Pov. Emmett

Isso não estava acontecendo.

Eu acabara de começar minhas férias e já teria que voltar para o trabalho.

-O que foi Emm? – Rose me perguntou

-Problemas na faculdade. Parece que sumiram os relatórios das aulas que eu havia entregado na diretoria. Vou ter que voltar e pegar as cópias que tenho em casa pra entregar o mais rápido possível lá.

-Ah, Kebi vai ficar triste por ter que voltar pra casa. –Ela me disse olhando Kebi, pela janela da cozinha, que estava na varando no colo de minha mãe.

-Eu sei, mas não tenho alternativa.

-Ok. Vou arrumar as coisas para irmos. - Rose me beijou e foi para o quarto.

Como aqueles papéis haviam sumido?

Partimos depois de muitos protestos de Kebi e lamentos de minha mãe. Quando chegamos em casa no fim da tarde, Rosalie ficou dando banho em nossa filha e eu fui transferir as cópias dos arquivos para um pen drive. Resolveria tudo hoje mesmo, já que ainda era cedo e a faculdade estava aberta.

-To indo amor. Não demoro. – Passei por Rose, dei um beijo em sua bochecha enquanto ela vestia nossa filha. -Tchau Kebi.

-Tchau papai.

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Cheguei à faculdade, imprimi os papeis e fui direto a sala da diretora.

-Com licença D. Tânia. - Abri a porta da sala.

-Ah, oi Emm. – Jane estava sentada numa cadeira em frente à mesa da diretora.

-Jane? O que está fazendo aqui? – Perguntei confuso.

-Tânia está em reunião e como vamos conversar depois resolvi esperá-la aqui. _ Ela disse se levantando.

-Depois eu volto então. - Me virei em direção à porta.

-Não, fica gato, me faz companhia. – Ela segurou meu braço.

-É melhor não. Adeus. – Ei lhe disse e abri a porta.

-Espera Emmett. – Ela entrou em minha frente e bateu a porta com força. Escutamos um ‘’creck’’ e percebi que a porta estava travada.

-Deus, o que você fez Jane? – forcei a porta, mas ela não abria.

-A culpa não foi minha, mas já que estamos a sós... – Ela colocou as mãos em meus ombros.

-Ficou louca? Me solta! – Eu tirei suas mãos de mim.

-Eu sei que ainda sente minha falta Emm, porque não relembramos os velhos tempos? – ela disse tentando me beijar.

-Eu sou casado, amo minha esposa. Eu nem me lembrava e nem quero lembrar de você. – Disse me afastando.

-Atá, sei.

‘’O que eu faço pra escapar dessa doida?’’ pensei comigo mesmo. Peguei meu celular, disquei o numero de Rosalie pedindo ajuda. Jane tentou me impedir, mas eu a segurei.

-Ok amor, vou ligar para um chaveiro e para escola. – Rose disse e desligou.

-Sua mulher está vindo?- Jane perguntou quando desliguei o celular.

-Está.

-Ótimo.

Não sei o que ela quis dizer com aquilo.

Meia hora depois, Rose chegou com um chaveiro e com o vice- diretor, já que a diretora estava em reunião.

-Ah queria ficar mais por aqui com você. – Jane disse passando o dedo em meu braço.

-Garota, minha mulher está do outro lado daquela porta. Pare de se insinuar pra mim. – Eu disse tirando seu dedo do meu braço.

Ela veio em minha direção e fingiu tropeçar, caindo em cima de mim. Nós dois fomo ao chão. Nesse momento a porta se abriu e Rosalie nos encarou com olhos espantados.

Meu Deus, como explicaria a ela que isso não passava de um mal entendido?