A Saga de Ártemis escrita por Simon Lee


Capítulo 22
A Lâmina Poderosa!


Notas iniciais do capítulo

O confronto na casa de Libra começou. Shiryu e Tábata travam uma batalha calculista, onde ambos se testam.
Os cavaleiros de ouro finalmente parecem recuperados, mas Artemis aterroriza a Terra com seu poder, colocando Atena em uma delicada situação.
Todas essas batalhas despertam o interesse de mais uma amazona que outrora foi inimiga dos cavaleiros.



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Uma árdua batalha se inicia. As protetoras de Artemis, a deusa da Lua e das selvas, estão combatendo os cavaleiros de bronze , que procuram chegar à tempo de salvar Atena, que está dando a vida para que a Terra não seja devastada.

 

Ikki, que recebeu a ajuda de Sorento, derrotou Darren de Naja Egipcia em Asgard. Ela também teve uma infância sofrida e cheia de mágoas. Em suas últimas palavras, a guerreira revelou que Artemis teria mais duas sombras consigo, o que preocupou Ikki, que partiu rapidamente para o Santuário.

 

Seiya, Hyoga, Shun e Shiryu encontram-se em Libra, confrontando com Tábata, guerreira que protegia pela armadura de Dingo.

Ela quase acaba com Seiya e Shun, mas a armadura de Libra surge, livrando-os da morte certa, e agora, Shiryu a traja para ajudar seus amigos.

Ele e a caçadora Tábata se encaram, confrontando os cosmos. 

 

Shiryu – Seiya, Shun, Hyoga! Sigam em frente, deixem que cuidarei dela. Vão ajudar Saori, sinto que o cosmo dela vem enfraquecendo!

 

Hyoga – está certo! Vejo que esses arbustos que estão surgindo por todos os lados de Libra são frutos do poder de Artemis! Temos que agir logo mesmo!

 

Shun – tudo bem Shiryu , então seguiremos...

 

Seiya – mas tome cuidado! Não se deixe enganar pela fragilidade dessa garota! Ela possui um cosmo terrível! Estaremos te esperando!— eles se preparam para correr e passar por Tábata.

 

Tábata – o quê pensam que vão fazer?— os bumerangues começam a reluzir em suas mãos.

 

Shiryu – Não deem ouvidos a ela! Sigam em frente! Depressa! - elevando o cosmo.

 

Seiya – certo! Vamos!!!

 

Hyoga, Shun e Seiya começam a correr em direção á saída de Libra, enquanto Shiryu eleva seu cosmo ao máximo e lança seu ataque!

 

Shiryu – vamos ver do que é capaz! DRAGÃO NASCENTE!!!

 

Um belo dragão turmalinizado parte em direção à guerreira, enquanto os cavaleiros vão passando. Mas Tábata lança seus bumerangues, que não avançam para deter o ataque do cavaleiro de Dragão.

 

Tábata – ...que ataque potente!  – detendo o furioso dragão, segurando suas mandíbulas com as duas mãos, não permitindo que elas se fechem, sendo arrastada um pouco para trás.

 

Shiryu - não pode ser!!! 

 

Já quase na saída da casa de Libra, Shun percebe algo diferente, e para por um instante.

 

Shun – minha corrente!

 

Seiya - o quê foi, Shun? - parando também, logo acompanhada por Hyoga. 

 

Nisso, ele percebe que a corrente reagiu à algo, mais é muito tarde. Os bumerangues o atingem pelas costas, assim como Hyoga e Seiya, levantando-os com um forte impacto que quase os parte em pedaços, e apenas ouve-se seus gritos de dor ecoando pela casa.

 

Shiryu - essa não! — percebendo seu ataque sendo detido pela guerreira, e seus amigos serem atingidos.

 

Seiya, Shun e Hyoga caem logo em seguida na saída da casa de Libra. A amazona continua segurando o ataque de Shiryu, ao mesmo tempo que seus bumerangues retornam, cortando as grandes mandíbulas do Dragão ao meio.

 

Shiryu – Impossível!! Anulou totalmente o meu ataque! – recuando um pouco, perplexo .

 

Tábata – seu truque não é tão ruim assim, Dragão! Ainda bem que meus bumerangues são rápidos e eficientes! Agora, sinta o terror das minhas lâminas!— ela os lança confiando que serão mais rápidos que o cavaleiro, mas algo ocorre.

 

Shiryu – Não vai conseguir Tábata!— ele consegue se proteger utilizando os escudos da armadura de Libra, e os bumerangues retornam.

 

Tábata – mas como?!

 

Shiryu - já conheço a sua velocidade e seu truque, com a armadura de Libra, não preciso me preocupar com esse tipo de ataque!

 

Tábata – já entendi! Acho que você não foi surpreendido pelo meu ataque pois enxerga através do cosmo, e sendo meus bumerangues feitos de cosmoenergia, conseguiu acompanhá-los, mesmo sendo velozes!

 

Shiryu – já enxerguei ataques á velocidade da luz, e seus bumerangues não vão ultrapassar essa velocidade! Logo, preciso apenas evitá-los!

 

Nessa hora, ele retira uma estrutura ovalada e dourada de sua armadura, que logo reluz e transforma-se em um tonfá. Ele o lança em breves movimentos, e feixes dourados reluzem cortando um pouco a escuridão como se fossem brilhos de estrelas.

 

Tábata – Dragão Shiryu... você se tornou um oponente interessante! Será uma honra combater contra uma das armas da armadura de Libra! Me divertirei com você antes de matá-lo!

 

Ela lança mão dos bumerangues que são criados rapidamente com seu cosmo e parte para cima do cavaleiro, e o ataca com suas lâminas. Este se defende e contra-ataca usando o tonfá, aonde ambos testam a velocidade e habilidades um do outro, defendendo e atacando em alta velocidade.

 

Logo acima, Artemis encontra-se agora em frente ao templo de Atena. Ela aproveita a chuva que cai na madrugada quente daquele dia, e pensa em Atena com certa tristeza.

 

Artemis – por que minha irmã ficou cega? Vai morrer pelos humanos, essa raça degradante! O quê a move?— refletindo.

Nesse momento, Hérmia chega ao seu encontro, mas ela já havia notado a sua presença de longe.

 

Hérmia – senhorita Artemis, o que está acontecendo?— fazendo uma breve reverência.

 

Artemis – a que se refere, Hérmia? - virando-se e observando a  afoita amazona.

 

Hérmia – pensei que fôssemos esperar o amanhecer! O que aconteceu para que tomasse essa decisão?

 

Artemis – seja mais direta, Hérmia de Asterope!—  um pouco impaciente.

 

Hérmia – vejo que começou seu domínio sobre a Terra! Isso não é justo! Prometemos destruir os cavaleiros ante disso, e usar Atena como isca!

 

Artemis – o que você disse?

 

Hérmia – ...que me parece que não confia em nós! Derrotamos os cavaleiros mais fortes de Atena, e não nos permite vingar nossas companheiras!!!

 

Artemis – sabe, acho que você está esquecendo de algo....— seus olhos reluzem em tom esverdeado, e a amazona tem seus joelhos dobrados a força por uma imensa dor nas pernas.

 

Hérmia – argh!— curvando-se e vendo a deusa se aproximar.

 

Artemis – não sou uma de vocês, sou sua deusa! Não se esqueça disso...você pode manipular todas as outras, mas não venha medir forças comigo, pois nossos poderes não se equivalem em nada! Essa armadura de Asterope estava adormecida por séculos, mas pelos seus feitos, lhe concedi a honra de trajá-la para me proteger! Se está insatisfeita, porque você mesma não deu conta dos cavaleiros de uma vez?!

  

A guerreira nesse momento relembra de quando estava em seu país, caçando, quando escutou um canto belíssimo vindo das matas. Quando aproximou-se para ver, avistou apenas uma queda d’água. Mas a voz parecia vir debaixo daquela queda d’água. Foi quando mergulhou e foi surpreendida por um turbilhão que a levou para baixo de uma rocha, aonde ficaria presa a morreria afogada caso não fizesse algo. Nesse momento, sob a sombra da rocha, ela viu reluzindo uma pequena parte de algo que parecia ser uma Ninfa em forma de armadura. Nessa hora, seu cosmo se acendeu e a armadura respondeu, destruindo a rocha e liberando todo seu poder, envolvendo Hérmia, que logo já estava ao lado da margem deslumbrada com o que havia acontecido, trajando a lendária armadura da Ninfa das águas, Asterope.

 

Hérmia – meus esforços foram recompensados...mas que armadura é essa?

 

Voz feminina – Hérmia, eu lhe concedo a honra de ser a minha protetora! Eu, a deusa das selvas e da Lua, concedo a você a armadura de Asterope!

 

Hérmia – mas quem é?! Por que não aparece?!— nessa hora, a armadura lhe fica pesada, e ela precisa se apoiar nas rochas – o que foi isso, é um cosmo imenso!

 

Voz feminina - vá para a Índia e junte-se às outras, lá despertarei no corpo de uma jovem aldeã. Não falhe em sua missão!

 

Hérmia –  sim! Como quiser!— agora a armadura lhe fica leve, e ela decide averiguar o que aconteceu.

 

Ela recorda com lamento e orgulho por ter tido tal honra, e tenta controlar seu jeito independente e intolerante para continuar servindo à Artemis.

 

Artemis – e então Hérmia, quer que sua armadura de Ninfa seja concedia a alguma outra amazona?! Se acha tão auto-suficiente para me desafiar e querer continuar sem a minha proteção?

 

Hémira – claro que não, me perdoe...— curvada, ela soca o chão molhado, e fica mais tranquila.

 

Artemis – foi o que pensei! Já tive muitas baixas com esses meros cavaleiros de bronze. Acho que precisarei despertar as lendárias armaduras...

 

Hérmia – mas, as duas lendárias armaduras, que desde os tempos antigos não foram trajadas por ninguém?

 

Artemis – presenciará mais daquilo que posso fazer Hérmia, o Santuário cairá e minha irmã será a responsável pela desgraça da Terra! — um relâmpago corta os céus e clareia a madrugada chuvosa.

 

Hérmia encara Artemis com certa revolta, e surpresa pela atitude da deusa.

 

Hérmiaessas armaduras só podem ser trajadas pela linhagem das satélites. Onde ela arrumará essas guerreiras?! 

 

No grande salão, Atena encontra-se enfraquecida, e sua muito. Ela precisa de ajuda rapidamente, pois seu cosmo vai enfraquecendo a cada instante, e o cosmo de sua irmã sobrepuja o seu.

 

Já em Asgard, algo está prestes a acontecer.

 Hilda e Freya estão levando mais água da fonte de Odin para os cavaleiros, e quando chegam aos corredores, sentem uma forte cosmoenergia vinda dos aposentos dos cavaleiros.

 

Freya – Será que???

 

Hilda - um cosmo dourado!

 

Elas trocam olhares e correm para ver o que havia acontecido. Quando chegam lá, deparam-se com os quatro dourados de pé, envolvidos por uma aura dourada.

 

Hilda – Aiolia, Mu, Shaka, Aldebaran! Finalmente!— vendo que os cavaleiros haviam restabelecido suas forças.

 

Aiolia – obrigado Hilda, Freya...realmente as preces e a dedicação de vocês nos ajudaram bastante!

 

Mu – essa fonte de Odin, é algo que vocês precisam proteger a todos custo. Realmente graças a tudo isso, nos recuperamos à tempo de ajudar nossos companheiros!

 

Freya – que bom que se recuperaram a tempo!

 

Shaka – olhe, queremos agradecer mas não temos muito tempo. Quanto tempo se passou desde a nossa saída do Santuário?

 

Hilda – eles ainda com certeza estão lutando! Melhor apressarem-se!

 

Aldebaran – antes não há como comer mais um daqueles deliciosos bolinhos?

 

Mu – deixe isso para outro dia, Alderaban!— sorrindo um pouco.

 

Aiolia - ...onde estão nossas armaduras?

 

Freya - Estão escondidas em outro local do Palácio, eu os levarei até lá...

 

Logo, os cavaleiros já percebem algumas mudanças no ambiente. Percebem que mesmo que Hilda estivesse protegendo Asgard com seu cosmo, algo diferente havia acontecido.

 

Aiolia – mas o que aconteceu enquanto estávamos nos recuperando?

 

Hilda - é uma longa história...

 

Nesse momento, mais um leve tremor de terra acontece.

 

Shaka – acho que precisamos nos apressar!

 

Eles chegam até onde se encontram as armaduras de ouro de Virgem, Leão, Touro e Áries. Percebem que a armadura de Escorpião não estava lá, e lembram que Milo encontra-se nas doze casas com os cavaleiros de bronze.

 

Aldebaran – ah como é bom revê-la!!

 

Nesse momento, as armaduras começam a reluzir e suas partes se separam, vindo a cobrir os corpos de Mu, Aldebaran, Aiolia e Shaka.

 

Mu – chegou a hora de partirmos! Muito obrigado pelo que fez por nós!

 

Aldebrana - e pela deliciosa comida! — olhando para as próprias mãos, admirando o cosmo que havia retornando ao normal.

 

Eles sorriem para Hilda e Freya, que retribuem. Elas levam os cavaleiros até a saída do palácio.

 

Nesse mesmo momento, no Santuário, Artemis, que estava colocando Hérmia em seu devido lugar, explica um pouco melhor a situação para a caçadora.

 

Hérmia  me perdoe senhorita Artemis, mas acabaremos com esses cavaleiros em breve! Wallleria já os surpreendeu, e não foram páreos para o poder dela...

 

Artemis - ...senti o cosmo dela sobrepujar o dos cavaleiros, mas eles continuam vivos! Por acaso, estão brincando com eles?!!

 

Hérmia - queremos apenas dar uma morte digna para vingarmos nossas irmãs, e Tábata está fazendo isso nesse momento...

 

Artemis - esses vermes já derrotaram algumas das nossas amazonas! Já não tenho certeza se vocês estão levando essas lutas à sério...

 

Hérmia - elas falharam em algum ponto, mas nós não falharemos!

 

Artemis – parece que vocês não percebem... Eles estão desesperados para salvar Atena!  Vocês não estão levando isso em conta! Além disso, o cosmo de Darren desapareceu. Isso significa que os cavaleiros de ouro podem voltar a qualquer momento!  - caminhando um pouco—  acho que está na hora das gêmeas  se unirem à nós!

 

Hérmia – mas...aquelas duas? Sabe que não podemos confiar nelas! Não precisa colocá-las nisso,  senhorita Artemis!

 

Artemis - mas por que está me dizendo isso? Está com preocupada com a linhagem delas, é isso?

 

Hérmia - elas nos desafiaram em um ato de rebeldia para dominar as outras caçadoras, e só não tiveram êxito pois conseguimos expulsá-las do nosso meio. Tinham inveja pois treinávamos no Santuário, tentaram nos derrotar a qualquer custo! 

 

Artemis - isso é muito triste... - irônica.

 

Hérmia - como?!

 

Artemis - hum, vocês precisarão se entender melhor agora, até porquê sinto que os cosmos delas não são inferiores aos de vocês! Muito pelo contrário, elas possuem agora o poder semelhante aos deuses!

 

Hérmia está assombrada com o que a deusa havia falado. Porém, Artemis começa a elevar seu cosmo assombrosamente. A chuva cessa e eis que ressurge uma bela lua cheia no céu. O tempo se abre, as nuvens vão se dissipando.

 

Artemis – Serei justa então, estimada guerreira! Vocês terão condições iguais de serem testadas!

 

Hérmia - como assim?!

 

Artemis - isso mesmo, os cosmos de vocês...me darão uma resposta!

 

Hérmia cerra os punhos, e apenas sente dois cosmos estranhos repentinamente.

 

Hérmia – esse luar é o mais intenso que já vi! Parece que a noite tornou-se dia! Isso só pode ser....essa não!— refletindo.

 

Em Libra, Tábata acerta a arma de Shiryu , cortando seu Tonfá ao meio.

 

Shiryu – essa não, o Tonfá da armadura dourada não pôde resistir! Mas como?!

 

Tábata – Shiryu, não importa o quanto lute! Minhas habilidades são superiores! Não importa se sua armadura é de bronze, prata ou ouro, a picotarei por inteiro, ainda que demore!!!

 

Shiryu – você está muito auto-confiante! Mas...o quê é isso...?— nessa hora, ele sente o cosmo de Artemis cobrindo todo o lugar.

 

Tábata – me parece que vocês estão em sérios apuros agora!— a chuva já havia cessado e o brilho da Lua encobre o Santuário.

 

Shiryu – não sinto mais os cosmos de meus amigos, nem o de Atena! Apenas o imenso cosmo que parece cobrir todo o universo!

 

Tábata - de que vale lutar, Dragão? Vencemos! Desista antes que te faça em pedaços! Ainda pode servir Artemis como um bom escravo!

 

Shiryu - Lutarei até o fim! Não conte com a minha desistência! – Ele puxa da armadura um pequeno bastão dourado, que torna-se uma Barra Tripla em sua mãos.

 

Tábata - acho que você não compreendeu! As lâminas dos meus bumerangues são afiadas como as presas de um cão selvagem! Não há nada mais cortante e fatal como a lâmina que crio com meu cosmo!  

 

Shiryu - essas lâmina podem ser afiadas, mas evitando os seus ataques, eu vou conseguir!

 

Os dois voltam a assumir suas posições ofensivas. Eles se estudam, e Shiryu precisa tomar todo o cuidado com as lâminas cortantes de Tábata.

 

O luar aparece agora em todos os lugares do oriente. A lua que estava sumida surge de repente, e todas as criaturas olham para os céus. Os olhos de todas começam a brilhar, e ouve-se uma vocalização generalizada, o que causa assombro nas pessoas.

 

Em Asgard, os cavaleiros de ouro já recuperados, sentem o imenso cosmo de Artemis. E percebem o luar invadindo o local, e escutam algumas vocalizações dos animas.

 

Aiolia – Hilda, Freya, é hora de partirmos. Espero que fiquem bem, e muito obrigado por tudo que fizeram por nós! Milo e os cavaleiros de bronze estão nos aguardando!

 

Hilda – não precisam se preocupar cavaleiros, estaremos bem!

 

Freya – melhor se apressarem, Hyoga e os outros cavaleiros podem estar em sérios apuros! Nunca vi um luar tão intenso por estas terras!

 

Mu - quando Asgard precisar de nós, estaremos prontos para retribuir o favor.

 

Aldebaran – acho que Asgard já possui um forte aliado à seu favor!— sentindo e reconhecendo a presença de Sorento, com quem havia combatido a algum tempo.

 

Shaka – espero que seja, vamos em frente....

  

Eles partem, mas Aldebaran para por um momento e olha em direção ao Palácio, como se tivesse vsito alguém.

 

Aldebaran - hum...quem diria...— esboçando um leve sorriso, ele se vira e parte, junto com os outros, e viram feixes de luzes douradas atravessando a escuridão.

 

Do lado de fora, sentado sobre uma mureta do Palácio, Sorento os observa.

 

Sorento – Aldebaran...espero que tenham sucesso, cavaleiros de Atena...

 

De repente, uma presença o faz fechar os olhos e o semblante. Uma sombra surge, e um pouco da luz do luar revela uma silhueta feminina.

 

Voz feminina - você não acha que deveríamos acompanhá-los?

 

Sorento - sei que todos nós sofreremos as consequências dessas batalhas...mas você se sairá melhor do que nós...

 

Voz feminina - sei que não deveríamos mais visitar aquelas terras, mas queria ver de perto as outras amazonas, já que cheguei tarde para ver a tal guerreira que estava aqui, cujo cosmo era assombrosamente poderoso!

 

Sorento - não me interesso mais em visitar o Santuário, mas a vida é sua, faça o que quiser....

 

Voz feminina - sinto um cosmo me chamando, e sinto um imenso poder querendo despertar em mim, desde que Artemis ressurgiu!

 

Sorento - por isso acho que você deva seguir os seus instintos. No momento você não é mais uma serva de Poseidon, agora você é apenas mais uma amazona.

 

Voz feminina - acho que você tem razão...essas amazonas possuem algo diferente daquelas que invadiram os domínios de Poseidon, e eu também tenho me sentido diferente...!

 

Sorento - faça como quiser, Thetis de Sereia...— nesse momento, a luz do luar revela totalmente aquela silhueta. Era uma menina loira, com cabelos até a cintura, olhos azuis e pele clara, trajando uma armadura avermelhada, com contornos brancos, protegendo quase todo o seu corpo - ...só espero que volte com vida!

 

Thetis - ...sei me cuidar Sorento, quero apenas tirar esse peso de mim, e saber porque me sinto envolvida com tudo isso!

 

Sorento - acho que você quer mesmo é saber...do quê você é capaz...

 

Thetis - já nos voltamos contra a humanidade uma vez...não cometerei o mesmo erro...se é o que você está supondo.

 

Sorento - acho que deve seguir o seu coração...sinta-se a vontade...mas se precisar combatê-la para sobreviver algum dia, saiba que não hesitarei...- soprando levemente a flauta, o que causa um calafrio momentâneo em Thetis.

 

Thetis - se isso acontecer, pelo menos lutarei pelo que acredito! Até breve, Sorento! Cuide-se! — saltando da mureta, e caindo graciosamente na neve, ela parte, sumido pela floresta.

 

Sorento - você também...— dando um leve sorriso.

 

No Santuário, Atena está prestes a perder suas forças, quando sente o cosmo imenso de sua irmã. E também, sente de leve o cosmo de Shiryu que está combatendo em Libra. Ela também logo percebe os cosmos dos cavaleiros de ouro se aproximando.

 

Atena – Aldebaran, Mu, Aiolia, Shaka...! Seiya e os outros também ainda não desistiram de mim! Eu não posso desistir da minha amada Terra, se todos vocês estão se sacrificando por ela também!

 

Refletindo, ela se ergue em meio às víboras e eleva um cosmo doce e poderoso, e seu ferimento no braço começa a cicatrizar. Parece que uma névoa arroxeada sai pelos seus poros, como se fosse o veneno evaporando, e logo ela vai recobrando suas forças, sua cor, seus sentidos.

 

Logo ali, Artemis que estava com seu cosmo assombrosamente elevado, sente que algo está acontecendo no salão aonde Atena está aprisionada.

 

Artemis – não acredito que ainda possua esse cosmo! Impossível!— sentindo o cosmo de Atena queimando, e confrontando com o seu. O salão do grande mestre brilha intensamente.

 

Hérmia – o cosmo de Atena se renovou!— assustada, percebendo o brilho vindo do salão.

 

Artemis – há outros cosmos poderosos se aproximando daqui!

 

Hérmia - esses cosmo...mas nós os derrotamos!!!

 

Artemis - os cavaleiros de ouro que vocês derrotaram estão de pé! O cosmo de Atena está intimamente ligado ao cosmo dos seus defensores...Os cavaleiros mais poderosos de seu exército se recuperaram...! Vocês falharam! — falando em tom agressivo.

 

Hérmia – deixe isso comigo! Irei com Walleria bloquear a passagem deles! Já conseguimos isso antes! E Walleria pode fazê-los desistir pois ainda não devem estar totalmente recuperados dos ataques que sofreram!

 

Artemis— dessa vez precisamos descartá-los! Não podemos mais sofrer esse tipo de ameaça! Não quero mais escravos! Quero as cabeças deles!

 

Hérmia— tudo bem senhorita Artemis, não os deixaremos vivos dessa vez! Walleria e eu vamos pulverizá-los totalmente, junto com suas armaduras!

 

Artemis – não Hérmia!— na mesma hora, a guerreira que havia dado as costas para partir, para perplexa.

 

Hérmia – como?!— retornando a face para a deusa.

 

Artemis – lembre-se que aquelas duas estão fora do Santuário... Elas sim deterão os cavaleiros de ouro dessa vez!

 

Hérmia – mesmo que elas possuam uma força incomparável, terão desvantagem sem armaduras!

 

Artemis – realmente acha que você conquistará uma das armaduras lendárias?

 

Hérmia – eu não acredito que elas conseguirão! Só isso!

 

Artemis – esqueceu que as armaduras que só podem ser trajadas por guerreiras com sangue puro?! E que estão adormecidas por séculos aguardando aquelas que terão a dignidade de trajá-las!

 

Hérmia – as armaduras de Sátiro e de Clóris!? Impossível! Como alguma amazona além de mim possui condições de trajar uma dessas lendárias armaduras?!

 

Artemis – isso veremos em breve, se tem tanta convicção assim!— Elevando o cosmo novamente, e o luar fica mais intenso ainda.

 

Hérmia – então, por isso aquelas duas nunca se uniram ao Santuário, treinando por conta própria desde o princípio, e evitando contato com as pessoas.

 

Artemis – as armaduras acharão as donas certas! Os seus cosmos não negam que são amazonas poderosas! Não sei o que houve entre vocês no passado, mas as aceitarão no nosso reinado sobre a Terra e conviverão juntas!

 

Hérmia – veremos..se elas conseguirem deter os cavaleiros de ouro, terão o meu respeito! Mas eu terei uma dessas armaduras! 

 

Artemis – quanto à Atena, mesmo que ela combata o meu cosmo, nada impedirá o desfecho dessa batalha!

 

O tempo parece parar, e apenas ouvem-se uivos ao redor do Santuário. O luar ilumina os corpos de Hyoga, Shun e Seiya em Libra. Nisso, eles começam a recobrar a consciência. O primeiro a começar a se reerguer é Seiya.

 

Voz de Saori - Seiya! Seiya! Vamos, acorde! Não desista! 

 

Seiya— Atena!!? Preciso ir em frente, Saori me aguarda!!! - acordando apreensivo, e buscando despertar os amigos.

 

 

Seiya – ahn..?! Essa luz intensa lá fora! Artemis está usando a Lua para alguma coisa! Droga, acorde Shun!— sacudindo o companheiro caído, que começa a se recuperar.

 

Shun – ahn? Seiya? Ainda estamos em Libra?!

 

Seiya – veja! Shiryu ainda está combatendo com Tábata!— vendo os dois confrontando em velocidade extrema no fundo da casa de Libra.

 

Shun - eu sinto o cosmo de Atena! Precisamos seguir em frente!

 

Eles sacodem Hyoga, que começa a acordar também.

 

Hyoga – o que houve?

 

Shun – você está bem?

 

Hyoga – sim! E ....esse é o cosmo de Atena?!

 

Seiya – Isso mesmo, ela está confiando em nós! Vamos seguir em frente! Shiryu está com a armadura de Libra, apenas atrapalharíamos agora! O cosmo de Atena se renovou, parece que Saori está dizendo para não desistirmos!

 

Hyoga – certo!

 

Eles se erguem, e saem discretamente pela casa de Libra. No confronto, Shiryu sente que os seus amigos estavam bem, e concentra-se na luta, quando sua Barra Tripla já castigada e destruída.

Ele é atingido no peito, mas a armadura de Libra o protege de danos maiores.

 

Shiryu - argh, a Barra Tripla! Impossível!

 

Tábata – a armadura de ouro te protegeu mais uma vez! Mas já percebeu que ela não aguentará muito tempo cavaleiro!?

 

Shiryu – você canta vitória muito facilmente!— mantendo a calma, ainda com a lâmina cravada em sua armadura.

 

Tábata – Do quê está falando?!

 

Nesse momento, Shiryu eleva seu braço esquerdo, e eleva o cosmo. Em seu braço surge a imagem da sagrada espada Excalibur!

 

Shiryu - essa é a sagrada EXCALIBUR!!!

 

  Aproveitando a curta distância e ataca frontalmente a caçadora, que tenta defender-se fazendo com que o bumerangue que estava crava do armadura desapareça com o cosmo, enquanto coloca o outro na frente, mas este é cortado.

 

Tábata – arghh!! Meu Bumerangue! Não!!!— Vendo seu delicado elmo cortado caindo ao chão com os olhos arroxeados  e hastes pontiagudas divididos. O sangue lhe escorre pelo centro da testa.

 

Shiryu – essa é a lâmina poderosa da sagrada espada EXCALIBUR! - vendo a guerreira se afastar cambaleando, dando alguns passos para trás, ainda em choque.

 

Tábata – então, finalmente conheci essa técnica lendária do cavaleiro Shura!

 

Shiryu— ela fala como se o admirasse, ou algo assim. Isso é muito estranho. - refletindo.

 

Tábata— Agora as coisas ficarão interessantes! - buscando se recompor, e parando de cambalear.

 

A guerreira busca se concentrar, limpando o sangue que desce pelo centro de testa e começava a cobrir os seus olhos. Shiryu, notando essa reação de superação, fica surpreso.

 

Shiryu – o que ela pretende enfrentando a EXCALIBUR? Não posso perder o foco de acabar rapidamente com essa luta, mas ela parece estar me testando! O que será que ela realmente quer?!— refletindo.

 

Tábata apenas o observa com seus olhos azuis, outrora embaçados pelo sangue rubro que corria pela sua testa, proveniente do ferimento feito pela lâmina da Excalibur.

 

Seiya, e Hyoga e Shun continuam subindo para a casa de Escorpião, sob a intensa luz do luar.

 

Milo e June sentem o cosmo de Atena novamente intenso, e precisam prosseguir.

 

Milo – precisamos seguir em frente! A chuva parou repentinamente, esse luar intenso e os cosmo de Atena e Artemis confrontando, algo está para acontecer!

 

June – o cosmo de Atena! Isso nos enche de esperança!

 

Milo – sim, e percebo que meus companheiros estão vindo! ...mas senti dois cosmos amorfos também fora daqui, que estranho! Se todas as amazonas estão no Santuário.... – colocando June em suas costas e um pouco preocupado, e começa a correr para as escadarias de Libra.

 

June - você não irá me deixar então?!

 

Milo— conversaremos sobre isso nas próximas casas! 

 

Essa atitude de Milo faz com que June se emocione, e fique surpresa. Ela se segura com todas as forças em Milo, e aceita continuar na esperança de uma ajuda futura.

 

Atena está novamente combatendo o cosmo de Artemis e dando tudo de si para impedir uma catástrofe mundial. Conseguirão os cavaleiros deter os planos da deusa?

 

Os cavaleiros de ouro se aproximam para ajudar, mas se depender de Artemis, eles não chegarão com vida até o Santuário.

 

Vamos cavaleiros, não desistam da Terra! Avante Seiya!


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Notas finais do capítulo

As caçadoras de Artemis recebem reforço, com as misteriosas irmãs que já se colocam no caminho dos cavaleiros de ouro.

Tábata e Shiryu continuam o confronto, e agora, as lâminas se testam. Thetis desperta interesse e curiosidade pelo cosmo de Artemis.

Não percam o próximo capítulo de Saint Seiya - A Saga de Artemis:

AS LENDÁRIAS ARMADURAS DE SÁTIRO E CLÓRIS!



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