Então qual é o plano? – pergunta Leo.

– Nós vamos até a origem, e deixamos o Ope lá, dã! – responde Luna impaciente.

– Mas porque nós simplesmente não entregamos o Ope para os deuses? – continua o filho de Hefesto.

– É porque se o Ope não voltar para a origem, ele não retornaria mais para o museu de Alexandre, e a origem ficaria aqui para sempre, e isso não seria nada bom! - responde Sofia.

Thalia ouviu uma voz, mas parecia que apenas ela e Luna haviam escutado, pelo fato de possuírem a benção de Ártemis, e por isso possuírem a audição aguçada como a de um lobo.

– Você ouviu isso? – pergunta Luna, tensa.

– Sim. – responde Thalia.

– Ouviram o que? – pergunta Percy.

– Esse grito, vocês não escutaram? – pergunta Luna, e todos os outros quatro balançam a cabeça. Eles descem um pouco mais com os pégasos, e desta vez todos ouvem os sons, eram gritos de socorro, vindos de diversas vozes.

– Nós precisamos ajudá-los! – diz Leo

– Mas e se for uma armadilha? – pergunta Annabeth.

– E se não for? Somos heróis, é isso que fazemos, salvamos as pessoas, e se for uma armadilha... – diz Percy

–... Nós nos ferramos. – continua Luna, fazendo todos rirem.

– É. – conclui Percy.

Os berros vinham de uma casa abandonada, era uma grande mansão, com uma enorme porta de madeira negra. Eles pousaram na frente da residência, e entraram naquela casa que parecia mal assombrada. Atrás deles a porta se fechou com um enorme barulho.

– Calma, deve ter sido o vento. – Leo tenta amenizar a situação.

– Que papo furado. – provoca Luna.

– Valeu Srta. Otimismo. – continua o garoto da manutenção.

– Não tem de que. – responde a Criança da Lua.

O lugar era iluminado por tochas de fogo grego, seria bonito se o lustre não estivesse em cacos, e os móveis não tivessem espalhados e quebrados. O chão era cinza, mas um dia deveria ter sido branco.

– Eu sinceramente não gosto deste lugar. – diz Sofia encarando uma teia de aranha.

– Concordo plenamente. – concorda Annabeth olhando para o mesmo local que Sofia.

Os gritos de socorro foram ouvidos novamente, e vinha de um lugar que parecia ser o porão. Quando eles entraram, novamente a porta bateu atrás deles, fazendo com que o lugar ficasse na completa escuridão, dava apenas para ver os olhos verdes acinzentados de Luna brilhando, sinistro.

Então em um canto outro par de luzes surgiu, eram vermelhas, e com certeza não eram os olhos de luna. As tochas se acenderam, e eles escutaram os gritos novamente, mas não vinham de várias vítimas, mas sim de um, monstro, o dono dos olhos vermelhos. Annabeth estava certa era uma armadilha.

A criatura era horrível, e familiar para Thalia, possuía corpo de leão e pelo vermelho-ferrugem. No lugar de patas possui cascos, como os de um cavalo, e a cauda estalava como um chicote. A cabeça era uma mistura de cavalo e lobo, com orelhas pontudas e focinho alongado, e os lábios negros pareciam humanos. Um Leucrota.

– Um Leucrota! – gritou Luna antes de Thalia.

– É eu sei, tenho experiências ruins com esse bicho, a última vez que eu vi um desses, eu estava com o... – Thalia não conseguiu continuar.

–... Com o Luke. – completou a Criança da Lua, Thalia assentiu e continuou:

– Eles têm uma grande capacidade de imitar vozes humanas, como os ciclopes.

A criatura começou a avançar, e todos sacaram suas armas.

– Tentem atirar algumas flechas! – diz Percy à Thalia e Luna.

– Não adianta, nada pode ferir a pele dele, a única coisa que o vence é fogo... – explica a filha de Ártemis.

– Deixem o garoto em chamas salvar o dia! –interrompe o filho de Hefesto, que convoca fogo, e atira no monstro, que apenas recua, e momentos depois retorna.

– Haha, ela só pode ser vencida por fogo... Grego! – diz Luna.

– Ah, ta.

– Annie, Sofi, peguem algumas tochas na parede enquanto agente distrai o bicho. – pede Luna.

– Tudo bem! – respondem as filhas de Atena em uníssono.

Thalia e Luna atiram flechas no Leucrota freneticamente, enquanto Leo atira chamas no animal e Percy o cutuca com Contracorrente. Duas outras portas e de cada uma sai mais um Leucrota, Ah que maravilha! Pensa Thalia mirando uma flecha no segundo monstro.