Faltam cinco minutos para o intervalo. Todos estão fazendo a prova de física, mas eu terminei segundos após o início. O sinal tocou. Corri para entregar a minha prova e sai para esperar os meus amigos na porta da sala, Jamie e Rafaela.

Fomos todos juntos comprar os nossos lanches e sentar no nosso local habitual, uma escada próxima a lanchonete. Um dia totalmente normal, rimos e comemos durante alguns garotos da nossa turma jogavam bola.

Voltamos para a sala de aula para o início da aula de história. O professor passou uma atividade em grupo, e eu obviamente fui com o Jamie e a Rafa. Durante a realização da tarefa, o diretor da escola começou a falar pela caixa de som:

Queridos alunos, tenho uma ótima notícia!

Eu tremi. Esta não é a voz do diretor, nem de qualquer outro professor. Era uma voz grossa e fria, como se fosse de um computador.

Teremos um jogo na escola de vocês. Um jogo super divertido, onde apenas alguns irão participar. O prêmio é maravilhoso. O direito de viver

Eu e a Rafa trocamos olhares nervosos, ele disse “direito de viver”?

– No mínimo é algum aluno tentando pregar uma peça, mas bem que não é má idéia. Pelo menos atrapalhou a aula- disse Jaime

– Tem razão - disse incerta.

Vocês estão sendo observados por um bom tempo, assim, escolhemos uma pessoa de cada série do ensino médio e da nona série, mais dois dos seus melhores amigos para o nosso divertido jogo!

–Nona série? Que ótimo!-disse a Rafa sarcasticamente- quem será o da nossa sala?

Como são, no total, sete salas contando com as turmas da manhã e da tarde, serão 21 alunos nos jogos. Sendo somente três vencedores de todas as turmas. Mas várias pessoas devem está se perguntando “Quem é esse cara do som?” vou lhes responder. Todos os alunos de todas as séries devem comparecer imediatamente no ginásio da escola. Agora.

–OK, a brincadeira já está indo longe de mais. Acho que é real - disse.

–Acho que não, Thalia. Mas quero agradecer quem fez a brincadeira, não agüento mais aulas - respondeu Jaime.

Descemos as escadas e caminhamos até o ginásio. As turmas se dividiram e sentaram nas arquibancadas. Eu não estava vendo ninguém, nenhum professor ou diretor. Apenas alunos, até mesmo o professor de história que desceu conosco tinha sumido.

As janelas do ginásio se fecharam, junto com as portas. Estávamos todos presos. Um homem baixinho, com óculos escuros e roupas roxas apareceu com um microfone no meio do ginásio.

–Sejam bem vindos ao primeiro jogo da escola Well!- disse ele- já escolhemos os jogadores de cada sala. Primeiramente, devem estar se perguntando “onde estão os professores?” Certo, eles estão bem, por enquanto.

– Por enquanto?- Jaime disse- quem é este cara?

– Bom, o meu nome é Louis- o ser estranho continuou- e serei o juiz e realizador do jogo. Primeiramente, eu direi quem são os jogadores!

Ele puxou uma lista do bolso e começou a ditar os nomes:

–Nona série A: Milena, Carolina e Hudson. Nona série B- eu tremi, era a minha série, tinha medo de que algum dos meus amigos fosse, tinha um péssimo pressentimento a respeito deste jogo- Thalia, Rafaela e Jaime.

– O que?!- a Rafa disse- Nós? Por quê?

O ser estranho - Louis- continuou a ditar os nomes. Eu pessoalmente não conhecia nenhum dos nomes citados, mas um me chamou a atenção:

– Segunda série A: Carol, Vitor e Pedro

Não. Pedro não. Ele é o meu irmão mais velho, com 16 anos, enquanto eu tenho 14.

– Pedro... Não é o seu irmão?-disse Jaime

–S-sim-gaguejei.

O Louis acabou a lista:

– Por favor, todos os chamados se levantem para serem prestigiados!

Nós nos levantamos, mas todos simplesmente nos olharam com pena. Pelo jeito eu não era a única que achava que tinha algo errado.

– Agora eis as regras do jogo. Vocês passarão duas semanas dentro desta escola, ou menos dependendo se alguém ainda estiver vivo, e terão que sobreviver apenas com o que acharem na escola. Os únicos que sobreviveram serão os que acharem os três medalhões com o símbolo da escola, os outros 18, bem... Morrerão.