A Maldição Do Titã - Brittana escrita por Ju Peixe


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oi! Muitíssimo obrigada a todos que comentaram e favoritaram a história!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/348125/chapter/2

Entrei em uma sala com contracorrente em mãos e me deparei com os irmãos me encarando apavorados. Abaixei a espada e me aproximei de vagar.

– Oi. Meu nome é Brittany – falei – Eu vim ajudar vocês.

Os irmãos não se mexiam. Tinham os olhos arregalados e pareciam querer me mostrar alguma coisa. Dei-me conta tarde demais do que poderia ser e me virei a tempo de sentir meu corpo ser lançado ao chão. Mas eu não havia sido atingida pelo monstro. Santana estava caída ao meu lado com algo parecido com um espinho atravessando seu ombro. Corri até a latina e a abracei com força.

– Latina besta! Podia ter te matado! – falei deitando seu rosto no meu peito.

– Britt... Tem veneno. – ela murmurou e percebi que estava perdendo a cor.

Quinn golpeava o monstro com seu escudo e sua espada. Finn tocava uma melodia rápida em sua flauta que fazia as plantas do lugar se agarrar no corpo de Streppe. Peguei Santana no colo e corri para tirá-la dali, fazendo sinal para os irmãos me seguirem.

– Britt... A Quinn. – Santana protestou.

– Eles dão conta. – respondi – além do mais, não é com ela que tem que se preocupar. Q não tem nenhum espinho venenoso cravado no ombro. Onde você estava com a cabeça, Lopez? Nunca mais faça isso.

– Faria e provavelmente farei de novo. – ela retrucou – Você não consegue ficar longe de confusões, Britt-Britt. Só queria saber que monstro era aquele.

– É uma mantícora. – Blaine falou baixinho e eu me virei para fita-lo. – Ele tem três mil pontos de ataque e mais cinco de lançamentos.

Não entendi o que ele falou, mas assenti de leve. Pedi que eles me levassem para o banheiro mais próximo, e assim que chegamos tranquei a porta. Abri a torneira e deixei a água escorrer.

– Eu vou ter que puxar, Santana. – murmurei.

– Faça. – ela disse cerrando os olhos.

Reuni toda a minha coragem possível para segurar o espinho. Assim que juntei forças, puxei-o de seu ombro. A latina soltou um gemido de dor e deixou algumas lágrimas escaparem. Apertei sua mão com firmeza e levei a outra até a torneira.

Assim que entrei em contato com a água, o ombro de Santana começou a cicatrizar. Assim que não senti mais nada errado com ela, desliguei a torneira e ajoelhei-me para abraça-la.

– Tem que parar de me salvar o tempo todo, Santana. – murmurei.

– Não. Eu vou cuidar de você, queira ou não. Eu te amo. – ela respondeu no mesmo tom.

– Ainda estou braba com você. Não vai desfazer isso tão fácil.

– Eu sei. Acampamento. Eu espero.

Soltei-a e me afastei de seu corpo e fui em direção aos irmãos.

– O que está acontecendo? – Rachel perguntou abraçando o irmão.

– Eu... Não é uma boa eu explicar agora. Mas nós precisamos tirar vocês daqui. Podem confiar em mim, eu só quero ajudar.

– Mas... Nós nem sabemos quem são vocês.

– Sabem. Eu sou Brittany Pierce, e aquela é Santana Lopez. Recebemos um chamado de Finn Hudson para vir salvar vocês. E a menina que veio conosco é Quinn Fabray.

Assim que terminei de falar, Quinn entrou correndo no banheiro. Mas não estava sozinha. Com eles, cerca de uma dúzia de garotas, a mais nova com cerca de dez anos. Carregavam arcos nas costas e pareciam ter nojo de Finn.

Uma das garotas parecia ter certo repúdio sobre Quinn. Era alta, morena de olhos escuros. Não a reconheci como alguém do acampamento, então desviei meu olhar para uma garota ruiva que tinha um ar poderoso.

– Britt, San – Quinn chamou – essas são as caçadoras.

– Sou Artémis, a deusa da caça. – a ruiva se apresentou.

xxxxxxxxxxxxx

Assim que saímos da escola, os irmãos Berry pareceram relaxar completamente. Mas eu sentia falta de Finn, então virei-me para a loira ao meu lado.

– Onde está Finn? – perguntei.

– Britt... O Streppe trabalhava para Sebastian. Eles... Eles levaram o Finn. Desculpe, não pudemos fazer nada. – Quinn disse baixinho.

Senti minhas pernas bambearem e fiquei tonta. Santana empurrou Quinn delicadamente do meu lado e passou o braço ao redor de minha cintura. Ela me puxou para o banco do carro e me sentou na janela. A latina tentou me abraçar, mas afastei seus braços. Não queria ninguém no momento, só queria ficar um pouco sozinha.

Rachel sentou com o irmão ao meu lado. Como estávamos em cinco e só tinha mais quatro lugares no carro, sentamos Blaine no colo de Rachel, pois ele era menor. Passei o resto da viajem calada, apenas olhando pela janela.

Finn estava em apuros mais uma vez. Eu estava possessa com a minha ex-namorada. A minha melhor amiga era uma árvore. O meu irmão foi embora para trabalhar com meu pai no fundo do mar. Minha vida não podia estar pior.

Quando chegamos ao acampamento, Quinn se encarregou de explicar tudo para os irmãos e me mandou de volta para o meu chalé. Santana me seguiu timidamente e ficou parada na porta, me observando com os olhos castanhos. Sentei na minha cama e abracei meu ursinho, escondendo a cabeça no brinquedo.

– Vai ficar muito tempo me olhando? – perguntei friamente.

Santana estremeceu e balançou a cabeça, virando as costas para sair do chalé.

– Santana, vem aqui.

A latina parou e virou-se para mim, como se quisesse saber o que eu estava pensando. Então relaxou os ombros e entrou no chalé, sentando na ponta da minha cama. Ela abriu um sorriso pequeno ao ver o ursinho e eu senti minhas bochechas queimarem.

– Não acredito que ainda tem ele... – ela murmurou.

– Por que não teria? – retruquei.

– Faz tempo... – ela respondeu – Uns dois anos. Achei que não teria mais. Só isso.

Abracei o brinquedo com mais força. Santana delicadamente passou um braço ao redor do meu ombro. Minha pele queimou ao sentir o contato, mas rendi-me a ela e deixei que me abraçasse.

– Eu sinto muito, Britt.

– Não é sua culpa. – respondi me afastando. – eu disse que ia te ouvir. Bem, estou ouvindo.

Ela arregalou os olhos castanhos e abriu a boca, mas não saiu nenhum som. Suspirei pesadamente e abracei meus joelhos.

– Não precisa fazer isso agora, eu entendo se...

– Não, Santana. Vamos conversar agora. – respondi séria – eu quero acabar logo com isso. Fale o que quer falar.

A latina suspirou e assentiu.

– Eu errei.

– Bom começo.

– Eu me arrependo amargamente disso Brittany. Eu menti pra você, eu fui estúpida. Eu sei que eu não devia ter feito aquilo, mas eu achei... Eu achei que você fosse ficar magoada comigo. Irritada, chateada... E-eu não consegui lidar com a ideia de te ver assim, Britt-Britt. Me perdoa, por favor... Eu não fiz por mal, eu só não queria te ver machucada. Por favor, diz alguma coisa!

Baixei os olhos e fiquei fitando o nada. Ela começou a chorar baixinho, escondendo o rosto nas mãos.

– Por favor...

– Eu não sei o que dizer. Não achou que eu fosse descobrir alguma hora? Sei lá, vendo uma foto, qualquer coisa? – perguntei magoada – Já pensou como eu me senti quando ela me disse seu nome? Eu me senti traída, Santana. Senti-me impotente, incapaz de te dar o que você merecia. Eu me senti no meio de uma mentira!

– Não foi uma mentira pra mim, Britt. Eu te amo, eu... Eu só achei que era o melhor para não te machucar. Eu sei que eu errei, e eu errei feio. Grite comigo, me bata, me xingue das piores coisas que puder imaginar, mas por favor não vai embora. Eu não estou te pedindo para voltar comigo agora, eu só estou pedindo uma chance para fazer isso do jeito certo. Eu quero recuperar a sua confiança, o seu amor, você. Eu quero te ter de volta, mas eu vou fazer direito dessa vez. Britt, me dá uma chance para fazer isso funcionar, por favor. Eu sei que a gente consegue. – ela pediu segurando minhas mãos.

– Eu te amo. – sussurrei – não precisa recuperar o meu amor. Só faça por merecer.

Seus olhos brilharam e ela levantou a cabeça.

– Isso é um sim? – ela perguntou.

– Sim.

Ela abriu um sorriso largo nos lábios carnudos e me abraçou. Passei meus braços ao redor do seu pescoço e fiquei abraçada na latina por alguns minutos.

– Eu também te amo – ela sussurrou no meu ouvido.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Maldição Do Titã - Brittana" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.