Dramione - Nosso Reencontro escrita por karistiel


Capítulo 16
16. Apenas diga sim


Notas iniciais do capítulo

Olá queridinhos!!!!!!!! Olha, como eu prometi, o capítulo veio rapidinho! Eu espero que vocês gostem do final.

LailaGMalfoy, obrigada pela recomendação querida! Fiquei muito feliz quando li :')

Bom, eu acho que talvez a fic já esteja chegando aos seus capítulos finais. Eu sei é triste mas tudo que é bom um dia acaba né? :(
Beijos, Karis Malfoy!



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Minha cabeça doía horrivelmente. A cama que eu estava deitada era desconfortável, o que me dava certeza de que não era a minha. Assustada com essa constatação tentei abrir os olhos, mas a luz do lugar era muito forte. Puxei uma das mãos pra cobrir os olhos mas não consegui. Me forçando a enxergar através da claridade, olhei pra minha mão que estava entrelaçada com outra mão. Uma mão pálida e macia. Uma mão que eu conhecia bem demais. Seguindo os olhos ao longo do braço cheguei ao rosto da pessoa. Draco Malfoy dormia com a mão presa à minha. Se eu não tivesse acabado de lembrar o motivo de eu ter ido parar naquela cama de hospital, teria achado a cena no minimo fofa.

Tirei minha mão da dele bruscamente e ele acordou assustado. Pestanejou um pouco e finalmente seus olhos se fixaram em mim. Surpresa por ele estar ali, me encolhi num canto da cama quando ele se aproximou.

– Hermione... - Ele chamou inseguro, quando não dei sinal de que deveria se aproximar ele continuou. - Graças a Merlin você acordou!

– Como você pode sentar aí e não se sentir culpado por eu estar aqui nessa cama de hospital? - Eu cuspi.

– Eu estava preocupado com você e nossa filha. - Ele sussurrou, eu ri.

– Engraçado você dizer essas coisas... Achei que estivesse muito feliz com sua noiva e filho ou filha, quem sabe? - Dei de ombros.

– Não precisamos discutir isso aqui, Hermione. Quando você sair daqui nós conversamos sobre isso.

– Eu não tenho nada pra falar com você!

A porta do quarto abriu e uma enfermeira entrou, cortando nossa discussão.

– Que bom que acordou Srta Granger. - Ela sorriu amavelmente pra mim e eu retribuí. Então uma pergunta surgiu na minha cabeça.

– O bebê está bem? - Perguntei insegura. Percebi Draco ficar apreensivo e olhar pra enfermeira também.

– Está sim. Tem sorte de não ter perdido essa criança. - A enfermeira suspirou. - Estresse demais pode causar aborto espontâneo.

Eu arregalei os olhos assustada e uma mão praticamente voou pra minha barriga. Eu não queria perder essa criança, eu já a amava tanto. Involuntariamente olhei pra Draco e ele parecia tão assustado quanto eu. Éramos tão novatos nisso e não sabíamos de muita coisa.

– Mas não se preocupe, tudo está bem agora. Só não se ponha em situações complicadas de novo ou pode não ter a mesma sorte.

– Não vou deixar que isso aconteça. - Respondi firme.

– Ótimo! - A enfermeira sorriu e logo depois se virou pra Draco. - Peço que o senhor se retire pois a senhorita precisa descansar. - Ela disse severa. Lembrava bastante Madame Pomfrey.

– Mas eu quero ficar. - Mesmo que não quisesse, meu sangue ferveu.

– Não quero que você fique. O bebê está bem e você pode ir embora. - Decretei.

Ele ia retrucar mas eu levantei o olhar e o encarei. Eu ainda tinha meu orgulho. Ele suspirou derrotado e saiu sem mais palavras. Quando ele saiu do quarto soltei o ar que nem percebi que havia prendido.

– Tome esta poção. É um calmante, vai ajudar vocês dois a relaxarem.

Ela me ofereceu um copo com um líquido verde escuro e eu fiz uma careta. Parecia horrível.

– A cor é pior que o gosto, pode acreditar. - Ela confidenciou e eu ri. Engoli de uma vez só o conteúdo e constatei que era verdade. Era um pouco amargo mas não era tão ruim. - Bom, agora coma toda esta comida, sem reclamações! Quero ver a senhorita muito bem alimentada!

Ela me estendeu uma bandeja com um prato de sopa, um copo de suco e uma maçã. No canto da bandeja estava um Profeta Diário e sem hesitar o puxei pra mim. Não era o mesmo jornal que eu li mas também tinha notícias sobre o tal "herdeiro de Draco Malfoy". Num acesso de raiva, joguei o jornal longe fazendo a enfermeira se assustar.

– Desculpe. - Murmurei envergonhada, já recuperada da raiva momentânea.

– Tudo bem senhorita. - Ela sorriu e saiu, me deixando sozinha.

Eu suspirei enquanto sentia as lágrimas escorrerem silenciosamente. Quando foi que minha vida se tornou um inferno? Meus pensamentos foram bruscamente cortados quando a porta do quarto tornou a se abrir. Eu já estava pronta pra gritar com Draco quando eu vi que não era ele.

– Mione? - A voz de Harry soou baixa e incerta.

– Entre Harry! - Chamei. Ele se aproximou e sorriu.

Admito que estava com medo da conversa que íamos ter, afinal, era agora ou nunca. Talvez ele pegasse mais leve pelo fato de eu estar em uma cama de hospital. Merlin, pra onde foi minha coragem grifinória? Ah é, foi embora junto com a vergonha na cara depois do dia em que transei com Draco e engravidei.

– Como você está? - Ele perguntou se sentando na cadeira ao lado da cama.

– Melhor agora.

– Mione, o que foi que aconteceu? Gina disse que seria melhor se você me contasse.

Eu olhei pro meu melhor amigo e respirei fundo.

– Eu estou grávida Harry. - Ele arregalou os olhos e levou uma mão até a boca. Eu abaixei a cabeça envergonhada, sem conseguir encarar o moreno estático na minha frente.

– Bem, e por que você ainda não contou pro Rony? - Ele perguntou. - Não entendo por que tanto auê. Você sabe que Rony vai aceitar...

Eu parei de escutar o que ele dizia. Aquilo estava me matando por dentro. Ele definitivamente achava que o filho era de Rony, eu tinha que contar logo antes que não tivesse mais coragem.

– Não é de Rony, Harry. - Eu sussurrei, olhando pras minhas mãos entrelaçadas, nervosamente.

Ele parou de falar de repente ao ouvir minhas palavras. Eu não pude impedir o choro que veio sem aviso. Ele parecia tão pálido que eu achei que fosse desmaiar.

– O que você quer dizer? - Ele perguntou cauteloso.

– O filho que estou esperando não é de Rony. É de Draco.

As últimas três palavras saíram tão baixas que eu duvidei que ele tivesse escutado. Mas eu sabia que ele tinha porque sua respiração subitamente se tornou ruidosa.

– Você não pode estar falando sério. - Ele crispou os lábios pra reprimir a raiva. - Não acredito que aquela doninha teve coragem de fazer isso com você! Eu vou matar esse desgraçado!

– Não! Harry! Me escuta! - Eu entrei em desespero quando vi Harry apertar os punhos e fazer menção de sair do quarto. Ele já teria aparatado direto pra casa de Draco se fosse permitido aparatar dentro do hospital.

– Escutar o que Hermione? Aquele bastardo é um aproveitador! Olha o que ele fez com você!

– Harry Potter! - Eu gritei ofendida. - Draco não fez nada sem minha permissão! Merlin, o que você acha que ele fez? Me estuprou?

Pela cara que ele fez, foi exatamente o que ele pensou.

– Não Harry. - Eu suspirei. - Nós bem, estamos junt... - Minhas palavras morreram no momento que olhei o jornal descansando na mesa ao lado da cama. - Nós estávamos juntos. - Concluí.

Harry parecia cada vez mais branco e eu fiquei realmente preocupada. Forcei minhas pernas a ir até ele e puxá-lo até a cadeira.

– Eu sei que é difícil de entender. - Eu murmurei quando fiquei de joelhos na sua frente pra ficarmos da mesma altura. - Mas foi isso que aconteceu. Nós nos apaixonamos e Merlin, eu sei que isso é errado! Mas aconteceu e não tem mais volta.

– Você e... Malfoy? - Eu assenti. - Um filho? Juntos?

– Uma filha, na verdade.

– Eu acho que preciso tomar um ar. - Ele levantou bruscamente me fazendo cair de bunda pra trás. Ele me estendeu a mão pra me ajudar a levantar e saiu.

Poderia ter sido pior. Ele não gritou, ele não insinuou que eu estava sob efeito de alguma poção ou fez como Rony. Deus, Rony me bateu! Como pude pensar algo assim de Harry? Ele nunca faria algo parecido!

Eu já estava cansada de tudo isso. De brigas, de conversas sérias e de hospitais. Eu só queria paz! Pra mim e pra minha filha.

**

– O que significa isso? - Meu pai perguntou jogando o jornal com a foto de Pansy encima da mesa de seu escritório. - Eu lhe pedi tanto pra tomar cuidado e você engravida a Srta Parkinson?

Eu continuei em silêncio. O que eu poderia responder? Não foi culpa minha? Eu riria disso tudo se não fosse trágico.

– Você sabe o que acontece agora não é?

Eu engoli em seco. Eu sabia sim. Eu teria que casar com Pansy. A família Malfoy nunca permitiria um filho nascido fora do casamento. Mas como eu poderia explicar que Hermione também esperava um filho meu e que eu preferia casar com ela? Eu não era um maldito grifinório corajoso.

– Draco? - Meu pai chamou minha atenção quando não houve resposta.

– Sim, eu sei. - Respondi finalmente.

– Ótimo, espero que faça isso o quanto antes.

– Sim, senhor.

Oh Merlin, como eu ia sair dessa? As coisas podiam piorar? Eu tenho certeza que não!

**

– Como se sente? - Gina perguntou enquanto eu saía do quarto de hospital já pronta pra ir pra casa.

– Um lixo. - Respondi simplesmente. Gina me olhou com pena. - Apenas não me olhe assim. - Resmunguei.

– Desculpe.

– Tudo bem. - Suspirei. - Nos vemos mais tarde.

Ela assentiu e assim que pisei fora da clínica, aparatei. Eu precisava do conforto da minha casa. Eu precisava da minha cama e de uma xícara de chá fumegante. E quem sabe um pote de sorvete de chocolate. Sorri com a ideia.

Antes que eu desse dois passos pra fora da sala, notei uma pessoa sentada no meu sofá. Não, por favor! Choraminguei quando reconheci Draco.

– Hermione... - Ele começou mas eu o cortei o mais fria que consegui.

– Como entrou aqui? - Perguntei. Ele não parecia nem um pouco espantado com a minha frieza.

– Pó de Flu. - Ele apontou pra lareira.

– E o que você quer?

– Precisamos conversar.

– Nós não temos nada pra conversar, eu já disse isso, então faça o favor de sair da minha casa. - Decretei mas ele nem se moveu.

– Hermione por favor... você não tem que fazer isso.

– Eu não tenho, eu quero fazer isso. E por favor, não se aproxime de mim, Malfoy. - Ele parou no meio do caminho com o olhar ferido. O som do sobrenome dele saindo da minha boca com desprezo sem dúvidas o atingiu.

– Nada do que eu sinto por você mudou. Eu ainda te amo e amo nossa filha. Nós podemos dar um jeito nessa bagunça se você deixar. - Eu tive que reprimir uma nova enxurrada de lágrimas.

– Malfoy, nós dois sabemos o que acontece agora. Você vai ter que casar com ela. - Minha voz simplesmente quebrou na última palavra. Doía mais dizer isso em voz alta do que pensar nisso.

– Eu não vou me casar com ela! - Ele gritou exasperado me fazendo sobressaltar. - Eu amo você, eu quero você e não ela, por favor acredite em mim, eu...

– Por favor não torne tudo mais difícil. - Eu implorei. Eu já estava chorando e nem tinha notado.

– Case comigo, Hermione.

– Draco, você sabe que sua família nunca aceitaria isso. Ao contrário, Pansy está grávida e seus pais a adoram, eles vão querer ver vocês dois casados.

– Não importa o que eles querem! Importa o que eu e você queremos! Eu não vou fugir da minha responsabilidade com Pansy, afinal, a criança não tem nada a ver com essa história mas eu não a amo, eu não a quero.

– Draco... - Eu suspirei.

– Apenas diga sim.

– Sim.


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Notas finais do capítulo

Mereço um abraço por esse final não é? Espero que tenham ficado felizes hahaha!!