O Escolhido escrita por Matheus Rabelo


Capítulo 3
3




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– Quem está ai?- disse me levantando bruscamente e ofegando.- Foi só um sonho.- disse para mim mesmo.

– Caraca! Tenho que levantar!- disse olhando para o despertador, que era 16: 40.- Dormi por 4 horas!? Deveria ser só duas! Tenho uma tonelada de coisas para fazer!- disse para mim mesmo enquanto ia para cozinha. - Lavar vasilha primeiro. Graças a Deus tem pouca.

Fui indo arrumando, tudo que tinha de fazer.- Maxwell vai chegar daqui alguns minutos.- disse com um nó no estômago.

Plac! Ouvi a porta bater. Quando vi era Maxwell, o "Idiota Real".

– Você fez tudo moleque?- disse ele olhando com cara brava para mim.

– F-fiz.- disse gaguejando, quase murmurando.

– Fala mais alto, seu inútil!- e com isso ele me deu um murro na cara. - Espero que isso faça você falar, igual homem... ou pelo menos igual gente!- e com isso ele saiu.

– Ainda vou fazer você se ferrar, seu desgraçado!- disse falando comigo mesmo. - E como!- disse para enfatizar.

Depois daquela humilhação, corri para o meu quarto tranquei a porta, e liguei e televisão de plasma no meu quarto. Sinceramente éramos ricos. Minha mãe era uma grande executiva, e o otário do Maxwell, dizia que ajudava ela no seu emprego de advogado- que na verdade, ele não trabalhava muito- liguei a minha televisão, arrastei um puff, e fui ver televisão. Caraca não estava passando nada de bom! Felizmente achei um canal aonde estava passando filmes muito legais.

Mas algo, aconteceu, algo misteriosamente, estranho. A televisão começou a mudar de canal sozinha, como se estivesse possuída! Depois do meu pequeno ataque de pânico, comecei a notar, que sempre ela dizia repetidamente, mas mudando de canais, formando uma frase:

– Procure John Miller! Procure John Miller!- a televisão disse mudando de canais loucamente.

E depois, voltou ao canal que eu estava assistindo.

– Que porra aconteceu aqui?- eu disse para mim mesmo, com os olhos arregalados.- Muito sinistro e...- foi quando a televisão começou de novo com aquela "mudação":

– Procure John Miller, ou sofra as consequências! Procure John Miller, ou sofra as consequências!- desliguei a televisão, rapidamente.

– Ou o que?- gritei para a televisão desligada, esperado uma resposta. - Devo estar ficando louco! Olha a que ponto cheguei! Estou conversando com uma televisão!

Quando minha mãe chegou, fui dá um breve "oi" para ela. Mas antes Maxwell, me deu um olhar tipo "conte para ela, para você ver o que acontece" "Que cara louco" pensei. Mas realmente, eu queria contar nada para minha mãe. Para que? Para ela jogar na minha cara tudo o que Maxwell, fez -pelo menos é o que ela diz- então decidi deixar por isso mesmo, além disso nunca sei o que Maxwell poderia fazer com minha adorável (mais bobinha) mãe.

– Oi mãe- disse rapidamente e voltando para o meu quarto.

Peguei um dos tipos de livro que eu mias gosto, os de suspense! Comecei a folhear e procurar da parte onde parei. - Aqui!- gritei quando achei a parte. Passado alguns minutos, o livro mudou de página sozinho. - Brisa- murmurei para mim, mas logo vi que as janelas estavam fechadas, por causa do inverno de Detroit. - Pelo menos quero acreditar que seja- disse para mim mesmo. E falando isso voltei, para a página onde eu estava. Depois e folha virou de novo, mas dessa vez, mais rápido, e eu já não podia controlar, o que estava acontecendo! De repente vi minhas canetas, voarem ao meu redor, e sublinhar palavras, dos livro, e quando a tortura acabou estava escrito:

– Procure ele! Imediatamente!- li em voz alta. - Ok! Que pegadinha é essa por acaso? Estou em um programa de televisão? Ok, vocês já ganhara, confesso que fiquei assustado. Então chega!

– Mitchell?- ouvi a voz da minha mãe, atrás da porta- Está tudo bem com você?

– Claro, mãe, só estava... lendo um negócio em voz alta, aqui do livro.- tentei soar mais calmo possível.

– Okey então- ouvi sua voz falhar.- se quiser conversar, estarei aqui está bem?- disse ela com uma voz melancólica. Eu sabia que minha mãe queria ser uma boa mãe, mas sinto que o Maxwell, atrasava a vida dela, ele era uma pedra na vida da minha mãe.

– Tá bom, obrigado- disse.

– Está bem então- disse ela indo, ouvi seus passos ficando mais longe.

Depois de um tempo, fui comer algo, e fiz minha rotina de sempre, peguei um dvd, e fui assistir a um filme. No final do filme, vi que já era tarde , e fui dormir.

Estava dormindo tranquilamente, quando comecei a suar, e uma dor insuportável, corroeu minha espinha das costas, e minha boca, começou a liberar saliva- eca!- e meus olhos ficaram branco, e parecia que eu ia ter uma convulsão, mas isso era diferente, isso realmente doía bastante, eu estava achando que iria morrer. Então ouvi uma voz na minha cabeça. " Eu te falei que você iria sofrer as consequências" aquela voz me era familiar, era a voz da noite passada! Só que ela não estava mais dócil, nem meiga, estava soando, áspera e sem vida. "Procure o John Miller" e com essas últimas palavras, minha dor foi sumindo junto com elas.

–Preciso encontrar o John Miller- disse baixinho para mim.- Olha só voz misteriosa, se estiver me ouvindo - e voz tem ouvidos?- quero que saiba, que eu vou procurar o John Miller. Só me dê tempo, por que agora, não vai dar, prometo que amanhã mesmo irei nele.

Ouvi um sussurro na minha cabeça " Muito Obrigada", e com isso pensei " Ela é uma mulher."E voltei a dormir.

Meu despertador tocou mais uma vez, e outra, e mais outra, enfim, muitas vezes,até eu desligá- lo. - Mais um dia- disse sem o menor ânimo. - Vou procurar o John.- disse confiante. E para falar a verdade, eu tinha um plano, na verdade não sei que isso pode ser chamado de uma plano, eu ia matar aula, e ia até ao hospital, procurar o John. E fui comer, fazendo minha mesma rotina. Tive café da manhã, me arrumei, e peguei minha mochila. E saí.

Peguei o metrô que parava a alguns passos do hospital. Entrei no hospital e fui até a recepcionista. Ela era loira, com os olhos castanho, eu até poderia dizer que ela era bonita.

– Olá tudo bem? Queria falar com o doutor John Miller.- disse soando normalmente.

– Me desculpe, mas aqui no hospital, não tem nenhum John Miller.- ela disse soando meio confusa. E com essas palavras, meu mundo parou, comecei a pensar "como assim? Ele que me atendeu, e me "curou"!" Senti tudo desabar,e o pior de tudo, a voz iria continuar me perseguindo.


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