Killer X escrita por Jhay


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo para vocês. Espero que gostem né u.u Quero agracer a Mands Cock por favoritar a fic e acompanhar *-*



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Olhou para o lado e o viu. Agora que estava prestando atenção via o quanto ele era bonito. Os cabelos negros com aquela mecha branca davam um ar muito sedutor. Os olhos... Eram tão meigos e preocupados...

 – Ei! Você tá bem mesmo? Consegue falar? - ele realmente estava preocupado?

 – Hãn... Eu... - Laura saiu do transe - Eu estou bem.

 Passou a mão na testa onde havia se machucado feio. No lugar do machucado ensanguentado estava um curativo bem colocado.

 – Não fique mexendo muito.

 – Por que? - a voz saiu roca e esganiçada, ainda sentia sua garganta seca e áspera.

 – Bem, porque se você ficar mexendo vai estragar o...

 – Eu não tava perguntando sobre isso - o interrompeu mal-humorada - me referia a cuidar de mim e me trazer para sei lá onde.

 – É minha casa. Mais especificamente meu quarto - estendeu um copo de água para ela, que pegou sem hesitar.

 Olhou ao redor. As paredes era pintadas de branco, tinha um guarda-roupas, escrivaninha cuja cadeira ele estava sentado bem próximo a cama de lençóis brancos, limpos e macios. Não era bagunçado como imaginava que seria um quarto de um adolescente. Nada comparado com seu próprio quarto. Tinha estantes penduradas nas paredes com vários livros organizadíssimos. Ergueu a sobrancelha direita ao olhar de volta para Andrey.

 – É, eu sei. Quarto arrumadinho, nada como é dos garotos da minha idade, né?! Mas sabe, eu gosto de ser organizado, é mais fácil pra encontrar as  coisas - disse orgulho e completou com certa malicia: - E não preciso me sentir envergonhado ao trazer uma garota para cá.

 – Ah, claro. Como eu pude imaginar por um segundo que você era diferente? Vocês garotos sempre são assim, podem ter várias coisas de diferença, mas no final vocês tem o mesmo tipo de semelhança - ela estava realmente aborrecida, não sabia se era mais por ela ter achado que ele era diferente ou por ele ser tão idiota.

 Se levantou e bruscamente demais. Sua cabeça girou e as pernas ficaram bambas. Sentiu seu corpo desmoronando, mas, como da última vez, mãos fortes seguraram seus braços e a coloram sentada na cama.

 – Vai com calma Laura! Eu só quis brincar, não achei que levaria tão a sério.

 Os dois estavam próximos demais. Laura sentia o hálito refrescante e hipnotizante tocando de leve sua face. Seus olhos focaram os olhos de Andrey. Os dois ficaram se encarando por um longo tempo. Laura sentiu algo nos confins de seu eu sombrio. Um farfalhar de asas pode ser ouvido em um breve instante. Ela sabia o que era. Não podia deixar que aquilo acontecesse.

 – Eu... Eu preciso ir pra casa... - sussurrou  sem conseguir despertar do transe que os dois compartilhavam.

 – Você não precisa, precisa? - ele sussurrava também, estava com a respiração pesada.

 – Eu tenho - ele se aproximou um pouco mais.                   

 Agora a distância era menor que dois centímetros. Seus narizes quase estavam se tocando. E ela sabia, um toque qualquer nele desencadearia uma serie de ações que não podia acontecer. Mas desejava... Ela era atraída por ele, por aquela boca que parecia macia ao toque, por aqueles olhos castanhos, era tentada a passar a mão nos cabelos negros sedosos... Pare Laura! A voz saia de dentro das sombras da mente, quase inaudível, porém Laura escutou. E despertou do transe. Empurrou Andrey para uma distância segura. Os dois estavam com a respiração pesada. Andrey a olhava com espanto e decepção.

 – Me desculpe Andrey - disse com preocupação - Mas não posso.

 – Por que? - ele estava magoado - Por que faz isso consigo mesma?

 – Você não entende...

 – Eu não entendo? - gritou - Você não sabe de nada Laura! Nada!

  – Então me conte! Diga-me o que eu não sei. Diga-me o que queria dizer com aquela mensagem! E aproveita e me diz o que estava fazendo com aquela garota que parece comigo! - Laura também gritava, colocava pra fora tudo que estava guardando - Me explique o que está acontecendo! Eu não entendo, eu tento me esconder nessa maldita cidade, tento me proteger pra não fazer merda, e ai chega você e muda tudo! Essa porra tá parecendo mais aquelas histórias idiotas que a menina é uma nada e chega um cara super irreal e se apaixonam perdidamente. Mas quer saber: essas merdas não existem! Esses finais felizes não existem!

  – Laura! - ele gritou com força e a fez parar com o jorro de palavras.

  – O que?! - disse exasperada.

  – Me desculpe se não consegui contar para você. Estava esperando o momento certo.

  – E quando seria esse momento?

  – O momento em que ficássemos sozinhos.

 Estavam de pé, um próximo ao outro. Tão próximo que Laura podia sentir o cheiro de colônia  e o calor que emanavam dele. Ele era uma cabeça mais alto que ela. Laura ficou alarmada e deu um passo para trás.

  – Temos muitas coisas para conversar. Sente-se.

 Laura obedeceu principalmente por estar de pernas bambas e cabeça latejando. A cama passava uma certa segurança e conforto. Ele se sentou na cadeira a sua frente e olhou bem em seus olhos. Estava sério.

  – Laura... Não sei como começar...

  – Que tal começar pelo começo?


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