Os Cavaleiros Do Zodíaco - A Saga Do Bronze escrita por João Carlos Caumo


Capítulo 2
Capítulo 2: Ferreiro VS Armadura!


Notas iniciais do capítulo

O velho que invadiu a Casa de Áries revela-se para Primo de Áries! Quem seria este ancião manco vindo do Olimpo?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/350946/chapter/2

- E aqui é o Santuário de Athena, onde você ficará Arbelia.

- Obrigada Jubas. Amanhã reuniremos todos os Cavaleiros de Ouro para que eu possa me apresentar melhor. Jubas, devo manter o João Senpai de Libra como Mestre do Santuário?

- Bem, você é Athena agora. Teoricamente pode fazer e desfazer o que quiser. Mas lembre-se, você tem que ser Athena de coração, e não de ambição.

- Bem, o João Senpai cuidou de tudo por aqui na minha ausência não é? Vou mantê-lo como Mestre do Santuário, mas parece ser uma função muito desgastante! Ser Cavaleiro de Ouro e Mestre do Santuário! Quando subimos as doze casas, ele não subiu conosco. Passamos direto pela Casa de Libra...

- Ele deve estar ocupado com algum afazer, como você disse, é muito trabalho para uma pessoa só!

Na calada da noite, uma estrela cadente passa sobre os céus do santuário. Primo de Áries está frente a frente com um senhor desafiador. Ele não percebe cosmo ou nenhuma reação vinda do velho, que mancando aproxima-se de Primo:

- A Sagrada Armadura de Ouro de Áries... Representante da constelação do Cordeiro calmo e pacífico... Você, Primo de Áries, ao pronunciar suas palavras... Ao modo como se movimenta... Tudo em você é muito calmo e tranquilo... Assim como o Cordeiro que rege a constelação de Áries. Agora vejo o porquê você foi escolhido para defender a primeira casa, com suas calmas palavras, tenta afugentar o inimigo, evitando batalhas desnecessárias.

- Parece conhecer muito sobre mim. E conhecer muito sobre a Armadura de Ouro de Áries. Porque não segue seu conselho e vai embora, sem batalhas desnecessárias?

- Está me dando um conselho... Ou está com medo de me enfrentar? Agora que já sabe que vim do Olimpo, é natural que vocês meros Cavaleiros nos temam...

- Não temo o pior dos inimigos. Mesmo você sendo um mensageiro do Olimpo, não permitirei que invada o Santuário da nossa Deusa Athena!

- Sou mais que um mensageiro. Agora me deixe passar. Preciso falar com Athena!

O velho fica envolto de uma aura vermelha. No alto das doze casas, no Santuário de Athena, Arbelia percebe uma agitação diferente:

- Esse cosmo! Sinto como se fosse familiar! – Diz Arbelia, deixando o cetro cair no chão.

- Athena? O que houve?

- Jubas, corra para sua Casa de Gêmeos, e a proteja. Um forte inimigo pretende subir as doze casas!

- Como pode saber disso?

- Meu irmão do Olimpo está aqui. Posso sentir ódio pelo seu cosmo!

Com seu cosmo, Athena ergue das rochas uma enorme Torre, com 12 chamas dispostas como um relógio. As chamas provêm do cosmo de cada um dos Cavaleiros de Ouro, como aviso que um inimigo desafia a subida as doze casas zodiacais. Jubas passou pela casa de Libra e ela continua vazia:

- Athena ordenou que ficássemos cada um em sua Casa, onde está o João Senpai numa hora dessas? Isso é muito suspeito!

- Eu não tenho outra alternativa. Como protetor da primeira casa, não deixarei o inimigo passar daqui. – Elevando um cosmo dourado, Primo de Áries prepara-se para a batalha. – Como eu disse, daqui ninguém passa! Receba a técnica do carneiro defensor, Muralha de Cristal!

Uma imensa parede cristalina ergue diante dos olhos do ancião. O vento que soprava para dentro da Casa de Áries, agora voltava-se para o lado de fora ao entrar em contato com a Muralha de Cristal. Sem estiar, o velho caminha mancando em direção a parede, quando mais uma vez Primo tenta alertá-lo:

- Pare agora meu senhor. Esta Muralha de Cristal repele todo o reflexo e contato a ela de volta. Se avançar dessa maneira, será arremessado de volta pela força mística da minha defesa absoluta.

- É sério mesmo? Vai me repelir? – O velho caminha para dentro da muralha, e atravessando-a sem problemas. – Onde está o poder de sua Muralha de Cristal agora?

Após atravessar a parede, ela se despedaça em milhões de pedaços, deixando o velho frente a frente com o Cavaleiro de Ouro. Primo mesmo surpreso tenta investir um soco no ancião, que volta a aumentar sua aura, neutralizando o golpe do Cavaleiro. Mantendo Primo de Áries paralisado, ele lhe faz uma revelação que fez o Cavaleiro calmo e pacífico tremer e suar frio:

- Armadura de Áries... Com certeza uma das minhas melhores criações... Eu a desenhei e a forjei, pensando em cada detalhe... Desenhada para ter a mesma aparência do seu Cavaleiro, calmo e pacífico...

- Você... Criou as Armaduras de Ouro? Isto é mentira! Contam as histórias, que Athena deu a doze bravos guerreiros as Armaduras de Ouro! Não pode ser você que as tenha feito!

- Sim Primo. Athena nos consagrou as Armaduras de Ouro. Mas não significa que ela mesmo as tenha forjado. – Diz saindo das sombras da Casa de Áries o João Senpai de Libra.

- Senpai? Então você sabia? Mas você foi o primeiro Cavaleiro de Ouro condecorado por Athena! – Surpreso, Primo de Áries tenta se livrar da paralisia imposta pelo velho.

- Calma Primo. Estamos do mesmo lado. Só há uma pessoa no Olimpo que poderia forjar armas ou armaduras. Você é o irmão de Athena. Te imaginava bem mais jovem, Hefesto!

- Hefesto? Este diante de mim é Hefesto? – Surpreende-se Primo, imaginando quanto tolo teria sido tentando parar um Deus com sua técnica.

- Quinze anos atrás, minha irmã voltou ao Olimpo. Desde o retorno da Athena, ela fez a cabeça do meu Pai. Hoje, no Olimpo acredita-se que nós Deuses precisamos dos humanos. Mortais infiéis, que após a morte da reencarnação de Athena deixaram de acreditar nos Deuses!

- Isto é mentira Hefesto! – João Senpai de Libra se exalta, elevando seu cosmo – Nunca deixei que este povo perdesse a esperança de que um dia Athena voltaria para nós!

- Então você falhou com Athena, pois hoje existem muito mais descrentes do que seguidores de Athena! Isso acaba sendo prejudicial a nós! Antes, do alto do Olimpo, éramos temidos! Hoje, temos que pedir a mortais que nos adorem!

- Você desceu do Olimpo até o Santuário apenas por pensar que vocês Deuses tem todo esse poder sobre nós? Athena me ensinou que devemos sempre compreender as pessoas como elas são, independente de suas crenças, raças ou qualquer outro motivo! Fui nomeado Mestre do Santuário, para poder passar estes ensinamentos as pessoas enquanto nossa Deusa permanecesse ausente! Até onde eu pude alcançar, a Luz de esperança de Athena prevaleceu!

- Acha que tudo isso é verdade? Acha mesmo que Athena ama os homens? Que ama esta Terra? Athena está fazendo isso apenas para ter seguidores dispostos a se sacrificar por ela sem ao menos pensar! Foi graças a Athena que acabei sendo expulso do Olimpo!

- Você foi expulso do Olimpo?

- Quando Athena contou as maravilhas de se viver entre os mortais na Terra, mexeu com as emoções do nosso Pai, e com isso ele mudou. Agora deixa que os mortais decidam o quem querem seguir! Nosso  Pai seria onipotente, se não fosse pelo amor exagerado de Athena! Minha mãe, Hera, tentou reabrir os olhos do nosso Pai, pois ela sempre viu os mortais como seres que deviam ser domesticados a nossa maneira, para nos temer. Ela despertou a fúria do nosso Pai Zeus, que acorrentou Hera em forma de castigo ao tentar se voltar contra a palavra dele. Sabia que junto a minha mãe, eu poderia convencer meu Pai a escravizar os mortais a fim de conquistar sua adoração de uma vez, e sermos mais poderosos que jamais fomos antes. Mas Zeus me pegou tentando libertar Hera. Ele me roubou metade dos meus poderes, junto com minha imortalidade e minha juventude. Fui atirado do Olimpo. Caí por nove dias e nove noites, até que cheguei a Terra. O impacto fez com que quase quebrasse minha perna. Era a prova de que eu estava sendo exilado e rejeitado pelo meu Pai. Agora preciso de minha irmã, preciso que ela pague o preço por tudo isso, assim, com o cosmo dela poderei reaver tudo que perdi, e escravizar todos os infiéis a mim e a Zeus, mostrando para meu Pai que eu estava certo!

- Você invade o Santuário... Ameaça minha Deusa com a Morte... Diz escravizar pessoas por orgulho próprio? – De repente, o cosmo de Primo eleva-se em proporções gigantescas, livrando-se da paralisia – Não deixarei que dê mais um passo sequer no Santuário de Athena! Receba minha técnica mais poderosa! Revolução Estelar!

A Casa de Áries estremece, envolto de milhões de estrelas, Hefesto é arremessado para fora da Casa. De repente Primo avista a sua frente uma muralha cristalina. A suas costas, onde estava o fundo da Casa de Áries está agora a entrada da Casa. Do outro lado da muralha, Hefesto sorri, apoiando-se em uma coluna para que não caísse no chão, pois sua dor na perna era terrível. Então Primo é atingido pela sua técnica Revolução Estelar. De guarda baixa, estremecido no chão, Primo de Áries tenta se levantar. Hefesto se dirige até o Cavaleiro caído. João Senpai de Libra tenta interferir, mas é atingido pela Muralha de Cristal, que impede sua passagem:

- Você fica ai quietinho, pois será o próximo. – Caçoa Hefesto, virando as costas e se dirigindo para fora da Casa de Áries.

- Por quê? Porque você pode utilizar a Muralha de Cristal? – Indaga Primo.

- Tolo Cavaleiro. Eu as forjei. Consequentemente algumas técnicas foram implantadas durante a forja. Seria óbvio que eu pudesse executar qualquer uma das técnicas dos Cavaleiros de Ouro. Vou lhe apresentar uma que você não conhece. Mas preste atenção, pois você só a verá uma vez!

- O que quer dizer com isso Hefesto?

- Que você vai desaparecer desta Terra com minha próxima técnica. Receba o último e verdadeiro ataque da Constelação de Áries! EXTINÇÃO ESTELAR!

Uma explosão de luz, de dentro para fora da Armadura de Áries ilumina a Casa por inteiro. Sem gritos de dor, sem sangue, sem vestígio algum, Primo desaparece do local, restando apenas sua Armadura vazia.

- Mero Cavaleiro de Ouro. Só porque traja uma Armadura poderosa, não significa que seja um oponente à minha altura.

De dentro da Casa de Áries, estilhaços da Muralha de Cristal voam em direção a Hefesto. Hefesto se vira, e era como se o Sol estivesse dentro da Casa de Áries. Uma enorme Luz dourada emanava, e a fonte da luz era João Senpai, trajando sua armadura, a Armadura de Ouro de Libra:

- Ora vejam só. A Armadura de Libra. Quer dizer que o Mestre do Santuário é o cavaleiro do equilíbrio, o gentil e atencioso Cavaleiro de Libra!

Ao chegar do lado de fora da Casa de Áries, João Senpai de Libra se depara com a Armadura de Áries vazia. Pó de estrelas dançavam em volta da Armadura, como se fosse o último suspiro de Primo. Senpai abaixa sua cabeça. Na terra firme da entrada da Casa, uma lágrima molha o chão. Seu cosmo é como um Dragão voando alto nos céus. Hefesto se aproxima lentamente de Senpai:

- Seu amigo desafiou um Deus! Ele se achava forte por trajar a Armadura de Ouro, não cometa o mesmo erro. Ou volte para a 8ª Casa, me aguarde e tente me impedir de passar!

Quando Hefesto se aproxima, o cosmo de João Senpai para de brilhar. O ar fica pesado. Um vento violento sobra em direção a Hefesto. Era como se o grande Dragão acabara de pousar em sua frente:

- Primo de Áries era mais forte do que você jamais imaginaria, pois ele lutava pela justiça e pela paz assim como Athena. Morreu defendendo o que acreditava. Aí, você invade o Santuário... Mata meu companheiro... Quer derramar o sangue de Athena por ambição e orgulho próprio. Você está certo Hefesto. Vocês Deuses não precisam de nós. Assim como Nós não precisamos de um Deus covarde como você!

O ar muda. É como se o Dragão estivesse de frente com o caçador, esperando o momento certo de atacar. O cosmo de João Senpai de Libra aumenta de novo. Ele eleva-o até o 7º sentido. O poder ilumina todo o Santuário. Desperta atenção de todos os Cavaleiros de Ouro, e mesmo a mais diste, Athena observa a luz dourada emanar mais além do que se podia ver. O cosmo desperta em Arbelia o seu lado de Deusa, dando a Athena quase controle total de seu corpo, tempo suficiente apenas para gritar:

- João Senpai! Nããããooooooooo!

Hefesto não estia contra tamanha força:

- São mortais inúteis como você que devem morrer! Receba minha técnica mortal, EXTINÇÃO ESTELAR!

- Não Hefesto, é um Deus como você que deve morrer! – João Senpai levanta seu rosto, seu punho se fecha e o posiciona para trás como se fosse pegar um impulso – Cosmo, queime além do infinito! Me dê a força para acertar um Deus! Hefesto, receba minha técnica passada por gerações pelos grandes guerreiros! CÓLERA DO DRAGÃO


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Os Cavaleiros Do Zodíaco - A Saga Do Bronze" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.