Além Do Sistema. escrita por AnneWitter


Capítulo 2
1 - O Sistema não erra.


Notas iniciais do capítulo

-Cap não betado.
— Gente espero que estejam gostando e que continuem lendo ^.^
— E Asuna acho que esse capitulo responderá um pouquinho sobre sua pergunta, se é Nalu xDDD Obrigadona pelo comentário!!
— E Akane essa fanfic realmente não é inspirada no Nº6, nem conhecia o mangá, até ler o seu comentário xDD Li algumas coisas sobre, e realmente é uma grande lembra alguns fato, só lembram, pois pode ter certeza a coisa aqui é outra XDD E obrigada pelo comentário XDD Será que seus palpites estarão certos? Bem aqui nesse capitulo pode estar a sua resposta... ou não xDDD
—Não esqueçam de comentarem!!!



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Nenhuma casa planejada pelo sistema havia luxo, todas eram iguais e organizada, a única coisa que modificava eram os números de quarto. O apartamento 3089, do prédio central de Magnólia, era um desse caso, comparado ao de Lucy. Este havia dois quartos, ao invés de um, como da loira, e isso era porque Bisca Moulin e Alzack Connell eram pais, da pequena e inteligente Azuka.
Uma inteligência que não tinha como colocar defeito, a pequena sentiu que a visita da loira era bem mais séria do que Bisca suspeitava.
–Papai adquiriu?
A pergunta saiu tão naturalmente dos lábios de Azuka, que Lucy por um segundo achou que estivesse diante de uma replica modificada de Sting Eucliffe, deixando-a sem ação.
Bisca por outro lado levantou-se bruscamente do sofá onde estava sentada, e o olhar que lançou para Lucy desarmou essa completamente, era um olhar de suplica, pedindo-lhe que negasse aquilo. Lucy desejava ardentemente que pudesse negar, mas como poderia se Alzack fora detectado e agora já se encontrava na região afastada, para qual Bisca e Azuka seriam levadas. Claro caso ninguém as assumisse, o que certamente era o que Alzack queria que a loira fizesse. Entretanto com sua união próxima, ela somente poderia assumir caso seu parceiro assim também quisesse. Mas como saber se isso realmente aconteceria?
Ela suspirou desanimada e passou a mão no rosto, buscando dentro de si ainda algum tipo de coragem para afirmar o que a pequena havia notado. Bisca não estava com paciência.

–Pelo Sistema, Heartifilia, diga de uma vez!

A Loira olhou a mulher diante de si, Bisca parecia mais velha agora que aquela noticia terrível pairava sobre elas.

–Sim, ele adquiriu. – respondeu sem emoção.

Bisca sacudiu a cabeça duas vezes, como que negando aquela confirmação. Tremula recuou de Lucy e voltou a se sentar no sofá, Azuka, que estava em pé aproxima ao sofá, correu para sua mãe, em quem deu um forte abraço. Bisca ficou imóvel, sendo envolvida nos pequenos braços da filha. Lucy olhava aquela cena desolada, sem saber o que fazer ou dizer.

–Ele lhe disse alguma coisa? – indagou Bisca depois de um longo tempo de silêncio.

–Pediu para que eu cuidasse de vocês.

Bisca deu um leve sorriso, um sorriso sem beleza ou qualquer tipo de vivacidade.

–Eu não quero. – disse firme. – Quero ir com ele.

Aquilo surpreendeu Lucy. Embora soubesse que Bisca e Alzack realmente se amavam, nunca imaginou que Bisca iria querer ir para Região afastada por causa de seu parceiro, e ainda colocar sua pequena filha nisso, alguém que ainda nem havia recebido a carta oficial do Sistema.

Carta oficial. Lucy recebera a sua aos seis anos – como todos dentro do Sistema - declarando que estudaria na escola preparatória de Crocus, a única do Sistema que preparava as crianças e os adolescentes para se tornar um agente do Além. Um futuro já pré-programado, que Bisca tiraria de Azuka no momento que a levasse para a Região afastada. Destruindo qualquer chance da pequena dentro do Sistema. Aquilo soava tão injusto para Lucy, embora no fundo realmente não se sentisse dessa forma.

–Tem certeza? – a pergunta saiu automático pelos lábios de Lucy, estava neste instante presa demais nas questões de injustiça criada pelo Sistema, que seguia o protocolo formal daquele tipo de conversa.

–Absoluta. Isso livraria Azuka também do Sistema.

Aquelas palavras adentraram bruscamente dentro de Lucy, pela segunda vez Bisca a surpreendia, dessa vez ainda mais que a primeira.

–Livraria do Sistema? Percebe o que acabou de pronunciar?

Lucy viu o semblante de Bisca mudar drasticamente, sua expressão agora era mais séria, como se Bisca estivesse diante de uma agente desconhecida.

–Desculpa-me, acho que me expressei erroneamente...

–Não, fosse não se expressou erroneamente. – rebateu Lucy se levantando. – Sei exatamente o quis dizer.

Azuka que estava ainda abraçada a mãe virou-se para a loira, desfazendo do abraço.

–Você irá denunciar, não é?

Lá estava a inteligência da menina precoce demais, assumindo o controle da situação.

–Não. – respondeu Lucy firme. – Desde que você tenha cuidado Moulin. Afinal sua opinião pode ser destrutiva, por isso, de hoje em diante, guarde-a para si.

Dito isso Lucy caminhou em direção a porta.

–Ah, estava me esquecendo, amanhã será o dia da minha união, as 15 horas. – virou-se para encarar Bisca que voltara a ficar em pé. – Desculpa-me lhe trazer noticias tão desagradáveis.

Bisca deu um sorriso de lado.

–Seu conselho serve para você também, Heartifilia. Alguém poderia achar desrespeitoso esse seu comentário.

Lucy sorriu em resposta.

–Acho que tem razão. Bem, até mais. – e saiu.




Diferente de Alzack e inúmeros de outros agentes que preferiam ficar longe do central do Sistema, onde ficava o setor do Além do Sistema, Lucy morava em Crocus, num prédio próximo ao central. A razão de viver naquela cidade, era porque passara a grande parte de sua vida ali, e com a morte de seus pais anos atrás, ela achou que o melhor era continuar na cidade onde vivera longe de sua casa e conhecidos.

Entretanto após sua união certamente ela mudaria de apartamento, como talvez de cidade, poderia até mesmo fazer parte da lista enorme de agentes que vivi em Magnólia, ou até da sutil lista dos que vivem em City of Era. Essas coisas simplesmente desanimavam Lucy e não saia de sua mente. Assim que deixou o apartamento de Bisca Moulin, martelando com as palavras que ela disse, foi aos poucos afundando naquela realidade assustadora. Se pegando em tempo em tempo, durante a volta para casa, pensando na lógica verdadeira que tinhas aquelas inquietantes palavras de Bisca. ‘Isso livraria Azuka também do Sistema’. Misturando isso, a sua realidade. Sua união. Coisas inquietantes demais envolviam Lucy, deixando-a sem saber o que realmente pensar de tudo aquilo. Fortalecendo terrivelmente aquela certeza que tivera logo que ouviu o apito no terminal de verificação. O sistema erra.

A sua vontade era de gritar consigo mesma para impedir que essas idéias ficassem dançando em sua mente, corrompendo-a. Diante a sua porta, o apartamento 106, do prédio Azul do centro de Crocus, Lucy suspirou profundamente e abriu a porta.

O apartamento padronizado pelo Sistema, com móveis simples e realmente necessários para se ter, estava com a luz acessa, a loira não suspeitou que havia deixa-a acessa quando saiu pela manhã – pois tinha certeza que a tinha apagado – mas isso não a preocupou, já que sabia perfeitamente quem estava ali.

Sorrindo com isso ela encostou a porta e seguiu pelo mini corredor, que separava o hall de entrada da sala de estar. Ao entrar nesta, visualizou na parte esquerda da sala, onde ficava o balcão que separava a cozinha da sala, um rapaz de excêntricos cabelos rosa, que se mostrava concentrado em sua tarefa, qual Lucy tinha a plena certeza que era de cozinhar, uma vez que o cheiro não negava. Um delicioso cheio de guisado de verduras vermelhas.

Cautelosamente ela seguiu em direção a cozinha, todos os seus pensamentos até então sumirão instantaneamente; uma coisa que não era novidade para Lucy, afinal aquele rapaz sempre fazia isso com ela, fazia com que todos os seus problemas se tornassem nada.

–Você nunca conseguirá me surpreender, Luce. – disse alegremente, virando na direção dela.

Lucy parou alguns passos do balcão, o olhando aborrecida.

–Isso não vale. – disse, para então rir. – Mas tenho certeza que um dia conseguirei.

–Certamente que sim. – rebateu ele, deixando que seu sorriso morresse um pouco.

–Algo de errado, Natsu.? – perguntou Lucy que conhecia perfeitamente todos os sorrisos dele.

–Não, claro que não. – respondeu ele voltando sua atenção em sua tarefa.

Lucy desconfiada aproximou do balcão sentando num dos bancos que havia diante deste, curvou-se sobre o tampo de aço e observou a mão ligeira de Natsu picar um dos ingredientes do guisado.

–O que aconteceu? – Insistiu.

–Já lhe disse que não há nada de errado. – reforçou ele com um de seus sorriso, mirando-a.

Lucy ficou sem jeito diante aquele sorriso, como sempre. Quando estava perto demais do rosado e ele sorria, ela ficava daquela forma, perdida, completamente fascinada por ele. E para não correr o risco de cair abobalhada do banco, ela resolveu se ajeitar sobre este, tirando seu tronco de cima do balcão.

–Fico feliz que esteja tudo bem. – disse ela retribuindo o sorriso.

–E com você, está tudo bem?

Aquela pergunta a fez mergulhar novamente nos problemas que haviam surgidos em sua vida. Alzack e sua união...

Sua União. Minha união.

Lucy ficou um tempo em silêncio, olhando Natsu, sem realmente estar o enxergando, perdida naquela cruel realidade. Qual, foi percebendo aos poucos, poderia ser algo bom. Afinal o Sistema não era, e portanto o parceiro que poderia lhe ser escolhido, poderia ser exatamente quem ela queria. Pensar desta forma a fez sorrir, um sorriso vívido, que não passou despercebido pelo o rapaz.

–O que está lhe deixando tão feliz?

Lucy despertou-se com aquelas palavras, não pelo o contexto em si delas, e sim o tom de voz que o rosado utilizara para pronunciá-las. Embora o semblante dele estivesse alegre, o som de sua voz a pouco não soara daquela forma. E portanto ela queria verdadeiramente dividir sua felicidade, ou sua possível felicidade.

–Você...

Natsu parou o que estava fazendo e a olhou surpreendido.

–Eu? – repetiu confuso.

–Sim.

Lucy voltou a curvar-se sobre o tampo de aço, forçando seu corpo ir em direção ao rosado. Ela apoiou todo o seu peso no braço direito, enquanto sua mão esquerda seguia em direção ao rosto de Natsu. Este estava paralisado, olhando-a perplexo. Lucy nem percebia ao certo o que estava fazendo, somente o percebeu quando assim que tocou o rosto de Natsu, uma carga de eletricidade desagradável passou pelo seu corpo. Surpresa, ela afastou-se do rosado, perdendo o equilíbrio. Natsu diante ao esperado, pulou agilmente sobre o tampo de aço e agarrou Lucy; algo que não resolveu nada, uma vez que outra carga elétrica percorreu o corpo da loira, como também na de Natsu, fazendo os dois irem ao chão.

Lucy afastou-se do rosado, só quando o fez que aquela sensação desagradável cessou. Fazia tanto tempo que ela não sentia aquilo, que realmente tinha sido pega de surpresa.

–Você está bem? – gemeu Natsu, se sentando.

–Sim.

Os dois ficaram um tempo em silêncio, sentados um diante do outro, olhando-se.

–Porque você fez isso?

–Queria lhe sentir.

–Esqueceu que não familiar e não parceiro, não se podem se tocar? O que foi que lhe aconteceu hoje Lucy, esqueceu as leis básicas do Sistema?

Lucy ficou o olhando se levantar, encorajada, ela deixou com que as palavras saíssem, declarando para ele a verdadeira razão daquilo.

–Eu fiz isso, pois estava feliz com uma possibilidade.

Natsu olhou para ela.

–Qual?

–Hoje recebi a carta da minha união, e tenho esperança de que o Sistema escolha você para ser o meu parceiro. Que escolha aquele que amo, como o meu parceiro.

Ela levantou-se e seguiu para ela, antes que ela pudesse tentar abraçá-lo, Natsu recuou negando.

–Quando será sua união?

–Amanhã, às 15 horas. Por quê?

Natsu não disse nada, voltou para cozinha desligando o fogão e depois seguiu decidido para a porta de saída.

–Eu recebi a carta dos programadores, fui recrutado para a Região afastada. – disse com a mão na maçaneta.

Lucy se sentiu sufocada ao ouvir aquelas palavras. Natsu virou-se para ela, sorrindo.

–E como meu primeiro trabalho, escoltarei Moulin e sua filha para a Região afastada, o Sistema me mandou uma carta minutos antes de você chegar. Por um segundo, quando vi aquela carta, achei que fosse você quem eu precisava levar, já que somos próximos. Imaginei que seus sintomas enfim havia sido revelado.

Lucy também achara que seus sintomas iria ser revelados mais cedo, quando aquele apito soou pelo terminal. O Sistema realmente não errava?

–Eu lamentei muito por terem detectado Alzack, embora seja estranho isso, uma vez que ele nunca apresentou nenhum sintoma.

–O que você quer dizer com isso?

Lucy se sentiu no lugar de Bisca naquele instante.

–Nada, só é estranho.

–Bem, até mais. – e saiu.

Lucy ficou um tempo olhando em direção a porta, querendo que ela voltasse a se abrir e o rosado adentrasse por essa e lhe dissesse que era mentira sobre o fato de ser um guarda da região afastada; mas isso não aconteceu, a porta continuou trancada, e a certeza de que o Sistema definitivamente não escolhera Natsu se infiltrava cruelmente em seu coração. Afinal um guarda recém recrutado nunca realizava uma união, uma vez que somente lhe era permitido depois de um mês de serviço...


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Notas finais do capítulo

-Não esqueçam de comentar!!!!