Beautiful Soul escrita por Jubs C, Julia Brito


Capítulo 9
Desinformada.


Notas iniciais do capítulo

Oláaa vocês *-* Bom dia, primeiramente u_u

Gostaria de dizer, para as meninas que me preocuparam com o meu vovô, que ele já está melhor e está em casa *-* Obrigada pela preocupação ♥

E agora uma notícia triste: Eu tenho aula hoje. E terei que ir ): Já faz uma semana que eu não vou, tenho que dar um jeito na vida. E é por isso, que estou postando esse capítulo - chatinho - agora. E quem sabe outro mais à noite, huh? ;D

Boa leitura ((:



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Uma leve brisa atravessou a brecha da porta, imundando o quarto com um frescor do qual nós necessitávamos. Apesar do frio, que provavelmente gelaria meus ossos, lá fora, o ar dentro do quarto de Ian nunca tinha sido tão quente. Ao menos para mim.

Seus braços eram firmes e apertados, em volta da minha cintura. O que me passava um segurança imensa, principalmente depois do momento que havíamos vivido. Seu peito nu tocava a pele de minhas costas, me fazendo arrepiar com o contato. Como se o fogo estivesse tocando o gelo lentamente, de uma forma torturadora. Mas ainda assim, um tortura gostosa. Sentia seu peito subir e descer de acordo com a sua respiração, o som leve que ele emitia em meu ouvido, me fazia querer relaxar e nunca mais sair dali.

Um sorriso bobo brincava em meus lábios e eu o tentava esconder no travesseiro, mas era uma tarefa quase impossível, a felicidade que eu estava sentindo não devia e muito menos queria ser contida. 

Por isso virei meu corpo, ficando de frente para ele. Seus braços ainda me apertavam, me aconchegando em seu peito, aonde eu encostei minha cabeça, sentindo o queixo de Ian descansar, em seguida, na mesma.

Não eram necessárias palavras. Pela primeira vez pudemos demostrar tudo o que sentíamos em profundo silêncio. Vez ou outra Ian murmurava uma música desconhecida por mim, enquanto acariciava a base das minhas costas com as pontas de seus dedos. E foi por isso que eu me surpreendi quando ele decidiu quebrar o silêncio, com uma das perguntas mais difíceis que eu já ouvira até o momento.

- Será que você pode, - Ele pausou e raspou levemente a garganta antes de continuar. - Ficar grávida? - Mais uma pausa. E em seguida atropelou as palavras. - Como as mulheres humanas.

Bem, eu realmente não esperava por essa. E isso fez com que eu fosse pega desprevenida. Nunca tinha parado para pensar no assunto, para ser sincera não sabia praticamente nada sobre gravidez. 

O que eu sabia, era o que todas as almas ouviram antes de vir para cá: Quando dois humanos se amam demais e eles resolvem demostrar esse amor intensamente, uma criança é o resultado disso, nove messes depois.

Mas apenas Ian era humano, então eu não sabia o que pensar. Por isso, imitei seu ato, raspando a garganta antes de responder.

- Não pensei nisso ainda. - Senti seu rosto se movimentar, enquanto ele assentia. - Talvez. - Meus ombros quase se levantaram, uma reação muito comum nesse corpo.

- Faria sentido. - Respondeu pensativo. - Seu corpo é humano.

Levantei levemente meu rosto para encará-lo, mas o suficiente para apenas enxergar seus olhos. Ian mantinha uma expressão diferente, seus olhos brilhavam e sua boca estava levemente úmida. 

Arregalei meus olhos. Será que Ian pensava que eu estava...?

- Você acha que eu...?

Ele riu de forma divertida, e acariciou meu rosto com os dedos.

- Não, não, Peg! - Mais uma risada. - Foi só uma pergunta.

Suspirei, me sentindo aliviada. Uma sensação que veio cedo demais, Ian ainda não tinha acabado.

- Mas e se ficasse? Que mal teria?

Não teria mal algum. Isso era verdade. Mas, trazer uma criança para o mundo do qual nós estamos tentando fugir, não seria justo.

Eu não entendia o motivo de Ian estar falando sobre aquilo agora. Talvez ele quisesse uma própria família, assim como eu queria, mas tínhamos que combinar que era um tanto quanto cedo para falar nisso.

- Mal nenhum. - Dessa vez ergui os ombros, prestes a deixar o que eu tinha pensado, sair pela minha boca. - Talvez só não fosse justo.

Seus olhos agora eram confusos, tão confusos quanto os meus, minutos antes. Então, antes que ele pudesse despejar mais perguntas, das quais eu não tinha as respostas, completei.

- Trazer uma criança para um mundo onde seus pais vivem fugindo, iria torná-lo um fugitivo também. - Suspirei. Aquele assunto estava começando a me doer. Me fazia pensar que eu nunca poderia ter uma família, apenas pelo fato das almas quererem todos os humanos e de os humanos às odiarem por isso.

Ian notou a leve pontada de tristeza em minha voz, e acariciou meu rosto novamente, depositando um selinho em meus lábios antes de me alinhar de volta em seu peito.

- Não precisamos falar nisso agora. - Sussurrou.

Assenti. Grata por ele ter compreendido. 

Ian voltou a cantarolar uma música, diferente dessa vez, o som de sua voz me fez relaxar um pouco. Senti meus músculos, antes contraídos pelo rumo da conversa, se esticarem e em seguida relaxarem. Soltei um suspiro fechando meus olhos e me apertando à ele. Isso me dava uma sensação boa, uma sensação de que eu poderia ter um futuro. De que nós todos, poderíamos ter um futuro.

- Durma um pouco, Peg. 

Foi quase como se seu pedido fosse uma ordem, apertei mais meus olhos e em seguida os relaxei, sentindo o cansaço invadir meu corpo e o sono fazer o seu trabalho, me levando um lugar aonde eu pudesse sonhar com dias mais felizes.

O sol refletiu na parede, sendo ousado o bastante para passar entre as brechas das rochas da caverna. O leve brilho que ele causava, atraiu minha atenção, me forçando à abrir os olhos. O som de passos do lado de fora da caverna me alertaram e eu terminei de abri-los com uma rapidez um tanto quando desnecessária. 

Procurei por Ian, com as mãos, por toda a cama. Mas estava vazia. Mal tive tempo para ficar confusa, porque sua voz escapou pelas paredes do quarto e trouxeram suas palavras até mim.

"Eu não posso acreditar nisso!" A voz de Melanie estava mais alta do que o costume, e ela parecia nervosa o bastante para não se conter. Aquele, provavelmente, seria o dia em que ela bateria em Ian.

"Então não acredite! Foi você quem veio nos perturbar antes mesmo que o sol terminasse de nascer." Ian também não parecia mais tão calmo, apesar de controlar o tom de sua voz, num ato de tentar não ser rude.

"Eu vim atrás da Peg! Não de você!"

"E eu já disse que ela está dormindo."

"Com você, Ian!" - Gritou, e em seguida, notando como suas palavras foram altas, abaixou o tom e continuou. "Deus! Sabe-se lá o que você fez com ela!"

"Por favor, Melanie." - A voz de Ian agora continha uma pitada de ironia. Ironia não muito comum em suas palavras. Não tanto quanto eram nas de Kyle. "Peregrina nunca se meteu em seu relacionamento com Jared. Mesmo quando estavam dentro da sua cabeça, e você mostrava sabe-se lá o que para ela!"

"Peg sabe que eu o amo." - O tom antes raivoso de Mel, agora assumia um pingo de doçura. Ela nunca se abalava tanto com algo, como se abalava quando o assunto era Jared.

"E você sabe que eu a amo! Sabe que ela me ama! Qual é o problema então?" - Melanie não respondeu, dando espaço para que Ian pudesse continuar. "A Peg já é bem grandinha, para saber o que quer ou não. E você não é a mãe dela!"

Tudo bem, aquele era o momento de eu me levantar e tentar dar um jeito na situação. Ver as duas pessoas que eu mais amava discutindo não me trazia um sentimento bom. Me ergui da cama, enfiei minha calça jeans pelas pernas e uma blusa, jogada no chão, de Ian pelos braços, me aproximando da porta no segundo à seguir.

Respirei fundo antes de abri-la. Não sabia o que fazer, tudo pareceu tão fácil na minha cabeça, agora por em prática parecia um bilhão de vezes mais difícil. 

Ian e Melanie estavam de frente um para o outro, mas se viraram para a porta quando me viram passar por ela. Melanie me examinou de cima à baixo e depois fez uma careta, revirando os olhos, quando Ian se aproximou de mim e descansou um de seus braços em meus ombros. Ele sorriu para mim. Melanie não.

- Bom dia, Mel.

- Já começou ótimo. - Murmurou emburrada, prestes a ir embora, quando se lembrou de algo. - Jeb está esperando você, na sala do Doc. - Depois disso nos deu as costas e saiu andando em passos pesados, para longe.

Encarei Ian, meus olhos estavam mais confusos do que tristes, pela sua reação. Eu já estava acostumada com as mudanças de humor de Melanie, mas nunca as compreenderia.

- O que foi isso?

Ele devolveu meu olhar, em seus lábios um sorriso divertido estava prestes a aparecer.

- TPM


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Notas finais do capítulo

Mel, Mel e seus ataques de ciúmes e___e

Mas ciúmes de quem? Da Peg? Ou do Ian? Porque né, mesmo se tivesse uma larva na minha cabeça e ela beijasse o Ian sem que eu pudesse impedir, eu bem que ia gostar :3 heuheuheu'

Mas então, o que acharam? D:
Eu pessoalmente não gosto muito dele, mas a história vai começar à se desenrolar e tals.

E um aviso: Nem tudo são flores!

Então preparem o coração daqui pra frente, porque a Julia aqui adora um drama feat. tragédia u_u

Beijo, beijo e até mais tarde, se Deus permitir *u*



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