Não poderia mais ver seus olhos
nem sentir sua pele
Perderia-me na escuridão
Cantaria para encontrar uma saída
Não viveria mais em um labirinto
Não bateria na contra mão desta estrada
Viveria e morreria ao mesmo tempo
Somente a velocidade da luz
Diria verdade, somente ela lhe encontraria
e sua imagem seria refletida em um espelho
de preferência enlouquecido
Pois, os contrastes são surreais,
Como vida, como você
Cada segundo, de seu desespero
faria  como que os mundos fossem destruídos
Eu estaria próximo de seu corpo
E estenderia a mão
para depois caminhar sozinho
pela chuva através de seus olhos.

Na fantasia, nas suas formas de pensamentos
Lembranças viriam me atormentar
Caça-me por toda parte
Tentariam me matar
E as mataria com força de um abraço
Seria o seu grande vilão
E você a minha heroína
Travando um combate mortal
Na praia de lembranças (onde)
As palavras seriam espadas
O sorriso, o arco e a flecha
Olhos, o escudo da alma
E sua boca, o sangue
que escorre após, cada vitória.

Anos se passariam
As histórias se cruzariam
E veria as cicatrizes
Sentiria e pediria o perdão
cada erro, cada acerto
pouco valem diante de você
Ficaríamos longe, mas estaríamos próximos
mesmo que voz fosse diminuindo
Estaríamos vivos dentro um do outro
Levado pelo vento cada momento junto
Cada aprendizado, e seguiríamos em frente
buscando novos sonhos
no meio dessa multidão
Levaríamos o nosso orgulho
para alto, chegando as nuvens sagradas
sentado do alto da montanha
para contar as histórias de nossas vidas.