Você Me Daria A Honra De Sobreviver? escrita por Wah


Capítulo 3
Capítulo 2 - E agora?


Notas iniciais do capítulo

Demorei muuuuito D; (preguiçosa e.e) , mas ta aí!



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Em meio à escuridão, terra, árvores sinistras, frio e uma densa chuva, é possível encontrar uma menininha de mente brilhante, mas naquele momento era apenas uma menininha assustada, preocupada e agoniada. Depois de tanto correr, escorregou na grama e caiu dolorosamente contra o chão, sem forças para prosseguir. Imaginou que fosse morrer ali, sozinha, com frio, mas o destino havia preparado-lhe algo muito pior.

– Tsc... - Resmungou fracamente para si mesma. - Com a morte de meus amigos em conjunto com a minha, essa lenda de Slender Man irá tornar-se ainda mais extensa.

– É... Você tem razão. – Uma grossa voz sussurra no pé de seu ouvido, a garota sente o estranho cheiro de... Morte, que aquela criatura tem.

–... – O espanto é tão absurdo que as palavras simplesmente não conseguem sair, a boca abre e fecha, tentando inutilmente proferir palavras e gritos, porém o único sentido capaz de funcionar é a sua visão, que prova ser ainda mais útil quando desaba em lágrimas.

– Garotinhas, garotinhos ou apenas crianças são sempre muito fofos, se assustam tão facilmente, não é mesmo? – A criatura sem rosto para de joelhos em frente a Kate e segura seu rosto. – Você sabe o que faço com crianças?

– A-aah... E-e-u-u...

– Eu imaginei que não soubesse, talvez nunca saiba, pois não farei com você o que sou acostumado a fazer com as outras. – Ele se aproximou ainda mais de seu rosto, a única coisa visível no rosto da criatura era a textura incrivelmente pálida e a enorme boca ensanguentada cheia de dentes afiadíssimos, o resto não existia. – Jeff está aqui.

– J-J-Jeff? – A morena demonstrava medo não apenas no timbre de sua voz, como também nos olhos fundos, tremedeira e palidez indescritivelmente exagerada.

– Sim, ele sente muito a sua falta, Kate. Contou para mim que estava ansioso pela sua chegada e que vai homenageá-la por vir de tão longe apenas para morrer tragicamente, em equipamentos tão cruéis quanto os encontrados na Idade Média.

– Eu não vou morrer assim! – A garota respirava profunda e rapidamente, como se tivesse acabado de passar por um surto de raiva. – Eu vou levar vocês dois á justiça, eu juro!

– Oh... Você é mesmo muito bonitinha, sinto excitação na ponta dos tentáculos a te ouvir falar! – O timbre da voz do “homem” a sua frente cheirava falsidade, como se fosse uma brincadeira de péssimo gosto.

– Que t-tipo de cara é v-você?

– É realmente uma pena dar você, mas não posso fazer nada. Esse foi meu acordo.

– Você fala demais! Onde está Jeff?! – Kate olhava para os lados, impaciente e receosa.

– Eu estava aqui o tempo todo... – Um garoto de cabelos rebeldes aparece atrás de uma árvore, os dedos melados de sangue, segurando uma faca pingando. Trajava um casaco branco e uma calça preta, estava imundo de tanto líquido vermelho em seu corpo, cabelo e face. Sorria destemidamente, mesmo que estivesse com medo ainda estaria sorrindo. – Há quanto tempo, não é mesmo? Eu estava lá atrás, pensando qual seria a melhor maneira de te matar, as maquinas de torturas antepassadas são realmente tentadoras!

– Você é um covarde, eu estou em desvantagem. Como pode se chamar de assassino colocando seu oponente em um “dois contra um”!

– Chame a si mesma de covarde, pois foi a mesma coisa que fez comigo quando me prendeu! – A garota encarou o assassino e baixou o olhar, mordendo o lábio inferior em desaprovação do que acabara de falar. – Mas se quer tanto uma luta justa, eu não me importo. Será mesmo que você, uma menina desprovida de qualquer tipo de atributos físicos iria conseguir derrotar um dos piores assassinos da Europa? Eu acho que não...

– Tsc. – E agora? O que iria fazer? Não há maneiras de fugir, nem ao menos de derrotar o inimigo. Seria possível, naquele momento tão terrível, usar seu cérebro? Sua melhor arma ainda estava ali, teria como usá-la nessa ocasião? A resposta era sim, claro que sim. Precisava bolar um plano, o melhor de todos, para escapar do seu inimigo era necessário fazer qualquer coisa.

– Esse é o seu melhor? Um “tsc”? Na verdade, não me importo. Não estou a fim de ouvir suas rejeições, quero ouvir seus gritos, sua melancolia, pois já pensei na melhor forma de te matar. – O moreno começara a imaginar um dos objetos que escondia naquela floresta. – Leve-a Slender, eu não quero carregar essa “coisa”, vai ficar se debatendo e fará minha raiva aumentar de forma que eu a mate sem pensar, sem dor... Só de pensar nisso, fico extremamente insatisfeito.

– Não vejo o porquê dela não se debater caso eu a carregue. – Explicou o homem sem face.

– Use seus tentáculos, além de não ter rosto você também é desprovido de cérebro? – O moreno encarou de relance o mais alto, percebendo uma veia saltada, que significava sua irritação.

–... – Kate nada disse, estava ocupada demais arquitetando o plano perfeito, mas mesmo assim usava sua audição com o intuito de prestar um pouco de atenção no que eles diziam. Isso poderia ser usado contra eles depois, como em um tribunal. O fato de eles brigarem também poderia ser muito útil, sim, colocar um contra o outro poderia valer muito a pena. Imagine se eles lutassem entre si e esquecessem a morena? Seria muita sorte, na verdade, seria mais sorte ainda se eles morressem lutando. Dane-se, ela precisava focar no que era realmente útil, verdadeiro, não poderia ficar sonhando em um momento como aquele.

O homem alto enlaçou seus tentáculos em torno das mãos, cintura e pernas da vítima, que mesmo naquela situação tentava focar-se em sua própria sobrevivência, enquanto ainda tinha tempo, enquanto ainda não sentia dor. No caminho os dois homens discutiam coisas desconexas sobre a garota, infelizmente em nenhum momento disseram qual era o objetivo para lidar com Kate, ou o que iria acontecer com ela, se tivessem falado, seria muito útil para ela descobrir como fugir, como prendê-los, ou até mesmo como MATÁ-LOS.

Ei garota você está muito quieta. – Jeff olhou para a garota, que mesmo ouvindo a suposta reclamação, ignorou. – O que houve? O gato comeu sua língua?! Talvez eu devesse arrancá-la, talvez além do que tenho em mente também poderia fazê-la passar por um processo de mumificação. O que acha?

–...

– EU ESTOU FALANDO COM VOCÊ! NÃO ME IGNORE!

– Eu... Não quero falar. – Droga, aquele cara estava atrapalhando seus planos de efetuar um plano (?)

– Por que não quer falar? Por que não implora por sua vida? Ou por uma morte rápida? Por quê?

– Pessoas dignas de um trabalho investigativo como eu não fazem coisas vergonhosas desse tipo!

– HAHA! Pelo visto já esqueceu o fato de ter trazido muitos homens atrás de mim, garota covarde! – Esse cara, apesar de cruel e sádico, é extremamente infantil!

– Eu não quero falar com você! Pare de tentar chamar a minha atenção, já não estou sendo suficientemente castigada?! Além de ter perdido amigos, ser pega por dois assassinos terríveis, terei também que ouvir você tagarelar?! – Naquele momento lembrou-se da tristeza que passou nas últimas horas, não pode deixar de lembrar-se de Elliot, foi quase uma depressão de meio segundo, mas reagiu. Não poderia naquele momento desabar em suas mágoas, em suas tristezas, precisava ser forte e pensar em alguma coisa, era necessário para que as pessoas da época ou até mesmo as próximas gerações não convivessem com estrumes que no momento, carregavam-na em direção a um local secreto.

– Você é mesmo cara-de-pau. – O moreno cessou os passos, olhando para o local a sua volta. - Mas isso não importa agora. O importante é ouvir você gritar, e nós já chegamos.

–... – Novamente, tirou sua atenção de devaneios e voltou-se para o lugar que via, uma “mini mansão”, bastante assombrosa, esquisita.

Slender e Jeff caminharam em passos largos até chegarem à porta, que foi aberta pelo mais novo, fazendo um ruído estranho. Quando adentraram, ligaram algum tipo de luz, cuja mesma era bem fraca e ouviram a porta fechar por causa do vento frio. Slender soltou a garota no chão sem se importar, sentou em um banco próximo a porta, é como se tivesse ficado de vigia, apenas observando o que iria acontecer.

– Ok, nós já chegamos, você obedecerá minhas regras! – Jeff insinuou autoritário.

– Humpf.

– Finge que não se importa, não é mesmo? Cada rejeição ou desordem será menos um dedo na sua mão! – Como mágica, a garota posicionou-se para o assassino com medo e submissa, como se esperasse alguma regra.

– É bem melhor assim. – Observou a garota engolir o seco. – Tire as roupas, elas vão atrapalhar o funcionamento da máquina.

– O-o-o-o q-quê?

– Tire as roupas!

– Acho que eu n-não entendi m-m-muito bem-m.

– Está surda menina?! Quer que eu mande o Slender tirar pra você?! – E agora, o que iria fazer? Nesse momento um pequeno plano é feito na cabeça da jovem garota.



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Notas finais do capítulo

MWHAHAHAHAHA ...