Promisses From Another Life escrita por Fuinha, KillerPanda


Capítulo 1
Capítulo 1 — Memórias que nunca existiram


Notas iniciais do capítulo

Bem vindos à minha nova fanfic! WEEE! Vamos às apresentações!
Bem, eu sou a Fuinha, sou muito pervertida e com toda certeza poderão ver muitos momentos fofos e quentes nos meus capítulos. Eu faço o POV do Natsu enquanto a Panda faz o da Lucy.
Nossa, isto está até parecendo um zoológico, dois animais escrevendo uma história NaLu!
Bem, boa leitura~



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/354371/chapter/1

Capítulo 1 Memórias que nunca existiram

POV's Natsu

Não entendo estas sensações estranhas que tenho sentido nos últimos dias, é como se algo importante estivesse para acontecer, um encontro que havia marcado há muito tempo estava por vir e eu nem sequer sabia quando, onde e com quem seria. Toda a noite sonhava com cabelos loiros e com olhos castanhos, nunca via o rosto dela, mas podia sentir pelo tom de sua voz e pelo seu sorriso de que ela era linda... Simplesmente linda. Sua voz fazia-me querer abraçá-la e as frases que eram ditas com esse tom gentil me faziam querer chorar. Não conseguia explicar o que estava acontecendo comigo. Meus amigos já não me entendiam, eles me perguntavam toda hora se havia algo errado. Eu apenas respondia com um simples “não”. Passava minutos e mais minutos procurando por uma pessoa que provavelmente nunca existiu no meio da multidão, procurava por cabelos loiros e por olhos castanhos. Uma combinação comum, mas ao mesmo tempo para mim era única.

Algo estava para acontecer e eu nem sequer tinha uma pista do quê. Por algum tempo deixei essa sensação de estar esquecendo algo de lado e me concentrei (ou tentei) nas aulas, era difícil se concentrar em professores que pediam para você dormir enquanto ensinavam seus conteúdos. Minhas notas já não eram as melhores e logo se tornariam ainda mais baixas com tudo que estava acontecendo, bem, pelo menos o que estava ocorrendo somente comigo porque meus amigos não tinham sequer uma suspeita do que passava por minha mente. Por vezes levava algumas esbofeteadas de Erza para acordar de meu sono profundo nas aulas de física, não que eu dormir naquele momento fosse um problema, mas eu atrapalhava a ruiva com meus roncos. Enquanto isso Jellal além de roncar babava também, mas ela fazia alguma coisa? Não, claro que não! Era só comigo! Sempre a culpa era minha! Agora entendo porque dizem que a sociedade é injusta...

Deitei novamente minha cabeça sobre a carteira e fechei meus olhos voltando para o país de meus sonhos, para onde eu encontraria os cabelos louros novamente. Meus olhos começavam a pesar e sabia que logo eu cairia no sono. Já podia começar a ouvir a doce voz me chamando — “Natsu!” — e seu cheiro começava a me embriagar enquanto seu sorriso vinha em minha mente. E eu nem sequer sabia seu nome. Meus sonhos não me permitiam perguntar nada para a tal garota, eles deixavam apenas eu apreciar sua beleza, ouvir sua voz e sentir seu cheiro. O que para mim já era o bastante. As conversas da sala de aula iam se dissipando conforme meus ouvidos eram preenchidos pela doce voz, e depois por sua risada que eu amava ainda mais. Quanto mais eu olhava para seu rosto mais parecia que minha visão ficava embaçada, mais parecia que ela iria desaparecer.

A cena de repente mudou.

Não sei o porquê, mas eu parecia estar agora dentro de um apartamento e ouvia a tão doce voz cantar, sentia o aroma dela também. Estava de costas para a janela, provavelmente tinha pulado por ela. Mas por que diabos eu pularia uma janela? Que ideia mais maluca. A tal garota chamou-me para mais perto de si, eu assenti e comecei a arrumar uma mala com suas coisas, seus sorrisos direcionados para mim me deixavam sem fôlego. O tempo passava rápido. Encontrei uma calcinha rendada e por algum motivo fiquei nervoso, nós discutimos um pouco no quarto, na cozinha e depois seguia-a até a porta do banheiro que a menina fechou em minha cara. O sonho estava mudo, não ouvia nada além de poucas palavras vindas da boca da tal garota. Ela abriu a porta novamente e abraçou-me, falou algumas coisas e depois foi se aproximando de meu rosto. Seus olhos, assim como os meus, iam se fechando, e finalmente nós íamos...

— Natsu! — gritou Levy em meu ouvido no momento mais interessante do sonho. Queria simplesmente arremessar essa baixinha pela janela agora.

— Argh... O que foi? A escola tá pegando fogo por acaso? — perguntei sonolento enquanto esfregava meus olhos em uma tentativa fracassada de ficar mais alerto.

— Dê um tapa nessa boca! — exclamou como se o fim da escola fosse algo ruim. — Bem, achei que não iria querer ficar dormindo durante a hora do almoço inteira, então vim te acordar antes que Gray fizesse algo com você. De nada!

— Tá, tá, obrigado Levy, mas... Já é o almoço? Não fazia nem 5 minutos e ainda era aula de matemática — disse incerto procurando por algum relógio ali.

— Bom dia então bela adormecida! — bateu em minha cabeça agora me acordando de vez. — Vamos logo almoçar antes que tranquem a sala.

— Ah é, já é o almoço! — sorri animado com a ideia de comer alguma coisa, estava faminto.

— Foi isso que eu acabei de falar... — falou desanimada, não entendi muito bem.

— Você trouxe o que pra comer hoje? — perguntei curioso. Os lanches de Levy sempre eram os melhores, pelo menos essa baixinha sabia cozinhar bem.

— Hum, deixe-me ver... — ela abriu seu bentô e já podia sentir o cheiro delicioso que vinha dali. — Omelete, quer?

— Claro que sim! Me dê logo um pedaço! — exigi pegando por conta própria o lanche. Estava faminto demais para esperar com que a azulada fizesse o serviço de cortar um pouco para mim.

— Ah, claro, pode pegar, eu não me importo — ironizou enquanto pegava um pouco para si também e comia. — Você perdeu coisas importantes que aconteceram na aula de biologia.

— Matéria nova? Nem ligo, depois recupero — disse fazendo descaso disto mastigando a omelete.

— Primeiro: mastigue e depois fale — revirei os olhos, Levy sabia que eu era assim, não adiantava tentar me mudar, não dava certo. — E segundo: não, não foi matéria nova — isso sim era uma novidade interessante, mas mesmo assim não me empolguei o bastante para perguntar mais sobre o assunto.

— Se não tem nada haver comigo não me importo — dei de ombros. — Falando nisso, cadê todo mundo?

— Devem estar no bosque junto da aluna nova — estávamos passando pelo pátio, onde geralmente os alunos se concentravam e tinha apenas uns poucos lanchando.

— Aluna nova? — repeti.

— Sim, foi isso que você perdeu durante a aula de biologia. Ficou interessado agora, é? — a azulada espiou-me de rabo de olho com um olhar  insinuando que a minha pessoa estaria já tendo segundas intenções com uma garota que eu nem sequer sabia que tinha entrado no colégio.

— Claro que não, Levy, eu nem a conheço — protestei em minha defesa.

— Você só fala isso porque ainda não a viu pessoalmente — riu.

— Nem vem, além disso, eu tenho sonhado com alguém nestes últimos dias... — comentei vagamente.

— Com quem que não me contou, hein Senhor Dragneel? — pronto, a confusão estava feita. Essa baixinha iria me infernizar até os fins dos tempos agora.

— Não é ninguém que você conheça se é o que quer saber, nem eu mesmo sei o nome dela — suspirei encarando a triste realidade.

— Como você pode sonhar com ela então? Ah, não importa, como ela é? — cada vez ela ficava mais curiosa e pedia por mais detalhes.

— Ela é loira e tem olhos castanhos... Seu sorriso me deixa sem fôlego e sua voz é a mais doce que já ouvi — disse sorrindo abobadamente.

— Tem certeza que você dormiu durante a aula de biologia? — ela me olhava como seu eu fosse maluco.

— Sim, tenho certeza, acho que eu saberia se tivesse ouvido a explicação da professora Evergreen — fitei-a confuso, era óbvio que dormi dês da aula de matemática. — Por quê?

— Por nada não, esqueça... Talvez depois você entenda — desviou o assunto antes que eu falasse algo a mais. — Então... Como são esses tais sonhos?

— Eles não parecem bem sonhos... Parecem mais com memórias — fitava o céu vagamente procurando por respostas. — Mas ao mesmo tempo não são lembranças... Por exemplo, eu não me lembro de ter um gato azul com asas em casa como nos sonhos — ri disto e logo Levy me acompanhou.

— Tem certeza que você não tem fumado ou bebido nada nestes dias, Natsu? — ela ainda ria junto comigo. — Porque sonhar com gatos azuis com asas não me parece muito normal.

— Olha quem fala, sua pequena pervertida viciada em romances! — dei um leve soco no ombro da azulada provocando-a.

— Shiu! Fale mais alto, vai! Marte ainda não te ouviu! — ironizou fazendo um sinal com seu dedo para que eu me calasse.

— Muito engraçado — mostrei minha língua zombando dela. — Pelo menos eu tenho mais que um metro e meio de altura!

— Ah, cale a boca! Vamos logo voltar para a sala, o almoço está acabando — disse visivelmente emburrada com meus comentários.

— Mentirosa, ainda temos 30 minutos! Você é quer ver aquele tal de Redfox, não negue que eu sei que você o ama — zoava com sua cara para ver o quando Levy poderia ficar vermelha e constrangida com minhas palavras.

— Vá sonhar com a sua loira, vai Natsu, e me deixe em paz até o fim de meus dias! — a baixinha me empurrava para as escadas, ela queria mesmo ir para a sala antes que o nosso tempo de almoço se esgotasse.

— Tá bom, tá bom! Depois você reclama que eu durmo demais — subi as escadarias por minha conta antes que Levy não agüentasse meu peso e nós dois rolássemos escada abaixo.

Durante o caminho até nossa turma continuávamos a nos provocar, era divertido ver essa azulada estressada, ainda mais quando passamos ao lado do tal Gajeel Redfox e com um comentário meu e um olhar do moreno Levy ficou mais vermelha que um tomate, possivelmente ficou do tom dos cabelos de Erza. Até agora nenhum sinal da aluna nova que falamos minutos antes. Na sala de aula nós escrevíamos coisas no quadro, conversávamos e fazíamos algumas bobagens. Conforme o tempo ia se passando mais pessoas chegavam ali, os mesmos conhecidos que vinham para as aulas todo santo dia, nenhum rosto novo no meio de tudo isso. As carteiras iam ficando ocupadas, uma por uma as pessoas se sentavam e esperavam o professor chegar. Nenhuma aluna nova até então.  Eu estava começando a achar que essa história de Levy sobre ter uma nova garota em nossa turma era mentira, a aula iria começar e até agora não vi a tão famosa caloura.Gray chegou avisando a todos que o professor Mystogan estava no corredor e logo entraria na sala, imediatamente a turma se sentou e restringiu suas conversar a pequenos murmúrios. É, provavelmente a azulada tinha apenas zoado com a minha cara, não deveria existir nenhuma estudante novata de verdade. O professor entrou em sala e logo começou sua aula, as meninas eram as que mais prestavam atenção nele. Cruzei meus braços e apoiei minha cabeça neles entediado, queria apenas dormir e ouvir aquela doce voz novamente...

— Desculpe professor! Eu acabei me perdendo na volta do almoço! — disse uma menina entrando na sala. Não podia ser... Aquela era a mesma voz de meus sonhos e o cheiro também era exatamente igual.

Voltei minha atenção para ela, seus cabelos eram loiros e tinha os mesmos olhos castanhos chocolates de meus sonhos. Não tenho certeza do que ela falava com o professor, apenas me concentrava em fitar seus fios dourados e em sentir aquele aroma divino do qual eu já era viciado. Podia ver seu sorriso esboçado nos lábios rosados que já me causavam desejo. Ela sentou-se duas carteiras na minha frente na fila do meu lado, ou seja, na minha diagonal. Meu olhar não desviava dela, pouco me importava a aula, eu por algum milagre havia achado a garota com que tinha tido sonhos fazia uma semana. Como minha atenção estava toda voltada para a caloura pude perceber que às vezes ela olhava para trás e quando me via a encarando com uma certa fascinação, voltava a fitar o quadro e a prestar atenção na explicação do professor.

Como não olhar para ela? A garota que invadia minha mente durante todas as noites estava ali ao vivo e a cores, e com toda certeza era muito mais bonita pessoalmente. Mesmo de costas ela me atraía. Fitava principalmente seus cabelos, mas por vezes eu descia meu olhar para seu pescoço, seus ombros, suas costas, sua cintura... Tudo de alguma forma fazia com que meus sonhos, mesmo agora estando acordado, voltassem a me importunar. Como eu disse para Levy, pareciam mais memórias, mas essas lembranças nunca existiram. Uma cidade estranha com prédios estranhos, a tal garota falando comigo sorrindo, haviam chaves em seu cinto (não sei porque tantas chaves) e eu... Eu tinha uma tatuagem em meu braço, era igual a que ela tinha em sua mão direita. Balancei minha cabeça tentando fazer com que isso parasse pois a cena que agora me mostrava não era a melhor de todas.

A garota estava morta no chão enquanto eu lutava com alguém.

Memórias que nunca existiram vivem me atormentando, e agora a garota de meus sonhos por milagre aparece em minha vida bem na minha frente com sua doce voz e aroma viciante. Concentrei-me novamente em observá-la fascinado, surpreso, atônito pelo fato de ela estar ali. E mesmo assim o seu nome eu desconhecia.

Preciso te encontrar, minha imaginação vem se esforçando demais para continuar as lembranças.

(Fabrício Carpinejar)


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam? Merecemos comentários? Bem, o próximo capítulo fica por conta da Panda. Espero que tenham gostado!
Jya ne!