Ups And Downs: Todos Os Caminho Levam Ao Mesmo Fim escrita por AsCumadre


Capítulo 9
Won't take long for me to move on




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POV’S ADAM

Tentei me distrair desses problemas envolvendo a Lily e aqueles dois. Fui para o treino de futebol americano. Ainda bem que pelo menos esse esporte o Nick não pratica. Mas como tudo nessa minha maldita vida de sofredor [não, ele não é corintiano!] não é fácil, as líderes de torcida estavam treinando também.

Vi Emy vestida com um shorts de ginástica e uma camiseta branca esbanjando toda sua boa forma. Ela corria junto com as outras para se aquecer. O problema é que não importa onde ela está, ela sempre se destaca. Mesmo no meio de mais quinze meninas bonitas usando shorts curtos e apertados e regatas.

- Hey, Adam! – disse Chang, o amor da Fany. Como ela pode querer esse oriental ao invés de mim?! O cretino jogou a famosa e querida bola oval em mim. Infeliz! – Para de secar a garota, meu.

- Não to secando ninguém!

- Ah ta. Isso não é ficar secando? – ele ficou olhando vidrado para as garotas correndo, sem ao menos piscar.

- Af, cala boca! – eu ri. – Não tenho essa cara de idiota.

- Você que pensa, quarterback.

O técnico nos chamou e disse que íamos fazer um treino especial por causa do jogo da semana que vem contra os Spartans de San Jose State. Mesmo que o time oponente não fosse difícil, tínhamos que começar a temporada bem.

Saí do treino quebrado, só porque fiz umas piadinhas com a minha defesa, ela deixou os zagueiros passarem e me derrubarem. Isso aconteceu muitas vezes! Eu andava como se tivesse amputado as pernas, se isso é possível...

Eu estava no vestiário, tomando um bainho, ficando cheirosinho. Enquanto os outros também se banhavam, o que não é uma cena muito bonita de se ver, se é que me entende. Bom, tinha um cara novo, vamos dizer que ele era... Hm... Bem dotado, quer dizer, ele tinha três pernas, cara! Não que eu fique reparando, mas é verdade. Eu tava com medo daquele negócio sair rastejando pelo vestiário e... Bem... Por isso eu terminei meu banho bem rápido.

Sai para a parte dos armários todo sexy enrolado na minha toalha e me deparei com uma coisa bem estranha. Estavam nos assaltando!

- What the hell? – não pude deixar de falar.

- Ah! – cinco garotas gritaram. Pelo que entendi, elas eram novas membros das cheerleaders. Acho que era uma prova para serem aceitas de verdade.

As garotas saíram correndo com cuecas na mão. Claro que elas olhavam para trás pra dar uma conferida nesse corpo gostoso que Deus me deu.

- Será que elas...? – fui checar meu armário para ver se minha cueca tava lá. – Droga!

- Perdeu isso? – Emy saiu de trás de um armário. Não, ela não é o Mário!

Bom, vamos dizer que meu amigão embaixo da toalha levantou. Eu sei, pareci um adolescente entrando na puberdade, mas é bom deixar claro que isso não acontece com freqüência! Entretanto, aquela garota era muito... Não é todo dia que uma Emy aparece no vestiário masculino usando toda aquela pouca roupa, com um sorriso safado no rosto e ainda por cima com sua cueca na mão. Coloquei a mão na frente para esconder my dude. Ela pensou que eu só estava com vergonha.

- Er, valeu. Pode devolver agora.

- Não.

- Hã?

- Não vou devolver até você me explicar porque você ficou tão bravo.

- Eu já disse...

- Você não disse nada, loiro.

Eu queria pegar a cueca da mão dela, mas eu tinha que esconder, bom...

- Emy, por favor...

- Não, loiro! – ela parecia se divertir um pouco.

- Tira esse negócio de perto de mim! – a voz de algum cara ia saindo do chuveiro.

Emy saiu correndo do vestiário. Com a minha cueca.

Encontrei com a loira no elevador da republica.

- Minha cueca. – eu disse com a mão estendida.

- Não.

- Já pode me devolver agora.

- Não.

- O que você vai fazer com ela?

- Vudu. – nessa hora a porta abriu e ela saiu. Tenho que admitir que me assustei um pouco. Eu meio que acreditava nessas coisas.

- Isso não existe. – eu disse para parecer mais corajoso e cético.

- Então por que parece que você ta com medo? – ela dizia rindo. – Eu sou uma bruxa, loiro.

- Você é besta, loira. Isso sim.

Já estávamos dentro de casa, ela subia as escadas, fui junto.

- Por que você ta me seguindo?

- Quero minha cueca.

- Isso? – ela tirou da bolsa.

- Me dá!

Começou a disputa pela cueca, e tentava pegar da mão dela e ela fugia. Como aquela garota sabia segurar uma cueca! Não soltava nem a pau!

- Devolve!

- Não! – nós riamos bastante.

- Qué isso? – a voz da amada Fany nos parou.

Não ousei contar a Lily o que aconteceu. Ela ia achar que eu tava traindo a amizade dela conversando com a traidora que era a Emy. Ele ia ficar mal, assim como eu estava por ter gostado tanto daquele momento com a loira.

(...)

Como manter esse corpo sarado que eu tenho não é nada fácil, lá estava eu fazendo a minha musculação sagrada diária na academia do Campus.

Se passado umas duas horas, eu já havia terminado o meu treino e corria na esteira, quando o meu celular tocou:

- Adam! Onde você ta? – Era uma Lily extremamente animada do outro lado da linha, sorri ao ouvir a sua animação.

- Tô na academia, sua louca. O que você tem? – Eu sorria.

- Eu estou muito feliz! E preciso compartilhar isso com você!

- Tudo bem, então... Onde você ta?

- Não importa. Não se mova, estou indo para aí!

                Após uns 15 minutos, uma Lily extremamente sorridente, gritou a me ver:

- Adam!

- É, esse sou eu. – ainda mantinha o riso em minha fala. Será que ela bebeu? Parei a esteira e fui ao seu encontro. Ela me abraçou com muita força. – O que ta pegando? – perguntei enquanto nos abraçávamos.

- O Mário!

- O que?

- O Mário!! – Os olhos dela quase lacrimejavam de emoção. – Ai, você ta suado! – Ela finalmente ficou normal e se queixou enquanto se “secava” – Mas continua sexy, não tanto quando o Mário, mas você tem potencial! – E ela voltou ao seu estado de insanidade.

- Ta, você não esta bem... Senta aí, relaxa, que eu vou tomar uma ducha e aí a gente vai tomar um sorvete, ta bom?

- Sim, senhor gostosão! – Ela disse assim que tirei a camisa e sequei meu rosto com ela. Eu apenas ri.

- Lily! Controle-se, mulher!

- Ta bom, eu vou tentar. – Ela parecia uma criança falando.

                Dei as costas e a ouvi gritar:

- Uh, delícia! Assim você me mata! – Ela gargalhou sozinha logo em seguida.

 (...)

               

                Nós dois pedimos sorvete de flocos. Agora, estávamos fora do Campus, numa sorveteria que era a mais ou menos, umas duas quadras dali.

- Ta melhor agora?

- Agora eu to! Foi mal, perdi a noção! – Ela ria constrangida e eu a acompanhava.

- Supernormal vindo de você, minha amiga.

- Ei! Me respeita, seu loiro!

- E aí, quem é Mário?

- Não, calma. Vou falar a notícia mais antiga primeiro, é que eu só soube agora... Você não vai nem acreditar! – Ela era toda engraçada.

- Diz, aí!

- O Nick chorou por mim! – Ela disse e eu ri. – O que foi?

- Você acha que ele ia chorar por você? Ele chorou porque ele tava bêbado!

- Ai, Adam! Como você é mau! – Coitada, tirei toda a felicidade da garota.

- É só a verdade... – Eu ainda ria. – Você achou mesmo que ele tinha chorado por você?

- Para de rir, seu cretino! Ai, é nessas horas que eu sinto falta da... Quero dizer, de uma amizade feminina... Uma amiga ia xingar ele junto comigo e não ficar rindo que nem uma hiena de mim.

- Não tinha um bicho mais bonitinho pra me comparar, não?

- Ai, Adam! Pára de ser filho da puta! – Agora ela ria também.

- Mas me conta do Mário agora... – Eu não sei por que, mas eu comecei a não gostar desse cara agora. Ele deixou a Lils feliz demais...

- Não.

- Por que não?

- Porque você não merece saber... Vou procurar alguma moradora de rua que queira ouvir as minhas histórias. Você não é uma mulher!

- Oh, nossa! Fico feliz em saber! – Ríamos.

- Adam!

- Mas eu não sou mesmo mulher!

- Ai, eu desisto. Do que você quer falar, seu imbecil?

- Do Mário...

- Que Mário?

- Aquele que eu não quero que te coma atrás do armário... – Ela começou a rir novamente, cuspindo o sorvete. - Eca, com toda essa classe, você conquista até dois Mários!

- Cala a boca e pára de rir de mim!

...

- Fala, Lils!

- Já disse que não!

- Vai, por favor, sou seu melhor amigo ou não sou?

- Chantagem não vale! Mas tudo bem, eu to com vontade de compartilhar isso com alguém. – [entra no facebook, minha filha]

- Go ahead.

- Então, você se lembra de quando a gente veio pra Stanford e eu ainda não namorava o Nick, e eu achava um cara da turma dele muito gato?

 - Lembro, você não parava de falar daquele merda!

- Pois é, ele me chamou pra sair!

- E essa alegria toda é por causa disso?

- Por causa disso?? É o MÁRIO! – Eu fiquei olhando pra ela com uma cara de “E...?” – Ai, que saudade da Emily! – Eu ri – Olha os pecados que você me obriga a dizer!

- Então, como seu amigo eu digo que você não vai sair com o Mário, sinto muito.

- Como meu amigo, você não tem nenhuma moral pra decidir isso, doutor...

- Mas como seu melhor amigo...

- Não, nem assim.

- Mas você ama o viado do Nick!

- Mas a vida continua!

- Como você faz isso, hein?

- Isso o que?

- Isso! Você não se abala com as coisas... Devo admitir que eu queria ser como você!

- Você também é forte, loiro! Sua “machesa” me impressiona!

- “Machesa”? – Eu ria – Como você entrou na faculdade?

- Eu to te elogiando, não reclama não!

- Ta, obrigado, então. – Eu ainda ria. Mas logo fiquei sério. – Mas então, minha vez de contar...

- Abra o seu coração!

- Eu tive uma recaída... – decidi contar pra morena.

- Não entendi...

- No treino.

- Continuo sem entender...

- Puta, que saudade do Nick! Ele pega as coisas bem mais rápido do que você! – Eu ria e ela tacou sorvete em mim. – Ai, isso é gelado!

- Você mereceu! Mas continua, cabeção!

- Eu estava lá, treinando como de costume, só que Emy também estava... – Ela fez um sinal para que eu continuasse. – Não sei se foi por aquele uniforme sexy que as cheerleaders usam, mas... Eu a quis muito! – Lily se calou. – É, eu sei. Eu sou ridículo.

- Não, você não é. Você é fofo, está apaixonado... Emy seria mil vezes mais feliz se estivesse escolhido você. – Ela tentava sorrir. - Qualquer uma seria... – Ela sussurrou.

- O que você quer dizer com isso?...

- Nada... – Ela engoliu seco. – Você não vai chamar a Emy pra sair!

- Não vou mesmo! - Eu ri – Mas por que você disse isso?

- Porque se eu não vou sair com o Mário, você não vai sair com a Emy!

- Ah, claro. Isso é justo! Então vai ouvir o meu conselho?

- Não sei, você precisa ter uma explicação...

- Eu não quero. – Ela riu alto. – O que? – Eu realmente não entendia.

- “Eu não quero”, você acha o que? Que manda em mim, agora?

- Não, mas minha vontade deve ser respeitada!

- Aff, fica quieto! – Ela ainda ria, mas eu não estava brincando!

                 Mas é verdade... Por que eu não queria que ela saísse com o Mário? Talvez seja porque a idéia dela sair, beijar, ou qualquer coisa com aquele cara não fez bem a minha mente. Aquilo realmente me incomodou.

                Eu já perdi a Emy, se a Lily se render a esse Mário aí eu vou perdê-la também! E sabe, eu acho que todo homem precisa de uma amiga mulher, e para mim, era a Lils, minha parceira!

(...)

      Está tudo tão diferente... Eu sinto falta dos velhos tempos e dos velhos amigos.

      Ninguém consegue se igualar ao que éramos. É uma pena muito grande que o nosso elo tenha se quebrado. Sem Emy ou Nick, Lily é a minha fonte de risadas, conselhos e alegrias. Eu a amo cada dia mais. Quando estou com ela, até consigo me esquecer das coisas ruins, mas ainda assim... Maldita foi a hora em que eu me apaixonei pela Emily! Maldita a hora em que ela se apaixonou pelo Nick! Por que tem que ser assim? Coitado do antigo casal real da história, foi destruído por nós. Sim, “nós”. Eu sei que se naquele bendito dia eu tivesse ajudado a minha amiguinha, toda essa revolta não teria acontecido. Mas eu sou ciumento demais pra aturar esse tipo de coisa! E que coisa mais absurda! O namorado da melhor amiga! ... Aff! Olha eu revolts, de novo!

      Saí com os caras do futebol para tentar me distrair, talvez até me animar. Até que isso aconteceu. Era bom conversar com caras de vezes em quando, por mais que eu gostasse de sair com a Lily, eu precisava de algum amigo, senão, eu ia virar uma menininha!

Voltei do barzinho com minha gatona: minha moto, the Love of my life. Eu a adorava porque além de ser uma boa moto e me levar para os lugares que eu quero, ela atrai várias garotas. Quem não resistiria a um gatinho como eu em uma moto como aquela?

Enfim, estava dirigindo quando me deparei com uma cena até que engraçada. Uma Emy parada no acostamento chutando o pneu de um Mustang preto, o carro de Nick. Encostei minha tchutchuca a frente.

- Ah, alguém, graças a Deus! Adam!

- O que aconteceu?

- Não sei! Ele não quer ligar. Me ajuda?

- Esse é o carro do Nicholas?

- Sim, é o carro do NICK.

- Por que você não liga pra ele te ajudar? O carro é dele.

Ela me encarou por um tempo e depois simplesmente pegou o celular.

- Deixa pra lá. Pode ir embora.  – Ela falava duro.

- Tudo bem.

Peguei minha moto e dei partida. Acelerei. Andei uns 200 metros.

- Droga! – virei a moto e voltei. – Como aconteceu isso?

- Aconteceu... De repente... – Ela falava me analisando, com a sobrancelha direita arqueada, sinal de que ela tinha estranhado minha volta.

- O que afinal... – Abri o capô. –... Você ta fazendo com esse carro?

- Eu e o Nick estamos dividindo já que eu e a Lily... Bem, deixei o Willy com ela.

Willy era o carro das duas. Elas compraram um carro juntas no início da faculdade. Era um mini cooper azul. Foi a Emy quem deu o nome de Willy. Por quê? Eu não sei... Mas era legal.

Comecei a examinar o motor. Cara, se aquilo fosse um corpo seria tão fácil, mas todas aquelas peças juntas estavam me confundindo. Fiquei um bom tempo mexendo nele e acabei sujando minhas mãos e minha roupa de graxa. Achei um ferro que eu julguei estar frouxo, e tentei apertar... Só que o bagulho tava duro pra caralho! Tive que tirar a camisa pra não arrebentar a minha mão.

- Você nunca mais vai tentar ser amiga dela?

- É... hmm... Qual foi a pergunta?

- Você tava me secando?

- O que? – só agora tirando os olhos do meu abdômen. – Não! Eu não...

Ela ficou muito vermelha e começou a rir. Ela fazia isso quando estava com vergonha. Eu me divertia com a situação.

- Deixa eu dar uma olhada nesse motor, loiro.

- Agora você é uma expert? –  Ela ficou do meu lado e nós dois olhamos o motor. Ambos sem entender nada.

- Acho que é isso. –  Ela disse e mexeu em alguma coisa que espirrou óleo em mim.

- Hey! Ah, você vai ver.

- Não! – Sujei minha mão com o óleo e limpei no braço dela. Começamos a rir. Quando finalmente paramos ficamos encarando o motor.

- Ah, deixa pra lá Adam. Eu espero o Nick...

Acidentalmente minha mão colocou-se em cima da dela, que estava apoiada no capô do carro.

- Emy, eu... Er... Você... Não acha isso nem um pouco errado?

- Você acha que eu sinto orgulho disso? – Minha mão ainda estava em cima da dela. Nós dois as olhávamos.

- O Nick não é o cara pra você. –  Eu disse. Eu queria gritar que eu gostava dela.

Ela se virou para mim com a sobrancelha arqueada, mas logo a abaixou. Ficamos de frente um pro outro. Estávamos tão perto que se eu não fosse menino direito eu podia pegá-la pela cintura e sabe lá o que fazer depois.

- Eu... –  Acredite se quiser: eu ia falar, mas o celular dela tocou.

- Alô? Oi, Nick. – ela suspirou de alivio. – Então, não me mata. Promete?--Sabe seu carro? Ele não ta funcionando. Acho que eu quebrei...

Ela começou a andar e explicar o que tinha acontecido e onde ela estava. Ela desligou o telefone e voltou.

- Seu namorado ta vindo?

- Vai começar de novo? O Nick e eu não...

- Percebeu que você não para de falar nele?

- Você que fica falando dele!

- Você não para de falar do cara, sua vida ta girando em torno dele, vocês dividem o mesmo carro e você me diz que não tem nada com ele?

- Ele é a única pessoa que eu tenho. Você me abandonou. Você... Você era o meu melhor amigo! E nem tentou me ajudar quando...

- Agora a culpa disso tudo é minha? 

- Qual é o seu problema?!

- Você!

- Então vai embora, Adam. Não to te obrigando a ficar aqui.

Ela virou de costas para mim e ficou olhando a rua vazia. Voltei minha atenção para o motor. Era questão de honra eu fazer aquele carro funcionar! Enquanto eu me matava pra fazer aquele carro andar, Emy se sentou no chão da rua e ficou olhando pro céu.

Não se passaram nem dez minutos e o Nick chegou com aquela brancura de perna usando um shorts de correr. Viado!

- Vim o mais rápido que pude. – ele disse para a Emy que imediatamente tinha se levantado. – Vim correndo.

- Imagino.

- Adam? - Me virei para ele. – O que...?

- Ele tava passando e resolveu parar pra ajudar... – Emy tratou logo de explicar.

- Claro que ajuda tirar a camiseta e se sujar de graxa. – disse Nick cruzando os braços e sorrindo. Tava pegando raiva daquele moleque.

- Você deveria ter vindo voando, né, Super Nicholas, para salvar sua donzela em perigo... Mas veio correndo. Nada heróico da sua parte.

- Tirar a camiseta por acaso é bem heróico, não é? Bom saber.

Já estávamos nos encarando com um passo de distancia um do outro.

- Parem vocês dois. Adam coloca sua blusa, por favor.

- Até agora você não tinha reclamado. – ela revirou os olhos.

- Cala boca, dude. – disse Nick que logo se voltou para Emy. – Entra no carro e tenta dar partida quando eu falar.

Ele foi até  o motor e mexeu em alguma coisa sem ao menos se sujar!

- Vai, loira. – o carro ligou normalmente. Quase me matei. Porra tinha me sujado a toa! É pra acabar!

- Ah, thanks God! – disse Emy e abraçou o cara. Ele me olhou com um olhar vitorioso. Filho de uma égua! - O que era?

- É que você forçou demais a marcha e aí uma peça afrouxou um pouco e o carro não ligava quando engatava a primeira. Igual da primeira vez.

- Ah, eu nunca me acostumo com esse carro manual. Depois de tanto tempo dirigindo o Willy... Nossa, fui muito burra agora!

- Relaxa, é normal. Você só precisa se acostumar mais.

Eu ia colocando minha camiseta.

- Adam, er... Obrigada. –  Ela disse sem olhar em meus olhos.

- É cara, valeu por TENTAR. –  Ah, filho de uma égua é pouco para esse Nick.

Não falei nada. Subi na minha moto e acelerei.


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