Doce Veneno escrita por Makiyenn


Capítulo 17
Problemas


Notas iniciais do capítulo

Finalmente, voltei o/

Acho que esse foi o capítulo com mais falas, custou muito escrever.

Avisando que escrevi esse capítulo quando estava muito abalada emocionalmente, então não liguem se ficou meio...

Aviso: Capítulo sem revisão.

Enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/354446/chapter/17

“Seu pai sonhava em ser cantor. Na verdade posso dizer que ele se foi fazendo o que amava. O acidente aconteceu quando ele voltava de uma apresentação. Falei tanto para ele tomar cuidado quando estivesse naquela moto, mas ele sempre foi teimoso...”.

Kyoko não conseguia esquecer as palavras de Chieko, muito menos a sensação em seu peito. Talvez estivesse completamente quebrada se ele não estivesse com ela.

A garota não disse uma palavra a Ren sobre a conversa que teve com sua mãe. Apesar de estar preocupado com ela a ponto de esquecer das gravações, ele respeitou essa decisão.

Os dois estavam no set terminando as gravações daquele dia. Ela estava mais focada no trabalho que o normal.

“Então ela se apoia no trabalho quando está preocupada...”, Ren imaginou o quanto ela sofreu durante seu período na América. “Meus parabéns, Kuon, você é um idiota!”.

Quando as gravações terminaram, Ren foi visitar a garota em seu camarim. Durante todo o dia ela não lhe disse nada, talvez estivesse envergonhada pela declaração do dia anterior, talvez estivesse preocupada com a situação de sua mãe, talvez as duas coisas, mas o que importava era que ele não iria deixa-la suportar tudo sozinha.

Entrou no camarim e trancou a porta. Ela estava em pé, de costas para Ren, encarando o visor do celular, com certeza pensando em ligar para o hospital e checar a situação de sua mãe. Ren aproximou-se e abraçou-a por trás gentilmente.

- Você parece bastante preocupada, quer ir visitar sua mãe? – disse beijando o topo da cabeça da garota. Kyoko não respondeu. – Quer conversar? Você não precisa suportar isso sozinha. Estou do seu lado, lembra?

- Desculpe – apertou o braço dele, aceitando o gesto de carinho. – É apenas força do hábito. – sorriu.

- Ah... Você me faz sentir vontade de não te soltar nunca. – apertou-a mais firmemente. - Kyoko soltou uma risadinha triste. – Tem certeza que não quer visita-la? Você parece bastante preocupada.

- Tudo bem, só estou cansada. – virou-se pra Ren e segurou seu rosto. – Obrigada por se preocupar. Ela me disse para voltar lá só amanhã, mas não me disse o porquê.

- Ela deve estar pensando em seu trabalho. Não se preocupe tanto com isso. – deu um leve beijo nos lábios dela. – Está tarde, quer ir comer alguma coisa?

- Tsuruga Ren está me convidando para comer alguma coisa? Você que sempre tenta fugir das refeições? – disse entre risos.

- Oh, será o poder do amor? – sorriu ao vê-la corar. – Como consegue ser tão fofa? – pegou-a nos braços, como uma princesa, fazendo-a soltar uma exclamação de surpresa e corar ainda mais. Beijou-a intensamente sendo retribuído de forma tímida.

- Já chega, R-Ren. – disse empurrando o peito dele. – Me coloque no chão, isso é embaraçoso.

- Não! – mordeu o lábio da garota. – Hoje te levarei como uma princesa.

- Ren! Se alguém nos ver dess-

- Que importa? – interrompeu. – É bom que todos saibam, assim ninguém tentará se aproximar de você. Principalmente aquele tal de Kenji. – sua expressão ficou mais séria. – Não sabe como eu quis interromper as gravações de hoje.

A garota lembrou-se da aura esmagadora que ele emanava e não conseguiu segurar o riso.

- Deveria saber que você era ciumento desse jeito. Agora me coloque no chão. – ouviu ele murmurar algo incompreensível antes de deixa-la se soltar. – É... Melhor deixar as coisas assim por enquanto. Nós ainda não nos acertamos direito e-

- Então você quer um pedido formal? – sorriu galantemente. – Pois bem... – ajoelhou-se como um verdadeiro cavaleiro.

- O que está fazendo? – a garota ruborizou quando Ren segurou sua mão e beijou pausadamente.

- Mogami Kyoko – dizia enquanto subia beijando-a pelo braço. – Eu prometo nunca te fazer chorar, nunca deixar você sozinha, nunca ir embora sem explicação, nunca deixar alguém tirar proveito de você. – levantou-se e beijou a palma da mão dela. – Prometo principalmente te fazer feliz, então, você aceita Hizuri Kuon como – alcançou o pescoço e deu uma mordiscada, fazendo a garota se arrepiar. – seu namorado?

- O-o-o que deu em você hoje? – disse completamente envergonhada. – N-não há n-necessidade disso...

- Hm, devo considerar isso como um sim? – ela acenou afirmativamente. Ren agarrou-a pela cintura. – Então, agora é oficial, Kyoko, você é minha. – preparava-se para beijá-la quando foi interrompido por três batidas na porta.

- Está aí, Mogami-sama?

- Sim! Já estou saindo. – tentava soltar-se de Ren.

- Por que alguém sempre interrompe? – suspirou. – Vai querer comer alguma coisa?

- Sim, mas me solte, é melhor não dizermos nada agora. – novamente Ren fazia aquela expressão de cachorrinho. – N-não faça essa cara! Não é que eu não queira estar com você... – segurou o rosto dele e deu um selinho. – Mas agora não.

- Ok, ok, se você está dizendo... Vou te esperar no carro.

- Sim... – Kyoko tentava manter uma pose indiferente, mas por dentro estava sentindo-se plenamente feliz. Todos os problemas pareciam ter sumido.

Sentia vontade de gritar para o mundo.

[...]

- Sente-se, vou preparar um chá. Você quer? – Kyoko disse ao entrarem em seu apartamento.

- Não, tudo bem, acho que comi demais no restaurante.

- Hai, hai.

Ren sorriu e caminhou até o sofá. Pela primeira vez observou com cautela o lugar onde a garota vive. Cada parte da mobília parecia se encaixar perfeitamente com a personalidade dela.

- Tem certeza que não vai querer? – disse sentando-se próximo à Ren. – Está ótimo.

- Estou bem, só preciso de seu colo. – Ren aproveitou e deitou a cabeça no colo da garota. – Ah, senti falta disso.

Kyoko corou levemente com a expressão de Ren. Seu coração pulava feito louco.

“Como ele consegue fazer essas coisas tão naturalmente?”. Desviou o olhar até conseguir acalmar seus batimentos.

- Sabe, - começou a acariciar o cabelo do rapaz, mas sem encará-lo. – ontem minha mãe me falou um pouco sobre meu pai.

- Oh. – Ren sabia o quanto aquele assunto era delicado para a garota. – O que ela disse?

- Chieko disse que o sonho dele era ser cantor. Acho que é por isso que ela gosta do Sho. – Ren sentiu uma pontada no peito. – Ele morreu pouco depois que eu nasci em um acidente de moto. – suspirou. - Ele voltava de um apresentação, deveria estar muito contente e não viu o motorista bêbado que estava na contramão e... Bem, você sabe...

Ren colocou a mão sobre o rosto da garota e obrigou-a a encará-lo. Os olhos demonstravam a dor que ela sentia com as próprias palavras. Percebeu que ela realmente precisava de um tempo antes de falar sobre o assunto com ele.

- Está tudo bem, Kyoko. Estou aqui.

- Sim. – disse finalmente sorrindo.

Ficaram assim por alguns minutos até que três batidas na porta interromperam o clima entre os dois.

- Hm... Não vá abrir. – disse abraçando-a pela cintura, ainda deitado em seu colo. – Finja que não tem ninguém em casa.

- O porteiro deve ter avisado que tinha alguém, Ren.

- Tsc. – suspirou antes de levantar-se.

Kyoko levantou-se rindo do jeito mimado de Ren, mas seu sorriso desapareceu assim que abriu a porta e viu Fuwa Sho parado encarando-a.

- S-Sho...

- Espero estar atrapalhando alguma coisa. – sorriu.

Ren sentiu um formigamento incômodo na nuca. Sempre sentia isso quando se encontrava com Fuwa Sho.

“Desse jeito, vou acabar envelhecendo rápido...”.

- Ah, não, tudo bem, pode entrar. – Kyoko falava um pouco sem jeito.

“Tudo bem? Pode entrar? Esqueceu que estou aqui? Como assim?”. Ren não conseguia acreditar no que estava ouvindo.

Sho entrou como se estivesse em casa. Aquilo irritou Ren ainda mais. Sentou na poltrona e ficou encarando Ren, enquanto Kyoko foi para cozinha preparar um chá para Sho.

- Vejo que não perdeu tempo, Tsuruga, ou deveria dizer Hizuri?

- Vejo que não mudou muito Sho, e será que devo agradecê-lo por ter me dado a oportunidade?

- Como foi o tempo na América? – tentava mudar o rumo da conversa. – Pelo que vi nos jornais, parece que você se divertiu bastante.

- O que está insinuando? – Ren se levantou, agora sua expressão demonstrava toda a fúria que ele sentia.

- Não precisa ficar nervoso, ou está assim por que soube do meu relacionamento com Kyoko? – Ren puxou Sho pela gola da camiseta. – Oh, ele está nervoso. Você tem motivos? Sabe muito bem que não tem o direito de cobrar nada dela. – Ren soltou a gola do rapaz. – Heh, “insaciável Hizuri Kuon”, sabe o quanto isso machucou ela?

- Você sabe muito bem o que aconteceu. – Ren tentava não parecer envergonhado, mas as palavras de Sho acertaram em cheio sua ferida. – E não estou nervoso com uma coisa dessas, esse namoros de facha-

- Sei muito bem como funciona essa coisa toda de namoro de fachada. – deu um meio sorriso. – Mas saiba de uma coisa, – aproximou-se um pouco mais. – o que eu tive com a Kyoko foi muito real. Muito mais real do que um dia você terá com ela.

Sho sorriu novamente ao ver a expressão de Ren. Deu meia volta e preparava-se para sair do apartamento, quando Kyoko apareceu com o chá.

- Já está indo, Sho? – disse sentindo-se incomodada com o clima da sala.

- Tenho umas coisas para fazer. Ah, mande lembranças à Chieko por mim. – sorriu. – Estarei meio ocupado essa semana e talvez não poderei visita-la. - Kyoko assentiu.

Sho saiu do apartamento de certa forma feliz, tendo a certeza de que isso causaria algum problema.

[...]

Ren estava calado, ainda de pé, no mesmo lugar onde tivera a discussão com Fuwa. Kyoko ficou assustada com a expressão dele.

“Shoutarou... Você não...”.

- Entre você e Fuwa – disse pausadamente, como se não acreditasse nas próprias palavras. – o que aconteceu?

Kyoko estremeceu por um momento. Engoliu seco ao perceber que não havia resposta para aquela pergunta. Uma que não o magoasse. Manteve-se calada e desviou o olhar. Essa atitude foi tudo que Ren precisou. Aproximou-se bruscamente da garota e a colocou contra a parede.

A expressão de Ren completamente enfurecida.

O formigamento na nuca transformara-se em pontadas agudas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não gostei muito desse capítulo... Não sei porquê, mas enfim, espero que tenham gostado.

Agradecer aos comentadores e aos leitores fantasmas também, amo vocês. ♥

Comentem ^^



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Doce Veneno" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.