Sequelas escrita por Nightstar


Capítulo 4
Conflito




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Centro de Jump City. Um local sem muitos estabelecimentos valiosos, como bancos, lojas caras, ou qualquer outra coisa que possa atrair a atenção de algum assaltante. Por esse fato, aquele era um dos poucos lugares da cidade onde a movimentação era bem calma na maior parte do tempo.

 

Bom, infelizmente essa calmaria fora quebrada naquela tarde.

 

Durante cerca de poucos minutos, três vilões aterrorizaram aquele espaço, atirando alguns carros para longe, causando explosões em meio à avenida e fazendo outros estragos razoáveis nos edifícios ao redor. Não pareciam possuir um motivo para agir assim. Somente queriam a presença de seus inimigos, os Jovens Titãs...

 

“Wahhh...” Chip bocejou enquanto usava o cotovelo esquerdo para se apoiar numa caixa de correio. “Por quanto tempo vamos continuar esse joguinho pros bobocas aparecerem? Isso tá ficando chato!”

 

Ao ver o colega daquela maneira, Jinx estendeu uma das mãos e lançou uma pequena onda violeta na direção da caixa de correio, explodindo-a. Para o divertimento da pequena feiticeira, o garoto acabou sendo lançado para trás.

 

“Estamos sendo pagos pra isso, então pare de resmungar.” Disse. Seus olhos faiscando um pouco. “Além disso, será divertido dar um chute neles.”

 

“Bem, eu ainda não entendo o interesse que o cara teve em nos pagar pra lutar.”

 

“Talvez o mesmo interesse que aquele Slade teve quando nos contratou daquela vez.” Mamute respondeu sem olhar para os dois, interessado apenas em jogar outro carro para longe.

 

“Mas ele pelo menos disse que queria os idiotas derrotados. Agora, esse aí não! O cara só falou que a vitória não era importante e depois nos empurrou pra cá!”

 

“Ora, e daí?!” Jinx demonstrava claramente sua indiferença enquanto se distraía lixando suas unhas. “O que importa é que ele vai pagar a gente por atrair os Titãs até aqui.”

 

“Tô nem aí pra isso.” Mamute arremessou o veículo ao longo da rua. Sua intenção era faze-lo parar um pouco mais adiante de outros três automóveis despedaçados. Para ele, aquilo era como um esporte, uma diversão.

 

Porém, seu passatempo logo foi interrompido.

 

Quando o carro estava prestes a cair no asfalto, uma conhecida energia obscura o envolveu rapidamente e o atirou de volta para o vilão. Este não conseguiu tempo para desviar. Foi atingido com força e lançado a uma distância razoável dos outros dois adolescentes.

 

Jinx e Chip fitaram Mamute por um segundo, depois desviaram seus olhares para os cinco heróis que se posicionavam logo à frente.

 

“Essa é sua última chance de se render, HIVE!” Robin exclamou, levando uma mão ao seu cinto e tocando no bastão que lá guarnecia, se preparando. Atrás dele estavam Mutano, tomando pose para o próximo animal que se transformaria, e Ciborgue, ativando o canhão sônico. As meninas por sua vez estavam em pleno ar.

 

“E perder toda a diversão? Nem pensar!” Jinx ironizou, seus olhos felinos agora tomando o costumeiro brilho púrpura. “HIVE, formação de ataque!”

 

Mamute, que havia acabado de se levantar da queda, logo se aproximou para participar do combate. Chip imediatamente ligou sua mochila eletrônica a fim de ativar suas pernas mecânicas, e Jinx começou a disparar seus raios de azar.

 

“Titãs, vamos!”

 

Ciborgue e Estelar foram na direção do menor dentre os três inimigos, Chip. De início, planejavam atirar em sua mochila, já que era a fonte de quase toda a tecnologia do garoto. Então o ataque foi feito por Estelar, que voou por trás de Chip enquanto o próprio era distraído pelo titã cibernético.

 

Ela lançou três de seus mais fortes Starbolts na direção do aparelho, mas este incrivelmente permaneceu intacto, protegido por um pequeno campo de força.

 

“Vão precisar fazer melhor que isso, idiotas!” Ele zombou, incapacitando a tamaraneana com uma espécie de granada tecnológica, que acabou lançando uma descarga bem forte de eletricidade contra o corpo da jovem. Ciborgue, ao ver que as coisas estavam tomando um caminho maior, passou a disparar com a arma do braço direito, mas parecia que o pequeno havia melhorado o material usado na estrutura aracnídea. Então não encontrou outra opção além de usar a força bruta.

 

Robin também não estava tendo muita sorte. Jinx parecia ter aprimorado suas técnicas de movimentos desde a última vez que se encontraram, fazendo acrobacias e atacando o menino-prodígio com sua mágica constantemente. Este apenas se esquivava.

 

Quando finalmente visualizou uma brecha na defesa da garota, ele sacou o bastão num movimento rápido e imediatamente avançou. Bem, não era possível encarar o resultado como um avanço. O ataque fora simplesmente barrado pelo par de braços cruzados da pequena feiticeira, que logo depois desfez a formação a fim de lançar a magia na direção inimiga.

 

O titã não pôde evitar. Foi atingido pelos raios de cor violeta no abdômen e com o impulso foi lançado a alguns metros adiante.

 

“Já está cansado, Robin? Pena, eu estava começando a me divertir.” Zombou. O outro apenas franziu o cenho com irritação.

 

“Ravena, acho que vou precisar de uma ajuda aqui...!” Disse, sacando o bastão novamente.

 

“Eu estou meio ocupada agora, Robin.” Ela por sua vez lutava ao lado de Mutano para derrubar o maior dentre os vilões. Mas estava difícil. Parecia que nada que ambos fizessem poderia derrubar Mamute, nem mesmo simplesmente atrasa-lo.

 

A jovem lançava vários objetos para tentar impedir o inimigo, mas os mesmos simplesmente ricochetavam ao entrar em contato com o corpo dele ou então se despedaçavam em todas as direções. Mutano também não tinha muita sorte. Estava se transformando em vários animais seguidos para ataca-lo e mesmo assim nenhum deles funcionara como gostaria...

 

Foi então que teve uma idéia.

 

“Rae! Agüenta aí que já volto!”

 

A empata o fitou com um semblante questionador, não acreditando no que saíra dos lábios do transmorfo.

 

“O quê?!”

 

“Apenas faça!”

 

Ravena até entreabriu seus lábios com intenção de contrariar aquela loucura que ele havia dito, mas não pôde faze-lo por dois motivos: o fato de Mutano já ter se transformado num falcão e voado para longe, e o banco de praça que quase a atingiu ao ser lançado pelo vilão.

 

Por isso, não teve alternativa a não ser seguir o que lhe foi dito. Rapidamente tomou o objeto lançado com seus poderes e o lançou com força no adversário, seguindo com vários outros ataques diferenciados.

 

“Ei, bestão! Que tal terminarmos isso de uma vez?” Chip estava lançando inúmeros de seus pequenos mísseis na direção do maior, que persistia em desviar ou destruir alguns com seus tiros do canhão sônico. No início estava sendo fácil. Os projéteis não eram tão rápidos e podiam ser facilmente detidos. Mas foi somente depois de um tempo que o titã percebeu que, se aproveitando da fumaça libertada a cada explosão, Chip avançava discretamente a fim de dar um bom golpe com suas patas mecânicas.

 

E ao notar que o robô havia percebido seu suposto plano, se afastando para evitar o ataque, o menor deu um ligeiro sorriso vendo que seu inimigo estava prestes a se posicionar no lugar desejado.

 

Era como se houvesse um “x” imaginário um pouco mais à frente da estrutura metálica de um prédio em construção, apenas esperando que um dos pés do titã o tocasse. De fato, não demorou para que isso acontecesse. Ciborgue acabou caindo na armadilha segundos depois e, com um apertar de botão, Chip fez com que uma forte explosão ocorresse no alicerce do edifício inacabado.

 

Não houve tempo para fugir, e muito menos para se defender. Quando deu por si, o robô já tinha sido completamente soterrado pelos escombros.

 

“Isso foi fácil demais!” O garoto exclamou, avançando até o local e, utilizando alguns ganchos provindos de sua máquina, erguendo o titã atordoado daquela pilha de destroços a uma altura suficiente para que pudesse fitar seu rosto.

 

“Me larga, filho duma...”

 

“Olha como fala, homem de lata! Aliás, se não me engano, eu tava te devendo alguma coisa desde a última vez que nos  encaramos... ah é!” Expondo uma pistola a laser de sua mochila, ele prosseguiu. “Eu ia te desmontar pra descobrir o que tem dentro dessa armadura fajuta!”

 

Os ganchos que o seguravam então atiraram-no contra o asfalto com todas as forças, fazendo com que uma cratera se formasse por baixo do titã. Em seguida, duas das patas mecânicas que Chip utilizava para locomoção se ergueram a uma boa altura, para depois avançarem velozmente da direção do rosto de Ciborgue.

 

Bom, felizmente, com a mesma agilidade dos dois objetos, as mãos cibernéticas conseguiram segura-los antes que atingissem o alvo, fazendo com que as pontas afiadas se encontrassem agora a cerca de centímetros da sua face, sendo pressionadas com cada vez mais força conforme os segundos se passavam.

 

Ele até pensou em aplicar o velho golpe do raio com a sola de um dos pés, mas parecia que o garoto já pensara nessa possibilidade e imobilizou suas pernas com as patas restantes. Isso deixou a situação ainda mais complicada. Afinal, Ciborgue não poderia manter o bloqueio por muito tempo. Uma hora acabaria cedendo, já que a força lançada por Chip não parava de aumentar.

 

“Não adianta nem tentar. Fiz uns ajustes nos aparelhos e pode apostar que nem mesmo você pode evitar que as pontas te furem. E quando isso acontecer, vou te fazer em pedaços com minha pistola a laser!”

 

Chip soltou uma de suas risadas ao perceber que os braços de Ciborgue já começavam a ceder, permitindo que as pontas perdessem mais alguns centímetros de distância.

 

Porém, de alguma forma, o garoto logo sentiu como se algo de repente o puxasse para trás. Foi então que avistou Estelar agarrando uma das pernas mecânicas que imobilizava o amigo, isso como uma tentativa de afastar Chip dele.

 

“Isso é o melhor que pode fazer?” Ele ridicularizou. “Eu reforcei a estrutura do aço, fazendo ele ser mais resistente a alienígenas, caso não saiba. Pode tentar o quanto quiser, vai ser inútil!”

 

Ignorando-o, a titã continuou se esforçando para arrastar o vilão, mas sem obter sucesso algum. Parecia que, como ele havia previsto, nem mesmo sua força tamaraneana poderia fazer o trabalho.

 

Como se isso ajudasse a concentrar seu poder, Estelar fechou os olhos e tentou mais uma vez. E, surpreendentemente, algo fez com que o metal se tornasse, digamos, mais leve, de forma que este pudesse ser arrastado por alguns centímetros. Algo estranho.

 

Curiosa e surpresa, a adolescente abriu seus olhos novamente, para se deparar com um segundo par de mãos também agarrando a estrutura.

 

“Você...!” Ela murmurou com certo espanto na voz ao encarar a figura encapuzada.

 

“Eu vim ajudar.” Respondeu, fixando seus dedos novamente na pata mecânica, e, inexplicavelmente, fazendo com que a superfície do objeto se retorcesse um pouco. “Olha, você pode não conseguir fazer isso sozinha, mas juntas, quem sabe.”

 

Estelar no início ficou pensativa por receber uma ajuda ainda desconhecida, mas logo acenou positivo. Assim que ambas contaram até três, puxaram o membro robótico com todas as forças, dessa vez retorcendo feito papel devido às habilidades de ambas. E antes que o Chip percebesse, a estrutura havia sido arrancada.

 

“O quê?!” Com a surpresa, Chip acabou tirando sua atenção do inimigo, e ao recupera-la, percebeu que o pé esquerdo deste se erguera e ganhara um brilho azulado.

 

“Urra!” Disse segundos antes de lançar o raio. Assim, foi possível ver um garoto cruzar uma altura considerável antes do mesmo cair de encontro ao chão.

 

“Podem ter destruído meu equipamento, mas nunca vão me--” Ele ia fugir, ia mesmo, mas não pôde. Uma garota de aparência sombria o bloqueou, mantendo-se em pé e com os braços cruzados.

 

“Pegar?” Completou a frase, arqueando uma sobrancelha por baixo do capuz. “Foi mal, mas essa é velha. Achava que um pirralho perito em tecnologia podia achar melhores pra escapar!...”

 

“Ei! Tá chamando quem de pirralho, estranha?!” Após isso, a heroína agilmente ergueu-o pela gola do traje com a mão direita ao mesmo tempo em que, com a esquerda, arrancou a mochila cibernética num único puxão. Foi uma ação bem rápida. Durou uma fração de segundo, apenas.

 

“Quem você acha?!” Ela então o lançou alguns metros adiante, de forma que Chip parasse na frente dos pés de Ciborgue. Este, sem hesitar, liberou uma cápsula tecnológica para confina-lo. Era semelhante àquela que utilizou para aprisionar o cão alienígena que fugia de seu dono, Soto, no dia em que Mutano quase foi levado para outra galáxia.

 

Com isso, o robô ignorou as ameaças e xingamentos abafados que saíam da boca do garoto por dentro da cápsula e caminhou até as duas heroínas.

 

“Valeu por me tirar daquela, Estelar. Te devo uma.” Disse, rindo.

 

“Não será preciso, amigo Ciborgue. Além disso, se consegui te libertar foi graças a ela.”

 

Ele então olhou a figura encapuzada que Estelar apontou.

 

“Pera aí, você não é garota que o Robin viu?”

 

“Bem, se está falando da garota que salvou a pele dele duas vezes... acho que sim.”

 

“Duas? Ele tinha falado que foi só uma!”

 

“Mesmo? Então suponho que o orgulho dele esqueceu de alguma parte da história.” Disse com um pequeno sorriso por baixo do capuz, mas que logo se desfez assim que ouviu um estrondo, provindo do lugar onde Ravena lutava.

 

A titã estava numa situação difícil. Com Mutano desaparecido só lhe restava se defender dos pedaços de asfaltos que eram continuamente lançados por Mamute. Estava sem idéias da atitude que tomaria. Havia tentado várias formas de detê-lo até o momento, mas todas falharam.

 

“Acho que sua amiga precisa de ajuda!” A heroína disse, olhando a atual situação da empata. Em seguida se dirigiu aos dois. “É o seguinte: eu ajudo com a Jinx enquanto vocês dois lutam com o grandão ali!”

 

“Ei! Quem disse que você é a líder por aqui?!” Ciborgue questionou.

 

“Eu disse. Vocês dois são bem fortes e poderão equilibrar a batalha com ele! Vai!”

 

Ciborgue olhou com uma sobrancelha arqueada durante um curto período de tempo, para depois resolver seguir as palavras que lhe foram ditas, correndo junto à Estelar na direção de Mamute.

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“Você não desiste?” Jinx continuava sua batalha contra Robin, lançando suas ondas púrpuras enquanto o mesmo persistia em desviar.

 

Realmente, ele já estava se cansando daquele jogo. Havia utilizado vários de seus discos congeladores para tentar imobiliza-la por um período que lhe favorecesse, mas falhou. O mesmo com seus ganchos, que usou para tentar amarra-la, e seus ataques com o bastão.

 

Definitivamente, aquela luta não parecia estar próxima de um fim. Robin então sacou novamente o gancho e o atirou, enlaçando a corda no topo de um alto poste de luz. E quando a feiticeira resolveu ataca-lo de novo, o titã ativou o dispositivo, sendo imediatamente içado.

 

Ele possuía um plano em mente. Um plano para confundi-la por um momento, deixando-a vulnerável.

 

Robin, ao chegar no topo do poste, rapidamente sacou e atirou algumas de suas bombas de fumaça, fazendo Jinx se encontrar cercada e cega pelo ataque, como ele queria. Vendo que tudo saía conforme planejado, resolveu passar para a última parte, na qual saltaria na direção da garota e a nocautearia de uma vez por todas.

 

Mas falhou.

 

Jinx acabou prevendo o movimento do inimigo, lançando um pequeno chute de onde ele viria para atingi-la. Por isso, instintivamente, ela utilizou a magia para romper a tampa de um hidrante ao lado, que lançou um jato forte de água no menino-prodígio e o jogou para longe.

 

Robin estava prestes a chocar-se contra o chão, mas poderia evitar esse destino facilmente, fazendo uma acrobacia e pousando com suavidade no asfalto da rua, como sempre. A sua surpresa, no entanto, foi que o esforço não seria mais preciso.

 

Aquela conhecida sensação de leveza, a mesma de quando quase caiu por conta do ataque de Vox, logo o dominou novamente, fazendo parar a alguns metros do chão.

 

“Três.” A voz familiar disse por trás. Robin por sua vez virou a cabeça para fitar quem o segurara.

 

“O quê?”

 

“Três é o número de vezes que evitei sua queda.” Ela completou com um tom zombeteiro. “Será que não consegue ficar fora de encrencas por um minuto, garoto-prodígio?”

 

“Ora, cale-se!” Ele se libertou das mãos que o seguravam e pousou no chão. “Afinal, por que está aqui?!”

 

“Puxa, de nada por ter te segurado.” Cortou-o com um pouco mais de frieza dessa vez, fazendo com que o titã sentir uma ponta de ingratidão. “E, bom, ouvi a confusão que acontecia por aqui e resolvi participar da briga. Estava sem muito que fazer, mesmo...”

 

Robin franziu o cenho por um momento, mas depois se voltou na direção de onde batalhara, observando que a feiticeira já havia se libertado da cortina de fumaça.

 

“Ok, mas fique atenta, Jinx parece ter se aperfeiçoado desde a última vez que nos vimos.”

 

“Nota-se.” A garota finalmente tocou seus pés no chão, assumindo uma pose preparatória para o momento em que a adversária agisse. Já Robin apenas levou uma das mãos a um dos compartimentos do seu cinto. Pensava em utilizar algum de seus acessórios para começar, como uma distração. Assim, daria à nova heroína a chance de entrar na luta para enfraquecer Jinx, e ele então poderia dar os golpes finais.

 

Um bom plano. Só restava coloca-lo em prática.

 

“Já chega de brincar!” A garota de olhos felinos exclamou, dando o início da nova fase da luta. Rapidamente lançou sua magia e provocou uma grande rachadura entre os heróis, fazendo-os se separar. Foi então que, sincronicamente, eles deram uma acrobacia na superfície do chão, tomaram impulso em meio a um salto e avançaram na direção da vilã.

 

Robin sacou um disco explosivo e o jogou, aguardando que, como Jinx estava dando mais atenção à nova oponente, seu acessório passasse desapercebido e a atingisse a fim de atordoá-la. Mas, de alguma forma, ela percebeu sim o objeto, e pior, reagiu contra o mesmo, atravessando-o com uma de suas rajadas violetas e o explodindo-o muito próximo à Robin.

 

Como resultado, o líder dos titãs, cujos braços ardiam devido à explosão, foi lançado no chão na direção contrária. Por sorte, o fogo lançado do disco não chegou a tocar-lhe os membros, mas, como ele não estava longe o suficiente, o ar quente expelido pelo objeto atingiu sua pele, criando aquela sensação dolorida.

 

Vendo que o colega estava fora de cena no momento, a adolescente de capa se distanciou de Jinx com seu vôo e, quando se satisfez com a posição, levou a mão direita ao cinto por trás da capa e retirou algumas pequenas esferas prateadas.

 

De início, a feiticeira de olhos felinos arqueou uma sobrancelha. O que fariam aqueles objetos insignificantes, cujo tamanho e forma lembravam as contas de um colar? Seja o que for, não poderia fazer nada contra ela, segundo seus pensamentos.

 

Após meio minuto observando atentamente a vilã, a figura sombria avançou com as esferas entre os dedos da mão direita, somente esperando alcançar uma posição favorável. Jinx por sua vez estendeu as mãos na direção inimiga. Queria lançar mais uma vez sua magia para fazer os poderes da jovem falhar, e de fato, tinha seu alvo na mira.

 

Foi então que a heroína colocou seu plano em prática. Foi tudo muito rápido. Tão rápido, que apenas os olhos potentes de Mutano poderiam captar os movimentos que foram executados.

 

Ela simplesmente desviou a direção do vôo, subindo agilmente num ângulo reto e, sem hesitar um segundo sequer, jogou os objetos na direção do rosto da inimiga. As esferas então passaram a emitir uma luz muito forte, como um flash de câmera, mas piscando a cada fração de segundo. Bem, isso acabou cegando a feiticeira instantaneamente.

 

Aproveitando a direção que tomara, a garota encapuzada continuou seu curto vôo até poder agarrar um dos fios fixados entre dois postes e, com um rápido giro, saltou de volta para a inimiga atordoada. No final a lançou para longe com um único chute, e enquanto Jinx chocava-se contra a caixa de correio que antes fora vítima de um dos seus raios, a heroína pousava com suavidade na superfície da calçada.

 

“Quem... quem é você, afinal?” A vilã perguntou, se levantando.

 

“Bem, aí está uma pergunta intrigante.” Sua voz agora parecia ter se transformado, passando de um tom despreocupado e leve para algo bem mais sério, chegando a soar com certa rouquidão. “Digamos que eu não costumo me identificar. Se quiser mesmo saber, vai ter que lutar para arrancar isso de mim.”

 

Jinx franziu o cenho com o desafio. Robin, que se encontrava ajoelhado no mesmo lugar onde caiu, também estranhou uma atitude como aquela. Parecia que a garota tinha um plano.

 

Ele então se levantou com menção de se envolver na possível luta, mas logo desistiu da idéia. Pensou que aquela batalha deveria ser da novata. Além disso, aquela também seria uma boa oportunidade de observa-la, estudando um pouco mais suas habilidades de combate.

 

Por isso, Robin não fez nada além de se apoiar num poste próximo e assistir.

 

“Se é o que quer...” Jinx continuou, agarrando a haste de ferro de uma placa de trânsito e, com sua magia, fazendo-a romper no ponto mais baixo. Depois a empunhou como se fosse algo semelhante a um bastão. Assim, sem aguardar mais que alguns segundos, avançou na direção da oponente com a intenção de golpeá-la com o objeto.

 

Foi então que uma memória voltou à mente da heroína. A imagem daquela garota empunhando a vara de ferro era quase semelhante à de Robin, quando tentara ataca-la no dia em que estavam no topo do prédio, onde se conheceram. Com isso, ela não pensou duas vezes e passou a utilizar os mesmos métodos para se defender que utilizara daquela vez.

 

Seu primeiro movimento foi cruzar seus dois braços, formando um bloqueio com suas luvas prateadas. Como era previsto, o método deu certo, e o som de metal chocando com metal ecoou pelos arredores. Bem, era de esperar que o material usado nas luvas que vestia servisse como um forte bracelete de ferro para defesa. Não possuía aquela tonalidade prata à toa.

 

Mesmo com o ataque evitado, Jinx não hesitou um segundo sequer e, assumindo nova posição, avançou novamente. Dessa vez a haste seria direcionada para a extremidade, numa região próxima ao ombro esquerdo. Mas este foi bloqueado pelo braço firme que a oponente erguera.

 

Mais um golpe, agora numa parte próxima aos quadris, que rapidamente foi evitado pelo outro braço. Parecia que nada poderia passar desapercebido pela garota, nenhum ataque ou movimento. Ela sempre bloqueava.

 

Assim, cansada disso tudo, a encapuzada usou a mão livre para agarrar a extremidade do bastão que tocava seu braço. Depois fez o mesmo com a outra mão e, rapidamente, girou o objeto para o lado, fazendo com que Jinx fosse lançada por uma pequena distância.

 

“Isso é tudo?” Ela torceu o objeto metálico num formato próximo ao de uma ferradura como se este fosse papel, jogando-o para longe em seguida.

 

Jinx não sabia o que fazer agora. Havia tentado quase todos os tipos de golpes que conhecia e agora parecia estar sem muitas opções. Foi então que notou a posição atual da garota. Estava bem em frente a outro hidrante que poderia ser facilmente aberto com seu dom do azar, assim como fez com Robin.

 

“Não, só estou começando.” Ao estender a mão esquerda na direção do hidrante, o mesmo começou a soltar algumas faíscas violetas e, numa questão de segundo, estourou num forte jato d’água em direção à garota de capuz.

 

Ela não pôde evitar dessa vez. Foi lançada para longe, chegando a chocar-se violentamente contra uma parede, que desmoronou logo em seguida sobre seu corpo. Jinx, que já se levantara, imediatamente plantou um sorriso vitorioso em seus lábios quando ergueu uma capa azul encharcada do chão.

 

“Parece que consegui.” Disse, se aproximando da pilha de escombros e levantando a garota pelos cabelos negros com a mão livre. Seus olhos felinos então passaram a emitir um brilho intenso. “Últimas palavras?”

 

Foi nesse exato momento que a adolescente fez algo que surpreendeu a vilã: sorrir. Mas não era um tipo qualquer de sorriso, era algo indescritível. Uma mistura entre maldade e felicidade, talvez até mesmo uma dose de orgulho era também expressa naquela atitude. E afinal, por que alguém sorriria quando a derrota era certa?

 

“Sua sorte acabou.” Ao falar, sua mão esquerda se abriu, liberando uma espécie de cápsula com brilho esverdeado que rolou até os pés de Jinx. Esta soltou uma exclamação quando o brilho tornou-se vermelho, fazendo o objeto se abrir de repente e liberar vários tentáculos de aço, que a envolveram em uma fração de segundo.

 

Jinx caiu no chão, imobilizada. Somente sua cabeça e seus pés não se encontravam atados pelas amarras eletrônicas, e ela não parava de se debater numa tentativa frustrada de se libertar da armadilha.

 

“Isso não vai me segurar por muito tempo!” Exclamou para a figura que se mantinha ao seu lado, que agora já não era tão sombria sem a capa. Ela se tratava de uma garota morena e de olhos esverdeados, e mesmo sem seu capuz, o rosto, que agora tinha o cenho seriamente franzido, provocava uma certa intimidação em quem o encarasse diretamente.

 

“Eu sei.” Ela então sacou uma espécie de controle, contendo apenas um pequeno botão azul. Ao pressiona-lo, o tentáculo de aço mais próximo do rosto de Jinx liberou um tipo de gás, que logo foi inalado por ela e fez com que uma súbita fraqueza tomasse seu corpo, sendo seguida de inconsciência. “Mas será tempo suficiente até as sentinelas chegarem.”

 

Agora sim a luta estava encerrada. A vencedora, um tanto cansada, caminhou até o manto encharcado que estava novamente no chão, levantando-o vagarosamente com as pontas dos dedos.

 

“Boa luta.” Uma voz disse por trás. Obviamente pertencia à Robin.

 

“É... mas como sempre, essa teve um preço.” Ela respondeu tristemente enquanto permanecia fitando o manto sombrio.

 

“Sempre?” Repetiu, estranhando a expressão. “O que quer dizer com isso?”

 

Ela o olhou por um instante com intenção de dar uma desculpa para fugir do assunto, mas não foi preciso o esforço. Quase que de imediato, uma garota ruiva cruzou o lugar em meio a uma queda e chocou-se contra o asfalto da rua, abrindo uma cratera onde caíra.

 

“Estelar??” Robin correu até onde a tamaraneana se encontrava. Esta agora estava ajoelhada, esfregando a cabeça com uma das mãos para amenizar o atordoamento. “O que aconteceu?”

 

“Nós... nós estamos com dificuldades para derrotar o Mamute.” Disse, se levantando. O garoto-prodígio então olhou na direção onde os demais lutavam.

 

“Ótimo...” Murmurou com certo desgosto na voz. Depois olhou para a ainda desconhecida heroína que se aproximava. “Você vem? Acho que vamos precisar de mais uma mão, e a sua parece servir muito bem.”

 

Ela não mudou a expressão séria no rosto, como ainda não se acostumara a ficar com a face descoberta e se expressar abertamente, mas ao menos pôde acenar afirmativamente para o amigo.

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Mamute realmente estava com vantagem diante de tal situação. Ravena estava no outro lado da rua para tomar fôlego, como havia batalhado demais e não obteve um descanso digno até o momento. Ciborgue enfrentava o vilão com a força bruta, mas nem assim tinha resultados suficientemente bons para que pudesse estar próximo de uma possível vitória. Quanto à Estelar, bem, ela havia recebido um forte golpe enquanto tentava distrair Mamute com suas Starbolts, sendo atirada para longe dali.

 

Mas foi então que, milagrosamente, um golpe deferido pelo titã cibernético deu um resultado temporariamente satisfatório. Ocorreu quando ele fechou o punho direito e o direcionou para o peitoral do inimigo, e no instante em que Mamute bloqueou o movimento, segurando a mão fechada fortemente entre a sua como se quisesse arranca-la do braço de Ciborgue, este aproveitou a distração e instantaneamente armou o membro livre, atirando o raio sônico bem no rosto do oponente.

 

Com isso, Mamute foi jogado alguns metros adiante, dando um tempo para os outros se prepararem para a segunda fase.

 

“Ciborgue! Ravena!” Eles olharam para trás a tempo de avistar quem os invocava, Robin, que era acompanhado por duas garotas. “Tá tudo bem?”

 

“Não muito. O cara parece ser feito de pedra!” Ciborgue disse, encaixando a mão direita no ângulo original. Logo, Robin acabou sentindo a falta de mais alguém naquele campo de batalha, alguém que se tratava de um titã.

 

“Cadê o Mutano?”

 

“Não sabemos. Por mais ridículo que pareça, ele disse ter tido uma idéia e falou para que eu agüentasse a briga enquanto ia para algum lugar.” Ravena respondeu com uma sobrancelha erguida, como se tentasse desvendar de uma vez por todas o que aquele garoto estava planejando ao deixa-la só.

 

Os demais também estranharam aquilo. Era uma atitude bem incomum a se tomar em meio a uma luta, principalmente a parte de deixar o parceiro de equipe e dizer que ia fazer... “algo”.

 

Robin até abriu a boca para perguntar algo sobre isso, para obter mais detalhes sobre o “sumiço” de Mutano, mas não pôde dizer uma só palavra. O porque? Bom, digamos que Mamute já havia se levantado, interrompendo os pensamentos dos cinco adolescentes localizados na rua ao atirar um pedaço arrancado de asfalto. Por sorte eles desviaram rapidamente.

 

“Vamos!” Robin exclamou, e os outros imediatamente tomaram posição de ataque. A última deles, que ainda não se acostumara com a idéia de permanecer sem o capuz, instintivamente estendeu ambos os braços na direção de Mamute, se preparando para utilizar um dom seu ainda não apresentado aos titãs.

 

“Não.” Pensou, recolhendo os braços e voltando à postura normal. “Se fizer isso, eles vão acabar descobrindo tudo. Tenho que encontrar outra maneira de ajudar.”

 

Quando foi revirar o ambiente com seu olhar para encontrar algo que pudesse servir na luta, ela acabou ouvindo um som não muito desconhecido, um som provindo de longe que soava como... um alerta.

 

O grito de um falcão.

 

A morena imediatamente se virou e investigou os céus em busca da ave, encontrando somente um pequeno ponto esverdeado que se aproximava velozmente do lugar em que todos estavam.

 

“Pessoal! Sai da frente!!” Ela gritou. O resto dos titãs olhou na sua direção como se pontos de interrogação surgissem acima de suas cabeças. “Rápido! Se afastem dele, ou será pior! Vão!!”

 

Sem muitas escolhas, os adolescentes obedeceram à garota e ganharam distância de Mamute, que não entendeu muito bem o que estava acontecendo. Aliás, ele nem precisou se dar o trabalho de pensar nisso. Tudo aconteceu numa questão de segundos.

 

Um falcão peregrino, que curiosamente era tonalizado de verde, logo cruzou o lugar numa velocidade inacreditável, tanto que vê-lo a olho nu era tarefa quase impossível. Porém, o mais incrível mesmo foi quando a ave subitamente tomou a forma de grande rinoceronte, atingindo Mamute em cheio e lançando-o por vários metros, fazendo-o chocar violentamente contra um edifício em construção. Este acabou desabando na hora.

 

A onda de choque liberada pelo golpe foi tão grande, que chegou a fazer o chão estremecer, assim como as casas e prédios ao redor, e fez também com que os alarmes dos carros intactos fossem acionados imediatamente.

 

Os titãs por sua vez ainda fitavam o local onde tudo ocorrera, impressionados. Num segundo estavam se preparando para combater o vilão, e no outro, bom, ele fora simplesmente lançado para longe já derrotado com um golpe assustador. E se não fosse pelo alerta que receberam da jovem, provavelmente teriam sido atingidos também.

 

Eles só despertaram de seus transes assim que visualizaram uma figura cambaleante emergir de uma enorme cratera formada no chão. Era Mutano, obviamente. Ainda estava atordoado com o que fizera. Não era fácil dar uma cabeçada num vilão quando se está na forma de um rinoceronte e possuindo a velocidade da ave mais rápida do planeta, principalmente pelo fato de a pele de Mamute ser resistente como pedra.

 

“Ughh... me sinto como se tivesse sido atropelado por um trem e depois atirado de um precipício...!” Ele murmurou, ajoelhando-se na rua e envolvendo a cabeça com ambas as mãos. Aquela seria, sem dúvida alguma, a pior dor de cabeça que já tivera.

 

“Mutano!” Ele ergueu o rosto vagarosamente para fitar os companheiros de equipe se aproximando, um deles não lhe era familiar, claro, mas isso não convinha no momento. “O que foi... aquilo?”

 

“Ora, fui eu dando um chute no cara, o que mais?” Respondeu, disfarçando sua expressão contorcida de dor com um sorriso astuto. “Será que é tão difícil assim de acreditar que eu posso derrotar alguém?”

 

Os demais se entreolharam numa forma mais discreta de se perguntarem se responderiam à pergunta ou não.

 

“Um minuto, cabeça de alface.” Ciborgue recomeçou. “Se era pra virar um passarinho, voar pro alto e voltar, por que demorou tanto?”

 

“Primeiro: foi um falcão! E segundo: eu não só ‘voei pro alto e voltei’, como você disse. Eu fui até a torre pra buscar isso.” Ele apontou para o cinto prateado que vestia. Era bem diferente do seu original, principalmente pelo par de pequenas turbinas localizadas nas extremidades. “Me lembrei de um projeto seu, aquele de fazer um cinto que pudesse dobrar a velocidade de quem o usasse. Daí eu o coloquei e me transformei num falcão peregrino. Achava que isso poderia ajudar a dar um fim no Mamute...”

 

“Então você entrou no meu quarto e roubou uma invenção minha?!”

 

“Ah, Cib! Era uma questão de urgência!” Ele justificou, irritado. “E se não fosse por mim, vocês ainda estariam se matando pra derrubar o cara...”

 

“Bem, aproveite o heroísmo enquanto pode, pois você continua sendo um bobo.” Ravena disse em seu tom monótono. Podia até não admitir, mas estava realmente impressionada com a atitude que Mutano tinha tomado. É claro que ele tinha seus momentos de esperteza de vez em quando, porém, nenhum desses momentos causou tanto impacto numa luta como aquele.

 

“Rae, por que ao invés de ficar me colocando pra baixo, como sempre, você não me ajuda aqui? É bem mais útil, não acha?” Questionou com um tom incomum de sua parte, um tom um tanto ousado. Talvez isso fosse efeito do estresse que aquela dor de cabeça estava lhe causando.

 

Sem dar uma resposta, mas estranhando o comportamento dele, a empata se ajoelhou na altura do titã e posicionou uma das mãos no topo de sua cabeça, iniciando a cura. Ao mesmo tempo em que o fazia, os demais foram atrás dos outros dois vilões presos, querendo reuni-los ao já decaído nos escombros. Isso para quando as sentinelas chegarem. Robin, inclusive, se adiantou no serviço e contatou o quartel do serviço pelo comunicador, transferindo as coordenadas e informações que possuía.

 

Mal percebera ele que um pequeno ponto avermelhado se posicionara nas suas costas, um ponto provocado por uma espécie de luz, provinda do alto de um prédio próximo.

 

“Quase...” Vox murmurou para si enquanto mirava aquele pequeno ponto num melhor ângulo, bom o suficiente para que o tiro que liberasse da arma fosse fatal. “Na mira!”

 

Nesse momento, a garota de cabelos negros se aproximou do rapaz mascarado com intenção de discutir algo, mas aquele estranho brilho lhe roubou a atenção instantaneamente. Assim, ela rapidamente viu o perigo.

 

“Robin!” Gritou, empurrando-o para o lado. Aproveitou que carregava uma das patas aracnídeas de Chip para lança-la com todas as forças em direção ao homem posicionado no topo do edifício, e, de certa maneira, obteve um bom resultado com a ação.

 

A ponta afiada do objeto atingiu em cheio a esfera vermelha que fornecia energia ao traje de Vox, o que acabou incapacitando seu uniforme na hora. O porém foi que ele já havia atirado antes daquela ação impulsiva da garota, e as duas balas cruzaram aquela atmosfera com velocidade comparável à Mutano minutos atrás, acabando assim perfurando dois pontos do braço esquerdo da adolescente.

 

“Ciborgue!” Robin exclamou. O outro, entendendo o recado instantaneamente, armou o braço direito e atirou onde Vox estava. Infelizmente, o homem já havia desaparecido.

 

“Robin! O que--X’hal!!” Estelar se assustou ao ver aquele cenário. A garota se encontrava estendida no chão, onde uma poça avermelhada ganhava volume a cada segundo contado. Seu braço esquerdo continha duas perfurações: uma no ombro e outra um pouco abaixo da articulação do antebraço. Ela também havia batido a cabeça na superfície asfaltada devido ao impulso gerado pelas balas, e, por isso, um ponto mais acima de sua nuca apresentava ferimentos também.

 

Se pudesse falar, ela não conseguiria descrever o quanto as feridas doíam. Parecia que até mesmo que algo a estava queimando por dentro, algo misturado a ferroadas constantes em cada músculo que envolvia a região atingida.

 

Ao menos não precisou sentir aquela agonia por muito mais tempo. Bastavam alguns instantes para que seu corpo se rendesse por completo àquelas sensações horríveis e, quando isso finamente aconteceu, sua visão perdeu completamente o foco, assim como os sentidos e seu controle sobre os membros.

 

Havia simplesmente desmaiado.


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Notas finais do capítulo

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Eu sei, eu sei. Jinx já não é mais uma vilã no desenho e muito menos nas HQs da TTG, agora ela é uma titã. Mas ignorem o fato, ok? Diga-se que não encontrei um oponente melhor quando percebi esse pequeno erro ¬¬*...

Enfim, não tenho dúvidas que à essa altura a tal "heroína misteriosa" não seja tão misteriosa assim. Na verdade, deixei-a muito óbvia e acredito que todos saibam de quem se trata. Mas espero que o capítulo tenha lhes agradado(sou péssima em cenas de batalha). Caso contrário deixem um review dizendo no que preciso melhorar ^^

Abraços!



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