Killer X escrita por Jhay


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo para vocês. Espero que gostem viu! E espero reviews sobre oq acharam *-*



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O computador central era enorme e Laura via nele imagens da central de comando da OPF, uma construção fixada em uma cidadezinha pequena chama Charletoon próxima a cidade Blue-Moon, onde Laura chegou há um ano atrás. Cada quadradinho na tela mostrava um ângulo diferente em tempo real. Podia ver as pessoas entrando e saindo de tempos em tempos pela porta dos fundos, a entrada quase deserta com suas janelas espelhadas... Aquele parecia um prédio qualquer, mas por dentro escondia coisas terríveis, e Laura sabia bem o que era, porque ela mesmo já fizera parte daquele circo dos horrores.

Olhou para o grupo reunido, havia um garoto quase não perceptível em um canto mexendo em um notebook. Laura não conseguia ver o rosto, mas podia ver que tinha pele queimada pelo sol, usava óculos de grau e não era muito amigável.

– Esse é Michael. Ele não fala muito, mas é muito eficiente no trabalho - K sussurrou tão baixo que Laura quase não ouviu.

– Nosso plano consiste, basicamente, em quatro passos - Sunny começou a falar e levantou o dedo indicador - Primeiro: entrar despercebidos na central - levantou outro dedo - Segundo: Ir direto para o subsolo - levantou o terceiro - Terceiro: identificar cada sala - levantou o ultimo dedo - Quarto: tirar todos de lá.

– Essa tarefa não será fácil - K tomou a palavra - Todos nós sabemos que a organização é muito forte e conta com a proteção de agentes que sabem lutar muito bem. Nosso objetivo principal é ajudar as pessoas presas lá dentro a saírem. Destruir a organização é uma tarefa bem mais complicada, e faremos isso sim, só que em outro momento. Laura, nós temos a nossa disposição duas vans, onde podemos transportar as pessoas de lá até um esconderijo.

– Além das vans nós teremos dois carros e serão encarregados de despistar os perseguidores - disse Sunny.

– Bem... Esse é nosso plano. Para executá-lo teremos a participação, além do que estão presentes nessa sala, outros que você ainda vai conhecer.

– E quando nós iremos atacar? - Laura perguntou intrigada.

– Depois de amanhã. Nós temos que planejar outras coisas para que saia tudo nos conformes.

– Certo...

– Enquanto isso você ficará na minha casa - disse Sunny olhando diretamente para ela - preciso falar com você Laura.

– Hãn... Ok

– Então é isso - disse Mary - Não há mais nada que vocês possam fazer aqui, então vão embora.

– Não a entendam mal... Mas é que nós precisamos montar um esquema e é necessário silêncio - Kaio estava se desculpando pela irmã mais uma vez.

Os quatro saíram pela mesmo lugar que entraram e encontraram o carro intacto não fosse pela camada de poeira vermelha. No percurso de volta a Blue-Moon Laura não conseguia parar de pensar em como seu reencontro com Sunny fora tão estranho. Ela imaginara que seria uma chuva de abraços, lágrimas e lamentações, porém não teve nada disso, sua irmã se manteve longe, dizendo só o necessário. Laura não entendia, mas não fazia questão de perguntar.

O céu continuava com nuvens carregadas e parecia que anunciava um mal-presságio. Quando chegaram na rua de casas iguais gotas finas e irregulares começaram a cair. Sunny não a olhou em nenhum momento, e ela começava a se sentir mal. Talvez ela não tenha gostado de mim, pensou Laura.

– Vejo vocês amanhã - disse Andrey, arrancando Laura de seus pensamentos.

– Claro - ela murmurou, desceu do carro e acenou como despedida.

Sunny entrou na casa e Laura a seguiu.

– Fique a vontade, se quiser tomar banho o banheiro fica no andar de cima, segunda porta a esquerda, tem toalhas no armário e roupas que você pode usar.

– Tudo bem... Eu estou mesmo querendo um bom banho - deu uma risadinha para tentar quebrar o gelo, mas não teve sucesso.


Trinta minutos depois Laura saiu do banheiro, agora estava usando uma calça jeans e uma blusa de mangas compridas limpas.Não ouviu barulho algum que deixasse evidente que Sunny estava em algum lugar. Desceu, foi até a cozinha e olhou pela janela da porta dos fundos. Abriu a porta e foi até onde um vulto estava sentado. Encontrou Sunny sentada em uma mureta, com roupas também limpas e os cabelos molhados, encarando o céu, que agora estava mais escuro.

Laura se sentou ao seu lado e também olhou para o céu.

– Não pense que eu não gosto de você Laura- disse subitamente.

– Eu não pensei isso... - Laura olhou incrédula para a irmã.

– Sei que pensou - Sunny olhou de volta, com olhos que Laura nunca tinha visto naquele rosto - e quero que você saiba que eu sinto muito. Sinto muito por não ter falado com você antes, quando eu sabia onde você morava, mas é que eu não consegui... Não sabia como me comportar, tive medo Laura. Medo de que se me envolvesse de alguma forma com você eles iriam tirá-la de mim, assim como me tiraram o direito de passar minha vida perto de você.

– Sunny... - Laura sentia que uma lágrima queria sair de seus olhos.

– Eu queria ter corrido para abraçar você quando te vi lá na sala mais cedo. Tive um alto-controle que não sabia que tinha. Tive que me controlar porque K e Andrey estavam lá também, além de que tínhamos que levá-la até os outros para te deixar a par de tudo. Laura... Você não tem noção de quantos dias e quantas noites eu passei pensando em como seria ter uma família...

Laura não conseguiu mais segurar, sentiu uma lágrima rolando e depois outro e mais outra, até que elas não podiam mais ser controladas. Sunny também chorava. Laura não conseguiu evitar, abraçou a irmã com força. Achou que ela ia afastá-la, mas não... Sunny retribuiu o abraço e chorou ainda mais.

– Eu sempre soube que você estava viva. Eles me contaram. Me disseram que se eu não obedecesse as ordens eles iriam matá-la. Não podia deixar que isso acontecesse Laura - sua voz estava abafada e embargada pelas lágrimas - Você era a minha única família, mesmo que nunca tinha te visto, sempre te amei, minha irmã.

– Sunny...

Laura não conseguiu dizer mais nada, sua garganta foi invadida por uma bolha grossa e estranha que não deixava que sua voz saísse, nem que ela quisesse. Continuou lá, abraçada com Sunny, as duas chorando sem parar. Laura sentia o quanto Sunny estava sofrendo. Conseguia sentir como uma coisa palpável.

Vários minutos se passaram quando as duas se separaram, os olhos inchados e vermelhos. Não disseram nada, não era necessário. Foram dormir, como se o ato de chorar houvesse consumido todas as forças que elas possuíam.


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