A Maldição Do Titã - Brittana escrita por Ju Peixe


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Cap. final. Obrigada por todos que comentaram e acompanharam a história, a próxima sai no máximo semana que vem. Até logo!



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Deitei na grama não mais úmida e me perdi nos meus pensamentos. Ainda não havia decidido se eu iria voltar para casa ou se ficaria no acampamento. O que eu queria mesmo era que Santana fosse comigo, mas acho pouco provável que isso acabasse bem. Quer dizer, eu por mim mesma já chamo atenção de monstros a um raio de 100 km, junto de Santana não teríamos paz.

Senti braços firmes puxando meu corpo para cima. Abri os olhos e sorri para Santana, aconchegando-me em seus braços. Ela definitivamente era mais confortável do que um monte de terra.

- No que estava pensando? – ela me perguntou após alguns segundos.

- Estava cogitando as minhas opções para as “férias”. – respondi fazendo aspas no ar. – Ainda não decidi se fico ou se vou. O que você vai fazer?

- Meu pai me convidou para passar um tempo com ele. Mas não sei ainda, Britt-Britt. – Ela disse enquanto brincava com meus cabelos. – Eu queria ficar mais tempo com você.

- Eu também. – Confessei com um sorriso torto nos lábios. – Eu preciso recuperar o nosso tempo perdido.

Santana não respondeu, apenas sorriu e deitou-se na grama, me puxando para o seu peito.

- San? – Chamei.

- O que foi, B? – Ela respondeu com os olhos fechados.

- Eu não entendi uma coisa. Foi algo que Sebastian disse, algo sobre quatro de vocês terem fugido juntos. Eu achei que o Sam tinha ficado no acampamento naquele meio tempo. – Falei.

Santana não respondeu de imediato. Ela apenas apertou os olhos e os lábios, formando uma linha fina. Sua testa franziu-se e eu sentei-me sobre ela.

- Tudo bem? – Perguntei.

- O quê? – Ela retrucou. – Ah, sim. Tudo ótimo. E o Sam estava no acampamento, Britt-Britt.

- Então quer dizer que o gêmeo psicopata não sabe contar? – Perguntei.

- Não. – Ela disse em meio a um sorriso. – Na verdade, nós éramos quatro. Mas ele... Ele odeia falar sobre isso.

- Quem? – Falei enquanto ela sentava.

- Kurt. Nós quatro ficamos um bom tempo juntos, B. Eu, Quinn, Sebastian e Kurt. Aparentemente, Sebastian e Lady Hummel desenvolveram algum tipo de relacionamento, por isso nunca tocamos no assunto. Dizem que Sebastian ainda é apaixonado por ele, e talvez isso possa ser útil.

Meu cérebro dera um nó. Uau. Informação de mais para a minha cabeça. Então Kurt e Sebastian... Ugh. Não quero nem imaginar.

- Podemos falar de outra coisa? – Perguntei massageando as têmporas. – Acho que já ouvi o suficiente por um bom tempo.

- Claro. – Santana respondeu levantando e estendendo a mão para mim. – Venha, vamos entrar. Daqui a pouco vai escurecer e temos que jantar, B.

Assenti e aceitei a mão, seguindo-a para o meu dormitório. Ela entrelaçou a mão na minha e caminhamos juntas no mais profundo silêncio.

Assim que chegamos, atirei-me na cama e Santana sentou-se por cima de mim. Senti algumas sensações estranhas percorrendo o meu corpo ao sentir a pele nua de suas coxas tocando na minha. De repente, os shorts curtos habituais de Santana pareceram provocantes para mim. Até a camiseta laranja indiscreta do acampamento parecia mais sexy do que o normal em seu corpo. Sem pensar muito, comecei a tocar suas coxas, percorrendo-as com a ponta dos meus dedos. Inclinei-me em direção aos seus lábios e deixei que estes se chocassem de encontro aos meus. Foi um beijo diferente de todos os que nós já havíamos dado. Era... Quente.

Santana abraçou-se em minha cintura e beijou-me com mais urgência, derrubando-me na cama. Coloquei minhas mãos por baixo de sua blusa, mas não sei bem ao certo o porquê. Só fiz o que meu corpo mandava que eu fizesse, exatamente como em um campo de batalha. Bem, quase exatamente.

Nossas línguas batalhavam incansavelmente enquanto minhas mãos vagavam por sua barriga definida. Subi um pouco mais e encontrei com seus seios volumosos, soltando um gemido. Ok, isso foi estranho. Mas conforme eu massageava os montes, senti uma sensação pulsante no meio das minhas pernas. Eu não sabia ao certo por que, mas precisava de mais contado. Pressionei meu quadril contra a coxa de Santana, que pareceu entender o que eu precisava e começou a pressionar no meio das minhas pernas. Gemi em sua boca mais uma vez e senti uma vontade enorme de aprofundar meus toques. Com um simples movimento, removi o sutiã de Santana por baixo da camiseta, dando as minhas mãos maior facilidade de acesso. Voltei a massageá-los, dessa vez com mais intensidade. Logo Santana gemeu alto e também começou a pressionar o quadril contra minha coxa.

Comecei a remover sua camiseta cuidadosamente, deixando seus seios à vista. Fiquei paralisada por alguns segundos com a visão, só voltando a me movimentar quando ela tocou meu rosto com a ponta do polegar. Voltei meus olhos para os seus e sorri.

- Você é tão linda, San. – murmurei, enquanto descia minha boca para o seu pescoço. – Tão linda.

Ela gemeu e enterrou as unhas nas minhas costas. Naquele momento, dei graças aos deuses por ela mantê-las curtas. Sério, com a força que ela apertava eu ia ficar com furos nas costas.

Beijei seu pescoço e comecei a suga-lo. Algo me deixou com vontade de marca-la ali. Não sei, talvez para que todos soubessem que ela já me pertencia.

- Ah. Meus. Deuses.

Ooops. Aquela voz não era minha, muito menos de Santana. deixei seu pescoço um momento para encarar uma Quinn Fabray com os olhos verdes arregalados na porta do quarto.

Por um instante, minha reação foi apenas encará-la. Segundo depois, enterrei meu rosto vermelho no pescoço de Santana, aproveitando para cobrir seu corpo com o meu.

- Vocês enlouqueceram? – Quinn sibilou – E se não fosse eu? Will mataria vocês! E o meu querido irmãozinho... Bem, vocês já sabem. Vistam-se e me encontrem aqui. E façam isto agora.

Eu e Santana esperamos Quinn sair da porta para começarmos a nos arrumar. Ela tinha uma aparência envergonhada assim como a minha, mas devido à pele escura, não era tão óbvio quanto eu. Merda.

Saímos de mãos dadas e encontramos com Quinn na porta do chalé. Ela tinha uma expressão mais suave e logo um sorriso tomara conta de seu rosto.

- Eu sei que eu dei alguns empurrões em vocês, mas sério? Precisava ser agora? – Ela perguntou, deixando o meu rosto ainda mais vermelho.

- É bom que isso seja importante, Fabray. – Santana rosnou, abraçando minha cintura.

- E é. Estamos com problemas. – Ela disse, sua expressão ficando séria repentinamente.

Caminhamos até a casa grande e encontramos com Will, Kurt e Rachel. Os dois campistas pareciam extremamente abalados com alguma coisa, mas não pude dizer ao certo o que era.

- Blaine fugiu. – Quinn disse, cortando o silêncio. – Ele irritou-se com alguma coisa que uma voz disse a ele, abriu uma cratera no chão e atacou Puckerman com os esqueletos-fantasmas que aparentemente ele consegue tirar do chão. E depois disso, sumiu.

- Então nós temos um problema. – Murmurei.

- E-e-ele é só uma criança! – Rachel choramingou, sendo aparatada por Quinn. A loira a envolveu em seus braços e ficou murmurando alguma coisa em seu ouvido, o que pareceu acalmá-la.

- Certo. E o que nós vamos fazer? – Perguntei olhando para Will.

- Por enquanto, nada. Não podemos nos aproximar nem nada do tipo por agora. Mas peço para que fiquem atentos caso descubram alguma coisa. – O treinador respondeu.

Apenas assentimos e fomos dispensados. Não pude deixar de sorrir ao ver Quinn tocando os lábios de Rachel suavemente.

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Aconcheguei-me nos braços de Santana e abracei sua cintura. Havíamos jantado em um clima não tão amistoso, mas havíamos jantado. Eu ainda queria arrancar o pescoço de Quinn, mas pelo menos fora ela quem nos viu assim. Neste ponto ela estava certa, poderia ter sido pior.

- San... – Chamei baixinho.

- O que foi, B? – ela perguntou, virando o rosto para mim.

- Você quer conversar sobre... Hoje mais cedo? – Perguntei tensa.

Desencostei-me de seu peito para que ela pudesse virar para mim. Mesmo no escuro, eu podia enxergar seus olhos brilhando. Ela não podia dormir comigo, tecnicamente falando. Mas nós quebrávamos esta regra desde que começamos a namorar, então eu não dava muita importância.

- Eu não acho que devemos... Por agora. – Falei mesmo contra a minha vontade. – Eu não sei você, mas isso ainda é novo para mim. Eu quero... Eu quero entender um pouco mais, San. Eu não entendi metade das coisas que aconteceram comigo hoje.

Esperei que ela discordasse de mim, mas ela não o fez. Pelo contrário, apenas assentiu e voltou a acariciar meus cabelos.

- Eu concordo, Britt. – Ela murmurou. – E eu prometi que seria perfeito, então ainda estamos fazendo do seu jeito.

Sorri e deitei minha cabeça contra o seu pescoço, adormecendo assim mesmo.

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O sol brilhava forte no acampamento. Meus cabelos brilhavam mais do que o normal quando eu estava sobre a luz solar e meus olhos ficavam mais azuis. Eu achava isto engraçado, porque eu ficava irritantemente parecida com Quinn. Olhos, cabelos... Acho que a luz tinha algum efeito sobre nós.

Santana segurou minha cintura e me puxou para um último beijo. Ela havia decidido aceitar o convite do pai e eu voltaria para a minha casa.

- Sabe que pode me visitar quando quiser, certo? – Perguntei arrancando um sorriso de seus lábios.

- Sei, Britt-Britt. E o mesmo vale para você. – ela respondeu tirando uma mecha dos meus olhos.

O carro de minha mãe estacionou na frente do acampamento. Ela acenou para Santana que sorriu para ela.

- Eu vou sentir sua falta. – Murmurei beijando-a.

- Eu também, Britt. Mas você precisa ir. Não quero que a minha sogra pense que eu estou sequestrando você.

Sorri e beijei-a. Soltei-me de seus braços e caminhei em direção ao carro, parando na metade do caminho.

- San? – Chamei, tomando sua atenção. – Eu amo você.

Um brilho único tomou conta de seu rosto, fazendo-me sorrir. Entrei no carro e acenei enquanto assistia o acampamento sumir de minha visão.


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Notas finais do capítulo

Não me matem, hahahah. No próximo livro, quem sabe não tem alguma coisa a mais... Beijos!



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