Pov. Con

Eram 23h30min quando Lua se levantou conosco, chamando todos para irem para os jardins da parte de trás da casa. Ainda não tinha ido lá, mas era aonde se encontrava o palco pro Karaokê.

Ela se dirigiu para o mesmo, pegou um microfone e anunciou:

- O Karaokê se iniciará agora mesmo!

Todos que estavam na parte de dentro começaram a sair e todos começaram a ir em direção ao palco como uma plateia. E assobiaram e gritaram “Uhuuul!” com o anúncio dela.

- Então. Alguém gostaria de começar? – Perguntou.

Chegou a hora. Um nervosismo percorreu meu corpo da cabeça aos pés. Levantei a mão e comecei a seguir em direção ao palco, todos abriam passagem.

- Muito bem então, Con será o primeiro!

Quando peguei o microfone ela começou a descer do palco. Um suor frio percorreu minha testa.

- Boa sorte! – Sussurrou ela com um enorme sorriso.

Subi no palco e ela se posicionou em frente ao palco.

- Bom.. – Comecei – Dedico essa música a linda aniversariante.. Luana Montague! – Ela corou, sorri com isso – Espero que goste..

Fui ao computador ligado às caixas de som e a melodia de: Just The Way You Are do Bruno Mars começou a tocar. Então, comecei a cantar:

“Oh, her eyes, her eyes
Make the stars look like they're not shining
Her hair, her hair,
Falls perfectly without her trying
She's so beautiful,
And I tell her everyday”

Todos começaram a cantar também. Então, continuei:

“Yeah, I know, I know,
When I compliment her she don't believe me
And it's so, it's so
Sad to think that she don't see what I see
But every time she asks me, do I look okay,
I say

When I see your face,
there is not a thing that I would change
cause you're amazing,
just the way you are

And when you smile,
the whole world stops and starts for a while
cause girl you're amazing,
just the way you are, hey

Her lips, her lips
I could kiss them all day if she let me
Her laugh, her laugh
She hates but I think it's so sexy
She's so beautiful
And I tell her everyday

Oh, you know, you know
You know I’d never ask you to change
If perfect's what you're searching for
Then just stay the same
So don't even bother asking if you look okay,
You know I’ll say

When I see your face,
there is not a thing that I would change
Cause you're amazing,
just the way you are

And when you smile,
the whole world stops and starts for a while
Cause girl you're amazing,
just the way you are

The way you are
the way you are
Girl you're amazing,
just the way you are”

Neste momento, chamei Lua pra subir ao palco. Sorrindo e chorando de emoção, pegou um microfone e subiu ao palco. Terminei:

“When I see your face
there’s not a thing I would change
Cause you're amazing
just the way you are

And when you smile,
the whole world stops and starts for a while
'Cause girl you're amazing,
just the way you are, yeah”

Todos aplaudiram. Me virei pra Lua que estava ao meu lado.

- Como todos sabem aqui, sempre fui o maior galinha do colégio.. Até você entrar na minha vida. Você me mudou completamente, posso até dizer que sou romântico sem medo do que os outros vão pensar.

Ela começou a corar. O microfone a postos caso precisasse falar.

- Então, acho que está na hora de mudar tudo completamente.

Me aproximei dela. Tirei uma caixinha vermelha do bolso do meu paletó e a abri. Peguei sua mão que não estava segurando o microfone e pus a caixinha com um anel de compromisso dentro em cima de sua mão.

- Luana.. Você gostaria de namorar comigo? – Perguntei.

Um sorriso iluminou seu rosto.

- Acho que vou ter que pensar um pouco.. – Disse ela e fiz uma cara de espanto e ela começou a rir – É claro que sim, seu bobo! – Disse ela e todos começaram a gritar.

Pus o anel em seu dedo e ela colocou o outro no meu, guardei a caixinha e, sorrindo, nos beijamos. Quando nos separamos por causa do fôlego ela disse:

- Você é louco!

Sorrimos e descemos de mãos dadas do palco. Eu não podia estar mais feliz. Fomos de encontro ao pessoal.

- Boa sorte com esse cabeça dura! – Disse Anne brincando.

- Obrigada, eu acho..

- É sério! – Começou Mel – Vai precisar!

Rimos.

***

Pov. Dico

Parece que não sou o único a pedir à garota que amo em namoro.. Enfim, fiquei conversando com Tom e Nick, escutando outras pessoas cantarem até que Lua subiu novamente ao palco e anunciou:

- Bom alguém gostaria de cantar uma última música para darmos um intervalo no karaokê?

Cah ergueu a mão e seguiu ao palco. Chegou a hora.

- Parece que é a sua vez! – Disse Nick.

Cah pegou um microfone e subiu no palco.

- Bom, dedico essa música a uma pessoa muito especial para mim!

Ao me encontrar, sorriu e eu, também. Foi em direção ao computador e a melodia de: De Janeiro a Janeiro começou a tocar. Quando voltou a sua posição inicial, a frente do palco me procurou com os olhos, mas não me encontrou.

Fui em direção à parte de trás do palco e peguei um microfone sorrateiramente.

Pov. Cah

Chegou a hora. Enfim, o terei de volta. O vi, e depois que a melodia começou a tocar ele sumiu. De qualquer maneira, tenho que cantar..

“Não consigo olhar no fundo dos seus olhos
E enxergar as coisas que me deixam no ar, deixam no ar
As várias fases, estações que me levam com o vento
E o pensamento bem devagar.

Outra vez, eu tive que fugir
Eu tive que correr, pra não me entregar
As loucuras que me levam até você
Me fazem esquecer que eu não posso chorar.”

Na hora que comecei a cantar o refrão, algo estranho aconteceu, alguém, cantou comigo, não sei da onde, mas tinha um microfone por que todos podiam ouvir.

Pov. Dico

Na hora do refrão, ainda atrás do palco, cantei junto com ela. Aposto que se espantou.

“Olhe bem no fundo dos meus olhos
E sinta a emoção que nascerá quando você me olhar
O universo conspira a nosso favor
A consequência do destino é o amor, pra sempre vou te amar.”

Quando o refrão estava acabando, me dirigi à escada. Então, na parte masculina, comecei a cantar subindo no palco. Os olhos dela se arregalaram e depois ela sorriu. E todos começaram a aplaudir, assobiar e gritar: “Uhuuuuul”

Pov. Cah

Então, algo mais inusitado aconteceu, na parte em que o Nando Reis canta, a mesma voz que cantou o refrão comigo, começou a cantá-la. Então olhei para a lateral do palco, e levei um susto. Era o Dico cantando. Sorri automaticamente. Quando se aproximou de mim, estendeu sua mão para que eu a segurasse. Ao segurar sua mão ele me girou, ainda sorrindo e cantando.

“Mas talvez, você não entenda
Essa coisa de fazer o mundo acreditar
Que meu amor não será passageiro
Te amarei de janeiro a janeiro
Até o mundo acabar”.

Lágrimas começaram a rolar em minhas bochechas. Lembrando do que tinha que fazer, comecei a cantar no refrão, junto com ele. Sorrimos.

“Até o mundo acabar!” Cantei.

Depois, nós dois juntos:

“Até o mundo acabar!”

E eu sozinha de novo:

“Até o mundo acabar!”

Juntos novamente:

“Mas talvez, você não entenda
Essa coisa de fazer o mundo acreditar
Que meu amor não será passageiro
Te amarei de janeiro a janeiro
Até o mundo acabar”

Nos aproximamos nessa última parte, ainda de mãos dadas. É ele não a soltou desde que subiu no palco..

“Até o mundo acabar!” Cantei.

Cantamos juntos:

“Até o mundo acabar!”

Novamente, cantei sozinha:

“Até o mundo acabar!”

Após essa última frase, estávamos tão perto que encostamos nossas testas, segurando os microfones perto da boca, ofegantes, sorrindo e de mãos dadas.

Todos aplaudiram.

- Não sabia que você cantava tão bem! – Disse eu.

- Nem eu! – Disse ele.

Nos separamos.

- O que faz aqui? Como sabia..? – Perguntei totalmente curiosa.

Ele somente olhou pra algum lugar perto da porta que dava para o jardim. Segui seu olhar e vi Nick e Tom..

- Claro.. – Rimos.

- Então.. – Começou ele.

- Sim? – Perguntei o incentivando a continuar.

- Camila Reinould.. – Prosseguiu.

Se ajoelhou e tirou uma caixinha preta do bolso da calça. O abriu e lá tinham dois lindos anéis de compromisso.

- Eu não consigo mais viver sem você! Gostaria de ser minha namorada? – Perguntou.

Sorri e todos começaram a falar coisas como: “Que fofo!” ou “Ela tem que aceitar” ou “Como eles formam um casal lindo”

- E você ainda tem dúvidas? – Ele sorriu – Mas, por favor, levante.

- Oh claro..

Ele se levantou e o puxei para perto de mim, selando nossos lábios. Ah, como eu estava com saudades dele! Após o fôlego romper nosso beijo, colocamos os anéis de compromisso em seus respectivos dedos da mão direita.

- Eu te amo minha pequena! – Disse ele.

- Eu também te amo meu príncipe! – Disse eu e ele me beijou novamente.

Todos gritavam: “É isso ai” ou “Quantos pedidos de namoro.. parece até combinado” ou “Que menino perfeito!”

Como estou feliz por tê-lo de novo! Saímos do palco de mãos dadas. Seguimos até a galera e a festa continuou..

***

Pov. Anne

Depois do Karaokê voltamos pra mesa de dentro da casa. Conversamos um pouco até que me levantei.

- Vou no banheiro.. Já volto! – Disse já me virando pra trás e indo em direção ao banheiro.

Quando sai fui surpresa por algo que me agarrou e tampou minha boca e meus olhos. Comecei a me debater.

- Shiuuu.. – Disse a voz irreconhecível de Will.

Sorri e ele me soltou.

- Will, nós não..

- Anne, é sério! Não consigo mais estar tão perto e ao mesmo tempo tão longe de você!

Antes que eu pudesse dizer algo ele me beijou muito fervorosamente e selvagem que não pude fazer nada a não ser ceder. Ele me empurrou para uma parede sem saída. Agarrei minhas pernas a sua cintura e ele me pressionou contra a parede, me querendo mais ainda.

Com um beijo atrás do outro, perdemos a noção do tempo. Ele passava suas mãos pelas minhas pernas até chegar na minha bunda. O que podia ser prazeroso já que eu só estava de calcinha por baixo de vestido.

O que aconteceu a seguir foi tão rápido que nem sei como aconteceu. Começou com uma voz desolada atrás de nós:

- Will.. Anne? – Paramos o beijo e olhamos pro dono da voz: Mel – O que.. Por quê? – Perguntou ela com lágrimas começando a rolar pelas bochechas.

- Mel.. – Tentei dizer me aproximando dela.

Ela estava paralisada, somente com lágrimas e mais lágrimas escorrendo por seu rosto. Segurei sua mão imóvel. Mas, ao tocá-la, Mel reagiu.

- NÃO ME TOQUE! – Soltou minha mão e começou a correr na direção oposta.

Desabei. Comecei a chorar. Não posso perdê-la! Não desse jeito..

Will começou a falar:

- Anne..

A única coisa que consegui fazer foi me virar pra ele e dizer:

- Viu o que VOCÊ fez? Eu não queria fazer isso AQUI! VOCÊ ME OBRIGOU! E AGORA PERDI MINHA AMIGA! ME DEIXA EM PAZ!

E sai correndo na mesma direção que Mel fez isso. Ao chegar à frente da casa, tirei meu salto e peguei um skate que estaca no gramado sabe-se-lá-de-quem e comecei a embalá-lo.

Ainda chorando, segui pro caminho daquele hotel abandonado que, por sorte, não era longe da casa da Lua. A única coisa que me lembro é de estar no último andar, ter deitado num colchão que se encontrava na parte em que o telhado estava coberto e chorar até adormecer com só um pensamento: “O que será da minha vida, agora?”.