Clew escrita por Alicia Iceshine


Capítulo 1
Photos.


Notas iniciais do capítulo

Fiz as pressas, erros de português por favor ignorem e avisem nos reviews, please. Tentei traçar os minimos detalhes a cada palavrinha e pensamento, fiquei até com dor de cabeça agora.



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Depois de tanta briga e choramingo de algumas garotas em relação à fuga de Mello, o silêncio havia voltado a reinar naquele quarto escuro e mofado. Tudo havia ficado tão melancólico sem o Mello por ali. As paredes pareciam mais velhas, Wammy's House não era mais tão divertido como antes. Até mesmo roubar doces não era tão gostoso sem ele. O quarto, que agora dividira com outro garoto - fã de video-games e animes aliás - era quieto e sem graça. Não havia papéis de chocolate empilhados ao chão, cobrindo o carpete azul marinho. Não havia roupas jogadas para todos os cantos e cobertores desarrumados nas camas. Sequer havia o cheiro do xampu de canela do loiro ali. O garoto com quem ficara, era organizado e estudioso, não arrumava encrenca como o antigo. Mas, estava em oitavo lugar no rank de melhores.

Matt sentou-se ao chão, no canto da antiga cama de Mello. Aquele loiro desgraçado. Sumiu da vida e deixou Matt ali, com aquele albino idiota e um parceiro que nunca chegaria aos pés da cópia de Madonna. Sabia que Mello era protetor, mas, eles eram melhores amigos, se Mello saiu sem lhe dizer nada, deveria ter deixado uma pista, não? O ruivo olhou em volta. Se Mello deixasse alguma pista, estaria ali, na sua cara e bem em frente ao seu nariz, mas estaria. Olhou canto por canto, detalhe por detalhe. Voltou sua atenção para a cama, olhou em baixo, o carpete escuro parecia bem mais volumoso que o normal. Levantou-se num impulso, e, num simples ato, puxou a cama, arrastando com si um pedaço do carpete empoeirado, dando lugar a uma pequena caixa, velha, de sapato praticamente.

Não havia visto aquilo ali antes. Puxou a caixa, empurrou a camada de poeira e sujeira que cobria a tampa com suas luvas e a abriu. Havia fotos ali. Fotos de Mello e ele comendo de boca aberta, dele cutucando o loiro e o mesmo com os olhos em chamas, fotos de crianças arteiras e algumas com poses estranhas e engraçadas. Enquanto olhava cuidadosamente cada detalhe mínimo do rosto de Mello, um pequeno sorriso veio à tona, cobrindo cuidadosamente o canto da boca do ruivo. Eles haviam quantos anos naquelas fotos? Dez? Matt se sentou ao chão, colocando a caixa ao lado, retirou as fotos e as colocou um ao lado da outra. Ele nunca havia guardado fotos, odiava fotos, já se achava feio, com Mello ao lado parecendo uma garota, piorou. Aquilo era uma pista. Mas, que porra de pista era aquela? Fotos? Talvez Mello quisesse apenas mostrar-lhe que a amizade deles foi ótima, nada mais.

Não, não era isso, havia outra coisa. As fotos estavam em lugares iguais, a cozinha e o pátio, tinha que ter uma ligação. Pense Matt, pense. As fotos eram deles com três, cinco, seis, dez e até treze anos, havia uma ligação. Mas qual? Olhou outra vez, outra, outra e outra. Não havia nexo, a idade deles talvez? O lugar? Suspirou. Porra Mello, se isso eram pistas, colocasse algum nexo. Olhou as fotos novamente, embaralhou-as na caixa e tirou uma qualquer. Deles, na cozinha com Mello todo sujo de chocolate, deveriam ter, no mínimo, quatro anos. Olhou outra vez, nada. Colocou a foto de volta a caixa, pronto para pegar outra, quando viu aquilo. A luz da lâmpada do quarto refletia metade da foto. Um pequeno espaço formou uma letra. Matt sorriu e pegou a foto a mão. Olhou outra vez, com muito mais cuidado, havia um V desenhado, de uma cor totalmente idêntica ao papel de parede e numa leveza incrível, quase não havia reparado. Era um V e um ponto em seguida. Pegou o primeiro pedaço de papel que viu e uma caneta. Escreveu o V e o ponto. O V estava depois de Mello, que estava com um braço em volta de Matt, rindo da cara do loiro sujo de chocolate. Eles eram tão crianças naquela época, apenas estudavam por diversão e não por competição. Mello ainda agia como uma criança naqueles anos. Anos... Eles tinham quatro anos. E já eram bem sapecas naquela idade. Ou como a cozinheira disse, eram os diabos. Matt sorriu. Quatro foi uma fase bem animadora... Quatro... Quatro! Pegou o papel, e colocou ao lado da letra V e o ponto, o número quatro. Espera, V.4? Não, não fazia sentido, se Mello colocou depois dele tinha alguma coisa, ele poderia ter colocado em cima, do lado da foto e até mesmo no final. Talvez o quatro fosse antes do V.

" 4v. "

4v. O que significava? Quatro V, Quatro V, não conhecia nada, um nome ou pseudônimo talvez? Não, Mello não tinha muitos contatos fora da Wammys e nenhum usava um nome desses. Mas talvez aquilo não fosse um quatro. Lembrou-se de uma das aulas sobre o cérebro humano do Doutor Rubbens. "O nosso cérebro é capaz de ler tudo, com facilidade e esplendor, mesmo sendo em códigos." Como exemplo usou os números, escrevendo um texto de duas páginas, pedindo ainda, uma tradução em japonês. Talvez aquilo não fosse um quatro, mas, talvez, um A... Av... Avenida? Um lugar? Mello lhe daria um lugar? Puxou as outras fotos, colocou uma por uma contra a luz e a idade da dupla em cada foto. Números e algumas letras e pontos embaralhados. Fez palavra por palavra, juntando letra por letra, nenhuma palavra lembrava-o ou era familiar, nenhum nome, rua, avenida, nada. Exceto, Lestrange. Lestrange, Lestrange, Lestrange, a senhora Lestrange da casa ao lado que sempre reclamou de pisarem nas suas hortaliças? Não, não podia ser. Havia uma avenida, perto da ponte, ao sul da Wammy's com esse nome, mas, era muito utilizado por bebados e mendigos. Mello estaria lá? Matt olhou o papel rabiscado outra vez, havia sobrado o número 10 e 13. Número de lote talvez? Se era ao sul, o número era menor, não? E Wammy's House era o lote 3640, então era um 1013?

Matt amassou o papel contra os dedos e pegando uma mochila, jogou suas roupas lá dentro, amarrotadas e apertadas. Fechou o zíper e abrindo a janela, pulou-a rapidamente, dirigindo-se ao muro. Pulou-o rápido e sem fazer barulho, correu, correu o mais rápido que pode, talvez estivesse desesperado em ver o loiro, talvez só estivesse com medo. Não fazia ideia do que estava fazendo, só queria vê-lo outra vez. Aliás, eles eram melhores amigos não? E melhores amigos, são melhores amigos até o fim.


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Notas finais do capítulo

Pra mim ficou fail, sério. Queria dedicar a algumas pessoas fofas, mas, estou com sono agora, depois faço isso, quem sabe. Reviews?



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