Promisses From Another Life escrita por Fuinha, KillerPanda


Capítulo 5
Capítulo 5 - Esperanças


Notas iniciais do capítulo

Yoo~ Desta vez não me atrasei mesmo tendo tido um piquenique hoje XD
Espero que gostem do capítulo, eu realmente me diverti escrevendo-o, e minha irmãzinha de coração gostou muito dele. Obrigada Akira-chan ♥ Esse capítulo é para você aí em Joinville.
Sem mais delongas, boa leitura~



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Capítulo 5 — Esperanças

Este estava sendo um ótimo encontro levando em conta o fato de quê Lucy não entendia praticamente nada do que eu falava sobre a guilda, e também que quem deveria estar aqui, segundo a loira, deveria ser Gray, não eu. Ela parecia realmente não se lembrar de nada, nem mesmo de mim. O que era um pouco desanimador, não podia se esquecer de um amor como o nosso, não é? Ela me amava... Certo? Queria muito acreditar nisso. Tudo aquilo que fiz para ela no passado, e vice-versa, não poderia ser simplesmente amizade, tinha de ser algo a mais. E eu iria conquistar esse algo a mais agora. No mínimo eu esperava que ela estivesse se divertindo, afinal, estava fazendo o meu melhor para ela se sentir da mesma maneira que eu. Tentei realmente parecer alguém legal, contrário à descrição de Gray. Acho que consegui não ser mais o cara das pimentas para a loira – pelo menos ela não me chamava por apelidos “carinhosos” como meu melhor amigo stripper.

Seus sorrisos, assim como a sua risada e cheiro, faziam com que meus batimentos ficassem acima do normal. Por ventura Lucy me olhava como se fosse maluco – geralmente quando eu falava algo relacionado ao nosso passado – e outras vezes, percebia-a fitando minha barriga definida. Podia jurar que seu olhar sobre mim era mais freqüente do que as espiadas durante a aula para Gray – o que me alegrou e muito, agora ela percebia que na verdade eu era muito melhor do que aquele stripper.

Como o pôr do sol estava próximo, nos sentamos sobre a toalha que trouxe, e tenho de admitir que este dia, vendo o desabrochar das flores de cerejeira, estava sendo muito melhor do que da última vez quando levei as árvores até Lucy. Claro, vê-la sorrindo por algo que eu fiz era ótimo, mas assistir junto dela era melhor ainda, levando em conta que agora ela não estava doente. Mas do mesmo jeito seu olhar maravilhado sobre as árvores me deixava sem fôlego. Aquele sorriso de criança e os olhos brilhando... Aquilo fazia com que eu automaticamente sorrisse também. Voltei minha atenção para a delicada mão repousando sobre a toalha, e, ao mesmo tempo servindo de apoio para a loira. Cogitava em pegar nela, como naqueles filmes de romance que Levy tanto adorava, e acho que Lucy também, mas nós nem éramos amigos por enquanto. Qual direito eu tinha de pegar em sua mão? Nenhum. Este é o problema. Ridículo, não? Há vários casais que no primeiro encontro já vão para a cama e eu nem consigo pegar na mão da loira.  Se a baixinha azulada estivesse aqui me daria uma bronca e diria que nós dois já deveríamos estar nos beijando. Aquela pervertida... Fiquei um pouco mais calmo e vagarosamente fui aproximando minha mão da dela, e, depois de tanto temer peguei em sua aveludada pele. Para meu alívio, ela além de não me olhar estranho, apertou forte minha mão. Senti minhas bochechas ficarem rubras, voltei a fitar o pôr do sol com um sorriso estampado.

— Eu acho que essas cerejeiras ficariam lindas se suas flores mudassem de cor como um arco-íris — Lucy falou um pouco incerta. Olhei-a com um brilho nos olhos. Ela lembrava então das tão incomuns árvores de Magnólia. — Ah, desculpe — balançou a cabeça provavelmente espantando tais pensamentos. — Você deve estar me achando maluca. Árvores que mudam de cor... — riu de si mesma deixando a frase no ar. — Isso é impossível.

— Não, não, não — neguei incentivando sua ideia, que na verdade era por uma parte verdade. — Isso é... Fascinante, e você não é maluca — sorri gentilmente sem querer me aproximando da loira já vermelha.

— Obrigada — ela sorriu por fim voltando sua atenção para o horizonte. — Eu queria ver isso algum dia... Árvores que mudam de cor — disse vagamente.

— Eu te mostro, prometo — falei mais como para mim mesmo, mas acabou que ela me ouviu e me olhou constrangida, fazendo com que eu também ficasse envergonhado. — Ér... Quer dizer... — dizia nervoso. — Eu v-vou comprar sorvete para a g-gente, tá? — levantei-me apressadamente soltando de sua mão.

— C-Claro, sim, sorvete... — falou arrumando seus cabelos desviando o olhar.

Assenti com a cabeça e sai andando procurando o moço com o carinho de picolés. Estava nervoso demais, minhas mãos suavam enquanto meu coração apenas acelerava. Era como se tudo voltasse a ser como antigamente. A incerteza e a tensão de passar de apenas amigos para namorados. Na verdade nosso relacionamento agora se restringia talvez a algo menos que amizade. O que provavelmente era verdade, e eu não gostava de nenhum jeito, era a amizade que Lucy tinha com Gray agora. Argh! Isso era frustrante! Fui tirado de meus pensamentos pelo barulho típico do sorveteiro. Corri em sua direção entrando na fila, que, na verdade, se constituía de apenas uma criança. Olhei para a menininha em minha frente. Ela tinha cabelos ruivos, um pouco rosados, e olhos castanhos chocolate que me lembravam muito certa loira. Sorri inconscientemente vendo aquela garotinha. Ela lembrava muito a filha que talvez um dia eu tivesse com Lucy. Comprou seu sorvete e quando se virou para ir embora acabou esbarrando em mim sujando minha blusa com calda de chocolate.

— D-Desculpe-me, s-senhor — falou tentando limpar minha roupa.

— Não tem problema, eu não gostava dessa blusa mesmo — disse rindo tentando acalmá-la. Na verdade eu adorava essa camisa, mas ela não precisava saber disso.

— Não tem p-problema...? — repetiu com dúvida.

— Nenhum! — sorri. — Se eu você fosse comeria esse sorvete antes que ele derretesse — falei brincalhão.

— Ah, s-sim — ela ficou sem graça olhando para a casquinha.

— Hein, qual o seu nome, garotinha? — perguntei curioso enquanto ela dava uma lambida na calda de chocolate restante.

— Nashi, senhor.

— Nashi... Que nome lindo — falei sorrindo. — E cadê seus pais? Eles devem estar preocupados.

— Ah, é verdade, eu tenho de ir, senhor — disse lembrando-se e logo depois sorriu. — Até mais!

— Até... — acenei para a menininha que agora corria para dois adultos ao longe. Não conseguia enxergar quem eram, apenas via os dois abraçados acenando para a filha.

Eles deveriam ser uma família muito feliz. Quando dei por mim o sorveteiro já tinha ido embora. Ótimo, agora vou voltar com cara de bobo para Lucy com as mãos abanando. Espere... Eu estava já se esquecendo dela! Droga. Logo comecei a correr para onde havia deixado-a sozinha sentada sobre a toalha. Felizmente eu era um bom corredor. Mas isso não me impediu de ver a loira caída sobre a toalha com um corte simples em sua perna. O que diabos aconteceu? Sinceramente, ela continuava sendo até mais desastrada do que antes, não podia sequer ficar um segundo sozinha que já aprontava algo. Lucy era pior do que uma criança. Corri em sua direção, ela parecia estar tranqüila, não demonstrava dor nem mesmo agonia. Agachei-me do seu lado recebendo um sorriso sem graça em troca.

— O que raios aconteceu aqui? — perguntei preocupado examinando melhor o machucado. Estava sangrando ainda, isso não era bom, tinha de estancar o sangramento.

— Ah, eu fui ajudar um menino que teve sua pipa presa na árvore, e no final eu acabei caindo e me cortando — falava calmamente.

Enquanto escutava a explicação de Lucy, tirei minha camisa, ficando com o peito nu, e no exato momento estava a marrando no local do corte fazendo com que ele cicatrizasse mais rápido. A loira parou de falar e logo olhou para mim surpresa, sem falar corada. Ela observou bem minha barriga, sem querer me gabar, mas eu tinha um corpo de dar inveja a muitos. Por alguns segundos – tempo o bastante para terminar o curativo rápido –, a loira finalment6e conseguiu se pronunciar.

— O QUE V-VOCÊ ESTÁ F-FAZENDO?! — gaguejou sem desviar o olhar de mim, mas alternava entre fitar meus olhos e meu peitoral.

— Fazendo primeiros socorros — terminei de amarrar minha camisa e olhei diretamente para os olhos castanhos de Lucy. —, sua estranha.

— E-Eu não sou estranha e não sou eu que e-está sem camisa — a cada palavra dita o rosto dela ficava ainda mais vermelho.

— De nada por te ajudar, estranha — provoquei novamente.

— Olha aqui seu ma- — foi interrompida pelo toque de seu celular. Pegou o mesmo de dentro da sua bolsa e logo o atendeu um pouco confusa. — Alô? ... Sim, sim... Claro... Está bem... Já estou indo, tchau — desligou e guardou novamente o aparelho. — O encontro foi ótimo, você não é o stalker que eu pensei que era e então é isso. Tenho que ir para casa. Até outra hora, Natsu-kun — completou beijando minha bochecha, logo, se levantando e saindo correndo de volta para casa, com a minha blusa amarrada em sua perna.

Acenei para o vazio e percebi algumas garotas passarem perto de mim e soltarem uma risadinha seguida de comentários nada puros. Pouco ligava, não estava com frio de qualquer jeito. Levantei-me e saí andando normalmente para fora do parque. Antes que me afastasse de vez virei para trás, Lucy ainda não tinha desaparecido completamente de minha vista, pelo jeito seu celular tocou novamente. Depois de desligar, a loira voltou a correr e tropeçou caindo de cara no chão. Mas logo se recompôs e voltou a seguir seu caminho apressada. Ri baixinho para que ninguém me achasse louco.

— Sua estranha — murmurei para mim mesmo.

Continuei a andar calmamente pelo parque fitando co céu, já escuro. A noite estava linda, principalmente as estrelas, elas me faziam lembrar tanto do passado. Gostava principalmente de cometas e estrelas cadentes, já que certa vez peguei uma. Uma linda loira, a minha estrela cadente. Parei de andar e me concentrei em apenas observar as constelações, consegui identificar algumas. Pyxis, Taurus, Crux, Gemini, Leo. Particularmente eu não gosto nem um pouco da de leão, ela me incomodava, não sei, apenas não era minha favorita. Enquanto estava perdido em pensamentos, ouvi uma risada infantil e feminina seguida de vozes mais adultas e familiares. Rapidamente voltei minha atenção para o que estava a minha frente. Pude ver claramente a tal menina, Nashi, junto de seus pais, agora podia vê-los melhor, o homem tinha cabelos róseos como os meus e a mulher cabelos loiros exatamente iguais aos de Lucy. Nashi estava segurando na mão dos dois e sorria visivelmente muito feliz. Pisquei algumas vezes não acreditando no que via. Aqueles eram... Eu e a Lucy? Quando abri novamente meus olhos, a imagem já não estava mais ali, talvez fosse apenas uma miragem. Mas eu podia jurar que aquilo era real demais para ser fruto de minha imaginação.

Ri de mim mesmo, acho que todas essas lembranças voltando de uma vez só estavam me deixando maluco. Para falar a verdade, comecei a gargalhar alto, realmente como um louco. O policial me olhava já com o cassetete pronto, ele devia achar que eu era usuário de drogas ou algo do gênero. Ri tanto que cheguei a chorar. Quando finalmente acalmei-me, limpei as lágrimas e respirei fundo. Acho que nem mesmo com Happy eu já fiz isso. Lembrar disso doía. Doía saber que não tinha mais meu companheiro azulado, nem mesmo Charle ou Lily. Doía saber que você era o único a lembrar do passado. Doía e muito. Fitei o chão por alguns segundos sem sorrir, sem demonstrar nenhuma expressão – até o policial se retirou para mais longe. Segurei fortemente em meu cachecol como sendo um elo com a guilda, com o passado de sete mil anos atrás. Happy... Wendy... Charle... Todos... Alguns estudavam em meu colégio, mas mesmo assim, era insuportável ver suas faces idênticas e saber de que na verdade não eram as pessoas da Fairy Tail original. Quando senti meus olhos marejarem, avisando que logo começaria a chorar, ouvi algo realmente fora do comum.

— Não chore — era a voz da tal garotinha. Virei-me em direção ao som, atrás de mim, e me deparei com a tal Nashi flutuando no ar como um fantasma. — Esse é só o começo — ela ia se distanciando sorrindo abertamente. — Papa — falou por fim e desapareceu na noite escura.

Fiquei estático por alguns momentos, não sei se foram minutos ou apenas breves segundos, apenas sei que fui tirado de meu transe por uma voz máscula com um toque afeminado.

— Que peitoral, hein, Spicy Boy — assustei-me com seu jeito. Tinha cabelos loiros e usava uma roupa totalmente rosa, sem falar de seu topete.

Olhei melhor para seu rosto, enquanto ele mesmo analisava meus músculos mordendo o lábio inferior. Fiquei lhe encarando por certo tempo até que reconheci suas feições. Sugar Boy! Mas, espere, se não me engano ele tinha uma queda por Gray e não por mim. Afastei-me dele e, antes que o loiro falasse mais algo, saí correndo para casa sem ligar para as garotas me olhando estranho. Parei finalmente cansado de tanto fazer esforço físico. Espreguicei-me e respirei fundo, para logo depois olhar para o lado vendo aonde tinha isso parar. Uma mansão enorme, e também muito... MAS O QUE DIABOS A LUCY ESTAVA FAZENDO ALI ANDANDO PELO JARDIM COM O MALDITO DO GRAY?! Meu sangue fervia. Queria apenas pular essa cerca e dar um pelo de um soco com chamas na cara daquele stripper. Ah, espere, eu não sou mais um Dragon Slayer... Realmente trágico. Mas minha vontade de voar no pescoço dele ainda era mesma. Então aquela era a tão falada mansão Heartfilia, Lucy estar ali era totalmente plausível, mas GRAY?! ELE DEVIA ESTAR TIRANDO SUAS ROUPAS COM LYON!

Eu juro. Algum dia, ainda cometo homicídio. 


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Lembrete: Eu realmente gosto de usar fantasmas do futuro/passado nos meus capítulo, provavelmente ainda vai ter muito disto. Então preparassem! Eu estou muito feliz *3* Eu vi a minha amiga Bru hoje e o meu outro amigo vai fazer o Jellal comigo ♥
Enfim...
Lembre Amigável sobre Fairy Tail: O feitiço de Bora em Lucy se quebrou não porque Natsu inteferiu, mas sim porque Lucy viu a pessoa que mexeria com seu coração (notem que todas as outras garotas não foram afetadas pela aparência do Dragon Slayer). E também foi confirmado no mangá mais tarde, quando, um membro da guilda menciona que apenas a intervenção da alma gêmea pode quebrar um feitiço de charme (o feitiço do Bora).
NaLu é canon, sem mais palavras ♥
Até a próxima~



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