A Saga de Ártemis escrita por Simon Lee


Capítulo 19
A Batalha dos Imortais!


Notas iniciais do capítulo

Os cavaleiros são surpreendidos por mais uma misteriosa força na casa de Virgem.
Em Asgard, Ikki e Darren travam uma dura batalha, e o cavaleiro de Fênix procura de todas as formar abrir os olhos da caçadora, que revela uma habilidade em comum.



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Uma nova batalha começou. Os cavaleiros de Atena correm contra o tempo, e precisam derrotar as amazonas de Artemis, a deusa das selvas, que possui planos maléficos para a humanidade.

Seiya e seus amigos estão enfrentando as protetoras de Artemis que dominaram o Santuário.

 

Gihan de Mocho Branco, Key de Pantera Nebulosa e Barberia de Madrepérola, tentaram impedi-los de prosseguir, mas foram derrotadas com muita dificuldade.

Algumas sequelas ficaram, principalmente em June de Camaleão, que não consegue mover as pernas após ter sido ferida em batalha.

 

Enquanto isso, em Asgard, Ikki tenta proteger os cavaleiros de ouro que encontram-se adormecidos após tomarem da água da Fonte de Odin, uma fonte secreta que nunca congela e possui propriedades que podem recuperar as pessoas tanto fisicamente como mentalmente.

Ele enfrenta a guerreira de Naja Egípcia, Darren, descobrindo que se cruzaram no passado, e que ambos possuem uma história de sofrimento e ódio.

 

Ikki leva a luta com muita dificuldade, não conseguindo superar a velocidade de sua adversária e é derrotado. Quando tudo parece perdido, e a amazona está prestes a selar o destino dos cavaleiros de ouro, ele ressurge como que das cinzas, impedindo que a guerreira conclua sua missão. A batalha entre eles parece estar apenas começando.

 

Freya – Hilda, aquele é?!— correndo para o corredor, e vendo Ikki de costas, na janela, com o cosmo ardendo após atingir a guerreira e lançá-la para fora. Ele encara Darren à distância e percebe que Freya o observa.

 

Ikki – Freya, volte para junto de sua irmã e dos cavaleiros de ouro. Deixe que me encarrego de deter essa atrevida!

 

Freya – certo! Mas por favor, tome cuidado!— juntando as mãos preocupada, e vendo Ikki saltar pela janela, com um grande clarão emanando de seu cosmo.

 

Darren observa tudo do solo, e vê Ikki descendo com suas asas de fogo, sustentado pelo cosmo de forma imponente Fênix, iluminando a neve outrora escondida pela escuridão.

 

Darren – realmente, faz jus à sua constelação! Isso será interessante!— vendo Ikki pousar levemente em solo firme, e posicionar-se para novamente combatê-la.

 

Ikki – já disse: não deixarei que encoste um dedo sequer nos meus companheiros! Ainda há tempo para mudar Darren, na há necessidade de fazer isso! Você é uma pessoa boa!

 

Darren – estou apenas ajudando Artemis a fazer justiça! Livrar a Terra de pessoas más, que apenas trazem sofrimento! Não me submeterei mais à ouvir qualquer homem! Por mais que você seja forte Fênix, nós caçadoras de Artemis somos o futuro desse planeta! E eliminarei você do meu caminho! Não sou mais a menina que conheceu Ikki, mas sim aquela que veio para varrer a iniquidade do mundo!

 

Ikki – e você acha que eliminando as pessoas, vocês trarão o bem para o planeta?! Isso é loucura! Temos que ter esperança, há muita gente má, mas e os bons? Pagarão pelos erros que não cometeram?

 

Darren – é o preço que se paga! É um sacrifício válido! Você já tomou muito do meu tempo, já vi que sua mente pequena não consegue me compreender! E não conseguirá me derrotar com essa velocidade, logo, não preciso temer seu cosmo! Mesmo que ressurja várias vezes, sempre perderá! Receba novamente as minhas presas e sofra profundamente!— elevando o cosmo, iluminando a escuridão, e fazendo com que a neve ao redor comece a derreter pelo calor de seu cosmo. Ikki responde na mesma altura, e prepara-se para combatê-la.

 

Ikki – não precisamos disso! Será que não entende!?

 

Darren – ora, cale-se Ikki! PRESAS SANGUINÁRIAS!

 

Darren avança sobre Fênix, com suas mãos em forma de cabeças de serpente com presas, e o cosmo ardendo. Porém, no mesmo momento, Ikki revida, avançando com seu cosmo elevado, mas dessa vez, mudando sua estratégia!

 

Ikki – GOLPE FANTASMA DE FÊNIX!!!— ele passa por Darren, e dessa vez, parece ter evitado a velocidade da amazona, que fica de costas, enquanto seu elmo que fora lançado para longe, cai graciosamente na neve que se derrete pelo calor do adorno.

 

Darren – mas, como conseguiu evitar a minha velocidade?!— virando-se e vendo que Ikki estava de costas ainda.

 

Ikki – Darren, você não é má! A menina amorosa e cheia de esperança ainda mora aí dentro, em algum lugar! Tenho certeza disso! Será que Esmeralda se orgulharia das suas atitudes? Será que esse era o futuro que ela planejava para aqueles que a amavam? Até mesmo para Guilty?— virando e abrindo os olhos, ele eleva o cosmo.

 

Darren - Cale esse boca, Fênix!!! PRESAS SANGUINÁRIAS! - ela avança novamente sobre Ikki, e o acerta com todo o poder do seu cosmo,fazendo com que ele sofra a ação do seu cosmo e cai na neve, sumindo entre o vapor que se forma com o cosmo tórrido.  

 

Darren - eu venci! 

 

Logo em seguida, ela aparece juntamente com suas companheiras, e vê que Key e as outras novamente com Artemis. Elas estão sobre um gigantesco templo, e há escravos por todos os lados. Aqueles que cometem algum erro, são lançados às bestas para serem mortos pelos próprios escravos, à mando das amazonas.

 

Nesse momento, eis que uma menino ruivo, de costas, está sendo punido. Ela se aproxima dele, e pede para que ele se vire.

 

Darren - mas que molenga! Vire-se para que eu veja seu rosto pela última vez!

 

Quando olha, na verdade era uma menina, e essa era Esmeralda.

 

Darren – mas, o que você faz aqui?!!

 

Esmeralda – Darren, minha amiga! Por que isso? O que foi que eu fiz?— com lágrimas nos olhos. Mas lá do alto, Artemis manda ordens à Darren.

 

Artemis – o que houve? Vamos com isso, essa escrava não tem forças para nos ajudar em nada! Lance-a aos lobos!— nesse momento, uma alcateia se põe á disposição, aguardando a fácil refeição.

 

Darren – mas...ahn...Esmeralda! Não, não posso! Não farei isso! Fuja Esmeralda!!!

 

Esmeralda – obrigado amiga! – ela começa a correr sob os olhos arregalados dos escravos, mas os lobos a cercam. Darren tenta partir para cima deles para tentar ajudar Esmeralda, mas uma força a impede, e ela é forçada a se ajoelhar no chão.

 

Darren – não!!! Não!! O que está acontecendo? Meu corpo!— enquanto Artemis está com a mão direcionada para ela, controlando-a.

 

Artemis – hum, foi para isso que te escolhi? Acabem logo com ela, é isso que merecem esses reles humanos fracos!!!— nessa hora, a alcateia ataca Esmeralda, e apenas gritos se ouvem por um breve momento.

 

Darren – nãããããoooo!!!!!— desesperada, ela grita chorando, vendo sua amiga sofrer uma terrível morte.

 

O semblante de Darren não é mais o mesmo. Lágrimas descem pelo seu rosto, e ela abre os olhos umedecidos, e quando percebe, está ajoelhada no solo gelado, com as mãos na cabeça.

 

Darren – droga, o que fez comigo?!! — olhando para Ikki, assombrada.

 

Ikki – isso foi o mais profundo do seu coração! Na verdade, sua raiz é bondosa! Por isso não faz sentido continuar essa luta. Percebeu que não há como punir a todos sem ferir pessoas boas? Há muita gente de bom coração nesse mundo, assim como foi a Esmeralda. Agora você entende isso?

 

Nesse momento, Darren olha para baixo, desolada. Parece perceber que o caminho que está trilhando entristeceria Esmeralda. Ela parece pestanejar, mas de repente, seu olhar volta-se para Ikki, e seu cosmo se expande de forma assombrosa de repente, vindo a derreter a neve que se encontrava ao redor, surpreendendo o cavaleiro.

 

Darren – Ikki, tenho certeza que Esmeralda gostaria de revê-lo! Foi a única pessoa boa que conheci! E se é para fazer com que algo a console, o mandarei para junto dela! Isso a deixará feliz!— com o cosmo ardendo.

 

Ikki – Ora Darren, saiba que esse é o meu maior desejo, mas ainda não é o momento! Não posso deixar meus companheiros ainda!  - surpreso com o poder do cosmo da amazona.

 

Darren – sei que foi por você que ela morreu! Nada disso estaria assim agora se não tivéssemos passado por aquele inferno! Você me traz más lembranças! Vou eliminá-lo, não apenas por ser um cavaleiro de Atena, mas por ter causado sofrimento a todos nós! – explodindo o cosmo, e partindo para cima de Ikki com extrema velocidade.

 

Ikki – Você não consegue mesmo enxergar! Já chega!— elevando o cosmo abruptamente, surgem chamas que o envolvem, formando logo em seguida, uma belíssima ave de fogo.

 

Darren – PRESAS SANGUINÁRIAS!!!— do ardente cosmo forma-se uma imensa naja, que vai ao encontro de Ikki, que está pronto para revidar.

 

Ikki – AVE FÊNIX!!!— lançando com seu punho a imensa ave de fogo, que se choca com a serpente, vindo a parti-la em vários pedaços.

 

Darren -  o quê?!! ahhhrgh!!

 

 Darren é atingida com tudo, sendo lançada contra uma velha árvore do bosque. Sua armadura se estilhaça pelo poder do cosmo de Ikki, ao mesmo tempo que o tronco da imponente árvore cede, tombando-a na neve.

O corpo da caçadora cai em sentido oposto, após um jato de sangue sair pela sua boca. Parece tudo acabado, e Ikki  lamenta por não ter conseguido ajudar Darren.

 

Ikki - Darren...me perdoe...

 

Já longe dali, no Santuário, Shiryu e Hyoga chegam em Leão. Eles não percebem nada que possa desencorajá-los de prosseguir.

 

Hyoga – Vamos seguindo, não há nada aqui. Não temos tempo!— correndo para a saída, pisando nas plantas que cresceram com o cosmo de Artemis, algumas florescendo na escuridão, com cores amareladas e azuis. Ele ainda leva a mão ao peito, como se sentisse algum incômodo, mas não avisa para Shiryu.

 

Shiryu – Vamos! Estou preocupado com Seiya e Shun.

 

Hyoga – Eu também! Mas me parece que estas amazonas estão zombando da nossa força, nem se preocuparam em deter-nos nas casas mais afastadas. Elas estão brincando conosco!

 

Shiryu – parece que estão querendo que cheguemos o mais próximo possível, para que a caçada seja mais emocionante! Temos que tomar cuidado!— correndo com Hyoga, já saindo da casa de Leão, eles param por um instante, observando a próxima casa envolta na escuridão, já que algumas nuvens carregadas encobrem a Lua.

 

Hyoga – lá está Virgem, vamos!— voltando a correr, subindo as escadarias com Shiryu.

 

Logo à frente, Shun e Seiya já encontram-se na casa de Virgem. Eles entram com cautela, e vão caminhando pela bela sexta casa.

 

Seiya— acabei de olhar para o relógio de fogo. É tão estranho vê-lo apagado! 

 

Shun é mesmo. Também já havia notado. Está tudo tão sombrio que nem o relógio acendeu. 

 

Seiya— estranho, sinto como se estivessem nos observando. Estamos sendo caçados, Shun!

 

Shun – minha corrente não detectou presença alguma aqui Seiya, acho que podemos nos apressar para chegarmos logo até Libra.

 

Seiya - claro Shun, vamos logo então!

 

Quando começam a se apressar, a corrente de Andrômeda reage, apontando para o lado mais escuro da casa de Virgem, forçando Shun a parar e verificar o que a corrente havia denunciado.

 

Shun – espere Seiya! Há algo errado!

 

Seiya – o que houve agora?

 

Uma névoa gélida começa a cobrir o piso da sexta casa, vinda da escuridão, congelando todas as plantas que ali cresceram. De repente, uma figura trajando uma armadura com traços claros se denuncia aos poucos, assim como um fantasma na noite. Agora, percebe-se que é uma moça, com cabelos ruivos e ondulados.

Elevando brevemente seu cosmo brando e claro revela seu rosto angelical, que possui algumas sardas, e seus belos e calmos olhos azuis fitam os cavaleiros. Seu sorriso pueril encobre todo o seu potencial de acabar com vidas em poucos instantes.

 

Shun – uma guerreira! Quem é você!?

 

Nesse momento, a garota eleva o cosmo, e estende os braços em direção aos dois cavaleiros, que são envolvidos por um redemoinho de ar gélido vindo de baixo dos seus pés, junto com a neblina gélida, e percebem sua pernas ficando dormentes e sendo congelados aos poucos.

 

Seiya – mas que droga, o que é isso?— já não sentindo muito as suas pernas, e resfriando rapidamente.

 

Shun – ahn, minhas pernas! CORRENTE DE ANDRÔMEDA!!!— Shun lança seu ataque em direção à amazona, mas sua corrente parece envolvida por um ar congelante que a detêm, e ela cai ao chão, congelada, antes de atingir a guerreira, que abre um belo sorriso, e uma risada infantil ecoa pela casa.

 

Amazona - hihihih, tadinho! .

 

Seiya – essa não! Você não vai nos impedir de salvar Atena! METEORO DE PÉGASO!

 

 Nessa hora, explodindo o cosmo, Seiya parece adquirir forças de onde não tinha, e mesmo com as pernas já bambas, ataca a amazona, porém...

 

Amazona - calminha, Pégaso! 

 

Seiya vê seus meteoros serem congelados antes de chegarem até ela, quebrando-se em partículas de pó de gelo, após uma rajada congelante interceptá-los.

 

Seiya - não!!! Saori!! Não posso parar aqui! Preciso elevar o meu cosmo ao máximo! Preciso salvar Saori!!!

 

Shun – não, nem minha corrente nem os seus meteoros, não pode ser!— já ajoelhando-se ao no chão, com câimbras e com as pernas dormentes.

 

Seiya – Atena! Saori! Não posso parar por aqui!— caindo ao chão agora já com o corpo quase totalmente dormente, e os pilares da casa de Virgem já estão cobertos por uma fina camada de gelo.

 

Parece o fim para eles, quando uma voz ecoa falando diretamente com a amazona, que revela-se ser ninguém menos que Walleria de Beluga!

 

Voz feminina – chega Walleria!

 

Walleria – mas o que houve agora? É você, Hérmia de Ninfa?!— nesse momento, a amazona detêm um pouco a cosmoenergia, e fica atenta.

 

Agora, Hérmia estava na casa de Peixes, sentada na escadaria, olhando para as casas mais abaixo. E se comunicava por telepatia com Walleria.

 

Hérmia – não se precipite! Esse tal cavaleiro de Pégaso...sei que é capaz de muito mais do que isso! É uma morte muito fútil, deixe que prossiga! Quero ver se pode ser um oponente à altura...— falando diretamente por telepatia com sua companheira.

 

Walleria – bem, acho que o que falam sobre ele pode ser mentira! Foi uma presa muito fácil...mas, tudo bem! E até mesmo porque Tábata ainda não se divertiu como nós Só queria terminar logo com isso.

 

Hérmia – perdemos Key, Gihan, e Barberia, eles merecem uma morte lenta e dolorosa, não acha?!

 

Walleria – é, não tenho jeito para fazer isso! Vou deixá-los para que vocês então, mas esse tal Seiya é um fracote! – nessa hora, a temperatura já estava se normalizando, e Seiya e Shun começavam a se levantar.

 

Hérmia – Deixe que sejam retalhados aos poucos! Isso sim seria bom, e não uma morte indolor como a que você daria!

 

Walleria – já entendi! Já entendi...esse blá blá blá de novo...— caminhando e passando pelos cavaleiros, que vão se reerguendo aos poucos.

 

Seiya – aonde você pensa que vai? A luta está só começando!— elevando o cosmo assustadoramente de repente, trincando todo o gelo que envolvia as suas pernas.

 

Walleria arregala os olhos assustada, mas não volta a olhar para Seiya. e continua andando, refletindo. 

 

Walleria – que cosmo é esse?! Espero não me arrepender por ter deixado esses insetos com vida! — caminhando para fora da casa de Virgem, enquanto Seiya a observa raivosamente pelas costas, com o cosmo ardendo.

 

Seiya – ora, não nos ignore!— quando pretendia lançar novamente seu ataque, ele percebe a amazona desaparecer em meio a escuridão, como um fantasma.

 

Shun – mas, aonde está ela?— olhando para a corrente, que não reage.

 

Seiya – essa foi por pouco! Qual o objetivo dela ter recuado?— amansando o cosmo, e flexionando o joelho, para melhorar das câimbras.

 

Shun – vamos seguir em frente Seiya, talvez surjam respostas! - saindo do gelo, e buscando aquecer as pernas.

 

Seiya – certo, sinto o cosmo de Saori cada vez mais fraco!— eles se aquecem brevemente, e começam a caminhar rumo às escadarias para a casa de Libra.

 

Logo acima, Marin consegue se soltar do emaranhado de arbustos no qual ficara preso. Ela se equilibra, recuperando forças, e ajudando Shina também.

 

Shina – muito bem, agora vamos acertar as contas com Artemis, já que está adormecida!

 

Marin – não, nada disso! Nem sequer deixe-a sentir o seu cosmo. Depois voltamos e retiramos Atena do Salão do Grande Mestre!

 

Shina -  Realmente não podemos errar mais uma vez! Certo, Marin, vamos nos controlar e fazer a coisa certa.

 

Marin - só temos que ter cautela para não encontrarmos com nenhuma das caçadoras por aí, precisamos encontrar os rapazes antes e ajudá-los. 

 

Shina compreende o comando, e segue Marin, discretamente, saindo dos aposentos sem serem percebidas, já que até a coruja que outrora lá estava, dormiu. Elas vão caminhando, e passam pela estátua de Atena, sem perceberem que há morcegos espreitando por toda a parte, e partem pelo atalho que Shina conhece bem para chegarem rapidamente às doze casas.

 

Em Asgard, Ikki já havia aberto uma cova no bosque, em um lugar afastado do palácio, e enterrado Darren.

Ele finca uma cruz improvisada com galhos, e escreve o nome da amazona ao queimar a madeira emanando um leve cosmo na ponta do dedo.

 

Ikki – Darren, perdoe-me! Descanse em paz...e junte-se à Esmeralda no céu.

 

 Levantando-se, ele se vira e começa a caminhar em direção ao Palácio Valhala, aonde iria se despedir de Freya e Hilda e dos cavaleiros de ouro, e partir para o Santuário, quando um clarão avermelhado surge vindo de onde estava.

 

Ikki – mas...? Não pode ser!

 

Virando-se novamente, ele vê um cosmo imenso vibrando o chão, vindo do local aonde havia enterrado o corpo da guerreira. E algo inesperado acontece: Um cosmo serpentiforme levanta a terra, elevando a guerreira da cova.

 

Ikki - co-como é possível? não pode ser!

 

Darren – Ikki! Não descansarei enquanto não te derrotar!— saltando da cova, agora sendo envolvida por um cosmo imenso.

Alguns feixes de cosmo começam a surgir vindos da neve.  São as partes destroçadas da armadura de Naja Egípcia, que voltam a cobrir o corpo de Darren, e são cobertas por milhares de grãos parecidos com areia avermelhada emanados pelo seu cosmo, e logo, a armadura brilha novamente.

 

Ikki – Impossível!!! Ela não apenas está viva, mas com o cosmo mais ardente. Também conseguiu reviver a sua armadura antes destruída! Pensei que apenas a minha armadura tivesse essa capacidade!— vendo agora a guerreira com a armadura belíssima como antes, seu cosmo mais intenso, e seu olhar com o mesmo ódio!

 

Darren – minha armadura não reviveu Fênix. Isso foi uma técnica que funde o meu cosmo com as partes que ficaram da armadura, e posso recompô-la. Pela primeira vez precisei disso, e você é o primeiro a me obrigar a passar por isso Fênix!

 

Ikki – isso não e bom! O cosmo dela cresce sem limites, não é mais como anteriormente!— admirado com o cosmo ardente de Darren, ele eleva o próprio também para não se deixar intimidar.

 

Darren – vai sair do meu caminho agora Ikki!

 

Uma cortina de poeria avermelhada envolve a amazona, e começa a aumentar o seu campo de ação, vindo a derreter toda a neve, e a desintegrar algumas árvores ao redor. O calor aumenta de tal forma que surge uma neblina provocada pelo vapor d’água. Ela fecha o punho, e o lança para frente em um gesto único, como que socando a tempestade ao seu redor.

 

Ikki - mas o que é isso!!?— em posição de defesa, vendo a tempestade formar um redemoinho, que envolve Darren.

 

Darren – TEMPESTADE DE AREIA ESCALDANTE!!!— uma imensa nuvem de areia avermelhada avança e envolve Ikki rapidamente por todos os lados, sem permitir que ele possa ter qualquer reação de fuga.

Seu cosmo se atrofia, e aos poucos, sua armadura vai se desintegrando, e em seguida seu corpo, sendo aniquilado pela terrível areia ardente.

 

Ikki – não! Ahhhgrr!!!— sendo desintegrado pelo ataque terrível da guerreira, que consome parte da floresta também, e some até com a neve que havia no lugar.

 

Darren – agora sim, está acabado!— seu cosmo começa a se amansar, e o ataque dissipa-se. Ela agora observa a escuridão, e o silêncio que domina o ambiente. Ela lembra da sua missão, e vê o palácio Valhala, caminhando com um sorriso maléfico em direção aos rochedos.

 

Lá dentro, Hilda e Freya se concentram em suas orações para ajudarem aos cavaleiros de ouro. Mas Hilda está ciente do ocorrido com Fênix.

 

Hilda – o cosmo de Fênix se apagou novamente! Isso não é bom!— refletindo, e voltando o olhar para Freya, que está ao lado de Aldebaran, ajoelhada.

 

Novamente no santuário, Milo chega na casa de Câncer. Ele passa correndo, sem se importar com nada, mas sente a presença de alguém.

 

Milo – quem está aí?!— na ponta de seu dedo indicador, começa a crescer uma espécie de agulha vermelha, e brilhante. Mas quem ele vê é June, encostada em um pilar, sentada. Ela põe a máscara rapidamente ao perceber que Milo a encontrara.

 

June – Milo, que bom que está bem!— vendo-o se aproximar.

 

Milo – mas o que está fazendo aqui? Vamos, eu te ajudo!— ajudando a levantar June, mas percebe que a mesma está sem forças nas pernas.

 

June – parece que há alago errado comigo!

 

Milo – essa não!— percebendo que a amazona não consegue se firmar de pé, logo, poderia estar com alguma lesão mais séria.

 

June – me deixe aqui! Siga em frente!

 

Milo - mas...

 

June - não se preocupe! Assim que vencerem, estarei esperando!

 

Milo – nada disso! Poderia te ajudar, mas isso já é algo que preciso fazer após enfrentar Artemis! Mesmo sem poder curá-la, te levarei comigo! Atena poderá fazer algo...— pondo a amazona nas costas, que segura em seu pescoço, abraçando-o.

 

June – mas o quê faremos?!

 

Milo – vamos em frente, os rapazes nos aguardam! Você está com a gente nessa! Iremos até o fim!— sorrindo, Milo volta-se para a saída de Câncer, e começa a correr, com June em suas costas. Algumas lágrimas correm pelo rosto escondido de June.

 

June – Mestre Albiore, perdoe-me, pois falhei! Não fui forte o suficiente.— refletindo, e relembrando do rosto de seu mestre.

 

Nessa hora, no templo atrás do salão do grande mestre, Chandra dorme. Ela escuta algo parecido com o sonar de um morcego, e dá um leve e misterioso sorriso com o canto dos lábios, sem abrir os olhos.

 

No salão, Saori continua enfraquecendo pelos efeitos do veneno em seu corpo. Ela já não possui muitas forças, e luta para aguardar a chegada de ajuda.

 

Logo abaixo das doze casas, Tatsumi e os cavaleiros de bronze aguardam ansiosos, olhando para as casas zodiacais.

 

Em Asgard, Darren encontra-se preparada novamente para atacar os cavaleiros de ouro. Após sair da floresta, ela salta pelos rochedos ao lado do Palácio, e vai chegando até o pátio, onde encontra-se a estátua de Odin.

 

Darren – agora, é só me guiar pelo cosmo de Hilda, e chegarei até eles novamente.

 

Ela começa a caminhar em direção ao rastro do cosmo, quando um som ecoa pelo ambiente, forçando-a a parar. É uma melodia harmoniosa de flauta, belíssima, impossível de não ser admirada

 

Darren— que música é essa?

 

Uma sombra se faz à luz do fogo que queimava nas colunas do pátio. Os pés do autor da melodia surgem, dando passos avante e saindo da plena escuridão. Percebe-se que as pernas estão protegidas por uma armadura semelhante às douradas.

 

Mais um misterioso personagem surge! Será aliado, ou inimigo? No Santuário, Milo procura esperanças em recuperar June, e corre com a amazona em suas costas ao encontro de Atena.

Seiya e Shun estão chegando em Libra, enquanto Shiryu e Hyoga já chegam em Virgem, e sentem que algo aconteceu ali.

 

Hyoga – sente isso Shiryu?— referindo-se ao cosmo gélido de Walleria, que deixou seu rastro.

 

Shiryu – já senti esse cosmo antes, bem fraco! Significa que aconteceu algo por aqui!

 

Hyoga – sim, é um cosmo gélido, parecido com o do mestre Camus! Vamos em frente, Seiya e Shun devem estar precisando de nós!— Eles continuam correndo, agora para a casa de Libra.

 

Qual será o destino da Terra? Conseguirão os defensores da humanidade salvar Atena antes que tudo se torne caos?

Corram cavaleiros de Atena, salvem a Terra das garras de Artemis e de suas amazonas! Avante, Pégaso!


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Notas finais do capítulo

DESCANSE EM PAZ, SOFRIDA GUERREIRA!



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