Half-blood Games escrita por Debby Valdez


Capítulo 5
Nossos Apartamentos Luxuosos


Notas iniciais do capítulo

Atrasaaaaaada! Estou muito atrasada! Mas estou aqui então... Ah, notinhas lá em baixo.



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POV. Debby

Provavelmente quando você viu aquele “Vamos pegar um trem para o Olimpo” você imaginou um trem luxuoso, com comida e quartos só pra gente, certo? Ha-ha. A gente foi de metrô. Depois de todos vestirmos simples calças jeans e shorts com a camiseta do acampamento e pegar um item mágico, fomos todos para a estação de metrô. O problema foi fazer o Harley entrar no trem. Digamos que a peste de Hefesto (Que poderia ser o Leo, mas nesse caso é o Harley mesmo) tem um pavor irracional, ou fobia, de subsolo. Okay, ele tinha cinco anos, foi atacado por três ciclopes e nunca mais viu a mãe dele depois do desabamento, mas isso é motivo de drama?

Minha mãe me levou pra um passeio numa praça de Nova Jersey, disse que eu era uma semideusa, largou a mochila na minha cara, virou as costas e deu o fora, mas por isso eu tenho medo de praças? Eu que me livrei daquilo (E o dia das mães tá chegando. Vou mandar pra ela uma doninha raivosa). De volta ao metrô.

– AAAAAAAAAAAAAAAAAHHH! – Como pôde ver, esse era o Harley.

– Entra logo, seu projeto de cão infernal! – Gritei enquanto Leo e eu o puxávamos trem adentro.

– Não! Eu não quero! – Harley gritou se segurando na porta.

– Ninguém perguntou o que você quer, peste! – Leo gritou tentando soltar a mão dele da porta.

– Não! – Harley gritou se segurando na outra porta.

Conseguimos, depois de muita luta, arrasta-lo até o ultimo vagão, onde todos os semideuses estavam. Apesar do clima tenso, ninguém tinha pirado. Pareciam de certo modo... Conformados. Sentei entre Annabeth e Leo. Harley mal havia entrado e já não resistiu em andar no trem. Como eu mesma não estava pirando?

– Dionísio... – Annabeth falou entredentes.

– O que? – Falei.

– Dionísio é o deus da loucura e da insanidade. Ele está nos fazendo ficar calmos.

– Ahn. – Faz sentido. Embora prefira estar no meu estado normal de piradisse.

Quíron permanecia em sua cadeira de rodas e estrategicamente evitando nossos olhos. Dionísio parecia estar meditando (parecia o Buda, mas guardei meu comentário só pra mim). O trem parou e começamos a descer.

– E agora? – Drew Vaca Tanaka exclamou – Pegamos um taxi, o Argos vem nos buscar, o que?

– Vamos a pé. – Quíron falou girando as rodas de sua cadeira.

– Mas e o Argos? Ele podia ter nos levado direto para o Empire State! – Falei me escorando na parede do metrô.

– Argos bateu a van e vai ter que tirar a carteira de novo. – Quíron falou dando de ombros.

– O cara tem olhos no corpo todo e bateu a van?

– Parece que sim, então, pé na estrada...

Claro, tudo ótimo pra ele. Vai sentadinho na cadeira de rodas. Pra piorar, nós descemos cedo demais. Tinha três estações mais perto do Empire State, mas nós saímos na da Sétima Avenida. Sinceramente... Passamos por oito lanchonetes, dois salões de beleza (cuja Drew fez birra até a gente a deixar pentear o cabelo lá) e uma loja da Victoria’s Secret... Sabe-se lá porque o Percy e a Annabeth ficaram muito interessados na vitrine...

Depois de meio hora de caminhada, Quíron, Dionísio com os quarente semideuses ao todo junto com uns quinze sátiros. Quase sessenta pessoas para entrar no prédio. O porteiro, ao ver Quíron e Sr.D, pulou apressado e jogou chaves para os dois elevadores. Tentamos ir de dez em dez e no meu elevador ficou eu, Percy, Leo, Drew, Harley, Monique e alguns outros que eu não conhecia de nome. Subimos e chegamos ao Olimpo. Fui passando pelos templos e vendo as ninfas tocando e outras coisas. Mas lá na frente tinham duas coisas que eu não tava muito bem pra ver. Um prédio enorme (um prédio em cima de outro e dane-se a lógica) e preparativos de uma arena.

Chegamos à sala do trono, onde tecnicamente eu nunca poderia entrar depois do acidente... Mas isso é outra história. Havia quatro bancos de pedra branca onde provavelmente ficariam os quarenta Semideuses Tributos... Os Semibutos. Pouco a pouco foram chegando e por fim, com todos reunidos, formas tremularam e os doze olimpianos em trajes gregos e três metros de altura, entraram na sala. Logo depois, mais oito deuses se juntaram, eram os deuses menores que possuíam filhos.

– Silêncio! – Zeus(a) bradou e todos se calaram. Eu tive que me controlar seriamente pra não me lembrar do vídeo que os Stolls me mandaram semana passada. Digamos que um deus grego numa boate nunca dá certo. – Vamos começar o pronunciamento para os Jogos do Meio Sangue.

– Eu acho uma idiotice – Harley falou. Hefesto fez a maior “face palm” já vista.

– Ignorando o piolho. – Zeus fez aquela pose de “fale com a minha mão” e virou a cara... Esse mundo tá perdido. – Depois desses semideuses inventarem ás maiores idiotices no seu estúpido acampamento

– E DERRUBAREM MEU CHALÉ! – Deméter gritou e acenou para Katie. Atrás de mim, Nico murmurou alguma coisa como “Projeto de daímon, velha neurótica...”

– É melhor erradica-los – Zeus falou.

– Pai! Vai deixar assim? – Falei apontando para Poseidon. Aquele velho barba de algas na segunda vez que estamos frente á frente é pra me mandar morrer. – Seus dois únicos filhos! Somos só nós dois né?

– Ahn... – Poseidon ficou vermelho de vergonha – Debor...

– Debby!

– Debby, ah, apenas escute o que sua tia... Digo, seu tio tem a dizer.

– Obrigado! – Zeus falou e eu me sentei fazendo um biquinho. Todos os deuses olhavam pra mim ou me achando louca ou porque meu brilho os cega. Eu fico com a segunda. Atena se levantou.

– Eu acho que é uma boa estratégia... Eles só nos causam problemas!

– Mãe! – Annabeth gritou.

– Filha! – Atena gritou – Deixe-me continuar. Voltando. Porém... Eles também provaram uma ou duas vezes serem úteis.

– Mas... Derrubaram meu chalé... – Demeter falou chorosa. Katie se levantou.

– Você nem mora lá. Para de ficar se lamentando!

Deméter soluçou e vez aparecer uma tigela de cerais e uma colher... Até achei normal a Katie falar com sementes.

– Vamos matar todos logo! – Ares falou entediado.

– Pai! – E essa foi Clarisse.

– Chega! – Hades gritou – Eu é que não vou aturar essa cambada toda no meu reino! Principalmente esses três.

Ele apontou pra mim, Percy e Leo. Percy é um clássico. O Leo é... O Leo. E eu... Digamos que ter os poderes do terremoto e não tanto os da água não foi a característica que mais chamou o amor dos deuses pela minha pessoa.

– Também te amo, tio suquinho – Falei mandando um beijinho. Hades se sentou com força e fez aquela cara de emo que eu vejo toda vida que olho pro Nico.

– Decidiremos sem vocês. Agora vão para seus apartamentos. – Zeus falou e virou a cara. Os deuses sumiram e só nós ficamos.

Com uma fila indiana desengonçada, fomos até nossos quartos. Que ótimo, porque eu necessito de um banho e uma boa noite de sono. Até imagino nossos luxuosos quartos e... Porque passaram direto pelo prédio?

– Quíron? Não é ali?

– Não, criança, ali é a administração. Seus apartamentos são mais em baixo.

E nós andamos, andamos, andamos e andamos. Quem diria que o Olimpo tem periferia? E pior. Nosso lindo apartamento era nada mais que um prédio abandonado no canto mais baixo do Olimpo. Acima da porta tinha uma placa:

“Ξενοδοχείου σημείο έναρξης. Ευπρόσδεκτη, ημίθεοι”

(Hotel Ponto de Partida. Bem vindos, semideuses!).

Entramos e vimos a recepção como de um hotel antigo. Um espírito apareceu.

– Olá, senhores. O que desejam? – Ele perguntou com um leve sotaque francês.

– Semideuses. Os quartos de chalé ainda estão prontos?

– Claro, senhor. Sempre. – O fantasma falou e entrou num pequeno escritório. Percy aproximou-se de Quíron.

– Esse lugar era pra semideuses? – Ele falou descrente.

– Antigamente, era comum os semideuses virem e passarem uns dias aqui. Cada chalé tem um quarto ou dois. Vocês ficarão no quarto 3.

– Uh, okay.

O fantasminha voltou e estregou um molho de chave para Quíron. Os sátiros foram ajudar os semideuses a se alocarem e vi dois carregando a maleta de maquiagem e a bolsa de viagem da Drew. Sinceramente. Ela nem trouxe item mágico fora um canivete espelhado. Eu trouxe apenas Moiraíos e uma bolsa de lado com uma muda de roupa e escova de dente.

Mesmo com o hotel sendo velho, ele era bonito. Até ver nossos quartos. Entrei no meu apenas para sentir o desgosto. Era minúsculo, com um guarda-roupas de madeira corroída, dois sofás rasgados e velhos, uma pilha de travesseiros empoeirados e uma mesinha com um saco de papel sem nada e uma garrafa de agua antiga.

– Eu fico no sofá verde. – Falei me jogando em cima dele sem mais nem menos. Percy olhou triste para o minúsculo sofá que teria que dormir.

Fui para o banheiro e... A banheira era uma bacia gigante, e quanto liguei a torneira, saiu água barrenta.

– Percy... Melhor vir aqui. – Chamei. Percy parou de tentar abrir o guarda-roupa e veio ao banheiro. Ao ver a lama, ficou verde.

– Oh, meu Poseidon. Acho que é melhor deixar a agua ligada. Uns 150 litros depois vem água aceitável.

– Nossa que luxo. Mascara de lama grátis.

– Se quiser morrer, pode passar.

Olhei para a bacia e voltei para o “quarto”. Percy tentava abrir o armário com Contracorrente e tentei ajudar com a Moiraíos.

Nós conseguimos abrir. Mas no fim, não foi uma boa ideia.

Alguns morcegos, ratos, baratas e uns insetos demoníacos saíram. Corremos a todo vapor para fora e fechamos a porta com força. Leo, Harley, Annabeth, Katie, Clarisse e outros estavam saindo.

– Vão pra onde? – Perguntei colocando a espada na bainha presa no meu short.

– Não sei, mas chamaram do chalé um ao nove para ir lá fora. – Annabeth falou.

Saímos e encontramos Quíron no salão conversando com uma ninfa fantasma.

– Então quer dizer que você é amante da natureza, então... – Quíron falou com a voz alterada. Percy pigarreou. A ninfa desapareceu com um Puf.

– Quíron, chegamos.

– Oh, eu percebi. Vamos. – Ele se levantou da cadeira e em forma de centauro foi cavalgando á nossa frente.

Passamos da favela do Olimpo e chegamos numa área mais bonita e colorida. Depois de andar e andar, chegamos à um templo grego. Tinha colunas rosa bem claro e o teto branco. Na frente, duas esculturas gigantes de uma mulher com nada mais que um lençol grego enrolado e cobrindo as partes íntimas.

– Ah, não. Esse não é... – Falei gaguejando.

– Sim, o templo de Afrodite. – Quíron falou confirmando minha triste surpresa.

Depois de alguns segundos, uma mulher com longos cabelos negros e corpo esbelto de vestido branco com rosa veio ao nosso encontro.

– Olá queridinhos e queridinhas! Annie e Percy que bom vê-los.

Sujou.

– Afrodite ao seu dispor. Eu e minha seguidoras vamos dar um jeitinho em vocês!

– Nós vamos morrer! – Clarisse falou.

– Se for pra morrer, que morra bonito! Agora venham queridos. Hora de deixar vocês fantásticos!


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Notas finais do capítulo

Eu tenho boas razões:
1 - Eu estou moderando um tumblr de asks e apesar de ser novata e pouco fazerem perguntas pra mim, eu tento compartilhar e fazer algumas postagens legais.
2 - Como alguns devem saber pelo ECLV, eu sou uma aluna olímpica e tem prova quase toda semana.
3 - Tenho quatro projetos de fic, incluindo a de one-shots que eu estou tentando concluir o enredo. A próxima vai ser postada quando THBG acabar.
Enfim. Deixem review, favoritem... Essas coisas. Bye! Até terça!