Assassin's Creed High School escrita por Olive Dunham Kenway


Capítulo 3
Capítulo 3-Fazendo ciúmes e café=sexo casual


Notas iniciais do capítulo

Desculpem minha demora! Escola e vestibular sugaram meu tempo. Espero que gostem!



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Malik me deixou em casa e seguiu seu caminho. Ele me fizera prometer não dizer nada sobre a marca roxa em seu pescoço (que ele nunca dirá em voz alta o que realmente aconteceu) e agradeceu pela minha presença– ele disse ajuda, mas eu não fiz nada, então troquei a palavra por presença.


Entrei em casa e fui recebida friamente pelo meu pai. Nós não falamos um com o outro, para se sincera. Eu passo reto e subo para o meu quarto. Visto meu pijama e coloco meu casaco para lavar. Durmo logo depois.





O clima está meio fechado e levo até um guarda chuva.





Minha sala de aula está meio vazia quando entro. Só eu, Becca, Shaun e Desmond e Altaïr– que só estão dormindo no fundo da sala.

–Ei, como está? –Shaun pergunta.

–Bem. E vocês?

–Estamos bem. Só Shaun que está meio afetado pelo tempo.

–Sentindo falta de casa?

–Um pouco. –ele dá um meio sorriso.
Ele parece um pouco recluso, e creio que ficará assim o dia todo. Eu nunca pensei muito nisso. Talvez não seja tão bom ser aluno de intercâmbio. Sair do sua casa e tudo o que conhece e como conhece e vir para um país totalmente diferente. E sozinho. Essa é a vida de Shaun, Leonardo, Altaïr, Ezio, Kadar e Malik.
Eu não iria querer que alguém fizesse as coisas ficarem ainda mais difíceis. Talvez eu desse deixar pra lá esse plano quanto ao Altaïr. Quem sabe até ajuda-lo com Malik. Eles ficam tão fofos juntos! Percebi isso ontem, mas já uma certeza na minha vida.
–Eu sinceramente não sei se quero saber porque você está sorrindo assim. –Becca diz lentamente.
–Oh, não é nada. Só estou tendo um bom pensamento. É besteira. Mas me deixa feliz.
De repente os dois deviam o olhar de mim. Fico confusa e dou uma leve franzida com as sobrancelhas. Sinto uma respiração no meu pescoço e fico tensa.
–Como faz essa trança? –reconheço a voz e o sotaque forte. Ezio Auditore. Afasto-me com um pulo para o lado. Meu rosto está ardendo de vergonha.
–O que tem de errado com você?! Não se esgueira assim atrás das pessoas!
–Relaxe. Desculpe se te assustei. Só quero saber da trança. Minha irmã mais nova as adora. Mas não sabe fazer essa.
–Você tem uma irmã?
–Tenho. Cláudia. Pode me ensinar a fazer sua trança?
–Ah-ah-ah cla -claro. – gaguejo. Por que concordei, meu Deus? Diga-me por que fiz tamanha merda.
–Obrigado. Pode ir ao café essa tarde? Eu te dou o que pediu ontem por minha conta– ele sorri galante. Eu assinto.
Ezio vai para o fundo e se senta ao fundo perto se Altaïr. O italiano bate na cabeça do árabe, que pragueja em árabe e lhe dá um soco no abdome. Não acho que foi exatamente fraco.
–Tô cansado, filho da puta.
–Perdonami, Altaïr. –ele ri.
Malik chega. Ele e Altaïr trocam um olhar rápido e depois se ignoram. Meu amigo usa um cachecol de lã. Está frio, mas não tanto. Eu sei que ele está usando para esconder a marca do chupão que Altaïr lhe deu, mas é claro que se me perguntarem eu digo que é frio.
–Bom-dia Malik! –Sorrio. – Como você está nessa linda manhã?
–Ô, linda. Maravilhosa...
–Resmungão. – puxo-o para perto de mim. – O que foi? Não teve uma boa noite?
–Na verdade não.
Ele coloca a mochila na cadeira vaga atrás de mim e se senta. Do jeito que ele parece mal, deixo os pensamentos de deixar Altaïr em paz pra outra oportunidade. Ele merece um pouco do próprio remédio. Só espero que Malik me ajude com isso. Sento-me ao lado do árabe.

–Então, eu pensei em dois jeitos de brincar com Altaïr. Os dois requerem a sua radiante presença. –ele dá um meio sorriso. Ele sempre ri quando eu digo essas coisas. –Algo de errado, Malik?

–Não. Eu estou bem. Só não dormi tanto quanto deveria.

–Ei, você quer desistir? Você não parece só cansado pra mim.

–Sério. Tudo bem.

–Não me faça te chamar de MalMal.

–Isso é sacanagem, Olive.

–Eu sei, então desembucha. –dou um sorriso maliciosa. –MalMal. –ele ri e eu respiro fundo. –Eu só quero seu melhor. Ok? Você é meu amigo. Meu melhor amigo. Diga o que posso fazer que garanto que farei o meu melhor pra cumprir.
–Obrigado, Livy. De verdade. Você é a melhor amiga que alguém poderia ter. –ele me puxa para si e me abraça. Consigo ver Altaïr desviar o olhar e uma ideia me ocorre.
–É isso! – exclamo e arrasto Malik para fora da sala. – Já voltamos. Esperem a gente, Shaun e Becca!
–O que é que você sabe? – Malik pergunta.
–Ciúmes. Altaïr morre de ciúmes de mim! Vamos fazer isso.
–Parece mais que você quer ajudá-lo a ficar comigo e não me vingar.
–Ah, funcionaria para os dois. Mas vamos nos focar na segunda parte e só se você estiver interessado, nós podemos fazer a primeira.
Meu amigo cora bruscamente e eu rio, abraçando-o em um pedido de desculpas. Eu sei que não deveria fazer piadas sobre isso. Os dois vivem juntos. Se alguém me ouvir os dois estarão acabados. Muitos dizem que não tem nada contra, mas geralmente é mentira. E já que Malik já não é o favorito nessa escola, um relacionamento ou um amor homossexual só pioraria as coisas. Eu amo Malik. Ele é meu irmão, meu parceiro. Ele está sempre lá pro mim. Não quero estragar a vida dele por ser indiscreta.

–Ouça, seria divertido. Vamos dizer para Shaun e Becca que só estamos testando uma teoria maluca. Eles nos acham estranhos, mas nos amam. Não vão fazer perguntas. Confie em mim. Eu já fiz coisa pior no ensino fundamental e eles nem quiseram saber o motivo.

–Eu sinto que isso vai dar errado.

–Já está dando errado, Malik. Pior do que tá não fica. –dou de ombros. –Temos um acordo? –ele fica pensativo. –Vamos lá. Aperte minha mão. –nada. –Vamos lá, parceiro. –ele dá de ombros e aperta minha mão. –Ok! Sente-se no meu lugar. Não aja estranho caso eu te abrace e coisas do gênero. A partir de agora somos amigo coloridos ou como quer que as pessoas chamem isso.

–Graças a Deus minha pele é um tanto escura eu estaria muito mais vermelho agora.

–Eu pensei exatamente o mesmo. Agora vamos, Malik. Temos um trabalho a cumprir.

Voltamos para a sala e eu sussurro uma mentira para Shaun e Becca. Me sinto mal. Não gosto nem um pouco de mentir para eles. São meus amigo também. Mas creio que Malik prefira que isso fique só entre nós dois e se eu estivesse na posição dele iria querer o mesmo. Isso e um tanto pessoal.

Eu e Malik trocamos de lugar e ficamos um tanto melosos um com o outro. Ele segura minha mão e deposita um beijo na minha testa. Ele murmura baixinho:

–Assim parece legitimo? Não que você não seja bonita, Olive. Você é. E muito. É só que eu não gosto de você desse jeito e...

Rio discretamente e balanço a cabeça.

–Eu sei. Está perfeito. –sussurro também. –Ei, olhe por trás de mim e cheque se Altaïr está acordado, senão toda essa cena será em vão.

Ele assente quase que imperceptivelmente e desvia o olhar levemente.

–Está sim. Se olhar matasse seu sangue estaria no chão.

–E nas paredes. –rio baixinho. –Beije minha testa.

Ele obedece.

–Devia ter visto a cara dele, Olive.

–Eu queria.

–Você estava certa. Isso realmente conta como vingança.

–Quando você vai aprender que eu sempre estou certa, meu querido?

Ele só ri e balança a cabeça.
Paro de rir quando uma mão quente e forte segura o meu ombro. Sinto uma respiração no pescoço. Congelado no lugar. Meu pescoço é meu ponto fraco.
–Malik, podemos conversar por um minuto? –a voz pertence a Altaïr.
–Não. Tenho uma boa companhia no momento. Quem sabe depois.
–Tudo bem, Malik. Pode ir. Eu vou estar aqui. –beijo seu rosto e sorrio. Alta nem fuzila com o olhar e isso só serve para me divertir mais. Os dois homens saem sem pressa.
–O que há de errado entre Altaïr e Malik? Começaram a se falar agora? –Becca pergunta.
–Eles vivem juntos, sabe? Pode ser algum problema com a casa. –minto.– Ou a minha teoria estava certa e Altaïr simplesmente não gosta de mim.
–Besteira. Ele nem te conhece. –Shaun diz– Não pode te odiar.
–Claro que pode. Ódio gratuito. A vida é imprevisível. –Olho para a porta e vejo Leonardo entrando. Chamo-o para sentar-se ao meu lado.
–Obrigado, Olívia.
–Por nada, Leonardo. Se precisar de algo é só falar.
–Ok. Agradeço.
Malik volta com um discreto sorriso no rosto e Altaïr está claramente emburrado. Meu amigo senta-se a minha frente e sinto sua satisfação fluir de seu corpo e chegar até mim.
–O que ele queria? –pergunto.
–Saber o que havia entre nós dois. Disse que estava confuso por causa de ontem a noite e...
–Então admite que deixou ele fazer o que fez.
–Eu não disse isso, Livy. –ele está extremamente corado.
–Ok, falamos sobre isso no almoço. O que você respondeu?
–Que eu não sabia exatamente, mas que gosto muito de você e que era para ele me deixar em paz e te deixar em paz. E no final disse que adorei o café que ele faz.
–Sério? Eu acharam que café é um convite para sexo casual. Pelo menos foi o que eu ouvi em uma série de televisão.
–O quê? Tem certeza disso, Olive?
–Não. Mas não acho que Altaïr já tenha ouvido falar sobre isso. Mas tem um jeito de saber se café é realmente um convite para sexo. –cutuco Becca atrás de mim. Ele ergue a cabeça. –Becca, se um garoto te convidasse pra tomar café ou elogiasse seu café, o quê você acha que ele queria dizer?
–Que estaria me convidando pra transar com ele. Mas depende do garoto. Eu nunca pensaria isso de Malik ou Shaun, por exemplo.
–Ok. Obrigada, Becca.
Virei-me para Malik. Ele está meio pálido agora.
–Acho que acabei de chamar Altaïr para... Ter...sexo casual...
Dou de ombros um pouco constrangida.
–Acho que sim.





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Notas finais do capítulo

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