O Mistério Da Fera escrita por Liz


Capítulo 8
Capítulo 8 - Depois da briga, vem a parte favorita


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Me desculpem por não escrever antes... Tive algumas coisas que me impediram... Mas prometo que vou escrever mais e também prometo que não vou abandonar essa fic. Caso aconteça algo como viagens etc., vou avisar antes de um capítulo.
Obrigada pelos comentários lindos que vocês deixam *u* isso sempre me incentiva cada vez mais.
Espero que gostem...
Boa leitura!



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Estevão subiu até o quarto de Gisele e bateu na porta.

- Quem é? – Ela disse.

- Abra, por favor.

- E por que eu deveria?

- Porque sei que quer me ver.

- Mas você, pelo visto, não quer.

- Abra, Gisele. – Estevão aumentou o tom. Gisele não respondeu, o que o deixou mais irritado ainda. – Abra ou eu derrubo essa porta.

- Derruba? Duvido. – Isso o deixou mais irritado ainda.

De repente, ouve-se um estrondo e Gisele se assustou. Ela olhou para trás, assustada e se levantou rapidamente. A expressão enfurecida de Estevão a assustava muito mais. Ele havia conseguido derrubar a porta, mas Gisele duvidou. Ele não disse uma palavra e isso assustava ainda mais a menina que o olhava com muito medo. Ele se aproximou dela. Ela dava alguns passos para trás. Estevão já estava bem próximo dela. Gisele foi impedida de andar mais quando esbarrou na mesa repleta de livros seus. Estevão acariciou seu rosto e ela continuava com medo.

- Não sei porque tem tanto medo de mim. Você sabe que eu não vou fazer mal nenhum a você. – Ela não dizia nada. Ela se apoiou na mesa para se esquivar dele.

- O que você quer? – Ela disse.

- Eu apenas queria conversar com você.

- Sobre o quê?

- Eu fui grosso hoje mais cedo com você. – Estevão segurou-a pela cintura e a conduziu a sentar-se na cama. – Eu queria me desculpar.

- Para voltar a fazer isso depois?

- Eu nunca te tratei mal.

- Mas trata a muitas pessoas de forma pior.

- Esse é o meu jeito. 

- Você é assim? Bom saber...

- Não, não, Gisele. É que eu não consigo mudar.

- Você não consegue ou não está disposto?

- Gisele, não quero mais falar sobre isso.

- Pois que não conversemos mais. Nossos diálogos sempre terminam em brigas.

- Isso é porque você sempre está a favor de brigar! – Estevão gritou e se levantou da cama.

- Eu?

- Sim, você! – Ele apontou para ela.

- Eu que estou  a favor agora? – Ela olhou para a mão dele que estava bem próxima ao seu rosto. Ele a abaixou.

- Você sempre me desafia, sempre me deixa constrangido, sem resposta...

- Isso é bom ou ruim? – Ela se levantou e o deixou sem graça devido a proximidade que suas faces estavam uma da outra.

- É bom.

- E as brigas? – Ela tocou seu rosto.

- Por que sempre gosta de lembrar dessa parte?

- Você sempre me faz lembrar disso. – Ele foi até a porta.

- Espero que consiga se trocar, ouvir música alta ou fazer qualquer outra coisa sem uma porta.

- Você podia colocar outra aí!

- E por que deveria?

- Porque você tem dinheiro pra isso.

- E é por isso que devo gastá-lo com qualquer coisa?

- Isso é a minha privacidade! – Ela gritava.

- Pois vou te poupar de se preocupar com isso.

- Eu odeio esse lugar! – Ela gritou e saiu do quarto.

Estevão a observou, mas não foi atrás. Ele resolveu descansar. Deitou-se em sua cama e acabou dormindo.

Já Gisele resolveu se distrair com alguns livros na biblioteca, mas acabou dormindo porque sua mente estava sobrecarregada de tanto que leu esses dias. Sentia-se muito entediada e apenas tinha isso para ocupar sua mente.

***

Estevão acordou e por um minuto imaginou que toda aquela discussão poderia ter sido um sonho. Levantou-se e foi até a janela. Estava um dia ensolarado e bonito, mas já estava prestes a chegar a hora do sol de pôr. Desceu até a cozinha e procurou por Fernan. Ele estava em pé, parado como uma estátua, olhando para o chão e com as mãos apoiadas no balcão.

- O que está fazendo, Fernan?

- Eu já fiz tudo por hoje, alteza.

- E por que está aí parado?

- Estou esperando algo para fazer.

- Vá ver televisão, ler um livro, descansar...

- E eu posso?

- O que te faz pensar que não?

- É que você nunca me disse que eu podia.

- Mas nunca disse que não podia.

- Perdoe-me, alteza.

- Vá descansar, Fernan. Você precisa.

- Não precisa de nada, alteza?

- Não. Pode ir.

- Obrigado.

- Ah! – Interrompeu os passos de Fernan, que estava próximo a porta e voltou seu olhar para Estevão. – Onde Gisele está?

- Ela está na biblioteca.

- Ela disse algo a você?

- Não disse nada. Sequer nos vimos depois da discussão que tiveram.

- Ouviu tudo?

- Se me permite dizer, era impossível sequer tentar não ouvir.

- Desculpe-me por isso, Fernan. – Estevão riu.

Duas coisas inesperadas vindas de Estevão: risos e um pedido de desculpas. Fernan não sabia o que dizer.

- Não precisa se desculpar, alteza. – Fernan tentou rir para concordar com Estevão.

- Pode ir, Fernan. Descanse bem.

- Obrigado. 

Fernan parecia não ouvir bem o que Estevão estava dizendo. Descanse bem? Perdoe-me? E risadas?

Estevão ficou com seus pensamentos. Ele tentou se lembrar de cada palavra que Gisele usou. "Eu odeio esse lugar" era uma das frases que não se desgrudava de sua mente. 

Ele resolveu ir até a biblioteca, mesmo sabendo que os riscos de outra ou outras discussões surgirem eram grandes. 

Ele entrou na grande biblioteca e procurou por Gisele. Passou pela primeira prateleira e não a viu. Passou por várias prateleiras e não a achou. Até que chegou em uma a viu deitada no chão, em cima de vários livros. Ele se aproximou e viu que ela estava apenas dormindo. Ele se sentou perto dela e observou os livros que estavam a sua volta. Eram livros de grandes escritores portugueses, entre eles, Luís de Camões e Almeida Garrett. 

- O que faz aqui? - Gisele se sentou.

- Acho que não fui muito educado com você.

- Você acha?

- Gosto muito de você, Gisele.

- Não sei se posso dizer o mesmo.

- Por quê?

- Quero alguém que sempre me trate bem. Você sempre grita comigo.

- Eu vou tentar não fazer mais isso.

- Apenas tentar não é o suficiente.

Silenciaram por um tempo.

- Você me lembra este escritor. - A menina apontou para um livro de Almeida Garrett. - Ela sorriu.

- E por quê? - Ele sorriu também.

- Você é sedutor. Deve ser um homem de vários amores.

- E acha que eu consigo ser com essa aparência horrível?

- Acho que sim. Se está conseguindo conquistar a mim, por que não a várias?

Estevão a observou e se aproximou. Tocou seus lábios e, com a outra mão, segurou sua cintura. Ele a beijou. Eles interromperam o beijo quase juntos. Estevão se deitou e Gisele deitou em seu peito. Ele fazia carícias em suas alaranjadas bochechas.

- Acho que depois da maioria das brigas, sempre vem a minha parte favorita.

- Qual é?

- Poder ficar perto de quem eu gosto por quanto tempo seja conveniente a nós.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ter lido!
Fique com Deus...
beeeeeeeeeeijos :*



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