Promisses From Another Life escrita por Fuinha, KillerPanda


Capítulo 8
Capítulo 8 — Coisas que não entendo


Notas iniciais do capítulo

OLÁ LEITORES E....olá Fuinha. Sim! Eu também não disponibilizei esse capítulo para a Fui-chan, mas não foi por querer...é que eu acabei de terminar de escrever e não ia dar tempo de passar pra ela antes de postar...ENFIM, aqui está o 8º capítulo e eu espero que gostem.
Sem mais delongas, boa leitura

P.s.: lá embaixo eu tenho algo pra perguntar a vocês



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Capítulo 8 — Coisas que não entendo

Pov's Lucy

As cenas tão marcantes do dia anterior passavam pela minha mente como nuvens negras enquanto eu lentamente andava em direção ao colégio. 

Se eu continuasse nesse ritmo certamente chegaria atrasada, mas acho que eu não me importava. No fundo sabia que somente adiaria o inevitável encontro com ele. Sim, ele. O garoto das sakuras e suposto "pai" de meus filhos, Natsu Dragneel. 

Eu devia estar louca para sequer me incomodar com esses sonhos sem nexo, mas eu não podia deixar de lado o fato de que eles haviam me perturbado e muito. Como eu poderia acreditar nessas besteiras? Era impossível que eu tivesse dois filhos, visto que eu sou tão nova e que nunca tive ESSE tipo de interesse em nenhum homem, se é que você me entende...

Além disso, eu não poderia me esquecer do motivo que estava me fazendo ficar ainda mais nervosa a medida que me aproximava daquele lugar de tiranias sem fim muito conhecido como "colégio". Gray havia me beijado. Natsu tinha visto. Ele ficara magoado (pelo menos foi isso que a garotinha, Nashi, me dissera). Eu não entendia o por quê. E agora estava nervosa. Bacana.

Assim que cheguei aos portões da escola olhei para o relógio em meu pulso. Os ponteiros marcavam sete e meia da manhã. Muito legal. Estava meia hora atrasada. Nem me dei o trabalho de entrar no prédio e simplesmente sentei-me em um banco de jardim, logo pegando meus fones de ouvido em minha bolsa e aumentando o volume do meu celular para que talvez o barulho da música mascarasse a minha ansiedade. Fechei meus olhos para apreciar a melodia.

Senti alguém se sentar ao meu lado, porém não estava interessada em saber quem era. Os minutos se passaram e ninguém se pronunciou. Fiquei curiosa, então olhei para o meu lado. Fiquei surpresa quando vi a menina do caderno de desenhos cor-de-rosa olhando para mim como se esperasse que eu dissesse algo. Se eu não me engano, seu nome era Lisanna. Aparentemente ela era a tal amiga de infância de Natsu e isso me incomodava profundamente. Não era como se eu gostasse dele nem nada...ou era? Não. Eu tenho um moreno gostoso afim de mim e isso já é mais do que suficiente para essa humilde Heartfilia. Ao perceber meu olhar intrigado sobre si, a albina se pôs a falar.

— Er...é Lucy, né? — como não eu não respondi, ela continuou — Prazer, sou Lisanna — ainda não disse nada — Estamos na mesma classe não é? Eu sento bem perto de...

— Fala logo o que quer falar porque hoje eu não tô com cabeça pra ficar jogando conversa fora. Seja objetiva, por favor — eu a cortei. Não era minha intenção ser rude, mas juntando o fato que eu não vou com a cara dela com o meu humor, acho que responder torto era inevitável. Lisanna se espantou. Acho que foi com meu tom de voz, pois seus olhos se arregalaram e ela ficou estática por um breve momento, logo se recompondo e adotando uma postura mais séria.

— Ok, então. Tentei ser legal mas parece que você não quer colaborar. Sendo assim, irei direto ao ponto. Não sei se isso fará algum sentido pra você, tendo em vista que é somente uma suposição, mas eu tenho uma pergunta a lhe fazer. Você tem algo a ver com a depressão...não...mágoa que o Natsu estava sentindo quando me ligou ontem a noite? — ela estava tão concentrada que seus olhos pareciam tão ágeis quanto os de um lince e eu sabia que a albina estava monitorando todo e qualquer movimento que eu fizesse, mas isso não me importava. O problema eram aquelas palavras ecoando em minha cabeça: "mágoa que o Natsu estava sentindo". Meu coração ficava mais apertado a medida que eu pensava nisso. Será que era por causa do beijo? E se fosse, por que ele ficaria magoado com isso, sendo que mal nos conhecíamos? A última coisa que eu queria fazer era magoar o rosado. Eu não queria molhar aquela face de traços tão suaves e lindos de lágrimas, não queria que aquela risada alta e contagiante cessasse, não queria ofuscar o brilho daquele sorriso tão belo e aconchegante, e o pior de tudo era que eu não entendia o por quê dessas coisas. Por mais que me esforçasse para entender o que estava sentindo, parecia que sempre que eu chegava perto de uma conclusão racional eu me deparava com uma falha em minha memória e somente podia ver um branco sem fim. Isso me frustrava mais do que tudo.

— Não vai responder, é? Isso quer dizer que você tem mesmo algo a ver com o estado dele? Eu vi o modo como ele olha pra você. É como se estivesse hipnotizado ou algo do tipo.

— Me desculpe. Não sabia que ele tinha se machucado com aquilo. Não se preocupe, pedirei desculpas a ele adequadamente. Vamos logo ou chegará atrasada para a segunda aula também — após isso eu me levantei e comecei a andar em passos largos na direção do prédio do colégio, enquanto atrás de mim Lisanna gritava algo com o qual não me importava. Eu sou tão gentil que me  as vezes me surpreendo, sabe...

Assim que coloquei meus pés dentro da sala de aula fui atacada por minhas enlouquecidas amigas

— VOCÊ VAI, NÃO É? — Levy gritava junto de Cana e Erza

— Vou aonde? — respondi intrigada — Do quê estão falando, suas malucas?

— DO BAILE, ORAS!!! DO QUE MAIS PODERIA SER??? — as garotas gritaram em uníssono.

— Mas...que baile...?

— Ah, é verdade, você não estava aqui na primeira aula.... — Erza FINALMENTE percebeu — Deixe eu explicar. Todo ano nosso colégio organiza um baile de boas-vindas aos novos alunos. Eu estudo aqui faz anos e nunca entendi o por que disso... mas enfim. É um baile de gala e os garotos têm uma semana pra convidar as garotas — a ruiva disse tudo em um só fôlego. Como esperado de nossa representante de classe. Um esplendor — Agora voltando à pergunta inicial, você vai, não é?

— Se alguém me convidar... — respondi simploriamente

— COMO ASSIM SE ALGUÉM TE CONVIDAR??? Não me diga que você não percebe o rio de baba de garoto que é formada no corredor sempre que você passa. Os meninos estão todos de olhos em você, querida. Acredite... a fonte é confiável — Levy parecia animada com a ideia. Não entendi o por quê.

— Mas hoje você tá exaltada, viu baixinha! Se continuar assim, o Redfox vai se assustar com o seu jeito e vai desistir de te convidar. Toma cuidado, hein — a piada fez as bochechas de Levy corarem violentamente enquanto eu ria feito uma louca. Cana, como você é má — E você, Erza? Já se decidiu quem é seu príncipe? Seria Jellal, dos cabelos azuis reluzentes, ou seria Nat..... — antes que a morena concluísse a frase, a ruiva tapou sua boca com uma de suas mãos impedindo que  a amiga continuasse

— Cana, eu não sei de onde você tira essas conclusões sem sentido, mas eu já vou te avisando: se você valoriza sua vida nem que seja um pouco,pare de falar — a forma ameaçadora de Erza me parecia familiar. Aparte disso, parece que a amante da bebidas se assustou e resolveu se calar — Ótimo. Você ainda tem noção do perigo.

Ainda dando gargalhadas, me virei para ir ao meu lugar de sempre me deparando com um rosado aparentemente constrangido na minha frente. Anda hesitante ele começou:

— Er... oi, Lucy.... er... e-eu queria saber se vo-você..... — Natsu parecia estar se enrolando com as palavras, então resolvi ajudá-lo

— Se eu trouxe sua camiseta? — apesar de estar extremamente nervosa consegui controlar minha voz e parecer despreocupada — Pode ficar tranquilo que eu a trouxe sim. Eu só percebi que ainda estava com ela em casa. Me desculpe..... — então forcei um sorriso para descontrair um pouco e estiquei meu braço para entregá-lo a peça de roupa — e me desculpe também pelo beijo com Gray... — baixei meu tom de voz consideravelmente para dizer esta última parte, tanto que acho que nem mesmo o rosado ouviu o que disse. Antes que pudesse pensar em algo mais para dizer, senti um braço ser jogado por cima de meus ombros e uma voz conhecida fazer sua aparição

— Você vai comigo no baile, né Loira? — Gray fala, gostoso como sempre, para todos ouvirem. Me vi em um beco sem saída. A sala inteira tinha ouvido o que o moreno tinha dito e se eu recusasse pegaria mal para ele e eu me sentiria muito culpada. Sem escolha, apenas balancei a cabeça positivamente como se essa fosse uma resposta óbvia. Bem lá no fundo sabia que estava esperando que o garoto das sakuras me chamasse, mas parece que agora isso era impossível. Olhei para Cana, Levy e Erza. As três perceberam meu olhar sobre elas e piscaram para mim todas ao mesmo tempo com o polegar para cima "aprovando" meu par — Yoooosh!! Agora tenho minha garota como acompanhante. Além de ser gentil, inteligente, bondosa e, diga-se de passagem, a garota mais linda deste colégio, beija bem. O que posso dizer? Sou o cara mais feliz do mundo.

Os olhos de todas as meninas do recinto se arregalaram e eu senti uma energia negativa, uma aura de ódio pairar no ar. Parece que eu seria espancada ou algo parecido assim que a aula se encerrasse. Por outro lado, a maioria dos meninos da classe baixaram a cabeça em suas respectivas carteiras e eu poderia jurar que vi lágrimas saindo dos olhos de alguns. Aparentemente, eu e Gray somos muito populares. Fazer o que, né? Todos me querem.

Então eu ouvi algo.

— Natsu! O que você tinha na cabeça quando resolveu se tatuar? E que desenho é esse? Por que você você fez isso? Por que não me ligou antes? — Levy parecia uma inquiridora interrogando Natsu. Mais importante: de que tatuagem ela estava falando? Intrigada, olhei para o braço do rosado e vi um símbolo estranho em vermelho rodeado por uma vermelhidão comum quando uma tatuagem é nova. Nova? Espera. Ele já não tinha essa tatuagem? E que símbolo era aquele? Era tão maluco que nem que nem descrever aquilo eu conseguia.

— Foi mal, baixinha, mas já estava ficando tarde e crianças não devem ficar acordada depois das nove e meia ou não conseguirão dormir todas as doze horas necessárias para um bom desenvolvimento — o rosado tirava sarro da azulada enquanto esta se enfezava e dava um murro no dolorido braço tatuado do garoto — Você é má, Levy-chan — Dragneel fazia bico enquanto Levy murmurava um "me responda seriamente". Ela pode ser muito assustadora as vezes... — Ok, ok... não precisa me bater. Depois não sabe por que o tal do Gajeel sai correndo quando você tá perto — a Levy versão Jason faz uma nova aparição — TÁ BOM! TÁ BOM! Já parei... Agora falando sério... eu fiz essa tatuagem porque eu estava meio que quebrado por dentro, sabe? Foi uma tentativa de fazer um certo alguém se lembrar de algo muito importante. Ainda não sei se teve o efeito desejado, mas eu espero que ela se lembre logo. Tá ficando difícil aguentar essa barra sozinho... — a expressão de tristeza e cansaço na face do garoto eram avassaladoras. Ver aquele rosto tão radiante murcho desse jeito me fez murchar também. Mas parece que a baixinha não se importou com isso.

— Você disse "ela"? Huuummmm.... quem é "ela", Natsu? Seria...a garota dos seus sonhos, talvez? Seria....... — então ela se aproximou ainda mais do rosado para concluir sua fala. Não pude ouvir o nome da criatura que eu iria matar, pois a única coisa que veio à minha mente foi "SE APROXIME MAIS UM CENTÍMETRO QUE EU CORTO SUA CABEÇA FORA". Enfim, cheguei a conclusão de que a azulada é um gênio, pois, tendo em vista o modo como Natsu corou e virou a cabeça de lado, ela deveria ter acertado em sua suposição. 

Gray insistiu em me levar para casa, dizendo algo como "se eu deixar meu tesouro por aí sem cuidado algum, alguém pode tentar roubá-lo de mim". Mas o que? Ele me roubou um beijo e já está me chamando de "meu tesouro". Qual é o problema dele?

Durante todo o trajeto de volta para casa eu refleti sobre o porquê da tatuagem do garoto das sakuras e sobre como eu deveria torturar a causadora de seu sofrimento. O que me incomodava era o fato que eu tinha a nítida sensação que essa pessoa era eu mesma.


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Notas finais do capítulo

E então galera??? Gostaram? Não gostaram? Estava bom? Ruim? Ótimo? Péssimo? Merecemos comentários?
Enfim...o que eu tenho a perguntar é: se depois que a gente terminasse essa fic começássemos uma fic Gruvia, vocês adotariam a ideia? Já temos um projeto meio que pronto.
Kissus da Panda



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