A Escolhida escrita por Jamie Hazel


Capítulo 10
Capítulo 9 - Reflexões Noturnas


Notas iniciais do capítulo

Oláa! Gente, a demora desse capítulo não era pra acontecer, mas eu fechei a página (como smp) do Nyah e a história apagou -.-

Fiz esse capítulo por POV- Sarah =) é um cap importante, leiam com bastante atenção :3

Bem, boa leitura e espero que gostem!



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Pov - Sarah

Subi as escadas ás pressas, entrei em meu quarto e larguei minha bolsa na cama. O livro ainda estava lá, no mesmo lugar que o havia deixado naquela noite. Ele me fuzilava. Me deixava inquietante. Me torturava. Todas ás vezes que parava para observá-lo era um sufoco, como se o livro me puxasse para ele, me fizesse lê-lo. Parei algum tempo para dar uma olhada nele certas noites, mas não encontrei mais nenhum desenho igual á aquele que tinha visto.

Também resolvi procurar algo á respeito desse tal David Bruchet, que dizia ser dono do livro. Assim que pesquisei seu nome na Wikipédia me assustei, ele era bem conhecido. No site dizia que fora explorador e hoje em dia era historiador, ou seja, era um homem que criava histórias, procurava fatos e se submetia á fazer expedições com risco de morte. Fantástico. Agora, o que ele tinha a ver com o livro? Isso não sabia.

Fui para o banheiro, tomei um banho quente e fiz minha higiene pessoal. Voltei para o quarto e escolhi uma roupa apropriada, calça jeans rasgada, uma blusa preta ligeiramente decotada e botas pretas com salto baixo.

Você já se perguntou se as pessoas que convivem contigo te vêem ou te conhecem? Já me fiz essa pergunta várias vezes e cheguei a conclusão de que é um conceito muito difícil.

Se as pessoas te vêem, elas não sabem nada de você, só sua aparência. Então, geralmente, esse tipo de pessoa acha que te conhece, acha que o que vê é a verdade absoluta e não é.

Se alguém te conhece, é incrível, essa pessoa tem uma capacidade extraordinária de conseguir te ver por dentro, ver exatamente o que você é. Somente essas pessoas foram feitas pra vocês, afinal, eu acredito em destino. O destino escolhe cada pessoa com o dedo e a junta com outra que tem essa capacidade para formar uma amizade ou um amor.O que o destino guarda pra mim? Mistério, tão mistério quanto eu.

Sinto meu braço latejar, olho para o lado e parece que uma sombra está aparecendo na parede. Não é a minha. Tento me convencer de que aquela não é a primeira vez que isso acontece, que fico imaginando coisas. Sempre.

Ás vezes fico pensando que ir a uma psicóloga não faria mal, mas não suportaria alguém me dizendo que estou louca. Também não me imagino falando de minhas angústias, de meus medos, de meus sonhos com alguém que não seja eu mesma.

Ignorei a sombra e meu braço latejante e desci correndo as escadas para encontrar com Nicholas. Sinto falta do barulho dos passos da minha mãe pela sala, sentia falta de saber que ela sempre estava ali e sentia mais medo ainda de não vê-la novamente. Essa lembrança me trouxe á mente outra.

Eu caminhava no escuro, o silêncio domava o lugar vazio. Então, ele surge. Um homem alto, moreno, forte. Veste um terno preto alinhado. Ele sorri, deixando a mostra seus dentes amarelados, seus olhos ficam vermelhos, uma luz avermelhada surge por suas costas, um vapor quente chega até mim. O homem se sente forte, está contente, queria isso.

Eu avanço sobre ele, me sentia forte, grito palavras de raiva, de fúria. Mas meus passos são contidos.

Um buraco.

E as labaredas que se formavam me engoliram. Nada digo. Nada tenho a dizer, embora sinta raiva, meu grito estava preso na garganta. Os olhos de fogo do homem me fitavam e seu corpo ia se transformando naquilo que realmente ele é: Demônio. Pele cascuda avermelhada, pés de bode, chifres enormes. Muito fogo.

Novamente, uma força estranha cresce dentro de mim, sinto-me poderosa. E de repente, tudo se esvai.

Minha cabeça está girando, a sala de estar não fica nítida. Acabo caindo de bruços no chão.

Abro os olhos devagar. Sobre meus pés, sinto a pressão de um corpo e, por um momento, quero acreditar que é minha mãe. Estendo a mão para o corpo e outra mão segura a minha. Grossas. Firmes. Nicholas.

Tão bom seria se tudo isso não tivesse acontecido. Mas foi. Sei que foi, pois me recordava de já ter visto tudo aquilo antes. O que quero dizer é que já havia presenciado aquele momento e não em um sonho, não em uma lembrança, e sim algum momento concreto do qual não conseguia me lembrar.

Nicholas olha pra mim. Ficamos um tempo nos encarando, cada um querendo saber o que aconteceu, acho. Imaginação, maluquice, desespero? Nicholas se aproxima do meu corpo e senta perto de mim.

O toque de Nic em meus cabelos é seguro. Sinto um alívio, momentâneo, talvez. Não forço mais meus olhos a ficarem abertos, deixo que ele cuide de mim, deixo me levar e apago.

Desperto com a sensação de que alguém me observa e o medo de abrir os olhos me invade.Sinto que ele está aqui, bem próximo á cama, talvez só seu espírito, estou a apenas um toque de distância. Me concentro. Tento ver com os olhos semi abertos e vejo. Uma luz vermelha densa, parece um nevoeiro vermelho, depois a luz se desfaz e vejo o rosto carinhoso de Nic.

Abro os olhos. Ele sorri.

– Bom dia, senhorita Rawling. - Nic disse.

Não respondo. Sei que ele não tem culpa de nada, mas as palavras não saiam da minha boca. Ele chega mais perto do meu rosto, acaricia meu rosto e deposita uma beijo em minha testa. Sorrio ligeiramente corada e aponto para o banheiro. Nic entende e me deixa sozinha no quarto.

Saio da cama e vou para o banho. A água quente sobre o meu corpo me dá uma sensação de estava sendo queimada naquele fogo do buraco, por isso, me apressei e acabei logo a chuveirada.

Retornei ao quarto e pego o livro. Decidi lê-lo todo, que mal faria? Toquei de leve meus dedos na capa dura e grossa do livro e quando estou para abrir, ele se abre sozinho. Não, eu não estou louca. O livro acabou de se abrir sem que eu fizesse alguma coisa e, mais, abriu em uma página específica. Tento percorrer as outras páginas mas não obtenho resultados, nem com toda a minha força consegui tirar daquela página, o que estava acontecendo?!

Comecei a pensar que o livro estava enfeitiçado, como aqueles de Harry Potter. O único problema é que isso não fazia sentido algum. Desisti de tentar achar explicações e começo a ler a página aberta, que parecia querer ser lida.

A lenda de Siena

Tudo começou em 1765, no dia das bruxas, quando uma mulher ao saber que estava prestes a dar a luz ao primeiro filho, gritou que aquele era amaldiçoado, ela parecia estar sendo possuída por algum tipo de espírito maligno, não havia como controlá-lo e ela gritou, gritou e gritou ainda mais.

A criança nasceu com chifres negros, cauda e garras ao envés das mãos, foi denominada de Lazarus. Ameaçaram-o de morte e muitos padres declararam que ele punha a paz em perigo e não era digno de ser filho de Deus, por isso, deveria morrer em plena igreja.

A mãe da criança não permitiu que o matassem e fugiu com ele para a montanha Akama, no Japão, o lugar onde os mortos retornavam a vida. Muitas pessoas acreditavam que essa montanha era amaldiçoada e o lar de criaturas que a mente nem sequer pode imaginar.

Lazarus matou sua mãe quando mais velho e depois desapareceu para assombrar a cidade por séculos. Após o incidente só se soube que mortes iminentes aconteciam todo dia, toda hora e em todo lugar.

Depois de muitos anos, a lenda foi comprovada verdadeira quando uma menina de cabelos negros nasceu. Seu nome era Siena, de fato não parecia nenhum demônio, mas era poderosa. Matou cada homem, mulher e criança que entrava em seu caminho.

Ela foi até a montanha Akama para encontrar seu mestre, logo que chegou em seu destino, Lazarus tomou posse de sua alma e a tornou sua aprendiz. Juntos, eles trouxeram desgraças para o mundo.

Mas, houve um tempo que as pessoas se juntaram para mandá-los embora. Foi uma guerra entre o bem e o mal. Com muito esforço e ajuda de armas, os humanos expulsaram Lazarus e Siena do mundo, ou pelo menos, de um deles.

Lazarus com os seus poderes e os de Siena, criou um novo mundo que foi chamado de Akama, em homenagem á montanha. O mundo em que os humanos viviam ficou conhecido como Kaihre. E assim nasceu a paz na Terra.

A lenda também conta a história de um portal. Um portal que liga os dois mundos, mas só um descendente de Akama pode entrar e sair de ambos os mundos por ele. Essa é a única forma de ligação entre Akama e Kaihre, e ainda, só as criaturas de Akama conseguem vê-lo, portanto, os humanos estariam em desvantagem? Kaihre estaria perdida? O próximo submisso dirá.

Um papel caiu do livro e parou sobre meu joelho, desdobro a folha e fico olhando para ela. Tem algo escrito, aproximo o papel do meu rosto e leio.

Um segredo sua vida esconde

A escolhida seguirá um caminho sombrio

Acolherá a escuridão eterna

Como sua melhor amiga

O destino foi traçado.











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Notas finais do capítulo

Então é isso, gente ! Eu decidi fazer esse capítulo pelo ponto de vista de Sarah e achei que ficou mais claro agora, me digam o que acharam, se eu deveria fazer mais desse tipo ou não, ok ?

E, só para deixar claro, eu amoo Harry Potter! Muito, muito muito!

Desculpem novamente a demora, espero que tenham gostado e beeijoooooooooooooooooooos *-*