Safe And Sound escrita por Brends


Capítulo 36
Mais um pouco de ódio


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoinhas, aproveitem e segunda eu volto com um capitulo novinho!



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Como descrever os momentos ao lado de Miguel, eles são totalmente únicos e toda vez que estamos juntos eu sinto como se nos conhecessemos a muitos anos mas na verdade não faz nem um ano que estamos juntos. O jeito como ele me faz sentir é único e não estou falando isso porque somos namorados ou porque ele é meu primeiro namorado, acho que isso não tem nada a ver, gosto quando ele me faz sorrir ou quando brinca com meu cabelo enquanto eu estou lendo esses são pequenos detalhes que quero me lembrar pra sempre.

Hoje resolvemos ficar no hotel mesmo, Miguel nadava um pouco na piscina enquanto eu tomava sol em uma das espreguiçadeiras, esse era nosso penúltimo dia no paraíso e já estavamos rindo bastanto do incidente de duas noites atrás. Na noite anterior recebi um telefonema de minha mãe dizendo que meu pai tinha sumido o dia inteiro mas hoje de manhã ela mandou uma mensagem avisando que ele só tinha saido sem avisar, fiquei mais tranquila sabendo que ele ainda não tinha ido embora então isso me daria mais alguns dias a sós com Miguel. Me dói pensar que deixei minha mãe sozinha mas eu realmente não sou capaz de suportar essa despedida, sei que ainda não estou preparada pra isso e que se eu participasse disso poderia ter uma recaída ou algo assim.

– Ei, você pode voltar pra esse planeta e dar atenção pro seu namorado? – Miguel estava sentado ao meu lado a um bom tempo mas eu não tinha reparado em sua presença – Ainda está pensando na sua mãe? Eu sei que é difícil mas isso foi idéia sua, se quiser voltar não tem problema.

– Não! Não posso presenciar aquilo, eu sei que posso ter um recaída. – respirei fundo e sorri fraco – Prefiro falar com ela depois, e sei que você vai estar lá pra nos apoiar!

Ele afirmou com a cabeça e me deu um selinho, acho que posso viver milhares de vidas mas sempre vou me lembrar de Miguel. Ele é meu primeiro amor e nunca se esquece o primeiro amor, é meio clichê até mas estou me sentindo em um dos livros do Nicholas Sparks. Depois de passar a manhã na piscina a tarde Miguel me levou em um restaurante próximo e depois seguimos viagem pra Paraty, o caminho foi bem tranquilo e rápido não ficamos nem duas horas dentro do carro, o que foi um alívio pois o calor estava demais.

Logo na entrada da cidade tinha uma espécie de arco no estilo colonial, e Miguel me disse que tinha o centro histórico da cidade que era a parte mais bonita. Passamos por várias lojas e restaurantes e finalmente chegamos ao cais, achei que ficariamos em um hotel por ali mesmo mas Miguel disse que ficariamos na casa de um amigo da família e o único jeito de chegar lá era pelo mar. A casa era bem moderna com a fachada de vidro e um lindo iate ancorado na frente, os empregados vieram nos recepicionar e assim que entramos na casa os donos apareceram.

– Olha só pra você, está tão crescido – disse a mulher enquanto abraçava Miguel – E tem até uma namorada, qual seu nome?

– Carolina, mas pode me chamar de Carol – falei retribuindo o abraço

– Carol, quero que se sintam em casa. Eu sou Catarina e esse é meu marido Alexandre.

Depois das apresentações uma das empregadas nos levou até o quarto de hospedes, era um quarto amplo com vista para a praia ou pelo menos parte dela. A noite jantamos na varanda e ficamos conversando, Catarina era muito simpática mas Alexandre era mais calado e ficava me encarando, o que estava sendo um pouco incomodo comecei a achar que minha roupa estava indecente mas me toquei que estava de calça e regata, nada chamativo. Catarina também percebeu que Alexandre me encarava e deu uma cotuvelada em sua costela, Miguel parecia não perceber nada apenas ria das histórias que Catarina contava de quando ela saia com os pais dele. Eu não estava me sentindo bem ali então me levantei querendo ir dar uma volta na praia.

– Carol, onde vai querida? – perguntou Catarina

– Vou ali na praia dar uma volta, quero apreciar a paisagem. Não se encomodem podem continuar a conversa – respondi sorrindo fraco

Apesar de estar usando uma calsa de malha consegui sentir a brisa que vinha do mar, andei até o final da praia e sentei em uma das pedras a beira do mar. O som das ondas e dos animais no meio da mata eram relaxantes, fechei os olhos e me permiti levar por pensamentos que estava pesando em minha cabeça, aos poucos os sons da natureza foram interrompidos por som de passos na areia, sorri imaginando Miguel chegando e me abraçando por trás, alguns momentos se passaram e isso não aconteceu então abri os olhos e olhei procurando a fonte dos passos. Alexandre estava a alguns metros de distancia apenas me observando, ele tinha uma expressão séria e uma postura rígida.

– Sempre fica encarando seus convidados intensamente? – perguntei quebrando o silêncio

– Não, apenas aqueles de quem posso suspeitar de algo – respondeu se aproximando – Me diga Carolina, você não é da elite, de que família você veio? Posso perceber que não pertence a esse estilo de vida apenas pelo modo como se portou à mesa, está pensando em dar o golpe em Miguel?

– Esse é problemas de todos vocês! – falei incrédula – Não acreditam em amor, o que interessa é sempre o dinheiro mas ao contrário do que vocês pensam não estou com Miguel por interesse e quando nos conhecemos eu não fazia idéia de que ele pertencia a elite do Rio de Janeiro. – ele continuava me encarando sério, mas sua postura já não era a mesma – Eu conheci Miguel em uma clinica de reabilitação e me apaixonei pelo lado simples que ele me mostrou e não pelos números da conta bancária que ele tem.

Um silêncio se instalou entre nós dois, Alexandre não se mexeu mas parecia estar pensando no que eu havia acabado de falar. Sorri debochada e me levantei pra voltar mas no momento em que passei por ele segurou meu braço e olhou diretamente em meus olhos.

– Só não quero que você magoe meu sobrinho! – falou relaxando a postura

– Não se preocupe – puxei o braço com força e sai pisando forte


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam?



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