Corpse Party- Insanity escrita por Takahashi Kaori


Capítulo 2
The Closed Spaces


Notas iniciais do capítulo

Segundo capitulo
Desculpe qualquer coisa



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Meu corpo dói, meus pulmões respiram com dificuldade,meus olhos estão pesados. O que está acontecendo? De repente meu corpo está tão pesado. Eu abro meus olhos e mal acredito no que vejo, que lugar era aquele? Tão velho, tão esquisito, tão... Diferente...

Aquela não era minha sala de aula, o chão estava estragado, cheio de buracos, as paredes descascadas. Era uma sala abandonada.

-Que merda é essa? Onde eu estou?Rin? Yamiko? Kaito?Kyoya? Ronnin? Alguém? 

Nada.

Eu suspiro e um  cheiro horrível invade minhas narinas, meu estômago revira. Eu tento abrir as janelas mais elas parecem estar fixadas a parede como um enfeite. 

- Esse... Cheiro... Eu tenho que sair daqui. Parece que alguma coisa morre... Eeeek!

No chão, o corpo de uma estudante entrava em decomposição. Suas feições estavam tão assustadas  quanto eu. Chega! Que lugar era aquele? Oque aconteceu ali? Ela tinha as orbitas onde deveriam ficar os olhos vazias, levava as mãos no pescoço, onde parecia ter sido atacado varias vezes por algo grosso e afiado.

- Isso é uma pessoa? Ela está morta? Oque é isso? Ela é de verdade?

Do lado da garota tinha um pedaço de papel ensanguentado. 

" Se alguém estiver lendo isso... Deus! Saia daqui! Rápido! É o inferno! É horrível, mesmo depois de morrer dói muito. Dói muito! Me desculpe ,Yuna. Eu te deixei ir, eu não queria. Queria te salvar e acabei deixando você morrer. Tanta sede, cansaço, fome...

Tanta dor.

Yuna, toda vez que ela me  corta, toda vez que ela fura meus olhos, eu penso em você. Eu aguento a dor porque penso que te verei de novo.

Me ajude. 

Dói muito!

Faça parar.

Me mate de uma vez!"

- Não... Não! Oque é isso!? Que lugar é esse? Eu tenho que sair daqui! Eu quero ir para casa! 

Eu larguei o papel ,abri a porta da sala e sai. Socorro! 

Comecei a correr sem direção gritando meus amigos.

- Ami? Ami! Aqui! 

Era a voz de Yamiko.

- Yamiko? Onde você está? 

Segui sua voz e a encontrei do outro lado de um grande buraco.

-Dá pra você pular?- disse Yamiko quase chorando.

-Não... Mais... Se tivéssemos uma ponte... Algo assim.

-  Já sei o que fazer. Me espere aí!

Yamiko voltou alguns minutos depois com uma tábua de Madeira de baixo dos braços. Ela colocou a tábua como uma ponte entre as duas partes. Atravessei e a abracei.

- Eu... Pensei que eu estava sozinha nesse... Nesse...

- Tudo bem. Esta bem agora. Nós vamos sair daqui juntas.

Eu segurei meus soluços, Yamiko precisava de mais apoio que eu naquele lugar. Sempre tão frágil, ela era muito sensível. Eu precisava ser forte e conforta-la.

- Vamos achar os outros, certo?- disse eu me soltando de seus braços.

- Vamos.

Andamos pela escola e gritamos os seus nomes. Nenhuma resposta. Foi quando entramos em uma sala de aula e, subitamente , a porta se fechou fazendo um estrondo enorme.

- O que?- me aproximei da porta e tentei abri-la. Estava trancada.- Abra! Abra!

Do lado de fora uma garota de vestido vermelho passou correndo e parou em frente a porta, deu um sorriso e saiu.

- Ami! Ami! Minha nossa! O que é isso? 

Yamiko tinha caído no chão e estava olhando assustada para um corpo de uma outra estudante. Dessa vez, o olhar da estudante estava cheio de cólera. Parecia ter morrido recentemente, o cheiro de sangue ainda era perceptível. Suas entranhas estavam expostas  e caídas no chão, suas pernas estavam quebradas.

-Acostume com a idéia de morrer assim, tolas!

Olhamos para porta e vimos algo parecido como uma fogueira vermelha que emanava medo e tristeza.

 - Morrerão assim como ela. Todos morrem. Eu morri! 

- O... Que é você?- eu disse aterrorizada- Quem é você?

- Eu era a mesma coisa que você. Vocês estão presas nesse espaço fechado. Nesse universo alternativo cheio de dor. Sem amigos, sem escapatória. Vocês vão sentir dor. Vão morrer.

- Pare! Pare! Pare!- eu gritei- Nos deixem em paz! Saia daqui!

Yamiko estava chorando e o espirito se aproximou dela.

- Dói, não é? Sinta dor!

Yamiko levou as mãos ao peito e começou a gritar, enquanto isso o espirito emitia um som metálico que parecia ser sua risada. Eu me levantei e cerrei os punhos.

- Pare! Eu mandei parar! Saia daqui!

-  Você não manda em mim, vadia! Vão morrer nessa sala mesmo. Ela virá pegar você.

Ele desapareceu e Yamiko parou de gritar.

- Me ajude, Ami. Eu quero ir para casa! Eu não quero morrer.

- Não vai morrer. Nós vamos sair daqui.

Estamos presas nesse espaço fechado? O que significa isso?

 Do lado do corpo da garota tinha um papel ensanguentado.

" Me ajude, alguém! Eu não quero morrer. Ouço chuva lá fora, mais eu não acho saída. Quero matar minha sede! O espirito me falou que estou presa. Não! Eu quero ver meus amigos! Me tire daqui! 

Estou desesperada! Me dê esperança!

Ela vem me buscar.

Ele disse que ela vem! 

Eu só queria ir embora."

- Que lugar é esse?- disse Yamiko chorando- Por que estamos aqui?

- Esse lugar é desumano! Quem criou esse lugar deve ser um psicopata!

Eu estava com medo. Com mais medo que eu jamais senti na vida.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado