Safe And Sound escrita por Brends
Notas iniciais do capítulo
Voltei a pedido de uma leitora, e só continuo com reviews...
Depois de passar a noite em observação, o medico me deu alta pela manhã. Felipe me levou até em casa e depois foi trabalhar, sentada na varanda me peguei pensando na noite de terça-feira quando Pablo teve a coragem de cometer aquele ato comigo. Logo as lagrimas vieram, eu me sentia suja, totalmente perdida, a lamina me parecia tão reconfortante mas tinha prometido a mim mesmo que nunca mais cortaria meu corpo.
Mas naquele momento não conseguia pensar direito, corri para meu quarto e abri a gaveta, onde escondia minha ultima lamina. Me sentei junto a cama, posicionei a lamina e fiz o primeiro corte, a sensação de alivio me invadiu então fiz outro e outro ate meu braço estar todo vermelho e o sangue sujando a minha roupa.
É uma pena a sensação de alivio passa tão rápido, corri para o banheiro e entrei em baixo do chuveiro de roupa e tudo. Após uns quinze minutos parada tentando esquecer o que tinha acontecido, tomei uma banho e voltei para a varanda.
Olhando para o nada lembrei de Miguel. Ah! Sim, Miguel o garoto que mudou a minha vida, queria muito ve-lo, senti seus braços a minha volta como se me protegesse mas não podia encara-lo sem lembrar de Pablo, não conseguiria beija-lo sem me sentir suja e então fui interrompida pela minha mãe entrando em casa.
- Filha se sente melhor? - perguntou sentando junto a mim
- Estou bem, mãe. Só quero ficar sozinha - falei me levantando e indo em direção ao quarto.
Me joguei na cama e comecei a chorar, minha mãe entrou no quarto e me abraçou e começou afagar os meus cabelos.
- Me desculpe, eu não queria... - comecei a falar mas minha mãe me interrompeu
- Ei não é culpa sua, aquele garoto... - eu a interrompi
- Não estou falando disso, mãe. É isso. - falei e mostrei os meus braços
Ela não me disse nada apenas começou a chorar e saiu do quarto. Eu me sentia mal, não sabia mais o que fazer. Me dirigi ate seu quarto e falei:
- Mãe eu preciso de ajuda - respirei fundo e continuei- me interna, por favor?
Contei pra ela como me sentia, e se ficasse sozinha por um momento poderia ter outra recaída.
- Filha irei atender seu pedido. Mas o único lugar em que posso bancar é a clinica onde trabalho - falou calmamente
- Só me promete uma coisa? Me coloca em um quarto bem longe do Miguel - falei deitando em seu colo
- Prometo filha, qualquer coisa pro seu bem.
(...)
Meu primeiro dia na clinica foi calmo, conheci meu psiquiatra mas o que eu menos queria aconteceu. Meu quarto era ao lado do de Miguel, pelo que Maria me disse era o único disponível.
Passo todo o meu tempo no quarto pra evitar encontra-lo.
Todos os dias minha mãe passa no quarto para me dar notícias, durante uma semana Miguel insistiu em falar comigo mas não abri a porta.
Não tinha forças para encara-lo e dizer tudo o que aconteceu.
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Eu sei ficou curto, mas isso é uma punição a voces