Bilhete Trocado? Pretérito Imperfeito escrita por seethehalo


Capítulo 48
Für immer!


Notas iniciais do capítulo

É, este é o fim.
Obrigada por me aguentarem.
O Nyah deu pau a tarde inteira, então só deu pra postar agora.
Bom, desde que eu trminei de escrever essa fic, toda vez que eu escutava a música tema, ficava triste. E provavelmente vou ficar mais ainda ao ouvi-la de novo pra conferir o vídeo...
É, eu confiro os vídeos antes de postar o link.
Espero que vcs gostem desse fim!



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Ah, eu me lembro
Você dirigindo até a minha casa
No meio da noite
Eu sou a única que te faz sorrir
Quando você está quase chorando
Eu conheço suas canções favoritas
E você me conta sobre seus sonhos
Eu acho que sei onde é o seu lugar
E eu acho que é comigo
Não consegue enxergar
Que eu sou a única
Que te entende?
Sempre estive aqui com você
Então, por que não consegue enxergar?
Seu lugar é comigo
Parada, esperando por você na porta dos fundos
Durante todo esse tempo
Como não percebeu?
Seu lugar é comigo
Já pensou nisso?
Seu lugar é comigo...
Seu lugar á comigo...
You Belong With Me - Taylor Swift

     - Então termina de esquecer, Gih. Começa tudo de novo. – Bill apareceu, assustando-a.

     - Bill! De onde você veio?

     - Do mesmo lugar que você. E você vai pro mesmo lugar que a gente. Dessa vez nós podemos, e vamos te levar junto conosco, é só você dizer que vai com a gente. Você vem? Vem viajar junto, pelo mundo todo, junto com a gente, com a banda, e ser seminômade?

     - Bill...

     - Vai, Gih, diz que vem. Eu me condeno até hoje por não ter podido te levar com a gente em 2005, agora eu posso, e estou te chamando...

     - Como vocês me pedem uma coisa dessa? Eu tô no meio de uma faculdade, não posso trancar pra sair pelo mundo atrás de vocês.

     - Você não vai sair pelo mundo atrás da gente. Vai com a gente, é diferente, Gih. Além do mais, o que vai ser de você se mal vir o seu maridinho aqui? – Tom voltou ao assunto.

     - Aaaah, Tom, aí eu já não sei... Mas de qualquer forma, não é uma decisão que se tome de uma hora pra outra, preciso pensar...

     - Então pensa, mas pensa bem, eu não quero ver você só duas vezes por ano, ainda mais agora que eu casei contigo.

     - Tom, você tá ficando muito meloso, sabia?

     - Cala a boca, Bill. Até parece que ESSA ideia foi minha.

     - Tá, Tom, foi minha, mas até parece que você não gostou.

     - Claro que eu gostei, imbecil! Acha que eu ia jogar fora uma oportunidade de voltar a viver grudado com ela? Ainda mais agora? Nem a pau!

     - Tá bom, Tom, eu já entendi. Mas e você, Gih? Eu não saio da Alemanha sem a sua resposta.

     - E eu não saio da Alemanha sem você.

     - Amanhã sem falta eu respondo.

     Ao chegar em casa, Giovanna recebeu a notícia de que havia passado numa entrevista de emprego que tinha feito, e que seria contratada pela empresa. E agora? Emprego garantido ou... “seminomadismo” com Bill e Tom? Tenso.

     Aproveitou o bom (?) momento para contar à mãe do casamento divertido improvisado por Tom. E do tentador convite feito por Bill.

     - Giovanna do céu, o Tom? Fez isso? – sua mãe perguntou ao ouvir a história.

     - Fez. – ela mostrou a aliança no dedo. – Acredite se puder. Ele é doido!

     - Sou obrigada a concordar. Mas como foi isso? No palco, no meio de todos os fãs?

     - É, mãe! Foi lindo, você precisava ver. Ele deve ter mandado alguém gravar, depois pergunto, mas depois...

     - Depois...?

     - Depois, a gente veio direto pra cá. E eles dois me chamaram pra viajar.

     - Lua de mel?

     - Sim e não. Mãe, toma um copo d’água que eu acho que você vai entrar em choque.

     - Se eu tomar água e entrar em choque vou morrer eletrocutada. Fala logo.

     - Cruzes! Que horror! Mas enfim, a “viagem” da qual falaram não é beeem uma lua de mel. Eles querem que eu vá viajar junto com a banda. Em turnês, divulgações, premiações, essas coisas musicais. E eu prometi dar a resposta amanhã.

     - Co-como é que é? Querem que você os siga mundo afora?! Nem pensar, Giovanna! Você tá fazendo faculdade e acabou de ganhar um ótimo emprego, essa ideia não faz o menor sentido. Não tem como, está totalmente fora de cogitação.

     - Mas mãe...

     - Nem mais nem meio mais. Isso não tem condição.

     - Obrigada por não me deixar nem pensar no assunto direito! – Gih falou ríspida e subiu para o quarto.

     (8) [Celular tocando]

     - Alô?

     - Oi, Gih! Bom, liguei só pra dizer boa noite. A gente se vê amanhã?

     - Oi, Bill. Boa noite. Vem aqui amanhã, se você puder. Eu ainda tô pensando na sua proposta.

     - Tudo bem, eu vou. O Tom também. De tarde?

     - É. Até lá então.

     - Até, beijo.

     - Tchau.

     “Ain, Bill... Tom... O que eu faço agora?” Giovanna pensava em sua cama. “Amanhã eu decido o resto da minha vida: de um lado, vou trabalhar, ganhar salário, ser uma pessoa normal e ter uma história malterminada pra contar. Do outro, vou viver junto com meu maridinho e meu melhor amigo como nômade mundo afora.”

     Depois de muito pensar, passou a noite em claro em prol da decisão que tomara.

     No dia seguinte, quando os gêmeos chegaram.

     - E aí, Gih? Pensou bem? Decidiu ir com a gente? – Bill, eufórico, perguntou.

     - Bill, Tom, eu nem sei como dizer isso, mas é o seguinte. Ontem quando eu cheguei a minha mãe disse que eu ganhei um emprego pelo qual eu estava concorrendo à vaga. Daí eu falei pra ela sobre esse seu convite, e... Ela detestou a ideia, não quer que eu vá de jeito nenhum.

     - Ou seja, ela não deixou e você não vai. – disse Tom decepcionado.

     Giovanna suspirou e assentiu com a cabeça.

     - O caramba. – balbuciou.

     - Como? – Bill não entendeu.

     - O caramba, Bill. Eu sou maior de idade, faço o que quiser da vida. Passei a noite arrumando as malas, até parece que vou deixar vocês fugirem de novo. Me ajudam a pegar?

     - Gih, ‘cê tá falando sério?!

     - A vida toda nunca falei tão sério, Tom.

     - Aaah, você vai, você vai!! Cadê as malas? – Bill comemorou.

     - No quarto. Venham cá.

     Ao descer as escadas com as malas nas mãos, a mãe dela apareceu na sala.

     - Giovanna! Bill, Tom? Que malas são essas?

     - Eu tô indo com eles, mãe. Eu espero que você me entenda. Não posso ficar aqui, não é o meu lugar. Eu sei que eu posso estar abandonando oportunidades, mas essa talvez seja a única que eu tenha com eles. Então, mesmo sabendo que você é contra... Estamos indo.

     - Poxa, sogrinha, não tem nada de mais. A gente cuida dela, mas ficar sem não dá. Somos membrana, citoplasma e núcleo!

     - Cala a boca, Tom! Que comparação idiota! – Bill deu uma bica por trás no irmão.

     - Gih! Olha, filha, por mais que eu não aprove... Tá bom, eu me rendo, se é o que você quer, vai em frente. Eu sei que você sabe o que tá fazendo. Se é ao redor do mundo que você vai ser feliz... Só me dá um abraço... Sabe-se lá quando a gente vai se ver de novo, né?

     - Ain, mãe, obrigada! – Gih abraçou a mãe – Obrigada mesmo, eu te amo, mãe, obrigada, muito muito obrigada!

     - Se cuidem, os três. Tchau!

     Os três acenaram e entraram no táxi que os levaria ao aeroporto. O destino: Los Angeles, onde aconteceria o VMA 2013.

     - Tom, vem cá... – Gih disse – Você não tinha uma comparaçãozinha melhor pra fazer lá na casa da minha mãe?

     - Sei lá! Foi a única coisa em que eu pensei.

     - Tom, se fosse abrir a boca pra falar merda, que nem abrisse.

     - Vá se ferrar, Bill. Isso é o de menos agora. Gih...

     - Quê?

     - Você jura mesmo que nunca percebeu que eu ficava olhando pra você na escola?

     - Nunca! Garanto!

     - De boba, porque bandeirinha o Tom dava. – Bill falou.

     - Mas eu nunca percebi.

     - Eu não acredito. Como você nunca percebeu? Nem pensou na possibilidade, nada? – Tom perguntou incrédulo.

     - Tom, como é que eu ia pensar nessa possibilidade se tratando de você?

     - O mulherengo número um da Alemanha! – observou Bill.

     - Ih... Bem lembrado, Bill, o Tom vai ter que se comportar agora!

     - Hey! Eu já me comporto! Não confia em mim?

     - É, Giovanna, ele tem razão, vem se comportado muito bem desde que vocês estão juntos. Eu tô de prova. – Bill falou.

     - Se bem que vocês dois, hein, sei não... Tá bom, parei. Eu confio em vocês, vou parar de implicar.

     - Mas eu ainda não consigo acreditar que você nunca se tocou, Gih.

     - Ok, Tom, abafa! Esquece esse assunto e vam’bora que já tão chamando o nosso voo. – Bill entrou no meio dos dois e os abraçou.

     - Vamos, Bill, vamos logo. Cara, Los Angeles, que massa!

     - Vai se acostumando, Gih, agora com a gente você vai pros melhores lugares do mundo. – Tom disse.

     - Eu não tinha pensado por esse ângulo. Isso é o máximo, eu vou viver dando a volta ao mundo!! E o melhor: olha junto com quem: Tom e Bill Kaulitz!

     - Sim, Giovanna, agora nós três vamos ficar juntos pra sempre! – disse Bill.

     - E caso não se lembre, agora você é Kaulitz também. Casou comigo, dã.

     - Ai, gente... Eu amo vocês! Eu não acredito que consegui viver meia vida longe dos meus dois quase-irmãos gêmeos lindos...

     - Para com isso, Giovanna, agora a gente tá aqui. Que nem... Ah, sei lá... Três mosqueteiros...

     - Então é um por todos e todos por um?

     - Cala a boca, Tom! – Bill e Giovanna disseram em coro. Tom levou um “pedala” do irmão.

     - Aai, Bill!

     - Gih, você apenas nos desculpe por termos sido tão egoístas e idiotas desde o começo. Eu tinha medo de perder a sua amizade. – Bill confessou.

     - A mim em dobro. Eu te amo, hoje você sabe disso, mas eu já te fiz sofrer tanto...

     - Bill, Tom, parem com isso... Passou, acabou, tá lá atrás. A gente não é museu pra ficar vivendo de passado. Vamos olhar pra frente, seguir as nossas vidas juntos; o que tinha de imperfeito no nosso pretérito já foi consertado. Não estamos aqui? Óh, se ficarmos enrolando vamos perder o avião, então vam’bora!

     - É, vamos mesmo; olha, Bill, agora eu tenho quem abraçar no avião, pra não ficar com medo. – Tom abraçou Giovanna e deu-lhe um beijo.

     - Boa piada, Tom, mas acho bom vocês maneirarem porque eu não vou segurar vela pra ninguém. Não tá escrito CASTIÇAL na minha testa.

     - Calma, Bill. – disse Gih.

     - Tá bom, chega, vamos logo senão o avião vai embora e deixa a gente aqui.

___________________________________________________________

     LOS ANGELES.

     - Gih, Tom, venham aqui. Tenho uma coisa pra mostrar.

     - Que foi, Bill? – disse Gih.

     - Olha só isso. – Bill tirou uma placa de madeira envernizada de dentro de uma das malas.

     - O que é isso, Bill? – Tom perguntou.

     - É a nossa madeira, olha. Eu mandei tirar um pedaço da parede da Casinha.

     - Bill! Nossa! – Giovanna riu da surpresa.

     - Aquele papo do Tom de “que a casa caia, que os nomes se apaguem, que o parque morra” não me agradou muito. Daí eu peguei esse pedaço pra mim.

     - Bill... Eu já disse que te amo?

     - Já disse, Gih.

     - E eu tô ficando com ciúmes disso, viu!

     - Deixa de ser bobo, Tom, eu amo você também.

     - E isso é o que importa. – Tom disse.

     - Sabe o que essa madeira significa?

     Os dois gêmeos balançaram a cabeça diante da pergunta de Giovanna.

     - Pra mim significa que eu tenho uma história de amor diferente com cada um de vocês. As duas confusas, fundidas, mas diferentes. Com Bill, é uma amizade infantil, forte, e até ingênua, sem malícia nenhuma, coisa que mais de meio mundo duvidaria. Com Tom, é paixão, sensível, atribulada, louca! A única coisa que têm em comum é o amor imenso que eu sinto pelos dois. Vocês são a coisa mais preciosa que eu tenho na vida. Eu não existo longe de vocês. Meu maridinho lindo e meu BFF gatão. Eu amo vocês, e vou seguir amando pra sempre, por toda a eternidade e ainda mais além.

     - BFF gatão castiçal, já tô até vendo! – Bill reclamou.

     - E o maridinho lindo vai morrer de ciúmes do próprio irmão.

     - Parem de reclamar, seus bobões. A única que tem esse direito aqui sou eu. Vocês nunca tocaram nada pra mim!

     - Oh dó, Bill, vamos tocar pra ela.

     - Ainda tô pedindo pouco, porque se não fosse a minha prima talvez eu nem soubesse que os moços têm uma banda.

     - É, Giovanna, mas se não fosse você a gente não teria descoberto que Durch den Monsun passou no rádio. – lembrou Bill.

     - Ok, estamos quites, mas eu ainda quero que vocês toquem pra mim.

     - Tá bom, Gih, você venceu. Tom, tem uma guitarra fácil?

     - Tenho, vou pegar.

     Foi, mas em cinco segundos, voltou de mãos vazias.

     - Que foi, Tom? Cadê a guitarra? – Gih perguntou.

     - Pensando bem... Acho que eu sou o único que não disse nada profundo ainda...

     - Eu, como seu irmão, devo te alertar que tenho medo da sua definição de “profundo”. – Bill fez aspas com as mãos.

     - E eu não me surpreenderia se você dissesse algo como “cavei, cavei, cavei. Isso não foi romântico, mas foi profundo”.

     Os três caíram no riso diante da piada de Giovanna.

     - Olha. Não era bem isso que eu ia dizer, mas tem a ver.

     - Solta, Tom. – falou Bill.

     - Bom, nós três sempre estivemos juntos. Rimos juntos e choramos juntos. E agora eu acho que estamos mais juntos do que nunca. Se alguém concorda... Vocês podem me tachar de besta ou o que quiserem mas a minha humilde porém não menos importante opinião dia que nós estamos aqui, sim, um por todos e todos por um. – Tom estendeu a mão – Algum de vocês tá comigo?

     Gih pôs a mão sobre a dele.

     - Isso foi profundo. Eu tô contigo.

     Os dois olharam pro Bill com cara de ponto de interrogação.

     - Tem como eu não concordar com isso? – Bill sorriu e pôs a mão sobre a de Giovanna. – Mais juntos do que nunca. E pra sempre dessa vez.


     Hey – Everybody shout

     Hey – Celebrate it loud

     Forever today, forever tonight

     Reset your eyes

     Erase your mind

     I will never let you down

     Join me forever now!

     Fim.



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Notas finais do capítulo

Gostaram?Acho que depois dessa foi que eu descobri qual minha música preferida do Humanoid.Link do vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=tKt-ioymcaI Curiosidades de making of: eu REALMENTE tenho essa madeira. Era pra parecer madeira velha, mas eu não ia achar madeira velha na marcenaria do meu tio, então foi essa mesmo, que já tava aqui em casa.Como eu não tinha canivete, fiz essa pérola com uma faca de cozinha mesmo. Esfolei meu braço!Comprei uma caneta de CD basicamente só pra fazer esta bagaça.Mas eu vou ter que jogar a madeirinha fora. LEIAM OS AGRADECIMENTOS! É IMPORTANTE!!