A Filha Da Caçadora escrita por Cássia chan


Capítulo 9
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, demorei um pouquinho pra postar. Desculpem por isso. Ando tão cheia de tarefas!
Mas enfim, aí está.
Mais tarde posto outro, para compensá-los.
bjs
ahhhh e se quiserem ler minha outra fic: http://fanfiction.com.br/historia/355230/Exodus/
Ficarei super feliz!



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Um aroma forte de tempero me tirou do meu sono. Minha cabeça doía quando eu levantei. Procurei alguma coisa no meu guarda roupa para vestir e desci até a cozinha, que era de onde vinha o cheiro, vestida com um short jeans e uma blusa regata preta.

Maia estava preparando alguma coisa.

— Já levantou? — perguntou ela, surpresa. — Seu pai saiu para levar sua avó até Idris, onde ela estará mais segura e ver se encontram mais alguma pista. Luke e Simon estão andando pela cidade em busca de mais pistas. Magnus e Alec retornaram para sua casa. E Max voltou com a mãe e avó para o instituto.

— Então somos só nós duas — disse, enquanto me sentava em um banco próximo a cozinha.

— Como imaginei que iria estar com fome quando acordasse, tomei a liberdade de preparar um almoço um pouco tardio.

— Ainda bem que você adivinhou, porque estou faminta!

Enquanto Maia cozinhava, eu aproveitei para ir até a biblioteca e procurar por alguma coisa nos livros que possuíamos. Qualquer coisa que nos desse uma pista sobre o que estava acontecendo.

Folheei diversos livros escritos em grego antigo, latim, hebraico, inglês, mandarim e os poucos que possuíamos em português. Mas nenhum continha nada útil.

Frustrada, fechei os livros que havia pegado e os devolvi as suas devidas prateleiras.

Estava indo para a cozinha, quando um livro de capa vermelha chamou a minha atenção na estante próxima a porta. Eu não me lembrava de já tê-lo visto.

Peguei-o e abri. Estava escrito em um dialeto egípcio que eu não conhecia. Logo identifiquei o idioma. Era o Copta. Uma língua morta cuja eu não possuía nenhum conhecimento.

Tantas línguas mortas e o livro tinha que estar escrito justo na que eu não conhecia?

Peguei o livro e o levei comigo para a cozinha. O almoço já estava servido quando voltei para lá.

— Eu espero que você goste — disse Maia quando eu servi um prato para mim e juntei-me a ela à mesa.

Se estava ruim, eu nem notei. Meu estomago não reclamou, pelo contrario, agradeceu. A fome era maior que o apetite.

— Fale-me um pouco mais sobre o Ian — pedi me arrependendo assim que proferi essas palavras. — Ah, me desculpe. Se não se sentir a vontade para falar, eu entendo.

— Não. Tudo bem — disse ela, parando de comer. — Ele completou doze anos semana passada. É fruto da minha união com Jordan, então sim, ele também é um licantrope. Jordan está procurando por ele desde que eu contei o que havia acontecido.

— Eu sinto muito — disse, sentindo um peso em meu peito pela criança que eu não conhecia. — Eu vou encontra-lo. Eu prometo.

— Eu fico grata — disse Maia e abriu um belo sorriso.

Terminamos nossa refeição em silêncio. Lavei as louças quando terminei a minha refeição.

O conteúdo do livro misterioso ainda instigava a minha curiosidade. Mas eu não poderia lê-lo mesmo que o meu desejo fosse tão grande assim...

Ou talvez eu pudesse.

Após esse pensamento se passar pela minha cabeça, uma imagem veio a mim. Era um símbolo, dois triângulos cruzando-se no meio, com uma espécie cruz no centro, mas talvez fosse um “t”, onde os triângulos se encontravam.

Rapidamente subi para o meu quarto, levando o livro comigo e procurei pela minha estela na primeira gaveta da cômoda. E então desenhei o símbolo na capa do livro, no alto no canto direito, não muito grande.

Esperei para ver se alguma coisa acontecia, mas nada de extraordinário aconteceu. Abri o livro e não me surpreendi ao encontra-lo escrito no meu idioma.

O livro parecia ser algum tipo de livro de feitiços. Talvez tivesse pertencido a algum feiticeiro.

Não havia nada muito útil nele também, a não ser um feitiço que chamou minha atenção na hora que virei a página para ele.

A primeira coisa que vi foi o pentagrama desenhando no chão com uma mulher grávida deitada no círculo.

O feitiço falava sobre trazer uma pessoa morta de volta ao mundo mortal através de uma nova criança. Trazer a alma da pessoa morta e coloca-la na criança, na hora de seu nascimento.

Estava estupefata quando terminei de ler. Isso não poderia ser possível. Um feitiço assim não poderia existir. Ou poderia? Se pudesse, explicava muita coisa. Poderia se tratar de alguém desejando trazer Valentim de volta a vida. Mas eles precisariam de uma mulher grávida para isso.

Um terrível pensamento se passou pela minha cabeça e eu me lembrei da minha mãe andar reclamando de enjoos pouco antes de ser levada.

Ouvi o barulho da porta da frente ser fechada e então desci as escadas correndo. Como eu suspeitava, era meu pai.

— Pai, a mamãe estava grávida? — perguntei, sem parar respirar, dizendo todas as palavras de uma vez.

Ele pareceu meio confuso no inicio, e depois trocou um olhar com Simon, qu chegara com ele. Aquilo confirmava todas as minhas suspeitas.

— Ela estava, não é mesmo? ­— pergunto, sentindo o gosto de bile na boca. Meu coração batia descompassadamente no peito.

— Ela suspeitava que estivesse — disse Simon, olhando para meu pai, como que se pedindo permissão. — Ela havia marcado para fazer os exames hoje a tarde.

Uma lágrima rola pelo meu rosto. Droga! Eu estava demonstrando fraqueza. Rapidamente enxuguei a lágrima com a palma da mão.

— Porque está nos perguntando isso, querida? ­— perguntou meu pai, preocupado.

Eu deveria parecer estar mais abalada do que eu imaginava que estaria.

— Venham — disse, subindo pelas escadas —, tenho que lhes mostrar algo.


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Notas finais do capítulo

Bom, aí está.
Mais revelações surgem