Second Chance escrita por T Phoenix


Capítulo 3
Um virada inesperada, um fim indesejado.


Notas iniciais do capítulo

Achou que estava tudo acabado para o nosso pequeno soldado? Errado, ainda não.



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Rumple’s POV:

Acreditei que estava tudo acabado, como você também deve ter acreditado, estou certo? Mas a verdade é que me surpreendi com o fato que vi acontecer, bem diante dos meus olhos.

O pai do garoto Estevão foi pescar naquele ribeirão, precisava conseguir um alimento para sua família e algum produto para vender na cidade. Ele sempre pescava alguns dias no mês. Sentou-se na beira da água e lançou sua primitiva vara de pescar. Ainda estava amanhecendo quando o homem se recostou embaixo de uma árvore e tirou um cochilo.

O dia passou, foi uma pescaria bem proveitosa. O homem voltou para casa com um cesto cheio. Em sua modesta casa, ele separou, com a mulher, a grande maioria dos peixes para serem levados e vendidos no mercado. Ele pegou dois peixes grandes na cesta e os fitou, comparando seus tamanhos. Deixou o que era poucos centímetros menor em casa e saiu com a cesta para o mercado.

Sua mulher preparava o jantar, a noite estava fria, o forno a lenha era aquecido pelo filho mais velho, enquanto a filha mais nova brincava. Enquanto a mulher cortava e limpava o grande peixe deixado pra trás por seu marido, que havia encontrado outro maior e levado, ela encontrou, na barriga do peixe, o pequeno soldadinho de estanho.

(Mulher) – Estevão! Veja meu filho, o que o havia dentro do peixe! – A mulher chamava o rapazinho com um sorriso no rosto, nunca havia visto algo como aquilo.

O menino correu para ver e reconheceu o soldadinho perdido, embora não acreditasse que pudesse ser o mesmo. A notícia ecoou pela casa até o quarto onde a bailarina se encontrava. Imediatamente ela despertou, quando o menino saiu correndo do quarto, após deixar o soldadinho novamente na janela em frente à bonequinha de papel.

Um reencontro tocante, eu diria. Mas tocante do que eu gostaria que fosse, com certeza. Afinal, aquela bailarina acabou provando que minha magia não era necessária. Fiquei muito irritado, estava disposto a acabar de uma vez com a insolência daqueles brinquedos.

O homem retornou à sua casa com algumas moedas no bolso e um sorriso no rosto. Foi recebido pelos filhos com abraços e o jovem Estevão, empolgado, correu para o quarto, pegando seu soldadinho de estanho, deixando a vela acesa no dormitório e voltando para a sala, para mostrá-lo ao pai.

(Estevão) – Papai, papai. Olhe o que mamãe achou dentro da barriga do peixe. – Ele vinha com o braço erguido e trazia o boneco na ponta dos dedos.

No caminho de volta, o menino corria tão descontroladamente que nem foi necessário o uso da magia. Acho que apenas minha forte vontade de acabar com tudo aquilo já fez com que o tempo e o lugar me ajudassem.
Estevão tropeçou, não vi exatamente em que, talvez nos próprios pés, crianças imbecis. Mas assim que ele tropeçou, caiu de joelhos e o soldadinho que estava em sua mão, voou sem destino pelo ar. Não, equivoquei-me. Ele voou diretamente para a pequena lareira acesa no cômodo.

Sem ter exatamente como salvar o brinquedo, que já começava a derreter, o menino começou a chorar, sendo consolado por sua mãe. Enquanto isso, no quarto, um forte vento soprou pela janela. Pela primeira vez, a bailarina de papel se desprendeu da madeira onde se encontrava e flutuou diretamente em direção à chama da vela.

A bailarina fora consumida imediatamente pelas chamas, desaparecendo no ar. Na manhã seguinte, após apagarem a chama da lareira, o pai de Estevão encontrou, junto à madeira, um minúsculo coração de estanho, formado pelo derretimento do soldadinho manco.

Sim, essa é a história do que vocês chamam aqui, neste mundo, de Soldadinho de Chumbo. Essa é a versão do que vi, naquela época.

Estão confusos? Ainda não viram onde está a ligação com o presente? Pois bem, eu lhes mostrarei os pontos de semelhança em meu último depoimento.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado desse penúltimo capítulo...Até o próximo. Comentários sempre bem-vindos.



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