Safe And Sound escrita por Brends


Capítulo 18
Acho que tudo voltou ao normal


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, capítulo novinho pra voces, mesmo voces não merecendo.
Não custa nada comentar, isso até incentiva.
Leitores novos, se apresentem eu não mordo...


Não esqueçam das notas finais ;)



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Acordei deitada sobre um superficie macia mas não era minha cama, minha cabeça latejava então levantei cuidadosamente olhando em volta. Estava em uma sala pequena, não tinha sinal de portas ou janelas. Então isso é o isolamento? Uma sala acolchoada, quanto tempo ficarei aqui?

Andei pelos quatro cantos da sala e percebi um retangulo na parede, então essa é a porta. Que só pode ser aberta por fora, claro! Maravilha! Dias trancada como um animal.

- Olá! – arrisquei

Nenhuma resposta, só então reparei em minhas roupas, estou usando uma calça de moletom cinza e uma regata preta. Ouvi um ruido na porta e me afastei.

- Bom dia! – disse uma moça – Este é seu café da manha.

Ela me entregou uma bandeja e virou para ir embora.

- Espere! – falei

Ela não se deu o trabalho de me olhar apenas saiu e fechou a porta atras de si. Vadia! Pensei comigo, alguma alma bondosa vai falar comigo. Nesse momento ouvi um zumbido como os das caixas de som, então uma voz ecoou pela sala.

- Bom dia, Carolina. Eu sou Michelle, e vou te observar nos proximos dois dias. Faça tudo que voce faria se estivesse no seu quarto – nossa legal dois dias presa aqui

- Bom Michelle, no meu quarto eu costumo ficar olhando pela janela. Coisa que esta linda sala não me proporciona – falei meio ironica

Não obtive resposta, sentei onde estava e comi o conteudo da bandeija. Fiquei parada por horas olhando para a parede, então me ocorreu uma ideia maluca. Eu posso dançar! Logo um sorriso surgiu no meu rosto. Logo a musica veio em minha mente, comecei a executar os passos, os mesmos passos que eu havia ensinado ao pessoal quando ainda era voluntaria.

Mesmo depois de dançar Michelle não deu nenhum sinal de vida. Desisti de fazer qualquer coisa e deixei o tédio tomar conta de mim, estava esparramada no chão quando comecei a cantar uma das minhas musicas preferidas, Everybody’s fool do Evanescence.

A noite recebi meu jantar, um cobertor e um travesseiro. Depois de comer deslizei para baixo do cobertor esperando que a inconsciência me levasse. Tive pesadelos horríveis durante a noite toda, eu queria Miguel para me amparar, pra me proteger mas ele não estava lá.

Quando acordeu meu café já estava servido, depois de comer voltei para o meu estado tedioso ficar sentada admirando o lindo tom branco das paredes.

(...)

Depois de horas e horas me ocupando com o nada um enfeimeiro apareceu, não era um enfermeiro qualquer era Jorge, só de ve-lo me senti feliz. Ele me disse que já tinham me liberado e ele me levaria de volta ao meu quarto.

Assim que adentrei o mesmo encontrei Miguel junto a janela admirando o meu amado jardim.

- Pensei que ficaria mais tempo trancada – falou sem me olhar

- Acho que eles perceberam que eu não estou tão louca assim – falei me jogando na cama – Preciso de um banho

Entrei no banheiro já ma despindo, entrei de baixo da agua gelada e permite que meus músculos relaxacem, depois de alguns minutos lavei meus cabelos e desliguei o chuveiro. Me enrolei em uma e voltei pro quarto onde Miguel ainda estava na janela.

- Miguel! – o chamei

Ele desviou sua atenção da janela e ficou me encarando por exatos 12 segundos.

- Você é linda – finalmente falou algo

Senti minhas bochechas queimarem pela vergonha, eu estava apenas de toalha na frente dele, não tinha como aquilo ficar mais constrangedor. Ele se aproximou e colocou uma das mãos em minha cintura e com a outra cariciava meu rosto.

- Perfeita! – sussurou e me beijou

Foi um beijo calmo mas cheio de desejo, ele colou seu corpo no meu e um arrepiu subiu pela minha espinha.

- Miguel – cortei o beijo, ele apenas assentiu para que eu prosseguisse – Eu quero me entregar pra você mas não hoje.

Ele apenas suspirou e se afastou.

- Desculpa – falei baixinho e de cabeça baixa

- Ei! Não precisa se desculpar. Sabe porquê? – neguei com a cabeça – Porque eu sei que você é só minha.

Um sorriso se formou em meus labios e ele me abraçou. Peguei minhas roupas na gaveta e voltei para o banheiro para me trocar.

(...)

Ficamos o resto da tarde conversando, eu estava me sentindo em um filme, parece bobo mas é verdade. Estavamos deitados aconchegados um no outro falando coisas bobas como qualquer outro adolescente.

- Com licença – uma cabeça se materializou na porta

- MARIA! – dei um pulo da cama

Ela entrou já rindo e eu a abracei, porque a Maria já se tornou minha segunda mãe pra mim.

- Como vai querida?

- Bem, eu acho.

Ficamos conversando os três como se fossemos velhos amigos, mas estamos bem perto disso.

- Trago más notícias – falou com uma careta

- Lá vem, pode falar Maria

- Bom a diretora do hospital ditou novas regras, nada de mais, só que essas novas regras impedem vocês dois de dormirem no mesmo quarto.

-Essas regras foram aplicadas por nossa causa? – perguntei

- Não de jeito nenhum, mesmo ela sabendo do relacionamento dos dois. Mas é que no hospital temos outros casais – ela fez uma pausa antes de continuar – E digamos que eles estavam um pouco barulhentos, então a nova regra.

Eu e Miguel começamos a rir como duas crianças, e Maria nos olhou espantada.

- Bom de qualquer forma, toda noite um inspetor passará nos quartos pra se certificar que os casais estejam separados. – falou e saiu do quarto.

- Nada de joguinhos noturnos – falou Miguel

Taquei um travesseiro nele e comecei a rir, ele veio pra cima de mim e começou a me fazer coscegás.

- Para por favor – falei em um tom suplicante

- Pede desculpas – falou enquanto segurava meus pulsos

Me desculpei com um beijo o que pareceu suficiente para ele, ficamos juntos até o inspetor levar Miguel de volta ao quarto dele.


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Notas finais do capítulo

Gosto muito de compartilhar minha imaginação por isso que não paro de postar.
Então eu estava pensando em fazer uma primeira vez do casal, mas não sei se seria uma boa ideia. Gostaria muito da opinião de voces...