorrio e respondo – Não, mas eu posso imaginar – ela sorri também, tudo bem, já tínhamos esclarecido o quanto ela fica linda com raiva, mas ela sorrindo para mim, era a coisa mais linda que eu já tinha visto, eu tinha que fazê-la sorrir para mim novamente, eu continuo encarando ela, cara mais boba que a minha olhando para ela é impossível.

Ela respira fundo e sussurra – Só uma musica. – eu a abraço apertado e murmuro no ouvido dela – Eu poderia te beijar agora – eu sinto o coração dela se acelerar batendo contra o meu, a sensação era incrível, alguma coisa me dizia que ela não ia resistir se eu tentasse beijá-la, mas não era o momento e eu não queria estragar nada, não muito satisfeita eu a liberto do meu abraço, nós nos levantamos da cama e eu pego a mão dela, e nós caminhamos juntas até a sala.

Nem preciso dizer que minha noite foi incrível, uma das melhores da minha vida, mas eu conto a vocês depois, agora se me dão licença, vou aproveitar meu tempo com a minha futura esposa e mãe dos meus filhos.