Assassin's Creed High School escrita por Olive Dunham Kenway


Capítulo 32
Capítulo 32- Por ela


Notas iniciais do capítulo

Bem, aqui mais um capítulo. Eu sinceramente estou querendo largar de mão essa fic, mesmo com o "sucesso" que ela já fez. Só vou terminar porque tô cansada de receber mensagens de pessoas que nunca deram apoio pra fic e acham que tem o direito de reclamar da demora. Sinceramente, isso atrapalha e muito um autor. A gente faz um esforço e não tem um retorno bom sabe? Só reclamações... Enfim, eu vou terminar isso daqui.



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Não quero falar sobre o funeral de Luna. Ou o de Eva.

Sim. Eva morreu também.

Assim que ela ensinou Connor, Ezio, Altaïr e Desmond a usarem o Artefato, ela foi dormir e não acordou mais. Por algum motivo eu não fiquei surpresa ao voltar no Hotel e descobrir que Eva não estava mais entre nós.

Estou no Hotel há algumas horas agora. Ezio me deu um expresso, mas não terminei até agora. Acho que a morte de Luna me abalou mais do que eu imaginei. E eu vi como uma guerra se parece. Sei o que é pegar em uma arma e atirar em uma pessoa a sangue frio.

Mas nada disso realmente pesou no meu coração.

Só estou pensando em Luna e no vazio que ela deixou na Irmandade. Em cada um de nós.

E para melhorar, Altaïr, Connor e Desmond saíram em uma missão assim que voltamos da Rússia, me deixando praticamente sozinha em casa. Claro, Malik e Kadar ficaram comigo, mas acho que só Altaïr conseguiria nos fazer sair do nosso silêncio e das nossas próprias cabeças.

Vovô Ed se senta ao meu lado e fica ali, calado, olhando para um quadro na parede.

–Pode acreditar que ela estava aqui há alguns dias?

Só balanço a cabeça em sentido negativo.

–Você deveria ir para sua casa. Um loirinho apareceu por lá perguntando sobre você. Falou sobre algum ensaio na escola.

Suspiro pesadamente e escondo o rosto entre as mãos.

–Ah, sim... preciso ensaiar para a formatura... –encosto a testa na mesa. –Não estou mais com vontade de fazer isso, mas eu me comprometi com Misaki.

–Você é uma menina forte, Olivia. –ele acaricia meu cabelo. –Connor tem sorte.

–Obrigada pela sua gentileza, vovô Ed.

–Boa sorte hoje, querida. Nos veremos mais tarde.

–Certo. –levanto-me ainda de cabeça baixa e ando para a saída do Hotel.

Pego um táxi para casa e quando chego encontro Leo e Kadar conversando na cozinha.

–Kadar, bom te ver. –vou até ele e o abraço. Ele devolve o gesto rapidamente. –Você parece ótimo.

–Você está uma grande porcaria.

–Eu sei. –suspiro. –Oi, Leo. –o abraço também e dou o meu melhor sorriso. –Veio me buscar para o ensaio?

–Sim, e vim trazer isso também. –ele pega sua mochila, a abre e tira dali um embrulho simples. –Espero que goste.

–Meu Deus, Leonardo! – é uma pintura pequena. Ele pintou todos nós em frente a escola. Os detalhes são incríveis. Leonardo é um pintor extraordinário. Penso em trodo o trabalho que isso deu para fazer e quase choro. –Você fez?

–Sim. Queria te dar algo especial.

–Obrigada, Leo. Isso realmente é importante para mim. –o abraço novamente. –Vou guardar isso, trocar de roupa e nós poderemos ir para a escola. Vai querer vir com a gente, Kadar?

–Claro. Qualquer coisa pra não ficar em casa.

–Ok então. –sorrio de leve e vou para o meu quarto me arrumar.

Visto qualquer coisa e volto para a sala. Acompanho Leo e Kadar até a escola.

Os corredores estão vazios. Já é tarde e o pessoal foi embora. Eu adoraria ver mais pessoas hoje. Não quero que a minha mente fique silenciosa.

Entramos na sala de música da escola e Misaki nos recebe calorosa.

–Algo errado, Olivia?

–Não mesmo. Estou pronta para começar.

–Certo, então. Se você está disposta, nós agradecemos.

–Você escolheu as músicas que vou cantar?

–Você fará o tributo aos pais na cerimônia de formatura. Nós escolhemos uma música sim, venha comigo. –ela sorri.

Eu a sigo, Leo e Kadar vindo logo atrás de mim. Vamos para uma das salas de gravação que a escola mantém para os artigos do jornal estudantil. Aqui tem uma excelente acústica. Não me sinto confortável em cantar em um lugar tão formal. Antes que eu pense direito, já estou dizendo:

–Acho que é melhor desistir disso antes que eu estrague tudo. Eu... eu...

–Você deveria voltar a viver normalmente. –Kadar diz. –Todos nós deveríamos.

–Como eu deveria cantar em um lugar como essa? –lágrimas se acumulam em meus olhos. –Como eu poderia?

–Olivia? Está tudo bem mesmo?

–Algumas coisas aconteceram esse fim de semana. –é o que Kadar fala. –Mas você precisa cantar, Livy. –ele segura meus ombros. –Ela sempre canta, lembra? Apesar de tudo, ela canta. Você pode fazer isso também.

–Ela é... é mais forte do que eu, ok?!

–Não, não é. Ela é como todo mundo. Vamos, cante, Olive.

Balanço a cabeça. Luna é diferente. Ela podia cantar a despeito de todo e qualquer problema porque ela é mais forte do que qualquer um que já andou por aí.

–Eu não consigo cantar nesse lugar. –não me permito chorar. –Desculpe, Misaki, eu não posso. Não sei porque deixei os garotos me convencerem a fazer isso. Eu nunca conseguiria cantar na frente de todas aquelas pessoas de qualquer maneira. Me desculpe mesmo.

Saio dali andando normalmente. Não posso sair correndo. Acho que já fui covarde demais por hoje.

–Espere, Olivia! –Leo se joga em cima de mim e caímos no chão. –Quero te mostrar um lugar. Se você não conseguir cantar lá, então eu mesmo falarei com Misaki para ela te deixar em paz.

–Eu não quero mais cantar, Leo. –digo, desconfortável com a proximidade de nossos rostos e o fato de ele estar de quatro em cima de mim. –E saia de cima de mim, meu namorado te mataria se nos visse assim.

–Ah, sim, claro. Sem dúvidas, ele me mataria. –Leo se coloca sobre os pés rapidamente e então eu me levanto. –Você virá comigo, Olivia?

–Não quero te incomodar, Leonardo. Eu duvido que conseguiria cantar agora de qualquer maneira.

–Kadar está certo, sabe? –ele sorri. –Precisamos deixar o rio fluir.

–Você sabe?

–Sim. Ezio também está mal com tudo isso. Ele nem mesmo saiu esse final de semana. Conhecendo aquele italiano, só algo muito ruim o faria ficar em casa ao invés de sair e conseguir algumas garotas.

Solto um leve riso.

–Eu quero que as coisas voltem a ser como eram antes, mas não é tão fácil assim.

O celular de Leonardo toca e ele pede licença para mim antes de atender.

–Você está brincando, certo?! –ele grita e eu salto com o susto. –Certo, nós estaremos de volta em alguns minutos! –ele ouve a pessoa do outro lado da linha. –Nem brinque com isso. Vamos chegar logo.

–Aconteceu alguma coisa? –pergunto preocupada.

–Ezio e os outros voltaram da missão deles.

–E desde quando você sabe dessas coisas?

–Bem, isso é complicado. –ele me pega pelo braço e me arrasta pelos corredores. Leo pega seu celular novamente. –Kadar, corra para o ponto de ônibus. Sim, agora. Precisamos ir para a casa dos Kenway.

Chegamos no ponto de ônibus em tempo recorde e me pergunto como Leonardo consegue ser tão rápido. Mas mesmo indo tão rápido, Kadar está no ponto antes de nós. Ele deve ter usado Parkour pela escola e se não estivesse tão curiosa a respeito do que está acontecendo, provavelmente teria puxado a orelha dele por fazer algo assim na escola.

–Pode me dizer o que está acontecendo? Connor e os outros estão bem?

–Acho que você vai ter que esperar para ver. –Kadar diz com um sorriso contido.

–Ah, mas vocês irão me contar isso agora! –me solto do aperto de Leonardo. Estou irritada. Odeio ficar curiosa assim. Odeio que esconda a verdade de mim.

–Olive...

–Eu vou quebrar a cara de vocês se não me contarem que merda está acontecendo nesse exato momento! Eu juro!

–Por favor, calminha! –Kadar me abraça por trás, segurando meus braços. –Eles pediram para guardarmos segredo e eu tenho mais medo de Altaïr do que de você. Desculpe.

Leonardo assente.

–Aqueles olhos dourados te encarando como se pudessem cortar a sua alma em pedaços. –ele treme.

–Ah, por favor, vocês nunca me viram realmente com raiva e Kadar, se você não me soltar agora, vocês vão me ver realmente puta!

Kadar só me aperta com mais força e me ergue uns dez centímetros do chão. Começo a espernear enquanto eles me colocam dentro do ônibus. Ninguém parece ligar para uma garota sendo arrastada por dois homens.

–Leonardo, nossa amizade acabou! Eu vou matar vocês dois assim que conseguir me soltar! Ah!!! –grito ainda esperneando. Leonardo segura meus pés e fico quase que totalmente imobilizada, o que não quer dizer que eu desisti.

–Ah, não faça assim, Olivia. –Leonardo diz com um sorriso sem graça.

–Kadar, me solte agora mesmo! Eu tô me cansando disso!

Kadar só me aperta mais forte e meus braços começam a doer e as pernas também.

–Eu vou cortar as bolas de vocês dois durante seu sono!

–Você está assustando as pessoas, Olive. –Kadar sussurra.

–Vocês dois é que deveriam estar com medo!

Chegamos ao lugar que precisávamos e os dois me carregam para fora do ônibus e eu me sinto uma sequestrada. Eles andam comigo nos braços até a casa de Connor e então, quando Leonardo solta uma das minhas pernas para tocar a campainha, eu aproveito para chutar a cabeça do loiro.

–Ai, ai, Olive! Você realmente é mais forte do que eu esperava.

–Você não viu nada ainda! –berro.

Tia Ziio abre a porta para nós e sorri para mim. Ela nos convida para entrar como se fosse totalmente normal dois garotos trazerem a namorada do seu filho carregada para a sua casa, “Quem sabe deva oferecer um chá para vocês”, aposto que ela está pensando nisso.

–Olive, acho que você vai querer se acalmar. Tem alguém importante querendo falar com você. –Haytham diz com um sorriso no rosto e uma caneca de café em suas mãos.

Leonardo solta minhas pernas e Kadar larga meus braços. Dou um soco na cabeça do Al-syaf volume 2.

–Nunca mais me invente de fazer isso!

–Ai, ai! Ok, hoje foi uma exceção. –Kadar massageia o ponto que eu acertei.

–Vocês dois deveriam respeitar minha namorada. –Connor aparece na sala junto com Altaïr e Desmond atrás dele.

–Achei que os dois tem muita coragem, na verdade. –Desmond ri.

–Eu só me impressiono por eles estram vivos. –Altaïr também ri alto.

–Mas podem me dizer o que está acontecendo?

–Ah, sim, vamos parar com esse suspense. –Haytham abre a porta do quarto de hóspedes que eu costumo dormir quando venho aqui.

Uma mulher sai do quarto e eu congelo no lugar.

O cabelo comprido castanho e ondulado, olhos escuros, feições nativas, pele vermelha...

–Olá, querida. Senti saudades da sua voz.

–Mãe...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e comentem ok?



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