Safe And Sound escrita por Brends


Capítulo 41
Eu nunca vou desistir de você!


Notas iniciais do capítulo

Está tão perto do fim que eu não quero prolongar a espera de vocês...



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Fiquei por mais de uma hora olhando eles brincarem de diferentes brincadeiras, a garota que eu tinha ido buscar em sua casa se chamava Daiane e as demais não me esforcei em guardar seus nomes. Uma das garotas chamou Daiane para ir até sua casa para que brincassem de boneca e outras coisas e ela ficou me olhando com uma carinha pidona que não resisti e fui falar com sua avó, Dona Cristina que conhecia os pais da segunda garota permitiu que Daiane fosse com ela. Um sorriso estava estampado em meu rosto mas logo ele se desfez pois lembrei de tudo que estava acontecendo com a minha vida, peguei meu celular e mandei uma mensagem para Miguel logo ele respondeu que estava resolvendo algumas coisas com o pai mas que a noite poderia me ver como haviamos combinado.

Devolvi o celular ao bolso e comecei a andar pelas ruas sem rumo, apenas ia seguindo e quando encontrava uma esquina virava nela e continuava vagando, depois de muito andar acabei parando na frente da minha antiga escola, estava trancada como previsto mas olhar para o portão me trouxe uma serie de lembranças, boas e ruins mas a que me atingiu com mais força foi a de quando conheci Pablo, não importa o que ele tenha feito comigo ele sempre estará claro em minha memória, assim que me virei para ir embora me deparei com uma figura parada ao meu lado.

– Você está horrivél – falou abrindo um sorriso torto

– Também é bom te ver – me permiti abrir um sorriso – Voltou a me seguir?

– Posso dizer que estou superando tudo aquilo – falou rindo – Eu soube o que aconteceu, sinto muito!

– Não entendo porque as pessoas se desculpam por coisas que elas não fizeram – falei começando a andar e ele me acompanhou – Então Pablo, procurou ajuda ou arrumou alguém?

Ele passou os braços por meus ombros e contou que depois daquela noite em que quase me entreguei a ele seus pais o levaram em um psiquiatra, e agora ele estava tomando remédios para controlar a agressividade e as consultas estavam ajudando a esquecer de algumas fissuras que ele tinha. Ele também me contou que tinha encontrado uma garota que tinha umas fissuras parecidas com as dele, ele conheceu ela na sala de espera do psiquiatra e estavam se encontrando. Fomos até uma praça e ficamos conversando, ele parecia realmente mudado e estava sendo uma boa distração pra mim no meio do nosso bate-papo Marcela me ligou pedindo minha ajuda com algumas coisas.

– Desculpa, mas preciso voltar pra casa – falei me levantando – Foi bom te ver, e é bom saber que você esta se recuperando de tudo isso.

Ele apenas balançou a cabeça positivamente e me deu um beijo no rosto, dei meio sorriso e sai andando. Assim que cheguei vi Marcela correndo de um lado para o outro com bandeijas, copos e outras coisas, acho que ela estava arrumando um banquete para algumas pessoas, talvez ela fosse recepcionar alguns parentes depois do velório. Ajudei a montar a mesa e a limpar a cozinha, e no fim da tarde depois que tudo estava pronto Felipe e Jessica apareceram em casa, assim que entrou Jessica me deu um vestido que estava embrulhado no plástico da lavandeiria.

– Você vai usar isto hoje a noite, depois que estiver vestida me chama porque eu vou esconder essas manchas do seu rosto – falou andando de um lado para o outro

Apenas concordei com que ela falou e fui em direção ao meu novo quarto, pendurei o vestido na porta do guarda-roupa e me joguei na cama, ainda teria algumas horas de descanso. Acho desnecessário Jessica querer me cobrir com maquiagem, eu estou assim porque estou triste com a morte de meus pais e quero que todos vejam isso e que me deixem sentir minha dor. Depois que tomei banho e arrumei meu cabelo tentei evitar encontrar Jessica pela casa mas não teve jeito ela me encontrou e fez sua obra de arte em meu rosto, até gostei do toque feminino que ela deu em mim mas prefiro ficar de cara limpa assim que o velório acabar eu vou no banheiro e lavo o rosto.

Felipe e eu ficamos na entrada da capela recepcionando amigos e parentes, alguns estavam chorando mas eu sabia que eles não estava sofrendo de verdade, estavam apenas fazendo uma cena, tentado ser solidários na minha opinião. Assim que Miguel apareceu corri para lhe dar um abraço, ele me acolheu em seu peito e beijou o topo da minha cabeça, ficamos na capela por mais de uma hora e depois demos a nossa escapadinha, ele me levou até a praia e ficamos o olhando as estrelas enquanto as ondas quebravam em nossos pés.

– Por um momento eu achei que você tinha desistido de mim – quebrei o silêncio – Achei que finalmente você tinha percebido que eu não valia a pena e que poderia arranjar coisa melhor mas quando me abraçou percebi que eu ainda tenho chances.

– Eu nunca vou desistir de você, eu sei que você é teimosa, desiquilibrada e impulsiva mas do que me adianta ter uma garota perfeita se eu não a amo como nós nos amamos – falou me puxando para seu colo – Carolina eu só vou falar mais uma vez, eu sempre vou te amar não importa o que aconteça.

Meu olhos estava marejados, vendo isso Miguel me abraçou forte como sempre fazia. Neste momento a lua estava sendo testemunha do nosso amor e a jura que faziamos de nos amar até o final de nossas vidas, seu rosto estava a centimetros do meu mas ele não me beijou apenas ficou me encarando intensamente.

– Me leva pra casa – falei roçando nossos lábios


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Notas finais do capítulo

E ai está, o que acharam?



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