Opposites escrita por teteca


Capítulo 1
Prologo




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Maria Joaquina

Era sexta feira, para minha alegria. Não aguentava mais essa de ter que ir para a escola, aturar todas as pessoas de sempre, ela querendo me derrubar e eu virando o jogo. Aliás eu sou Maria Joaquina Medsen, líder de torcida da mais famosa escola do estado de São Paulo, meu pai Miguel Medsen era um dos medicos mais renomeados daqui, ele sempre quis o melhor para mim, sempre colocando nos melhores colégios, as melhores coisas, mais eu não reclamava. Sempre achei muito bom.

Todos acham que eu sou uma típica patricinha, mais não minha mãe Clara Medsen, me ensinou muito bem os valores da vida. Minha vida era perfeita, tinha amigos, namorado, dinheiro, e muita farra.

Tomei banho rapidamente, e desci, já estava atrasada para ir para escola, era a terceira vez consecutiva que eu chegava atrasada. O diretor da famosa da escola, já havia pegado no meu pé por causa disso.

–Bom dia mãe. –disse lhe beijando as bochechas, e ela riu gostosamente.

–Bom dia filha, está atrasada de novo. –ela disse me olhando divertida e eu sorri, mordendo uma maçã.

–Por isso, já estou indo. Deixa um beijo no papai. –disse lhe beijando novamente, e ainda escutei sua risada da sala. Eu sempre fui muito apegada aos meus pais, eles sabia de tudo da minha vida, dos amores, das falsas amizades, exatamente de tudo. Sempre levávamos tudo na brincadeira. Às vezes nem sempre passavam a mão na minha cabeça, e às vezes sempre brigávamos, pois eu queria a razão para mim. Sabia que era errado, mais fazer o que né. Eu era filha única. Mimada por demais.

Dirigi minha Ferrari com uma enorme velocidade, sempre gostei de carros, sempre que podia ia visitava algumas convenções de carros.

Sendo assim cheguei rápido à escola, quase corri até minha sala, e para puro azar, o professor já estava na sala de aula. “Que droga” pensei sorrindo.

–Licença professor. –pedi descaradamente, e ele sorriu sarcástico.

–Pode entrar senhorita Medsen. –ele disse me indicando o lugar para eu me sentar. Fui rapidamente, e pisquei para Paulo Guerra, meu namorado e jogador de futebol.

Eu era uma líder de torcida, e sim muito popular na escola. Os novatos e outros da escola sempre faziam de tudo para entrar no grupo dos populares, faziam de tudo mesmo. Sempre zuavamos deles. Alguns até levavam a sério de mais, o que me deixava assustada.

A aula estava um tédio como vinha acontecendo constantemente. Não conseguia mais prestar atenção nas aulas, e minhas notas estavam baixando consideravelmente por causa disso.

Assim que o sinal tocou, corri até o vestuário, e coloquei meu uniforme de líder. Eu era a capitã, e a mais disputada e amada por todos, o que causava uma grande inveja nas outras lideres. Eu tentava não ligar para o que elas falavam de mim, mais era uma barra e tanto ter que suportar “amigas” desse tipo.

Já no campo de futebol, eu ensaiava com as meninas.

–Majo. –Clementina gritou, e eu sorri falso. Ela era tipo uma líder das odiadoras da Maria Joaquina Medsen, mais vivia ao meu lado.

–Oi Cleme. –falei, e ela fingiu sorrir.

–O Paulo está te procurando... –ela disse, e eu sorri, saindo sem esperar ela terminar de falar.

Meu namorado, lindo, perfeito e jogador. Paulo era alto e magro, mais seu corpo era muito bem definido. Seus cabelos negros e seus olhos cor de chocolate me encantavam, sem falar no seu típico sorriso torto.

Todas as meninas da escola queriam Paulo, mas ele já era meu. Seus braços prenderam minha cintura, e eu passei os meus por seu pescoço, o puxando para um beijo, muito caloroso.

–Vamos a festa hoje? –ele perguntou, assim que desgrudamos nossos lábios.

–Meu pai não deixou Paulinho. –falei fazendo bico, e ele me beijou de novo.

–Mas, você tem que ir, preparei algo especial para nós. E você sabe que não toda vez que meus pais liberam a casa para uma festa. –ele disse manipulador, e eu sorri.

–Isso é mentira Paulo, seus pais deixam você fazer festa quando você bem entende. –disse, e ele sorriu sacana.

–Mais você vai, qual é Majo, eu preparei tudo já. –ele disse, e eu revirei os olhos e assenti.

–Me pega as 23:00. Esse horário meus pais já estarão dormindo. –disse, e ele sorriu largamente.

–Te prometo não decepcionar. –ele disse me beijando novamente, puxando meu corpo para o seu. Fazia tempo que Paulo queria dar um passo a mais na nossa relação, mais eu me sentia insegura, não estava preparada, também não queria perder minha virgindade dentro de um carro ou em um motel qualquer. Pode parecer bobagem, mais eu queria algo romântico, algo me desse prazer e fizesse meu coração disparar.

Sempre que o clima esquentava entre mim e o Paulo, eu travava. Pensava que era frescura minha, talvez algum tabu indicando que ainda não era hora certa.

Balancei minha cabeça levemente, o observando ir treinar, e voltei para o treino das líderes. Clementina me encarava com inveja, e lhe lancei um sorriso cínico.

Era verdade que meu pai não havia me deixado ir para a festa, também era pelo fato de minhas notas estarem baixando consideravelmente, e por eu ter batido com seu carro enquanto bebia com uns amigos, resultado disso fui parar na delegacia, mais eu iria, e ia ser hoje que eu teria minha primeira noite de amor. Sorri nervosa, voltando a me concentrar no treino.

O dia passou rápido, e eu aproveitei para ir ao shopping, alias Marcelina me impôs à ir, comprar algumas roupas. Alias Marcelina, era irmã do Paulo e minha melhor amiga. Era falante, baixinha do cabelo espetado, fanática por moda, mais era mais do que uma amiga, era uma irmã para mim.

Passamos o dia no shopping, sempre que estava com Marcelina o tempo passava voando, contei para ela dos planos de Paulo, e ela disse que se eu não estivesse pronta era para dizer logo ao Paulo, mais eu queria, então deixamos esse assunto de lado. Sempre que estava com um dos Guerra's, o tempo passava rápido de mais pro meu gosto.

Como não queria chatear meu pai, corri para casa, e para meu puro azar, tinha uma multa no capo do meu carro, resmunguei baixinho, guardando com as outras. Quando meu pai visse aquilo, me mataria com certeza. Mais só mostraria depois de hoje.

Quando cheguei, seu carro já estava na garagem. Escutei sua voz de longe, e ele estava irritado.

–Droga. –resmunguei baixinho. Talvez tinha acontecido algo no trabalho que o deixou aborrecido, e aquilo com certeza dificultaria minha fuga de mais tarde.

–Olá família. –disse sorrindo cínica vendo minha mãe abraçada ao meu pai. Sempre admirei o amor deles, era algo lindo, mesmo depois de anos de casados eles pareciam um eterno casal de namorados.

–Maria Joaquina Medsen, pensei ter lhe dito para estar em casa depois da escola. –ele disse se sentando mais calmo, e eu sorri.

–Marcelina me carregou pro shopping. –falei, lhe mostrando as sacolas. E ele sorriu, sempre gostou da Marce, mais ele nunca foi com a cara do Paulo.

–Pensei que estivesse com aquele mauricinho do seu namorado. –ele disse e eu gargalhei.

–Pai, não fala assim dele. –disse fazendo bico, e ele riu. Coloquei minha cabeça em seu colo, e ele fez carinho. Sempre fui apegada ao meu pai, talvez até de mais.

–Não se esqueça que está de castigo. –ele disse, me empurrando, e eu revirei os olhos.

–Pai, não sei por que isso, não sou mais nenhuma criança. –disse, ajeitando meu cabelo.

–Mais age como uma agora vá banhar para jantarmos, e depois cama. –ele disse e eu lhe mostrei a língua, minha mãe riu juntamente com ele.

–Viu, age como uma. –ele disse, e eu peguei uma almofada rapidamente jogando nele. E corri escada acima, e por sinal acabei me desiquilibrando, nunca fui muito coordenada.

Me despi, e entrei na banheira. Fiquei algum minutos ali, até meu pai bater na porta do meu quarto, me chamando para comermos. Quando sai da banheira, meus dedos estavam enrugados. Ri sozinha, na verdade sempre gostei muito de ficar assim na banheira, me acalmava.

Coloquei um vestido simples, e penteei meus cabelos. Quando desci, meus pais já estavam em volta da mesa. Meu pai brincou comigo, como sempre. O jantar foi servido com rapidez, e eu me surpreendi com tamanha fome que sentia.

–Majo, te amarraram foi?. –Jorge falou rindo, e eu revirei os olhos, impossibilitada de falar algo, já que minha boca estava cheia.

–Jorge, engula a comida primeiro para depois falar. –Mamãe falou, e eu sorri largamente, vendo o bico do meu pai.

–Viu, mamãe briga com você. –disse, depois de engolir a comida, e ele riu.

–Calada. –ele disse, e eu gargalhei. Assim, a hora passou rápido demais. Quando vi, já estávamos na sala vendo um filme qualquer.

Eu estava sentada no chão com uma almofada em meu colo, meu pai com a cabeça no colo da minha mãe, quase cochilando, e eu sorri.

–Acho que vou dormir. –falei me espreguiçando, olhando para o relógio. 22:30. Fiquei apreensiva.

–Vamos Jorge, dormir também. –minha mãe disse, e eu suspirei aliviada. Vi meu pai cambalear pela escada de sono, e minha mãe também.

Subi correndo, para poder me arrumar. Tomei um banho rápido, e comecei a me arrumar. Iria usar o que tinha comprado hoje. Um tênis Sneaker preto, uma saia amarela de cós alto, e uma blusa branca que vinha até metade de minha barriga. Fiz uma maquiagem leve, passei um brilho labial soltei meus cabelos, estavam em um volume perfeito, e estava pronta.

Assim que terminei de me arrumar, Paulo tinha me mandado uma mensagem dizendo que estava me esperando. Antes de descer pelas escadas, me certifiquei de que meus pais estavam mesmo dormindo, e sorri ao vê-los em um sono profundo. Desci lentamente pelas escadas, sem fazer nenhum barulho. E sorri pela missão concluída.

Paulo me esperava apoiado em seu carro, de forma despojada, me surpreendi ao ver que meu coração não acelerou e nem aquele típico frio na barriga me atingiu. Mesmo assim, fui ao seu encontro.

–Vamos. –disse, o beijando. Ele abriu a porta para mim e eu entrei no carro. Logo chegamos em sua casa. A festa estava animada, e eu sorri acenando para alguns conhecidos.

Paulo me puxou para entrarmos, e eu me deixei levar. Peguei uma bebida, tomando de um gole apenas.

Eu o puxei para pista, e conforme dançávamos, eu ia bebendo mais e mais. Nunca fui meio alcoólatra, estava pensando que talvez o álcool me ajudasse mais tarde. Senti meu corpo sendo levado, estava bêbada por demais. Não queria isso, desse jeito não.

Assim que entramos no quarto de Paulo, ele me beijou ardentemente me colocando em seu colo, suas mãos entraram por dentro de minha blusa, puxei um pouco seu cabelo, e ele sorriu entre nosso beijo. Ele rapidamente retirou minha blusa, e depois suas mãos desceram até minhas pernas, apertando, fazendo que meu corpo se acendesse.

Antes que ele conseguisse tirar minha saia, alguém invadiu o quarto.

–MARIA JOAQUINA. –Marcelina gritou, e eu sai do colo do Paulo rapidamente, suspirando aliviada, eu não conseguiria parar.

–Marcelina. –Paulo gritou e eu ri.

–Corrida, lá fora. Agora. –Marcelina disse, e eu senti meus olhos brilharem. Peguei minha blusa rapidamente.

–Me desculpa Paulo, mais vamos ter que adiar nossos planos. –disse me vestindo, e ele fez bico, o beijei rapidamente. Saí correndo.

–Obrigada Marcelina. –sussurrei.

–Eu sei que você não está preparada, mais é serio da corrida. –ela disse me abraçando. Escolhi um carro, iria disputar com Mario e Koki, sempre que corríamos, era nós. E eu sempre ganhava.

–É hoje que você perde Medsen. –Mario falou, e eu ri ironicamente.

–Sonha Ayala. –disse, e vi o sinal verde, e disparei na frente


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