Shadowhunters No Facebook escrita por Emma Snow, Ana Carstairs


Capítulo 13
Happy Valentim Day!


Notas iniciais do capítulo

Olha, eu não resisti. Desculpem o título com piada sem-graça, eu tive que colocar aquilo kkkkk



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/353683/chapter/13

POV: Max.

Eu, Raphael e Valentim tínhamos marcado de nos encontrarmos no Dumort para irmos para Idris em uma entrada triunfal com as motos movidas à energia demoníaca.

Quem disse que eu sabia onde ficava o Dumort?

Procurei o endereço no Google Maps antes, claro – mas não entendi bulhufas do mapa que imprimi, e acabei indo parar em uma creche, uma pizzaria, um shopping e um estádio de futebol. Cheguei umas 2 horas atrasado, mas os outros dois disseram que já tinham ensaiado, e se eu errasse por falta de ensaio eles iam me bater. Duvidei bastante da última parte, mas não disse nada.

Chegamos em Alicante uma hora antes do show, e tiveram que injetar um dispositivo estranho no braço de Raphael para ele poder entrar em Alicante. E ele teve que usar uma pulseirinha de papel com nome e idade que nem as que se usam em parques aquáticos e coisas assim.

Bom, aí veio o outro problema: nós não tínhamos avisado ninguém que tocaríamos na festa, e tivemos que ir falar com o Cônsul. A conversa não foi exatamente como imaginei.

POV: Valentim.


– Então você está me dizendo que outra banda já está reservada para esta porcaria de festa? - Raphael perguntou ao Cônsul Sei-lá-o-quê pela provavelmente vigésima vez do modo mais indignado que conseguiu. Não me pergunte porque o Cônsul é o responsável pela banda da festa de dia dos namorados, porque eu também não sei.


– É, garoto. - Ele respondeu tranquilamente, mas pude perceber a impaciência em sua voz.

– Não sou um garoto!

Max o encarou segurando o riso.

– Sempre desconfiei.

– O quê? Ah! Não! Eu quis dizer que já sou um homem, não uma criança!

– Certeza? - Max perguntou.

– Olha, fica quietinho na sua. Voltando ao assunto. Que. Banda. É? - Ele perguntou novamente.

– Acho que se chamavam Unicórnios Carnívoros da última vez que os vi. - O Cônsul respondeu, dando de ombros..

– Que tipo de pessoa dá o nome a uma banda de Unicórnios Carnívoros? - Perguntei.

– Sei lá, cara. - O Cônsul respondeu.

– Tem alguma chance de fazermos algo como uma batalha de bandas para decidir quem vai tocar? - Raphael perguntou.

– Cara, a festa começa em meia hora. Claro que não.

– Olha só, Cônsul. Não quero ser mal educado, mas você sabe O TRABALHO QUE DÁ ROUBAR A MAQUIAGEM DE IZZY? -Max perguntou, apontando para a cara maquiada bem exageradamente.

– Bem... se vocês quiserem... podem fazer a batalha de bandas durante a festa... para o público votar.

– NÓS QUEREMOS! - Raphael declarou imediatamente. - Eles vão se ferrar, heh.


POV: Clary.


Jace foi me buscar em sua moto voadora roubada uma meia hora antes da festa. Ele estava lindo – divando e brilhando like diamonds in the sky, como ele mesmo se descreveria.


– Izzy e Alec estavam vasculhando o Instituto para ver onde Max estava. Desculpe o atraso. - Ele pediu.

– Não tem problema. Onde ele estava? - Perguntei.

– Quem disse que o encontramos?

– Hum, sei lá. Como vamos chegar em Idris?

– Magnus.

Fomos até o apartamento do feiticeiro, onde ele havia aberto um portal e estava cobrando 10 reais por pessoa para passar. Maia, Jordan, Simon, Izzy, Alec, Jonathan e Camille estavam lá, resmungando, e Camille não parava de fazer comentários como que Jonathan devia ser mais cavalheiro e pagar para ela. Alec foi o único que passou de graça – e ainda mostrou a língua para nós, que pagamos – e eu nem me preocupei com isso, porque Jace pagou para mim como um homem digno assim que ouviu Camille, sem eu nem precisar reclamar muito.

Chegando lá, tivemos que parar e esperar o resto do grupo, mais especificamente, Camille, Simon, Jordan e Maia, levarem umas injeções estranhas com dispositivos e receberem pulseirinhas verde-fosforescentes de papel para podermos entrar em Alicante. Jonathan quase levou uma injeção também, porque o guarda acho que ele fosse rabugento demais para ser um Caçador de Sombras em uma noite de festa, mas Camille o puxou para fora dali antes que ele socasse a cara do guarda.

Até umas 22 horas, a festa de dia dos namorados foi maravilhosa. Tinha muita comida, e o salão era super espaçoso. Claro que teve a parte ruim: muita pegação. Isso inclui Izzy e Simon, se não pararam se se beijar nem pra comer direito. Magnus e Alec estavam como sempre não revelando muito de seu romance em público, mas se beijaram algumas vezes.

Eu acho que não devia ter falado nada de Simon e Izzy, porque eu e Jace fomos um pouco piores.

Os únicos que não aproveitaram muito em relação a isso foram Maia e Jordan e Camille e Jonathan, que ficaram só sentados conversando na maior parte do tempo. Aline – graças a Deus – não veio, acho que estava doente, ou ninguém a convidou e ela inventou isso para o mundo inteiro não acabar sabendo.

Eu quase tive a esperança de que essa festa seria pelo menos um pouquinho normal.

Descobri que não seria quando Max subiu ao palco com uma guitarra elétrica.

E quando meu pai apareceu atrás dele.

E quando Raphael apareceu do lado dele.

Tá. Nada normal.

– Jace, acho que vou ao banheiro lavar o rosto. Estou tendo alucinações.

– Se você também tiver visto Max, Raphael e Valentim usando roupas estranhas, vou com você.

Izzy parecia a mais chocada com a situação. Jonathan encarava tudo aquilo com desprezo e vergonha, e sempre que alguém olhava para ele ao olhar para Valentim, ele gritava que não fazia ideia de quem era aquele cara.

Então piorou tudo.

Raphael pegou o microfone de Max como se fosse o líder do que quer que aquilo fosse, após discutirem silenciosamente com o microfone embaixo da boca de Max, então todos ouviram tudo.

Ele andou até o centro do palco e disse:

– Com vocês... Three Directions!

Então ele e Valentim começaram a cochichar enquanto Max tentava afinar sua guitarra.

– Desde quando ele sabe tocar guitarra? - Magnus perguntou.

– Não sabe. - Alec respondeu, franzindo a testa.

– Nem violão?

– Max não sabe tocar nada. - Izzy resumiu.

Por fim, Raphael e Valentim se afastaram. Raphael continuava com o microfone, e Valentim havia pego um... triângulo?

Raphael empurrou Max para seu lado e ficou no centro do palco. Então, começou a cantar.

– Aim uaiquing ap, to ash and dasti, I uaipe mai brou and sueati mai rast!

– O que ele tá cantando? - Jace perguntou, se virando para mim. Na hora desse show, estávamos todos sentados em uma mesa, e Jonathan estava tentando acertar nosso pai com pipoca (serviram pipoca nisso. Legal né? Eu amo pipoca).

– Não faço a mínima ideia. - Respondi.

– Acho que é aquela música de A Hospedeira. - Maia chutou. - Radioactive, do Imagine Dragons.

Tentei prestar mais atenção na música, e percebi que Maia estava certa. A música em si é incrível, mas infelizmente não fica tão boa ao som de triângulo e guitarra elétrica, sendo que o guitarrista não sabe nem segurar a guitarra direito. E o inglês de Raphael, como vocês devem ter percebido, é péssimo, mesmo ele morando nos Estados Unidos.

Assim que eles terminaram, me surpreendi ao ver que apenas Jonathan e Luke vaiaram. É, Luke foi nessa festa com a minha mãe. Mas ninguém aplaudiu. Quer dizer, ninguém além de Maryse e Robert, que também estavam na festa, mas acho que não conta por serem os pais de Max.

– Espere um minuto, Izzy. Onde está Simon? -  Perguntei.

– Ele havia me dito que sua banda ia tocar na festa, mas se isso aí for a banda, não sei. - Ela respondeu.

– A banda dele ainda existe? - Jordan perguntou.

– Acho que sim. - Ela comentou.

Então Max, Raphael e Valentim saíram do palco aos tropeços, e outras pessoas entraram.

Simon.

Eric.

E aqueles dois caras estranhos, Matt e Kirk.

Bom, eles possuíam instrumentos um pouco mais complexos, pelo menos. E não estavam usando roupas (tão) esquisitas.

Eric pegou seu microfone e disse:

– Apresento-lhes os Poodles Selvagens!

– Não eram Unicórnios Carnívoros? - Matt perguntou.

– Eu decidi mudar.

– Ok.

Quando eles terminaram, Magnus se levantou, deu um beijo na bochecha de Alec e saiu andando até o palco sem mais nem menos, então subiu lá, antes dos Poodles Selvagens descerem. Ele pegou o microfone das mãos de Eric e começou a cantar um rap.

Bom, Magnus não é nenhum rapper profissional, mas digamos que foi melhor que o resto do “show”.

Então o Cônsul apareceu no palco, também sem mais nem menos.

– Em quem vocês votam? - Ele perguntou para a plateia com tom de tédio na voz. A plateia começou a fazer a maior algazarra falando, então ele disse:- Quem vota para Three Directions levanta a mão. - Maryse e Robert foram os únicos que o fizeram. - Quem vota para Unicórnios Carnívoros levanta a mão.

– É Poodles Selvagens. - Eric o corrigiu.

–Tanto faz! Quem vota para Poodles Selvagens levanta a mão.

Izzy, aquela priminha estranha do Eric, e só.

– Quem vota para... qual o seu nome artístico, filho?

– Magnífico Feiticeiro do Brooklyn. - Magnus respondeu, orgulhoso de si mesmo.

– Ok. Quem vota para o Magnífico Feiticeiro do Brooklyn levanta a mão.

Bem, todos levantaram a mão. Eu também, assim como o próprio Cônsul.

– Parabéns. Tome seu prêmio em dinheiro. - O Cônsul entregou uma moeda de R$0,25 para Magnus e desceu do palco. - Agora, DJ, pelo Anjo, coloque alguma música que preste.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Shadowhunters No Facebook" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.