A batalha pela reconquista do Santuário continua. Apressem-se, cavaleiros de Atena, pois a mesma corre perigo, enfrentando o poderoso cosmo de Artemis, a deusa da Lua.

Durante as batalhas com as amazonas, June ficou seriamente ferida, mas devido ao cosmo emanado estranhamente por Artemis, se recuperou plenamente. Ao mesmo tempo, as armaduras lendárias de Sátiro e Clóris escolheram as misteriosas amazonas gêmeas para protegerem Artemis.

As mesmas enfrentaram Mu de Áries, que se dirigia para o Santuário, e conseguiram derrotá-lo.

Shiryu de Dragão, que media forças com Tábata de Dingo, acabou sendo ignorado pela amazona, que decidiu abandonar a luta para presenciar a chegada das lendárias amazonas.

Os cavaleiros de bronze precisam chegar até Atena o mais breve possível, e pressentindo a recuperação dos cavaleiros de ouro, voltam a se encher de coragem e ânimo!

A guerreira Tábata de Dingo observa sobre um grande pilar ao lado das escadarias para a casa de Sagitário, a imensa floresta criada pelo poder das amazonas gêmeas. Ela sente os cosmos dos cavaleiros de ouro e das guerreiras, e em um breve momento, e observa as florestas ficando mais densas e os cosmos dos cavaleiros praticamente desaparecem.

Tábata – que poder incrível. Ainda que não tenha conquistado uma armadura de ouro, ou uma dessas lendárias armaduras, o fio da minha lâmina é insuperável! Shiryu ainda não dominou a EXCALIBUR, mas assim que o fizer, terei o prazer de superar essa espada e mostrar que tenho o corte mais afiado de todos! — nesse momento, o vento sopra levando consigo algumas pétalas de rosas na imensidão da noite, levantando também uma pequena poeira branca. 

Seiya, Hyoga e Shun chegam à casa de Escorpião. Eles novamente sentem os cosmos dos cavaleiros de ouro, e outros dois novos cosmo, e logo após, tudo volta ao normal.

Seiya – Shaka, Aiolia...e Aldebaran!? Foram eles!?

Shun – com certeza senti o mesmo cosmo que enfrentamos na casa de Virgem! E o de Aldebaran também!

Hyoga – mas e agora, o que terá acontecido?! E o que são aquelas florestas?

Shun – aquela mata densa não estava lá!— olhando para a densa floresta que surgiu ao redor do vilarejos.

Seiya – precisamos continuar! Eles entregaram Atena em nossas mãos! Não podemos desistir agora! Atena está mais perto do que imaginamos! Precisamos seguir em frente!— adentrando pela casa de Escorpião, seguido pelos amigos, que procuram se concentrar no que estaria por vir

Mais distante dali, em meio à floresta, sob a luz do luar, estão as amazonas gêmeas. Elas olham para Shaka, Aldebaran e Aiolia, que estão caídos próximos à alguns arbustos.

Latona – hum, acho que não irão mais nos incomodar!— limpando o sangue q descia pelo canto de sua boca, e com a mão em seu abdome, como que sentindo dor. Com a mão esquerda, segurava uma flauta dupla dourada com traços bejes, o aulo.

Daphne – você quase foi derrotada por distração! Não se pode brincar com esses cavaleiros dourados!

Latona – não duvidando de sua capacidade irmã, mas derrotaria os três sozinha! Vamos logo, quero conhecer Artemis pessoalmente! Vamos?— com um sorriso dolorido no rosto.

Daphne – claro, mas vamos levar as cabeças deles para Artemis! Ela ficará feliz! 

Daphne caminha em direção aos cavaleiros caídos, quando de repente, algo a detêm. Ela é lançada no ar e arrastada até se chocar contra uma árvore

Latona - Daphne!?

Daphne– argh! Mas...? Isso só pode ter sido... 

Em um breve momento, surge um brilho dourado cujo clarão as deixa atordoadas.

Latona – esse cosmo de novo?!

Enquanto protegiam seus olhos do clarão, elas logo percebem que os cavaleiros de ouro não estavam mais ali.

Daphne – Mu de Aries, era para ter acabado com você! - cerrando o punho direito.

Latona – irmã, eles já estavam moribundos mesmo....esqueça isso....vamos logo, quero me divertir com os cavaleiros mais fracos que estão por lá!— ela vira de costas, e sai andando. Nisso, Daphne, que olhava para a escuridão, acaba por ignorar momentaneamente os cavaleiros de ouro e acompanha a irmã.

Nisso, em meio á escuridão, apenas iluminado por uns feixes da luz do luar, Mu recosta seus companheiros em um tronco caído em um outro lugar da floresta. Aldebaran logo começa a acordar.

Mu - Aldebaran, meu amigo!— vendo o cavaleiro abrindo os olhos.

Aldebaran – Mu, você está bem!?— tentando se erguer, mas seu corpo está muito dolorido.

Mu – calma Aldebaran! Acabo de nos teleportar para longe daquelas duas! A situação de vocês estava bem complicada! Eu me pergunto como nós ainda estamos com tantas dificuldades em superar essas amazonas! - mudando o semblante calmo para um tom sério.

Aldebaran – meu corpo está todo dolorido, parecem câimbras...argh...mas dou um jeito! Aquelas duas nos atacaram com tudo!— tentando se mexer.

Mu – mas como vocês três foram derrotados juntos?! Os três cavaleiros de ouro mais fortes?! - buscando alguma explicação.

Aldebaran – elas armaram uma emboscada, e surgiram de repente! Nisso, Aiolia atacou, mas todo o poder mas foi detido de alguma forma, e seu cosmo foi enfraquecendo, quando decidi agir....

Nisso, Aldebaran relembra os momentos terríveis do confronto com as amazonas gêmeas:

Aldebaran -  finalmente mostraram suas caras! Saim da nossa frente! - vendo as duas saltando logo a frente, e mostrando seus belos rostos, e com os olhos reluzindo.

Latona - você não irão à lugar algum, cavaleiros de ouro!!! - elevando o cosmo de maneira repentina. 

Shaka -  Essas são as armaduras das guardiãs satélites de Artemis, desde os tempos mitológicos! Artemis as presenteou com algo realmente incrível!

Aiolia— pouco importa que tipo de armadura estão usando! Vocês, traidoras, sairão do caminho agora! - elevando o cosmo em resposta.

Latona - primeiro domarei o Leão, então?! - dando um leve sorriso e puxando um instrumento de sua cintura, enquanto Daphne a observa, atenta aos cavaleiros.

Aiolia - não cometerei o mesmo erro de deixá-las atacar antes do nós! CAPSULA DO PODER!!!!— o cosmo dourado do Leão explode, e eis que com o punho, ele lança uma capsula de cosmo dourada, que aniquilaria qualquer coisa no caminho.

Shaka, de olhos fechados, apenas aguarda do desfecho desse momento, tudo dentro do breve momento correspondente à velocidade da luz.

Porém, Latona já havia levado até seus lábios uma bela flauta dupla, em tonalidade dourada e traços bejes, e já começara a entoar uma canção animada e encantadora.

Aldebaran - essa não! Como é possível?

Shaka – Mas que técnica é essa!? - surpreso com o que havia acontecido.

Aiolia – o quê?!  A minha....

Ambos estão perplexos!  A técnica de Aiolia fica inerte no ar, como se o tempo tivesse congelado.

Aiolia parece não conseguir se mexer. Alguns animais surge, em meio à penumbra, vocalizando e acompanhando toda aquela sinfônica harmonia.

Shaka – com essa melodia, parece que estamos em total harmonia com tudo ao nosso redor! Ela deteve o ataque de Aiolia facilmente! 

Aiolia – meu cosmo está diminuindo! Meu corpo está estranho, não consigo controlá-lo....o que é isso?! – tentando livrar-se do efeito do ataque, em vão, e vendo sua capsula dourada inerte diante da amazona.

Aldebaran, que não escutava direito devido aos efeitos da luta contra Sorento já fazia algum tempo, procurava se concentrar e ajudar seus amigos, mas seu cosmo também estava enfraquecendo.

Shaka - parece que meu corpo está estranho. Não consigo mover um músculo sequer...Como? Meus olhos... - Shaka procura agora se mover, mas não consegue mexer um dedo sequer. Nem ao mesmo suas pálpebras consegue abrir, para liberar todo o seu cosmo. Certamente a amazona já ouvira falar sobre as consequências de deixar Shaka abria os olhos, e bloqueou qualquer chance do mesmo acontecer.

Aldebaran – droga, preciso fazer algo!!

Aldebaran tenta elevar o cosmo, em vão.

Agora, eles percebem que a melodia mudou o tom. A imagem de um Sátiro trotando aparece atrás de Latona, e um redemoinho de cosmo envolve Aiolia e Shaka, juntamente com seu ataque que fora detido, fazendo um turbilhão sinistro, lançando-os para cima.

Shaka/Aiolia  – aaarrgghh!!!!

Aldebaran – Shaka! Aiolia!!!

Ele não pode fazer nada,  e apenas observa ambos caírem atingidos pela própria técnica de Aiolia e pelo cosmo absurdo vindo daquela melodia. Seu cosmo, antes contido, agora consegue uma brecha com o fim da melodia, e ele ataca a amazona.

Aldebaran – Vai pagar por isso!!! GRANDE CHIFRE!!!

Latona – o que?!— Já era tarde. O ataque possui a potência e velocidade perfeitas para não permitir a fuga da amazona, que é atingida e lançada para o meio das árvores. Apenas ouve-se os troncos partindo e em seguida, os tombos das árvores ao chão, ficando um rastro de destruição e poeira.

Daphne – droga, Latona!!

Aldebaran – você será a próxima! – De braços cruzados, imponente, ele encara a pequena amazona.

Daphne – maldito! — ela usa sua velocidade e surge em frente ao cavaleiro dourado, golpeado-o várias vezes. Alguns golpes são bloqueados pelo Touro, mas outros o atingem com tudo, devido ao seu corpo ainda estar sentindo um pouco os efeitos do ataque anterior.

Aldebaran – não estou conseguindo acompanhar a sua velocidade...mesmo com a minha audição afetada,  aquela melodia mexeu com meus nervos! Meu corpo não sente vontade de reagir! — ele recebe alguns chutes no rosto após defender alguns ataques, e cai ao chão, tentando em vão reagir, mas a visão escurece totalmente.

Mu está perplexo escutando a história de Aldebaran, e percebendo que essas amazonas eram realmente uma nova preocupação.

Aldebaran – daí pra frente não lembro de mais nada. Meu corpo estava estranho. Elas de alguma forma nos superaram...Talvez, ainda não fosse a hora de sair de Asgard.

Mu – precisamos tomar cuidado com elas. Assim que Aiolia e Shaka recobrarem os sentidos, partiremos para o Santuário. Precisamos ajudar Seiya e os outros! Barberia precisa ser derrotada, pois me parece que não nos livramos dos efeitos do seu ataque na batalha do Santuário!

Aldebaran – realmente, nossos cosmos não são os mesmos...tudo influência da luta com aquelas guerreiras! Se não fossem os esforços de Hilda...

Mu – mas precisamos arrumar uma forma de impedir as gêmeas de chegarem ao santuário, ou os cavaleiros de bronze estarão perdidos!

Aldebaran apenas acena com a cabeça, e olha para o céu já quase encoberto pelas folhagens...Ele vê a imagem de Seiya e dos outros cavaleiros de bronze nas estrelas. Em seguida, ergue-se feito um touro, confiante novamente.

Aldebaran – Você fica com eles, eu vou andando!

Mu – mas como assim? Ficou louco? Não está em condições de entrar em um combate agora!

Aldebaran – não tenho tempo a perder aqui, enquanto os outros poderão ser derrotados facilmente por elas! E ainda mais, quero acertar logo as contas com essas duas!

Mu – não se precipite, Aldebaran....

Aldebaran – sei o que estou fazendo...relaxe...— leve sorriso, e logo, o imenso cavaleiro parte, pronto para ajudar seus amigos, deixando Mu a vigiar Shaka e Aiolia. Seu corpo parecei recuperado, mas ele apenas estava suportando a dor com sua resistência.

Mu – não sei com o que me preocupo. Realmente ele é quem possui melhor resistência. Mesmo estando com o cosmo abalado, preciso confiar nele...Boa sorte, Aldebaran! — refletindo.

No Santuário, Seiya, Hyoga e Shun , com toda cautela, vão atravessando a casa de Escorpião. Eles conseguem sentir os cosmos poderosos das duas novas amazonas, que estão por perto.

Hyoga – acho que em breve Artemis terá reforços! Eu não sinto mais os cosmos dos cavaleiros de ouro, mas sim dois cosmos estranhos cada vez mais próximos.

Seiya – senti brevemente os cosmos deles, mas algo aconteceu!

Shun – o que deverá ter acontecido?

Hyoga – Não faço ideia, mas precisamos seguir confiantes! Não deixaremos que nos derrotem! Morreremos buscando proteger Atena!— cerrando os punhos e olhando para Shun.

Seiya – Nem que nos custe a vida, essas amazonas sairão daqui! Venceremos todas elas! E vingaremos os cavaleiros de ouro!— com os olhos agora um pouco trêmulos e marejados.

Shun – os cavaleiros de ouro, será que eles...?

Hyoga – Não diga isso Shun! – fechando brevemente os olhos— Shiryu me parece também ter acabado sua batalha em Libra! Não sinto seu cosmo....

Shun – June...Milo.... onde estarão?

Seiya - vamos em frente amigos, Atena conta conosco! – voltando o olhar para a saída da casa, enquanto que Hyoga e Shun olham para ele.

Nesse momento, Hyoga olha para fora da casa, na lateral, e vê algumas estrelas. De repente, forma-se a imagem de Camus. Isso lhe faz renovar as forças e acreditar. Ele também tem alguns flashes da luta contra Milo, relembrando a sua superação e a misericórdia de Milo.

Hyoga – mestre, não o decepcionarei! Prometo que honrarei a nova chance que me deu!— Agora, ele corre na frente, enquanto Seiya olha para Shun, e ambos acenam com a cabeça, confiando que tudo daria certo naquele momento crítico, e partem logo em seguida, atrás de Hyoga. Mas...

Shun – Hyoga, espere!!— a Corrente reage, e ataca em direção à escuridão no fundo da casa de Escorpião.

Hyoga – a corrente atacou alguém?!

Shun - Apareça covarde!— pronto para investir sobre o oponente, mas da escuridão, surge uma amazona conhecida.

Marin – calma, Shun!— ela surge com a corrente enroscada em seu punho, seguida por Shina.

Seiya – Marin! Shina! Que alívio!— Indo em direção às duas, enquanto Shun retorna sua corrente.

Shina – Seiya! Ainda bem que está bem!

Shun – Isso não é normal! Minha corrente sentiu um cosmo hostil vindo de vocês! O que está acontecendo!?— um pouco confuso.

Hyoga – Shun tem razão. Há algo diferente em vocês...

Marin – Bem, acho que isso tem uma explicação! Parece que realmente temos uma forte ligação com Artemis, por sermos amazonas. Esse elo ficou mais forte quando as lendárias armaduras nos testaram.

Seiya - armaduras? como assim?

Shun – então, os feixes que cortaram o céu agora a pouco eram armaduras?

Shina – sim, Marin me lembrou que existem duas armaduras lendárias, que seriam das protetoras mais próximas de Artemis. Os protetoras das florestas e dos campos: as armaduras de Sátiro e Clóris.

Hyoga – mas se servem às amazonas mais próximas, por que só agora surgiram?!

Marin – só agora o cosmo de Artemis despertou essas armaduras, pois o corpo de Chandra já está perfeitamente ligado à Ártemis! Houve um brilho intenso do luar para isso! Sentimos nossas armaduras vibrarem por um breve período, nossos corpos foram fortalecidos e ficaram ligados diretamente ao de Artemis; deve ser por isso que a corrente sentiu algo hostil.

Seiya – pois seus cosmos estão recusando se unir à Ártemis! É isso!?

Marin - não por isso, mas devido à ligação entre os nossos cosmos e o dela. É como a ligação do cosmo de Atena com o de vocês, pelo que vejo.

Seiya - mas vocês são amazonas de Atena!!! Como podem se render a isso?!!— um pouco rude.

Shina - no momento, somos apenas amazonas, fortalecidas pelo cosmo de Artemis.

Hyoga – é verdade, faz todo o sentido. O cosmo dela as está ajudando, assim como as outras guerreiras.

Shun – será que June também está passando isso?

Marin – sim Shun, desde o ressurgimento de Artemis! Isso ocorreu com todas nós Shun, e com ela não deve ter sido diferente. Mas o que mais me preocupa é a presença dessas duas amazonas no Santuário!

Seiya - então elas também vieram reforçar a guarda de Ártemis...

Shina – bem lembrado Marin, e elas já devem estar subindo as doze casas.

Shun – então são mais duas amazonas?

Seiya— mas elas não passarão por nós! Iremos...— nessa hora, Marin segura seu braço com força, reprendendo-o.

Marin – não seja tolo Seiya! Não percebe o que está acontecendo?! Essas duas acabaram de derrotar alguns cavaleiros de ouro, os mais fortes protetores de Atena! Não se precipite!

Hyoga – derrotaram novamente os cavaleiros de ouro, como temíamos! Não pode ser!!!— abaixando a cabeça, desolado.

Shina – a verdade é que desconhecemos o poder dessas duas! Não podemos agir sem pensar. As outras já nos deram trabalho o suficiente, mas essas recém chegadas possuem uma ligação especial com Artemis!

Shun – essa não! June e Milo estão nas casas abaixo! Precisamos voltar lá, eles poderão ter dificuldades se as amazonas os alcançarem!

Hyoga – mas se voltarmos, Ártemis estará conseguindo o que tanto queria que é nos atrasar ao máximo! Precisamos confiar neles!

Shun – não posso abandonar June, e voltando poderia retardá-las por mais tempo! Farei o possível para atrasá-las até que vocês cheguem onde está Ártemis, e a derrotem! Nos veremos em breve! Conto com vocês!

Seiya – mas Shun...

Shun - ...até mais, Seiya, Hyoga!— ele estremece os olhos, mas parte, preocupado com June.

Hyoga – ...boa sorte Shun!

Seiya – Shun....espere!

O cavaleiro de Andrômeda para um pouco, e fecha os olhos. Mas já que Seiya não fala mais nada, ele continua descendo as escadarias. Parece que o cavaleiro de Pégaso finalmente havia compreendido os sentimentos do seu companheiro.

Hyoga – o jeito é seguirmos em frente! Shun já é um homem, sabe o que fazer! Temos que ter fé!

Marin – lamento por Shun, mas Atena está com o cosmo sufocado o tempo todo pelo de Artemis. Parece que algo aconteceu com corpo de Saori.

Seiya – O que está dizendo?

Shina – o corpo de Atena parece debilitado por algo! De perto conseguimos sentir que algo a atrapalha além do cosmo de Ártemis. E com o tempo, isso a poderá enfraquecer novamente, e Saori pode não aguentar.

Hyoga – e o sol em breve estará nascendo, antes disso creio que Artemis se aproveitará ao máximo do luar para superar Atena. Mas depois, ela perderá sua força!

Shina – você ainda não perceberam?— indo para a saída da oitava casa, e olhando para o céu.

Seiya – o que foi?

Shina – a lua não mudou de posição desde que Ártemis chegou aqui...Acho melhor não contarmos com o amanhecer!

Hyoga - ela tem razão, Seiya. Estava desconfiando da mesma coisa.

Marin – mas agora que nossos cosmos se fortaleceram, lutaremos juntos com vocês!

Shina – tem razão, precisamos aproveitar essa chance! Com nossos cosmos ardendo, teremos melhores condições de combater as amazonas restantes em nível semelhante!

Marin - e auxiliadas pelo cosmo de Ártemis, que está ajudando todas as amazonas que estão no Santuário.

Seiya – afinal, parece que June conseguiu derrotar uma das amazonas em Áries! Acredito que vocês as conheçam mais do que nós!

Shina – então o cosmo que sentimos vindo de Áries era realmente o de June!?

Hyoga - sim, parece que ela despertou o sétimo sentido brevemente.

Seiya – bem, se estão todos preparados, então vamos indo!! Derrotaremos as amazonas que faltam, assim como confio que vingaremos nossos companheiros dourados! E encontraremos Shiryu também, e Ikki!— nesse momento, eles se olham e balançam lentamente a cabeça concordando com tudo, e correm em direção à Sagitário.

Abaixo das doze casas, Tatsumi e os cavaleiros de bronze, juntamente com Kiki, estão olhando para as casas zodiacais, mas algo lhes tira a atenção.

Jabu – não sei se perceberam, mas há duas pessoas se aproximando!

Kiki – essa não! Não são os cavaleiros de ouro! O cosmos do mestre Mu está por perto, mas não é ele!

Nachi – se fossem os cavaleiros de ouro, teríamos a vantagem agora!

Ban - olhem!— eles focam os olhares, e eis que surgem correndo em direção às doze casas, duas silhuetas ao longe, com armaduras reluzentes como a luz do luar.

Ban – e agora, quem são?!

Jabu – parecem duas amazonas...!— as silhuetas vão se definindo, mostrando as gêmeas.

Tatsumi – essa não! O que faremos agora?! – um pouco trêmulo.

Ichi – não podemos deixar que adentrem no Santuário!

Jabu – vamos amigos! Vamos elevar os nossos cosmos, e barrar essas duas! Agora chegou a hora de protegermos nossos amigos! Por Atena!!— elevando o cosmo, Jabu empolga seus companheiros, que vão em direção às duas guerreiras! Todos os cavaleiros elevam seus cosmos, e um turbilhão se faz.

Daphne – hum...o que é aquilo?— ambas vêem o turbilhão de cosmo energia logo à frente, e diminuem de velocidade.

Ban – vamos atacá-las antes! Assim teremos chances!

Geki – isso mesmo!— posicionando-se, com o cosmo elevado, e as sua poderosas garras envenenadas já à amostra.

Kiki – esses cosmos...essas amazonas estavam com meu mestre Mu, essa não!!! Esperem!

Kiki percebe que o pior poderia acontecer, mas já é tarde. Nisso, Daphne e Latona têm suas atenções voltadas para o turbilhão de cosmo dos cavaleiros de bronze. Ao verem que estavam sendo intimidadas por cavaleiros que julgavam inferiores, não titubeiam e vão em direção aos cinco corajosos defensores de Atena.

Latona – ora veja só irmã, se não há cavaleiros aqui para proteger Atena!— sorrindo.

Daphne - não perca o foco! Precisamos chegar logo até Artemis! Não fique de brincadeiras com eles.

Latona se segura, ainda sorrindo, e continua correndo...elas irão se chocar com os cavaleiros em poucos segundos!

Jabu – vamos lá amigos!!!! Por Saori!

Nachi/ Ichi/ Ban/ Geki – Por Atena!!!

Eles prepararem seus ataques, porém, não havia mais tempo. As amazonas são extremamente rápidas, e os cavaleiros apenas sentem um vento passando entre seus corpos, e logo sentem uma dor tremenda, e caem ao chão, sem forças, e seus cosmos se apagam.

Kiki – não!!! Não pode ser!— assustado com o poder das amazonas, e vendo ambas correndo em direção ao Santuário, ignorando Kikie Tatsumi.

Tatsumi – o que....o que aconteceu?— caindo de joelhos, vendo apenas os cavaleiros caídos ao chão, inertes. Uma poça de sangue se forma aonde eles estão.

Kiki - essa não!!!— correndo para ajudar os cavaleiros caídos ao chão.

Jabu – nós...falha...mos...— com o rosto no chão, tentando olhar para frente, mas impedido pela dor dos golpes que havia sofrido em um espaço de milésimos de segundos.

Agora, Dahpne e Latona estão prestes a subir as escadarias da casa de Áries, prontas para se juntarem à caçada junto com suas companheiras. 

 As guerreiras agora estão paradas diante da casa de Áries, olhando para a escuridão que havia no interior da mesma. A situação parece se tornar mais desfavorável com a presença das duas amazonas no Santuário!

June, no entanto, acompanhando Milo ao subir pelas escadarias das doze casas, percebe que cosmos de imenso poder havia chegado ao Santuário. 

June - Milo, você sentiu esses cosmos? 

Milo— sim, e senti também os cosmo de Mu e dos outros por perto, mas logo desapareceram novamente. O quê você sabe sobre isso? 

June— eu me sinto conectada os cosmo de todas elas! Esses dois cosmos, são muito mais poderosos! Acho quê vocês cavaleiros estão em sérios apuros!

Milo— você está do nosso lado, amazona?

June— não sei se você notou que não achamos os corpos das guerreiras derrotadas nas casas anteriores....não achou isso estranho? - desviando o assunto.

Milo - realmente foi algo que reparei, mas o quê isso significa? - parando nos degraus, e olhando para June com desconfiança, enquanto ela também para.

June - nós amazonas acreditamos que fazemos parte da terra, e voltaremos a para fazer parte da natureza após a morte. Essas guerreiras e suas armaduras estão voltando de onde vieram, e aumentando o poder de Artemis!  

Milo— como é?!!

June— mesmo após a morte, as amazonas podem ser úteis para Artemis! Os corpos das caçadoras foram  aproveitados por Artemis de alguma forma!

Milo— isso não é nada bom! - olhando com preocupação para a próxima casa zodiacal.

June - Milo, eu sei o quê fazer! 

Milo - como assim, amazona? Não está pensando em fazer uma besteira, não é?

June - estou conectada ao cosmo de Artemis, assim como elas. O poder que tenho agora é aumentado devido à isso. Posso ajudar de uma forma mais eficiente, ainda que para isso precise dar a minha vida.

O tempo agora parece parar. Ambos analisam um ou outro, e Milo compreende o quê a jovem havia dito.

Milo  - já compreendi...

Milo apenas fecha os olhos pro um breve instante. 

Conseguirão os cavaleiros deter essas duas terríveis ameaças? Qual será o poder real dessas poderosas amazonas?

Thetis continua correndo em direção ao Santuário, seguindo o cosmo de Artemis.

Atena volta a suar muito, mas concentra-se buscando combater o cosmo da sua irmã enquanto pode.

Apressem-se cavaleiros de Atena! Avante, Seiya! Não deixem que a Terra se renda diante do poder de Artemis!!!