Pov. Rosalie

Minha vida era extremamente comum. Todos os dias eu acordava, me arrumava e ia para faculdade onde dava aulas de filosofia e fazia trabalhos recreativos com crianças em um projeto social. Nada, além disso, me animava.

Até que um dia ele apareceu. Emmett. Lindo e perfeito, com um sorriso charmoso e convidativo. Apaixonei-me na hora. Sempre nos víamos já que ele era o novo professor de Educação  Física.

Apaixonamos-nos e casamos.

Emmett e eu vivíamos felizes em Port Angeles, mas algo faltava pra nós.

Crianças. Faltavam-nos filhos.

Então outra maravilha aconteceu em minha vida.

Uma garotinha de apenas 1 ano de idade que fora abandonada estava sendo levada para um abrigo. Fiquei sabendo da notícia por Ângela, uma amiga do projeto social.

Na hora, Emmett e eu não pensamos 2 vezes: ela seria nossa.

Depois de todos os processos, conseguimos finalmente adota-la. Demos a ela o nome de Kebi.

Ela parecia uma bela mistura de nós. Seus cabelos castanhos dourados era a mistura perfeita dos fios negros de Emm e dos meus loiros. Ela era branca como porcelana e com bochechas rosadas. Suas mechas caíam até o meio das costas lisas e enrolavam-se nas pontas.

Deus a fizera perfeitamente para nós.

Porém nossa princesinha tinha um problema: ela era cega.

Isso nunca nos perturbou, mas agora ela já tinha quatro anos e queria ir pra escola.

Fizemos de tudo para Kebi se adaptar. Emmett e os avós a mimavam de tal maneira que eu achava até um exagero deles.

Então fizemos sua vontade e a matriculamos em uma das escolas da cidade.

Kebi estava toda animada, pois iria pro mesmo colégio de sua melhor amiga Mackenzie. As duas eram inseparáveis, assim como eu e a mãe de Kenzie. Alice e eu éramos amigas desde a época da faculdade e éramos vizinhas também, ela cuidava de Kebi nos dias que eu trabalhava. Emmett se dava bem com o marido de Alice, Jasper.

-Mamãe, acha que vão gostar de mim?- Kebi me perguntou tirando-me de meus devaneios enquanto penteava seus cabelos e lhe colocava a tiara que sua avó paterna, Esme, havia lhe dado.

-Claro que vão gostar de você, meu amor.

-Mas e se me acharem estranha só porque eu não enxergo?- Ela perguntou tristonha.

Eu, Emm, nossa família e amigos sempre fazíamos de tudo pra que Kebi não se sentisse fora de contexto.

-Eles vão te entender, meu anjo. Você não é estranha, é apenas diferente. - Eu lhe disse.

-E isso é bom, mamãe?

-Sim, minha ursinha. - Eu lhe disse, beijei sua cabeça e lhe fiz cócegas.

Ela gargalhou e passou as mãozinhas no meu rosto quando se virou e sorriu.

-Eu queria ser bonita igual a você, mamãe.

-Você é linda Kebi e fica mais linda ainda quando sorri. - Eu toquei com a ponta do indicador seu narizinho e ele sorriu novamente.

-Onde está minha bonequinha? – Emmett perguntou enquanto entrava no quarto.

-Aqui papai! – Kebi levantou os bracinhos curtos esperando que o pai a pegasse.

Ela se sentia totalmente segura nos braços de Emmett.

Ele a pegou e girou com ela pelo quarto.

-Vamos?- Ele me perguntou.

-Claro. -lhe disse. -Só vou pegar a lancheira de Kebi.

-Mamãe, quero um lanche beeeem gostoso.

-Tá bom, bebê. –Eu lhe disse e passei a mão em seu cabelo indo em direção à porta.

Deixamos Kebi no colégio, demos as instruções sobre ela à professora e fomos para casa. Eu estava de férias e Emmett terminava de dar suas últimas aulas. Logo viajaríamos.

Kebi ficaria apenas uma semana no colégio e depois iríamos para Forks, pra casa da mãe de Emm.

Eu não via a hora de minha ursinha chegar para eu lhe encher de beijos.

-Acalme-se Rose. Ela está bem. Pare de olhar para esse relógio. - Emmett me disse quando olhei pela décima vez o relógio em meu pulso.

-Estou ansiosa e com saudade. Ela nunca ficou uma tarde inteira sem nós.

-Ela está com Mackenzie, vai se sair bem.

Tentei me acalmar, mas era difícil. Havíamos deixa Kebi no colégio ás 13h e ela só sairia às 17h30min.

Finalmente eram 17:10. Resolvi ir buscá-la. Não aguentava mais. Emm tirou o carro e fomos.

Chegamos à escola e esperamos o sinal bater. Assim que isso aconteceu, Kebi veio de mãos dadas a Mackenzie para o portão de saída.

-Graças a Deus. – Suspirei ao vê-la.

Desci do carro e corri em sua direção.

-Bonequinha, como foi seu primeiro dia na escola?- Lhe perguntei.

-Bem, mamãe, mas quero ir pra casa. - Ela me respondeu com uma voz triste.

-O que houve Kebi? Porque você está assim?-Emmett perguntou enquanto eu a colocava no banco de trás do carro.

-Nada, papai, nada. (Humpf)-Ela fungou.

Eu encarei Emmett preocupada e seguimos para casa. Iria descobrir de qualquer maneira o que havia acontecido com minha Kebi naquele colégio.