A saga crepúsculo - Lua azul escrita por Isa Holmes


Capítulo 1
Conhece Seth Clearwater?


Notas iniciais do capítulo

Minha segunda fanfic, pessoal. Vamos que vamos!



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Quando acordei, senti a calidez da luz do sol repousar por sobre meus olhos, dificultando-me de ter coragem de abri-los por completo. Eu lembrava que havia fechado a janela na noite anterior depois de escovar os dentes, mas por segundos, eu ignorei, e logo, ouvi a janela sendo completamente aberta.

— Vamos raio de sol, hora de acordar. Olha só, o dia está lindo! — ouvi a voz inconfundível de Alice. 

Tentei abrir os olhos devagar, mas quase fui cegada pela luz forte vinda da janela.

Alice sentou-se ao meu lado e, enfiando o travesseiro no rosto, resmunguei que não queria levantar.

— Vamos, Renesmee! Deixe de teimosia! Iremos fazer compras esta tarde. Vai ser divertido! — Ela cantarolou.

Exatamente no mesmo segundo, sobressaltei na cama, jogando as cobertas e deixando o travesseiro despencar para o lado. Não estava empolgada, estava espantada.

— Eu hein, de novo, Alice? Fizemos comprar ontem lá em Seattle, lembra?

Ela riu, colocando uma mexinha de cabelo atrás da orelha.

— Tudo bem, tudo bem, iremos outro dia — disse ela — Mas prometa que irá da próxima vez que eu chamar.

—  Eu prometo — respondi por fim.

— Ótimo!

A conversa entre eu e minha tia acabou me despertando do sono, como se alguém jogasse um balde de água fria na minha cabeça e o sono fosse pro brejo. Sem vontade de voltar para a cama e achando que a troca de diálogo entre ela e eu havia acabado, decidi em tomar um banho e, logo em seguida, descer para tomar café da manhã. Levantei, espreguiçando-me.

— Então... — Alice continuou, tirando-me de meus devaneios – que tal mais tarde fazermos algumas combinações com as roupas que compramos?

Aceitei a proposta enquanto entrava banheiro de meu quarto. No mesmo instante que liguei o chuveiro ouvi Alice sair do aposento.

Eu não gosto muito de moda ou de fazer compras, mas nunca neguei a Alice de passar um tempo com ela. Eu até posso considerar isso divertido, mas não necessário como ela faz. Eu não acho chato e entediante ver os tipos de roupas que estão usando a cada estação do ano como minha mãe, eu só não acho isso tão importante enquanto há coisas mais interessantes para fazer, 

Me despi e enfiei-me de baixo da água abafadiça. Um banho quente para alegrar uma manhã fria de sexta-feira. 

Desliguei o chuveiro e rapidamente me enrolei na toalha. Tremendo, me vesti com uma quente calça jeans, uma blusa preta de manga curta, um confortável moletom verde musgo e meu par de sapatilhas preferido — que foi um presente do meu último aniversário. Ganhei ele da minha tia Rosalie, mas claro que foi Alice quem ajudou a escolher. Voltei para o banheiro, que ainda estava quente por causa do banho, e limpei o espelho embaçado. Penteei meus cabelos os sequei com o secador. Fiz minha higiene matinal e sai para o corredor.

Já dava para sentir o cheiro dos Waffles que de minha avó. Depois que nasci, Esmee começou a estudar gastronomia para ajudar a minha mãe enquanto eu não estivesse em condições de caçar. É claro que ela prepara meu café toda vez que eu pouso em sua casa (que na verdade é quase sempre). Às vezes ela me ensina alguns truques de culinária. É com essa atividade que passamos a maioria do tempo juntas, tirando outros passatempos saudáveis como pintura ou fazer trilha. 

Engraçado que, para minha surpresa, chegando na cozinha, não era a minha avó quem estava preparando o meu café, e sim a minha tia, na qual fez brotar um sorriso quando coloquei meus pés no cômodo.

— Bom dia, florzinha — cumprimentou Rosalie, passando os waffles da torradeira para o prato.

— Como vai, Rose? —  sentei na mesa, puxando os cabelos para o lado — Cadê Esmee?

Rosalie aproximou-se de mim e despejou o prato à minha frente. Apoiou as mãos em meus ombros e disse:

— Esme, Carlisle, Emmett e Jasper foram caçar. Seus pais estão na sala, e Alice

(eu sei, eu sei)

está ordenando as roupas que compramos ontem. 

Dei uma garfada em um dos waffles e mordi. Rosalie sorriu.

Eu sorri também.

Rose é uma pessoa maravilhosa 

(e eu a amo muito)

apesar de perder o controle e ser grossa de vez em quando. Ela é a única que não se sente bem quando Jacob está por perto, e infelizmente nunca entendi esse enjoo dela. Mas Rosalie é um anjo. Sempre colhemos flores na primavera, mexemos com mecânica quando algum carro quebra ou escrevemos poesias perto da lareira em uma noite fria. Eu a considero como minha segunda mãe.

— Para quem nunca está na cozinha não está nada mal, Rose.

Minha tia riu e agradeceu. Quando levantei, ela continuou: 

— Esme deixou a receita comigo se você não decidisse ir caçar.

Parei por um segundo e enruguei o cenho.

— E como sabe que eu não iria caçar? – perguntei, levando o prato para a pia. 

(adivinha, garotinha) 

— Meu pai, não é?

Rose concordou. Beijei-a na bochecha e corri para sala, aonde vi mamãe sentada no sofá, lendo um livro. 

— Shakespeare? — perguntei, dando a volta e jogando-me ao seu lado.

Ela concordou e abaixou o livro, marcando a página com o dedo. Disse que era Um sonho de uma noite de verão. 

— Pode me emprestar quando acabar?

Mamãe sorriu.

— Já estou no último capítulo. Quando eu acabar, te dou o livro. Inclusive, garotinha. Seu pai já preparou seus estudos. Está te esperando.

Sem discutir (pois sabia que iria perder) fui até meu pai.

xxx

Atrasado.

Jake estava atrasado mais uma vez. Havíamos combinado em dar uma passeio em La Push na noite anterior e mais uma vez ele havia, provavelmente, perdido a noção da hora. Estalei os dedos e então, finalmente, senti seu cheiro.

Sorri e corri para a porta. Meu coração disparou. Lá estava ele, ofegante e sorridente.

— Oi, Jake. 

— Hei Nessie. E aí, está pronta?

Torci a boca em desaprovação.

— Tenho que avisar os meus pais que estou saindo.

Jake olhou por sob meu ombro.

— Por que não pede para a Alice avisar? – perguntou ele e apontou para o jardim.

Olhei por sob o ombro. Minha tia estava regando as flores e cantarolando Frank Sinatra. Não tardou e ela olhou para nós dois, piscando com o olho direito.

— Pode deixar comigo que eu aviso sim — disse ela.

— Conseguiu escutar?

— Alto e claro – Alice riu — A propósito, Jacob vai te apresentar alguém hoje.

Meu coração dançou de animação e nervoso. Ergui os olhos e olhei para Jake, perguntando quem. Ele apenas cruzou os braços e olhou para Alice.

— Ops, desculpe. Era surpresa. Melhor vocês irem logo.

Não pensamos duas vezes. Colocamos os capacetes e subimos na moto. Jake ficou sem dizer uma palavra até La Push. Eu, muito menos, já que estava ocupada pensando em quem iria conhecer.

A viagem fora curta. Jacob manobrou a moto no estacionamento. Descemos e fomos direto para a praia. 

La Push estava parcialmente nublada. A brisa era boa e quando tirei os sapatos, senti a areia fria envolver meus pés. 

Ouvi um grito e levantei os olhos. Vi um garoto moreno, o qual o sorriso corria de orelha a orelha.

— Ei Jake! Jake, aqui!

Jacob passou o braço por sobre meu ombro e apertou seu corpo contra o meu. Sorrindo, perguntou:

— E aí, Nessie. Conhece Seth Clearwater?


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