PV EDWARD

Bella estava com três meses de gestação e sua gravidez corria perfeitamente bem, a fase das tonturas e enjoos felizmente já havia passado e os nossos filhos continuavam desenvolvendo no mesmo ritmo de um bebê totalmente humano.

Nessa semana conseguimos ouvir os coraçõezinhos deles foi tão emocionante, Bella morria de inveja de mim, porque eu podia ouvir os corações deles na hora que eu queria, era só eu encostar meu ouvido em sua barriga, já ela só durante o ultrassom.

Minha família vinha pesquisando se havia registro de gravidez de híbridos, até achamos algumas lendas, mas eu parei de lê-las, eram tão assustadoras e me deixavam bastante abalado, tanto que eu nem conseguia disfarçar de Bella depois, então papai achou melhor que eu parasse de pesquisar, não queríamos Bella tensa, só repassávamos a ela coisas concretas, as que não tinham fundamentos nós omitíamos. Nas lendas que encontramos dizia que a gravidez era acelerada, que em dois meses o bebê nascia, e que as mães sofriam bastante durante esses dois meses, pois quando o bebê se mexia a machucava por ser forte, e a mãe tinha de beber sangue já que elas sentiam a sede dele e o bebê para nascer rasgava a barriga da mãe e ela morria no parto. Mas felizmente nada do que estava ali condizia com a gravidez de Bella, a dela já passou dos dois meses e estava tudo normal até o momento com ela e nossos filhos. O que me fazia pensar que era inútil continuar a pesquisar essas lendas, mas papai dizia que toda lenda tem um fundo de verdade e que em algum momento podemos encontrar algo que fosse mais condizente com a gravidez de Bella. Apesar de estar indo tudo bem, poderia ser que não fosse assim até o final, nós torcíamos para que tudo corresse bem, mas nós tínhamos de trabalhar com todas as possibilidades já que estávamos totalmente no escuro, Alice continuava sem conseguir ter visões de Bella, meus filhos continuavam interferindo em sua visões.

— Quero te perguntar algo? — diz Bella ao terminar de tomar um banho quente e vestir um moletom bem grosso, hoje estava bem frio, mas felizmente o aquecedor daqui do quarto era bom e logo, logo o quarto já estaria bem quentinho para ela.

— E o que quer saber? – faço um carinho em seu rosto quando se deitou ao meu lado na cama de frente para mim.

Eu só esperava que não fosse nada relacionado ás lendas, ela estava bem curiosa para saber o andamento disso, mas em hipótese alguma falaríamos sobre o que achamos ultimamente nas lendas, ela não podia se estressar.

— É impressão minha ou eu vejo culpa no seu olhar desde que eu acordei no hospital?

Olhei em seus olhos, eu não queria falar disso também, mas vi a determinação em seu olhar para obter essa resposta.

— Por minha culpa eu quase perdi vocês.

— Isso não é verdade Edward.

Porque todos faziam questão de me isentar da culpa?

— É sim, eu matei o companheiro de Victoria, por isso ela quis usar você para se vingar de mim, ela queria que eu pagasse na mesma moeda.

— Na certa ele estava fazendo algo de ruim. Você me falou que só matou humanos ruins.

— Sim ele era um assassino de aluguel ele ia matar um pai de família e eu o impedi de fazer isso.

— Você salvou aquele pai de família, você fez a coisa certa meu amor.

— Mas eu não só matei o assassino eu cedi a sede de sangue humano e se eu não tivesse cedido teria percebido aquela vampira lá e teria dado um jeito nela também e assim nada daquilo que ela fez a você teria acontecido.

— Você não tinha como saber disso.

— Você não vê que eu desencadeie tudo isso. – digo alterado, será que ninguém via isso?

Fecho os meus olhos e respiro fundo tentando me acalmar. Bella começou a fazer um carinho em meu rosto e eu fui relaxando aos poucos.

— Desculpe por me exaltar com você. – dou um beijo em sua mão.

Bella apenas assentiu e ficou me olhando, eu sabia que ela tinha mais a dizer sobre isso, mas estava apreensiva em continuar com o assunto e eu me alterar de novo.

— Pode dizer, eu sou capaz de falar desse assunto sem me alterar de novo. 

— Porque você tem essa tendência de atrair a culpa de tudo para si?

— Eu não faço isso.

— Faz e está fazendo isso agora.

Eu neguei com a cabeça.

— O que aconteceu foi uma peça que o destino nos pregou. Você não tem o poder de dizer qual o rumo que o destino vai tomar, ou por acaso você tem e não me falou?

— É claro que não tenho.

— Então como pode ter culpa do que aconteceu comigo?

E entendo onde ela queria chegar.

— Obrigado meu amor você sempre me salva de mim mesmo.

— Sempre que precisar, e faço isso porque eu te amo.

— Eu também te amo e obrigado por me amar e por me aturar. - falo a última parte divertido.

— Te aturar até que é fácil sabia. – Bella entra na brincadeira.

— Fico feliz em saber disso minha tomatinha.

— É fácil te aturar até você me chamar de tomatinha.— ela fica um pouco irritada comigo agora.

— Quando irá aceitar esse apelido?

— Nunca, e se você não parar eu vou arrumar um apelido ridículo para você também.

— Poxa! Amor agora você me magoou.- digo de maneira falsamente dramática- Tomatinha é um bom apelido.

— Só se for no seu planeta.

— Eu ainda te convenço que é um bom apelido.

— Não convence não.

— Convenço sim. 

— Isso é uma discussão inútil, não há nada que me diga que irá me convencer de aceitar esse apelido.

— Amor tomatinha tem tudo a ver com você, combina com suas bochechas coradas.- faço um carinho em seu rosto e as bochechas dela começam a ficar vermelhas e em seguida puxei seu corpo para próximo de mim, mas continuamos um de frente para o outro – E eu acho um apelido fofo. - sussurrei em seu ouvido e ela ficou arrepiada.

Bella respirou fundo e se afastou um pouquinho de mim.

Acho que acabei de descobrir um jeito de convencê-la.

— Mesmo você achando isso eu ainda não gosto desse apelido.

— Precisa de mais argumentos então? – mordi de leve seu lábio inferior. Ela apenas assentiu dessa vez.

Acho que meu plano vai dar certo.

— Felizmente eu tenho argumentos de sobra para te convencer meu amor. - a cubro com meu corpo tomando cuidado com meu peso e comecei a beijá-la.