A Lua está cada vez mais exuberante no céu. Artemis parece tornar o seu cosmo cada vez mais amedrontador, com a aproximação da Lua.

Isso influencia nos seres vivos, nas marés, e até sob o equilíbrio gravitacional da Terra, já que a Lua está acompanhando o giro terrestre, enquanto o Sol já deixou de iluminá-la. Logo, Artemis fez com que a Lua emitisse sua própria luz, graças ao seu imenso cosmo. E ela fará isso até que alguém a impeça.

Artemis - esse corpo...quando estiver com todo o meu poder, não me será mais útil! Poderei descartá-lo e viver com meu corpo divino para sempre!— caminhando por entre a relva que cresceu abaixo do Salão do Grande Mestre, cercada por algumas aves noturnas. A deusa parece inquieta, e não exita em se deslocar por toda a área até o pátio que leva ao Salão.

Logo abaixo, os cavaleiros se esforçavam para chegar até casa de Peixes.

Shiryu - finalmente, a décima segunda casa, Peixes!

Shun - a corrente já se recompôs dos ataques anteriores, mas não detecta nenhuma presença...

Marin - ...veja, Shun!— nessa hora, a corrente aponta para as escadarias abaixo.

Shun - alguém vem subindo as escadas...!— detendo a corrente, vendo um vulto surgindo, subindo os degraus apressadamente.

Shina - essa não! Saim daqui, rápido!— posicionando-se à frente dos cavaleiros.

Hyoga - mas, o que houve?!

Marin - é Daphne, vocês precisam continuar! Chegou a nossa a nossa hora de lutar por vocês! - acompanhando Shina.

Shun - mas...

Shina - vão logo!!!— descendo as escadarias para segurar Daphne, seguida por Marin.

Marin - Não titubeiem! Salvem logo Atena!— descendo.

Shiryu - vamos então! Shun, Hyoga!— virando-se e adentrando em Peixes, acompanhado pelos dois.

Nas escadarias, Shina e Marin interceptam a subida de Daphne, que para ao vê-las.

Shina - não dará nem mais um passo!— posicionando-se ofensivamente sobre um degrau, ao mesmo tempo encantada com tamanha beleza da armadura que a amazona trajava.

Daphne - Shina, é você? Então, está por aqui ainda? Pensei que tivesse partido...— colocando a mão na cintura.

Marin - Daphne, o que você quer aqui?

Daphne - calma Marin, estamos todas na mesma condição! Prazer revê-la também!— sorrindo de maneira sarcástica.

Shina - não pense que estamos com Artemis, apenas por sermos amazonas, e estarmos usufruindo da sua proteção!

Daphne - sempre achei que sua devoção ao Santuário fosse hipocrisia, mas te vendo falar assim, acho que de certa forma me enganei! - sentando sobre um pilar caído ao lado das escadarias.

Shina - o que está dizendo?

Daphne - está vendo essa armadura? Pois bem, a lendária armadura da deusa Clóris me foi concedida por Artemis, como reconhecimento pelo meu esforço...Acho que não querem sentir o meu poder, assim como a pobre June, certo?

Marin - então, você....

Shina - essa não, você matou June?

Daphne - algumas coisas acontecem pela insistência e teimosia das pessoas...compreendem? Não foi culpa minha. Digamos que ela buscou muito por isso!

Os ollhos de Shina e Marin nesse momento ficam marejados, e Shina transparece todo o ódio pela situação. Ela cerra os punhos com tamanha força, que um pouco de sangue escorre pelas suas mãos

Shina - maldita!! Quer dizer que, se insistirmos em detê-la, fará o mesmo conosco? É isso que quer dizer?

Daphne - vendos seus rostos sem suas máscaras, percebo o quanto estão decididas a não permitirem a minha passagem. Seus olhos me passam isso... — levantando-se, fazendo com que Marin e Shina fiquem mais atentas, mudando um pouco suas posições.

Marin - Shina?!— vendo o sangue escorrendo pela sua mão.

Daphne - ...preciso chegar logo até Artemis, e gostaria que não me atrapalhassem...— elevando o cosmo subitamente, e movimentando-se rapidamente para a entrada de Peixes, buscando passar entre elas sem confronto, porém...

Shina - chega!— lançando-se sobre ela com o cosmo elevado, e acompanhando a sua velocidade, forçando-a a parar para defender-se de um chute.

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Daphne - hum, assim como June, vocês atingiram um cosmo bem próximo ao nosso...— detendo o potente chute de Shina com apenas um braço, e saltando para trás.

Marin - As coisas não serão tão fáceis assim, Daphne! Sua vingança contra o Santuário não se concretizará!

Daphne - acho que não me entenderam: atingir um nível próximo ao meu, não significa igualdade! Talvez esse tenha sido o engano de June!— elevando um cosmo brando, as plantas que cresciam nas escadarias da casa de Peixes começam a florescer. Há algumas rosas vermelhas, negras e brancas que desabrocham por todos os lugares, deixando as amazonas surpresas.

Marin - Shina, isso não seria....?

Shina - essa não! O jardim de rosas que o cavaleiro de Peixes sempre cultivou, agora está revivendo com o cosmo dela!

Marin - ninguém conseguiria controlá-las além dele...impossível!— elevando o cosmo, juntamente com Shina.

Daphne - essas rosas...elas não são comuns! Consigo sentir a aflição pela qual passaram. Essas plantas, meu cosmo percebe algo diferente! Então, essas eram as tão temidas rosas que sempre almejei controlar! — fechando os olhos, e concentrando-se, deliciando-se com o perfume mortífero exalado pelas flores.

Shina - O que ela está fazendo?— abaixando o cosmo com os olhos trêmulos, enquanto Marin decide fazer algo.

Marin - já chega! METEOROS!!!!— centenas de feixes azulados partem em direção à amazona de Clóris.

Shina - não...não é possível!!!— vendo os meteoros detidos por uma cortina enegrecida de pétalas negras, que circundava Daphne.

Marin - ...essas rosas?! - abaixando o cosmo.

Daphne - ah sim, é para isso que servem essas incríveis rosas!— abrindo os olhos, e dando um leve sorriso, rodeada por uma nuvem de pétalas negras.

Nas escadarias para o salão do Grande Mestre, Shiryu, Hyoga e Shun sobem apressadamente, quando começam a reparar nas rosas que desabrochavam pelas encostas ao seu redor, colorindo o caminho.

Shun - essa não!— parando, com os olhos trêmulos, olhando o jardim de rosas que começava a crescer.

Shiryu - O que foi, Shun? sinto algo diferente ao nosso redor...

Hyoga - Shun, o que está acontecendo?!

Shun - esse é o jardim de rosas vermelhas do cavaleiro de Peixes! Como isso pode estar acontecendo?

Hyoga - mas Shun, isso é impossível! O cavaleiro de Peixes já não está aqui! Se não me engano, você mesmo o derrotou, certo?

Shun - sim...mas não podemos parar! Vamos, depressa!— guiando Hyoga e Shiryu, enquanto as rosas vermelhas começavam a exalar um aroma venenoso, que toma conta de todo o lugar.

Shiryu - droga, o que é isso?! Não consigo respirar direito!— tossindo, e colocando a mão no rosto.

Hyoga - estou ficando tonto...não consigo...— tossindo também, e curvando-se, parando de correr junto com Hyoga, obrigando Shun a acudi-los.

Shun - essa não! Se continuar assim, perderemos os sentidos rapidamente! Preciso fazer algo... - elevando o cosmo, faz uma tentativa desesperada para salvar os seus amigos e a si mesmo. Já suando e ficando com a visão turva, ele eleva seu cosmo ao máximo, em uma situação de vida ou morte.

Hyoga - argh! Estou ficando fraco!— abaixando-se, junto com Shiryu, que já estava quase tombado ao chão.

Shun - June, prometi continuar! Prometi que salvaria Atena, e cumprirei minha promessa!

Shun vê a imagem de June sorrindo em uma bela rosa vermelha, e fecha os olhos. Uma ventania começa a se formar, criada pelo seu cosmo que vai se elevando subitamente. A nebulosa de Andrômeda surge formada pelo cosmo desesperado do cavaleiro, e o sétimo sentido aflora mais uma vez!

Shiryu - Shun?!!— já ao chão, sentindo o incrível cosmo do companheiro.

Shun - exploda cosmo! TEMPESTADE NEBULOSA!!!!

Um imenso turbilhão de ar rodeia os cavaleiros, e levanta tudo pelos ares, levando também o jardim de rosas e tudo o mais que se encontrava por ali. Logo, a nuvem mortal de veneno se dissipa, e o caminho está livre novamente, com os arbustos destruídos.

Hyoga - argh...Você conseguiu Shun!— ainda tossindo um pouco, começa a se reerguer com Shiryu, e percebem a destruição ao redor pela técnica do cavaleiro de Andrômeda, ficando surpresos.

Shiryu - que cosmo incrível! Realmente, ele amadureceu muito com o passar do tempo! Sinto algo diferente nele, mas não sei o que...— analisando o quanto o cosmo de Shun é poderoso, mas algo estranho havia por trás de seu cosmo, o qual não sabia definir.

Nisso, Shun já havia abaixado o cosmo, e quando se prepara para subir um degrau...

Shun - va-vamos...em...— cambaleando brevemente e tombando ao chão, sendo logo acudido por Hyoga.

Hyoga - Shun, você está bem?

Shun - sim, sim...estou...foi apenas uma fraqueza...esse veneno...já estarei bem...— buscando se levantar, apoiado no amigo.

Shiryu - fiquem atentos...sinto uma forte presença se aproximando...

Hyoga - Shun, a corrente, está reagindo!

Nisso, eles acompanham a indicação da corrente, que apontava para cima das escadarias, em direção ao salão do Grande Mestre.

Logo acima, alguns degraus antes do pátio para o salão do Grande Mestre, encontrava-se Hérmia, com seu elmo em mãos, olhando para baixo.

Hérmia - que cosmo foi esse?! Mesmo assim, não há explicação para estes vermes terem derrotado Walleria e as outras! Não preciso temer nada! Ainda mais agora que estão quase mortos! - após observar a explosão de cosmo de Shun, refletindo e olhando de cima das escadarias, aguardando a chegada dos cavaleiros.

Na entrada de Peixes, Daphne sente o cosmo de Shun, assim como Shina e Marin, sentindo um vento soprar após a técnica ter sido usada.

Daphne - os cavaleiros não estão tão moribundos quanto pensava...— rodeada pela nuvem de pétalas negras.

Shina - esse cosmo...!

Marin - droga, precisamos derrubá-la logo!— cerrando os punhos

Daphne - acho que estou descobrindo o segredo dessas belas rosas!— ela sorri, e estende o braço em direção às amazonas, com a palma da mão aberta.

Shina - o que....ela vai fazer!?— em posição de defesa.

Daphne - ROSAS...PIRANHAS!!!— a nuvem de pétalas negras vai em direção às amazonas, assim como algumas rosas desabrochadas negras, consumindo tudo por onde passam, chegando até Shina e Marin rapidamente.

Marin/Shina - arghhhh!!!

As amazonas são lançadas para dentro da casa de Peixes. Sobram apenas para cobri-las algumas vestimentas rasgadas do corpo, já que suas armaduras haviam sido desintegradas pelo ataque. Estão com arranhões por todo corpo, e o sangue escorrer por alguns ferimentos mais profundos.

Daphne - hum...até que foi interessante! A técnica utilizada pelos cavaleiros de ouro de Peixes estão na memória dessas plantas desde os tempos mitológicos.— adentrando pela casa de Peixes, após passar pelos corpos maltratados das amazonas.

Porém, nesse momento, Shina e Marin parecem não se render apesar de todo o sofrimento.

Marin procura se reerguer, e olha para Shina, que parece ter desistido. Ela passa a mão pelo rosto, procurando enxugar o sangue que lhe corria pelo supercílio aberto e cobria a visão do olho direito, e tenta tocar em Shina, arrastando-se.

Marin - Shina! Não pode-mos...desistir ago-ra...— conseguindo se aproximar, e empurrando o ombro da companheira, cujas pálpebras fechadas começam a tremer, e logo se abrem vagarosamente. Seu semblante expressa toda a dor e sofrimento do momento, e elas dão as mãos.

Shina - mas...não...não temos poder suficiente...argh...

Marin - talvez não, mas...temos que buscar um meio...como os rapazes con-seguiram...como...June conseguiu....nós também...podemos! Somos....amazonas!— procurando se levantar, apoiando-se sobre os joelhos e os braços, enquanto algumas gotas de sangue pingam ao chão.

Shina - Ma-Marin!?— vendo todo o esforço da amazona, e lembrando de todo o esforço de Seiya, percebendo de onde saiu tanta perseverança.

Enquanto isso, Daphne já se dirigia para a saída da casa zodiacal, quando escuta uma voz ecoar.

Marin - Daphne! Ainda...não terminamos!!!

Daphne - mas...que garota persistente!— parando, e virando-se, vendo Marin de pé do outro lado, iluminada pelo luar.

Marin - não irá...à lugar algum!!!— elevando o cosmo.

Daphne - sabe Marin, tinha pressa de chegar até Artemis, mas essas rosas parecem possuir mais surpresas...gostei de manuseá-las...sempre tive inveja de Afrodite por não poder me aproximar e aprender suas técnicas. Treinei arduamente para poder um dia também tornar as plantas em armas letais! E hoje consigo manipular as temidas rosas do cavaleiros de Peixes!

Daphne eleva o cosmo brevemente, fazendo com que as rosas vermelhas que estavam desabrochadas dentro da casa zodiacal começassem a exalar uma cortina de veneno, indo em direção à amazona de Atena.

Shina - Marin!!!— vendo a cena, ainda caída, já ansiosa. Porém, o cosmo de Marin parece crescer mais e mais, para sua surpresa.

Marin - sou uma amazona de Atena! Seiya, você já me salvou algumas vezes, agora, chegou a hora de retribuir o favor!— o cosmo cresce absurdamente, espantando Shina, e surpreendendo Daphne.

Daphne - esse cosmo....é muito parecido com o que June despertou!

Shina - ela conseguiu...!!!— com um leve sorriso, deslumbrada com o cosmo de Marin.

Nisso, na casa abaixo, Seiya e os outros se recuperavam da árdua batalha contra Walleria. Shaka e Aiolia estão preocupados com Seiya, mas este parece já estar respondendo ao estímulo de Ikki.

Shaka - Ikki, parece que já estou plenamente recuperado! Posso fazer algo por ele agora...

Ikki - acho que não há mais necessidade...consegui combater o que restou do cosmo da amazona ...— encostando o dedo indicador na testa do cavaleiro de Pégaso, que reage imediatamente.

Seiya - o quê?!! O que houve?! Ikki, o que está fazendo aqui?! Shaka, Aiolia!?— assustado.

Ikki - sua alma estava congelada! Como não temos tempo para esperar, decidi ajudar!

Aiolia - você foi atingido pela mesma técnica que Walleria utilizou em nós!— de braços cruzados, e olhos fechados, recostado em um pilar.

Shaka - mas agora que ela foi derrotada, nos recuperamos plenamente, mas Ikki quis apressar o processo!

Seiya - isso é sério?! Lembro de estar combatendo com ela, achei que a tivesse derrotado!— olhando para a estátua de gelo da amazona.

Ikki - você, Shaka e Aiolia foram dominados por uma técnica muito poderosa. Não sei aonde essas amazonas aprenderam isso. Também tive um árduo combate em Asgard, mas Sorento apareceu para dar uma mão...

Seiya - espere, Ikki! Você está dizendo que aquele marina te ajudou no combate contra uma guerreira de Artemis?

Ikki - isso mesmo...e ele também está protegendo a Terra que Poseidon sempre almejou dominar. Nesse momento, está tomando conta de Hilda e Freya em Asgard.

Aiolia - Fênix, você pode explicar isso direito?— abrindo os olhos.

Ikki - vocês estavam sem condições de lutar, então uma assassina da tal deusa Artemis foi enviada para dar cabo de vez das suas vidas, mas eu e Sorento impedimos. Logo, me devem essa!— sorriso sarcástico.

Shaka - talvez não, Ikki...— em tom sarcástico.

Ikki - é verdade...pensando bem, acho que estamos quites!— causando um breve momento de descontração.

Seiya - Ikki, Shaka, Aiolia...precisamos continuar...estou preocupado com Atena.

Ikki - bem, como disse, Mu já me informou sobre o que está acontecendo!  Graças a ele talvez eu tenha conseguido derrotar Walleria. Acho que não temos mais tempo a perder!

Seiya - Saori...o que terá acontecido? Não sinto mais o seu cosmo....

Aiolia - arriscamos tudo deixando o Santuário e indo até Asgard, agora, é a nossa vez de revidar!— cerrando os punhos.

Shaka - só que há uma objeção...

Ikki - e qual é?

Shaka - não podemos continuar...

Seiya - o que está dizendo?!!!— 

Aiolia - como assim?!

Shaka - essa amazona, Daphne...desenvolveu uma habilidade que pode comprometer a todos nós! Nossa presença apenas concretizaria mais rápido os planos de Artemis.

Seiya - do quê você está falando, Shaka? Logo agora que estamos todos recuperados? - revoltado.

Ikki - vim aqui com o intuito de alertá-los sobre essas duas amazonas, mas Mu já me contou que derrotaram uma delas. São as sombras citadas por Darren. As amazonas mais temíveis que protegem Artemis!

Shaka - Seiya! Eu, Milo e Aiolia...somos os que possuímos maior cosmo aqui! Vocês conseguem ter picos desse cosmo, mas nós o possuímos e dominamos. Há uma grande diferença...

Seiya - mas por isso mesmo você precisam ir conosco?!

Ikki - o que Shaka fala é verdade...conseguimos nivelar nossos cosmos por um breve momento, mas lutamos no desespero pelas nossas vidas, despertando o sétimo sentido em apenas em alguns momentos...— fechando os olhos.

Aiolia - e o que isso tem a ver?— encarando Shaka.

Shaka - se continuarmos, poderemos ter nossos cosmos utilizados para reconstruir o mundo que Artemis deseja, e aí será o fim! Logo, precisamos manter distância dela.

Aiolia - então é por isso...essa pressa dela em chegar até Artemis! Ela não buscou nos impedir de prosseguir, apenas queria chegar logo até lá. E agora que derrotamos Walleria, ela irá nos aguardar com certeza!

Shaka - isso mesmo...se elas quisessem que parássemos, era só aguardar nas primeiras casas zodiacais, juntas. Já que estávamos sem condições e nossos cosmos não estavam plenos, ela nos descartou. O objetivo dela não éramos nós...

Seiya - então...Atena!?! Essa não!!!

Aiolia - maldita hora em que surgiu essa amazona! - dando um soco em um pilar, deixando a marca de destruição causada pelo seu punho.

Ikki - se não podem prosseguir, que fiquem! Vou resgatar Saori sozinho! — virando-se e partindo para a saída da casa zodiacal.

Seiya - Shaka, Aiolia...cuidem de Milo, salvaremos Atena, obrigado por tudo! Se acham melhor não se aproximarem, resgataremos Atena! - virando-se e correndo logo em seguida, buscando alcançar Ikki.

Nisso, Shaka e Aiolia acompanham  a saída dos dois pela casa de Aquário.

Aiolia - Shaka...talvez precisemos intervir, e poderemos pagar o preço pra isso! Como faremos se o que o Mestre Ancião nos alertou, acontecer?

Shaka - acho que já fomos até o limite, e arriscamos tudo! Se continuarmos, será difícil prever o futuro quando o selo for rompido. Avançamos o necessário. Agora, é o momento de recuar.

Aiolia - espero que eles consigam então...

Shaka - eles precisarão despertar algo novo, realizar proezas que nunca alcançaram! Se eles não conseguirem, agiremos, mas o alerta do Mestre Ancião é válido! Passaram-se quase duzentos e quarenta e três anos, exatamente com a nossa geração desfalcada pelas batalhas anteriores, logo, precisamos nos poupar ao máximo!

Aiolia - hum...somos apenas eu, você, Milo, Aldebaran e Mu. Realmente é melhor nos pouparmos agora, caso precisem, agiremos!

Shaka— ainda que os cavaleiros de bronze percam suas vidas, há mais uma batalha por vir e somos nós que lutaremos por Atena! Já nos arriscamos muito mas é a hora deles realizarem um milagre. Seus sacrifícios não serão em vão! Se entrarmos em combate agora seremos todos derrotados!

Aiolia— contamos com você, Seiya!

 Na Casa de Peixes, Marin está com seu cosmo elevado ao máximo, e encara Daphne, mesmo com ferimentos profundos e tingindo o chão com o sangue que escorre pelo seu corpo.

Marin - sou uma amazona de Atena!!!— o cosmo forma uma águia majestosa que envolve Marin com suas asas, erguendo-a do chão.

Daphne - droga, o que pretende fazer?! - em posição de defesa.

Shina - Marin...!!!— buscando se reerguer, arrastando-se pelo chão.

Marin - O LAMPEJO DA ÁGUIA!!!— descendo com uma velocidade espantosa sobre a amazona de Artemis com um chute potente, envolvida por um cosmo azulado.

Daphne - já chega! ROSAS PIRANHAS!— lançando as rosas enegrecidas em sua direção, mas essas são arrebentadas pelo bico da águia formado pelo cosmo de Marin, surpreendendo a poderosa amazona.

Marin - hahhh!

Daphne - o quê? Argh!!!— sendo atingida em cheio, chocando-se contra o chão e logo sendo lançada contra um pilar, deixando sua marca no mesmo após cair.

Marin - consegui! - já no chão da casa de Peixes, com o cosmo mais brando, olhando seu feito milagroso.

Porém, ao olha para o chão, percebe que mais sangue descia pelo seu corpo, logo, ela não havia anulado totalmente o ataque das rosas, sendo atingida em alguns pontos.

Daphne - imbecil...foi um golpe de sorte...mas vai pagar por ter me atingido dessa forma! Não vê que sem sua armadura não terá chances?— erguendo-se do chão, e fitando Marin com ódio no olhar, enquanto a amazona de Águia parece indefesa após todo aquele esforço.

Shina - Marin!!! Saia daí!— buscando se reerguer, com a visão um pouco turva pelo veneno das rosas que sutilmente exalava pela casa.

Marin - droga, venha Daphne!

Marin eleva o cosmo, porém, a amazona de Artemis desaparece do seu campo visual, vindo a surgir na sua frente, golpeando seu rosto e abdome com alguns socos ligeiros, não permitindo nem que seu corpo sinta o impacto de tão veloz, sendo lançada contra o teto por um chute, e caindo ao chão sem esboçar qualquer reação, tingindo a casa de Peixes de vermelho.

Shina - Marin!!! Não!!!

Shina vendo a companheira naquela situação, eleva o cosmo de tal forma, que cria forças e vai se reerguendo do chão, apoiado pelos seus braços e pernas, e emanando um cosmo diferente, que vai envolvendo todo o ambiente.

Daphne - Shina, não adianta! Por mais que vocês elevem seus cosmos, não podem me deter! Desista! Poupe seus esforços, e continue aí no chão mesmo...— já elevando o cosmo e preparando para atacar, porém, cessa a tentativa, surpreendendo-se com o cosmo de Shina - ...o quê. Não...não pode ser!

Nisso, nas escadarias para Peixes, Seiya sente um mal-estar repentino, parando..e deixando Ikki atento.

Seiya - essa não!

Ikki - o que foi, Seiya?— parando também.

Seiya - nunca havia sentido o cosmo de Marin tão forte, mas agora, parece que desapareceu completamente!

Ikki - há um outro cosmo agressivo e sombrio confrontando com um doce e imenso cosmo. Você sentiu isso?

Seiya - Ikki, esse é o cosmo de Shina!— subindo dois degraus, e parando, olhando para a casa de Peixes, que está envolvida por uma aura arroxeada.

Ikki - que estranho! Há um cosmo...semelhante ao que estamos sentindo...e está vindo...de lá! — apontando para o lado da casa de Sagitário.

Seiya — ...mas o que seria isso?— olhando espantado para o local apontado. Mas, há um cosmo dourado vindo do lado da casa zodiacal, entre Sagitário e Escorpião.

Um brilho dourado começa a emanar do local. Esse lugar estava coberto pela vegetação, mas parecia uma pequena casa zodiacal, que havia sido destruída. Nos escombros, entre os pilares caídos e muitas rochas, sob toda a vegetação, havia  uma urna de amadura, que brilhava feito o ouro, como que respondendo ao chamado do cosmo de Shina.

A urna começa a vibrar e vai desintegrando os escombros ao redor, liberado uma armadura dourada em forma de serpente, que fica brilhando em meio à poeira.

Nesse momento, Shun, Hyoga e Shiryu chegam até o último degrau que daria acesso ao pátio que leva ao portão do salão do Grande Mestre.

Hyoga - finalmente! Chegamos!

Shiryu - estranho...estou sentindo um grande cosmo vindo de Escorpião...

Shun - Shiryu, também senti o cosmo, mas estou confuso se provêm de Sagitário...

Voz Feminina - finalmente chegaram, cavaleiros! Parabéns por terem derrotado minhas irmãs guerreiras. Agora, serão muito bem recompensados! 

Hyoga - bem companheiros, essa parece ser a última guerreira de Artemis. Hérmia, da Ninfa Asterope...— visualizando a caçadora trajando sua bela armadura, e com um olhar imponente e sombrio, com os cabelos emaranhados pela leve brisa.

Nos Cinco Picos de Rozan, o Mestre Ancião para sua meditação, e arregala os olhos, como que surpreso com o que estava sentindo.

Mestre Ancião - não posso acreditar! Por mais de dois séculos, não esperava que ainda existisse alguém que pudesse usufruir dos poderes sombrios dessa armadura!— olhando para os céus, e vendo uma estranha constelação brilhando.

Nas casas zodiacais, Mu, Milo, Aiolia e Shaka também esboçam espanto com o cosmo que presenciavam.

Em Áries, Mu caminha para a lateral da casa zodiacal, e observa o clarão com espanto.

Mu - essa não...a lenda que meu mestre contou...era verdadeira!

Na casa de Peixes, Daphne observa surpresa o cosmo de Shina tomando proporções assustadoras, enquanto Marin parece não ter forças sequer para falar algo.

Daphne - apenas nós amazonas de Artemis podemos ter tamanho poder! Isso não pode estar acontecendo!

Nisso, Shina está de pé, e uma serpente de cosmo dourado surge, envolvendo-a. Seu cosmo vai ficando dourado, assim como a serpente fica com os olhos arroxeados em um tom sombrio.

Seiya e Ikki vêem das escadarias uma explosão luminosa vinda do lado das escadarias entre Sagitário e Escorpião, e em seguida, um feixe de luz dourada rompendo a escuridão saindo de lá, e adentrando em Peixes.

Seiya - o quê foi isso?!! - Observando o feito com Ikki, parados nos degraus.

Em Peixes, Shina percebe que algo surgiu ao seu lado, e brilha em tom dourado.

Shina - uma armadura dourada!!!— Assustada.

Daphne - mas...não pode ser!— espantada.

Nisso, a armadura dourada em forma de serpente começa a se separar, e vai cobrindo todo o corpo de Shina. 

Shina - ...essa é...a lendária armadura dourada de Ofiúco?— olhando para os braços cobertos pela armadura dourada, e dirigindo um olhar fulminante para Daphne, combinado um sorriso ameaçador com o canto dos lábios.

Daphne - que interessante! Será um prazer destruir de vez essa armadura dourada amaldiçoada!— encarando Shina.

A batalha na casa de Peixes agora toma outras proporções, e as amazonas trajando armaduras lendárias se estudam, preparando-se para um novo combate.

Seiya e Ikki já se aproximam de Peixes, mas, poderão ajudar Shina?

Shun, Hyoga e Shiryu encontram Hérmia de Asterope, e terão que combatê-la para chegarem logo até Artemis e Atena.

As batalhas começam a tomar caminhos decisivos, avante, cavaleiros da justiça!