Regina’s POV

Estou caminhando em direção à delegacia, é claro que eu não estou de bom humor, só o simples fato de ver a Sheriff me traz uma irritação sem fim, ela parece fazer de sua tarefa diária me importunar, Argh, já posso imaginar o sorrisinho malicioso dela quando me ver, o mesmo sorrisinho de sempre, eu suspiro e entro pela porta sem chamar quando me preparo para encará-la encontro a sala dela vazia, que ótimo!

Eu caminho até sua mesa e me sento nela cruzando as pernas enquanto espero por ela, era só o que me faltava, ela agora decide fazer seu trabalho? Ou está por ai com meu filho? Isso explicaria o fato de eu não tê-lo encontrado na escola, Ahh mais ela vai se ver comigo.

Meus pensamentos são logo interrompidos quando escuto a porta se abrindo, lá vem ela com aquela jaqueta de couro vermelha odiável, aqueles jeans apertados, e o tank top de sempre, quem se veste assim? Minha expressão é de desprazer enquanto a olho de cima abaixo, quando ela me vê sentada em sua mesa ela abre um sorriso enorme, ela parece uma idiota sorrindo assim...

Então ela caminha lentamente em minha direção e só para quando está a poucos centímetros de mim, uma coisa sobre nós que todos já sabem, nós nunca respeitamos o espaço pessoal da outra.

– Regina – ela me cumprimenta, usando meu nome novamente, eu só posso suspirar, eu já me convenci que é impossível fazer essa criatura irritante me chamar pelo meu sobrenome, ou o titulo do meu cargo. - A que devo a honra da visita? – ela fixa seu olhar no meu.

– Bom, Miss Swan, não consegui encontrar meu filho, imaginei que você saberia onde ele está. – ela continua me encarando.

– Regina, eu não estou com ele como você pode ver e nem sei onde o NOSSO filho está.

– Então encontre-o, para que você serve, Sheriff Swan? – ela simplesmente dá de ombros.

– Eu sirvo para alegrar seu dia – ela me dá um sorriso brilhante, deve provavelmente pensar que o charme dela funciona em mim, eu digo a vocês, não funciona, não mesmo, tudo bem, talvez funcione um pouco... eu reviro os olhos em resposta.

– Não, você só serve para me irritar, você não faz o seu trabalho direito e... – eu começo a fazer uma lista de todas as coisas que me irritam nela, e digo a vocês a lista é enorme, ela me ignora, novamente e se inclina se aproximando ainda mais de mim.

– Já te disse como você fica linda quando está com raiva? – ela pisca o olho para mim, eu tenho que usar toda a minha força para não avançar nela.

– Se você pudesse uma vez na vida levar alguma coisa a serio.

– Regina, relaxe, agora vamos aproveitar um tempo de qualidade, eu e você, estava com saudades suas, ainda não tinha te visto hoje, vejo que sentiu minha falta também, já que não aguentou, arrumou uma desculpa e veio correndo me ver – ela abriu outro sorriso para mim e piscou o olho novamente, eu provavelmente já deveria estar acostumada com isso, todas as vezes que nos vemos ela age assim, mas eu não consigo parar de me irritar com ela, ela é impossível, continua com essas cantadas estupidas, como se isso fosse me fazer querer alguma coisa com ela, eu não posso mentir que a acho bonita, só um pouco, tudo bem, ela é muito atraente, mas é difícil saber se ela fala sério ou se está só afim de me irritar, eu decido fazer um teste, eu descruzo as pernas lentamente e vejo que os olhos dela são imediatamente direcionados ao movimento, quando as cruzo novamente e ajeito meu vestido vermelho ela me olha nos olhos, as suas íris verdes estão visivelmente escurecidas, eu posso reconhecer de longe um olhar de desejo e sim, Emma me desejava e eu é claro poderia tirar proveito disso.

Dessa vez o sorrisinho malicioso está em meus lábios, eu desço da mesa lentamente, ela não se afasta, quando meu salto toca o chão meu corpo está completamente colado ao dela. Eu vejo seus braços se movimentando, ela hesita em envolver a minha cintura, eu me aproximo mais dela e sussurro sensualmente ao pé do ouvido.

– Agora, Sheriff Swan – eu ronrono ao chama-la assim, eu não preciso olhá-la para saber que seu corpo está arrepiado, ela engole alto – Você vai fazer o que eu desejo.

– Si- sim – ela gagueja e respira fundo tomando coragem e pressiona seu corpo levemente contra o meu, minhas costas tocam a beirada da mesa, ela me olha novamente e seu olhar é faminto.

– Então – eu inclino meu rosto em direção ao dela, nossos lábios quase se tocando, eu sinto que minha respiração atinge os lábios dela enquanto é visível que ela prende sua própria respiração – Encontre meu filho, Swan.

Ela envolve minha cintura e me puxa para ela, me olha nos olhos novamente e se inclina para me beijar, eu desvio e o beijo paira no canto dos meus lábios, eu fecho meus olhos, eu não estava preparada para sentir o que senti quando os lábios dela me tocaram.

– Tudo o que você quiser, Regina – ela sussurra e quando abro os olhos eu posso ver o quão satisfeita ela está por eu ter reagido assim, que ótimo, tudo que eu precisava era que ela fosse mais convencida...

– Vamos? – ela me oferece a mão e é claro que eu não a pego, isso seria dificilmente apropriado, ela não para sorrir e se inclina beijando minha bochecha e seus lábios se demoram lá, eu tenho uma sensação estranha no estômago, isso me lembra de minha juventude, o que sentia quando estava perto de Daniel, não, eu simplesmente não estava sentindo isso com Emma, não com ela. Ela continua me olhando, eu começo andar até a porta.

– Vou só pegar a minha chave – ela se vira e eu aproveito e coloco a mão sobre o meu coração, fazia muito tempo que ele não batia assim tão rápido, eu fecho os olhos e suspiro, eu não estava preparada para isso.

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Emma’s POV

Estou deitada na cama de olhos fechados enquanto penso em tudo que aconteceu hoje, não foi difícil encontrar o Henry, quando saímos da delegacia a diretora da escola ligou para a Regina, eles tinham encontrado ele beijando uma garota embaixo da árvore, esse é o meu garoto! A minha prefeita não parecia feliz com isso, novidade, ela parecia querer me bater quando eu comecei a zoar dele cantando a musiquinha:

“Henry e Grace sentados embaixo da arvore se bei-jan-do”, eu sorri, ela foi difícil no começo, mas eu a convenci a deixar para lá, ele levou uma advertência, mas isso não era nada para o meu filho nerd. Engraçado como a Regina chamou ele de meu filho quando tudo aconteceu, para ela, ele só era meu filho quando fazia alguma coisa errada.

Mas esquecendo disso, não posso deixar de pensar no que aconteceu quando estávamos na delegacia, eu perdi até a minha capacidade de ser irritante com ela, sim, eu sempre a achei sexy, para mim ela é a coisa mais sexy do mundo, mas ela nunca tinha usado seus poderes em mim, eu sorrio enquanto lembro das pernas delas, tudo que podia pensar no momento era: Você está tentando me seduzir, prefeita? Lembro-me da sensação da pele dela sobre os meus lábios, do seu sussurro rouco em meu ouvido que me parecia mais um gemido, minha prefeita tinha suas armas contra mim, eu sentia que não podia resistir em nada se ela agisse assim, minha expressão é sonhadora, ela nunca tinha me deixado me aproximar tanto dela e teve momentos que eu podia jurar que ela também estava alterada com a minha presença, eu estava tão perto de beija-la e fazê-la descobrir que sou o amor verdadeiro dela, mas decidi continuar com o meu plano inicial, um dia ela ia se render.