Tormenta escrita por Mands Malfoy, Sra Camargo


Capítulo 9
A verdade pode matar!


Notas iniciais do capítulo

Bom gente, espero que gostem ! Eu estou super empolgada, assim que terminar de escrever tudo vou mandar o texto pra uma editora, meu sonho é publicar essa história !



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Depois de tudo Sean prometeu que viria conversar comigo, Alison saiu com o Jason, Jenna provavelmente deve estar “trabalhando” com o Edward e eu estou aqui a espera do meu melhor amigo (que na verdade pode se transformar em um corvo) Mas caramba em ? Não podia ser um bichinho mais bonitinho? Sei lá, tipo um coelhinho, mas porque diabos um corvo? Isso eu ia saber se aquele desgraçado atendesse as minhas ligações ou viesse logo aqui, Jared também sumiu, nunca pensei que diria isso mas, sinto falta dele, e da Alison também (lógico) Cara ela poderia estar saindo com qualquer carinha de Andoshen, mas o meu irmão ? Jason, o esquisitão? Na boa isso não me passa pela cabeça, não consigo nem imaginar os dois juntos, Jenna deixou um bilhete dizendo que me traria um presentinho, simplesmente por eu ter sido a “aluna de honra do mês” Tá isso é bem hilário, eu sei, mas eu me esforço, já basta ela ter que me aguentar até eu me formar e finalmente poder ir morar sozinha, então o mínimo que eu posso fazer é me esforçar e ser uma “boa garota”.

“-Aquele desgraçado do Sean vai estragar tudo, ela não pode saber, não agora.” – escuto a voz feminina querendo me esconder algo (de novo) E isso tá enchendo meu saco, essas vozes, o que diabos são de verdade ? São realmente vozes ou são pensamentos de pessoas que sabem muito mais da minha vida que eu ? Ah, foda-se. Quer saber ? Eu vou encher a cara e isso tudo vai passar, vou esquecer tudo, toda essa porcaria de vida, mesmo que seja só por alguns instantes, vai ser bom pra mim esquecer essa parada do Sean, ou aquela garota doida e esquisita da Valerie, na boa, porque diabos essa menina não diz logo o que quer de mim ? Tipo porque esse joguinho dela ficar fazendo com que tudo pareça uma historinha de terror tá me assustando pra caramba. Desci as escadas da casa escura e vazia, ultimamente isso aqui tá tão deprê que nem o corvo bizarro do cemitério que adora me fazer visitinhas teve a ousadia e a coragem de vir aqui, mas pera, o corvo é o Sean, e acabei de tirar as conclusões de que ele é um desgraçado mesmo. Tenho certeza que Jenna tem alguns litros de Vodka por aqui. Rá. Peguei os dois litros que estavam escondidos atrás de umas caixas de cereais, amanhã juro que irei repor (prometo) Eu vou dar um jeito de comprar dois litros de Vodka sem que percebam que eu sou menor de idade, sei lá o Jason pode fazer isso pra mim, afinal, ele tá saindo com a minha melhor amiga. Subi as escadas e deitei no sofá minúsculo do meu quarto. Comecei a beber tudo aquilo, depois fui buscar uns limões e gelo, e aí sim comecei realmente a esquecer tudo. Pela janela embaçada que fica em frente ao meu sofá, pude ver alguém rondando a casa, mas eu já estava bêbada demais pra distinguir quem ou o que era, apenas coloquei os litros vazios de Vodka embaixo das almofadas e adormeci. Eu acho. Na minha mente bêbada, acho que não devem ter se passado nem vinte minutos direito e um corvo começou a “berrar” no trinco da minha porta, conforme eu ia chegando mais perto, o som que ele emitia ficava mais forte, e quando eu finalmente decidi segui-lo ele começa a descer e se afastar cada vez mais, lembro-me vagamente das penas de um corvo que foram deixadas no final daquele maldito corredor da Margaret Mead, então finalmente me dou conta de que aquele corvo estava querendo me levar à algum lugar. Algum lugar relacionado ao Sean. Sem me preocupar se Jenna estava ou não em casa, calcei meu tênis all star e segui o pássaro. Desci as escadas e segui o corvo pela rua escura, seguindo-o até a pequena mata fechada que fica adentro do cemitério, confusa olho pros lados, procurando o cara que é o meu melhor amigo desde sempre. E láestava Sean, com seus coturnos, calça preta e jaqueta de couro, parado em frente a cabana abandonada que se esconde atrás da copa dos pinheiros altos que rondam a pequena e fria cidade de Andoshen.

– Pensei que não viria! – ele sussurrou admirado com a minha chegada (a essa hora o corvo já tinha desaparecido)

– Preciso de respostas lembra? – gaguejei tentando ser brincalhona, no fundo no fundo eu estava um pouco assustada com essa história toda.

– Quero fazer um acordo. Pode ser? – ele murmurou chegando bem mais perto de mim, eu podia sentir sua respiração na minha quando ele tocou meus lábios com seus dedos frios.

– Que tipo de acordo? – perguntei me afastando e tirando seus dedos frios de mim

– Eu te conto a verdade se você ficar calada! – ele propôs com tanta certeza que eu até me assustei. Será que essa tal verdade tinha haver com o Jared? Com o corvo? Ou até mesmo com a Valerie? O que custa eu ficar quieta e não dizer nada a ninguém? Eu já fiz isso antes! Ou melhor, fiz isso sempre, em todas as escolas em que estudei depois que meus pais morreram, ninguém nunca soube nada sobre mim além do meu nome. – Tudo bem! Eu fico calada. – digo com mais certeza do que pensei.

– Tudo bem. Venha vamos caminhar um pouco. – disse ele segurando a minha mão e me puxando pela floresta escura e fria. Andamos por um algum tempo e tudo o que Sean fazia era me olhar, suspirar e depois continuar com a cabeça baixa. Eu ainda estava bêbada, acho que Sean escolheu uma boa hora para me contar a tal verdade pois com certeza eu não me lembraria de nada no dia seguinte.

– Olha Kat... – ele começou – É muito complicado, não acho que esteja preparada pra saber da história toda de uma vez só, mas, como seu melhor e único amigo – ele riu – Acho que pra começar, você ao menos tem o direito de saber porque seus pais morreram.

– Espera. – faço um gesto pedindo pra ele se afastar – Como assim porque meus pais morreram? Foi um acidente Sean. – a expressão no rosto dele me dizia que eu estava enganada – Não foi? – pergunto confusa.

– Não foi bem assim. – ele disse chegando bem mais perto de mim, e com um olhar que ele nunca tinha ousado me olhar. Olhei pra ele tentando entender e fiquei ainda mais confusa quando Sean me beijou profundamente. Não consegui abrir meus olhos, o beijo dele era doce, e bom, mas trouxe escuridão total pra mim, a única coisa além de uma sensação ótima por estar sendo beijada pelo Sean que eu senti foi uma pancada forte na cabeça. Depois tive a mera sensação de estar caindo. E depois de estar sonhando. Eu estava novamente entrando no carro de meus pais, mas percebo que não era eu de verdade, e sim outra Katherine Jacobsen, era como se eu estivesse por fora vendo tudo que aconteceu. Mas Sean sabia que lembrar aquele dia era demais pra mim, e agora ele estava me colocando pra ver de fora do carro o acidente que matou meus pais? Eu queria poder acordar (se é que eu estava mesmo sonhando) Olhar nos olhos dele e perguntar por que ele estava me fazendo viver aquilo tudo de novo, queria poder gritar com o Sean e dizer que ele é o pior melhor amigo do mundo. Desvio o pensamento quando uma garota loira passa por mim em uma velocidade desumana e entra na floresta ao lado da estrada, noto uma coisa antes do carro de meus pais chegar ao ponto em que eu pudesse vê-lo e não só ouvi-lo, a garota loira é ninguém mais ninguém menos que Valerie Williams. O que diabos ela estava fazendo aqui? E no dia em que meus pais morreram? E o que exatamente ela tava pensando ao assustar o cervo que pastava tão quieto na beira da estrada? Era aquele cervo que meu pai por ser um grande e bondoso homem, tentou desviar e acabou tirando a própria vida e a da sua esposa, minha querida e conselheira mãe, e acabaram levando consigo toda a felicidade de seus dois filhos adolescentes. Então era isso que o Sean queria que eu soubesse. O acidente, a perda de meus pais. Era tudo culpa da Valerie. Ela fez tudo isso acontecer. E agora, querendo ou não, ela vai ter que pagar pelo que fez.


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