A Maldição Do Titã - Brittana escrita por Ju Peixe


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Oi! Eu ia postar mais cedo, mas eu tinha voluntariado e não deu. Mas ai está, um dos últimos do livro 3



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Quinn avançou sem pensar duas vezes em Sebastian. Santana desferia golpes sem piedade em Sam enquanto eu vaporizava alguns monstros. Foi então que Rachel, coberta por Harmony, fez uma coisa muito estúpida, provavelmente a coisa mais estúpida que ela já fez e fará em sua vida. Ela atacou Atlas.

Segundo as leis, um imortal não pode atacar diretamente um mortal, como eu. Mas um semideus pode dirigir seu ataque a qualquer um, qualquer hora. Exatamente o que nós nunca fazemos. Ou ao menos não deveríamos.

A roupa de Atlas derreteu-se e transformou-se em um escudo de bronze reluzente. Um dardo surgiu em suas mãos, e um sorriso perverso tomou conta de seu rosto. Cara, ele era maligno.

No instante em que ele mirou o dardo em Rachel, eu me atirei em sua frente e desviei-o com a minha espada. Lado bom, ainda estávamos vivas. O pequeno problema, é que contracorrente foi atirada penhasco a baixo. Merda.

Tentei desviar do golpe de Atlas, mas seu dardo acertou meu peito em cheio, deixando-me atordoada. Senti minha cabeça girando, e percebi que havia caído aos pés de Artémis.

- Fuja criança! – Ela gritou. – Vá enquanto há tempo.

Mas era tarde. Atlas aproximava-se de mim com facilidade, mirando o dardo em meu corpo. Eu não tinha como me defender, então apenas fechei os olhos com força e esperei pelo impacto. Mas ele não veio.

- NÃO! – Ouvi Santana gritar antes de atirar sua faca de bronze em cheio no pescoço do Titã. Ele rosnou e voltou sua atenção para Santana. Naquele momento, desejei mais do que qualquer coisa ter Contracorrente em meu bolso.

Não havia o menor jeito de eu ajudar Santana. Com uma espada, já era loucura. Sem uma espada, bem... Não havia nenhuma possibilidade. Mas ainda havia um jeito. A maldição do titã um suportará.

- Dê-me o céu. – Falei – Rápido.

- O quê? – Artémis respondeu – Sem chance. Você morreria, garota. Dê um jeito de ajudar sua... Namorada?

- Eu estou dando um jeito. – Retruquei – Você é o meu jeito. Me entregue o céu.

Não esperei sua resposta. Com contracorrente de volta em meu bolso, golpeei as correntes e, por um momento, suportamos o peso do céu juntos. Era a coisa mais pesada que eu já havia segurado.

Imagine mil elefantes amontoados com roupas de aço. Então, não era nem um terço do que eu estava segurando. Mas eu precisava fazer aquilo. Se não por mim, por Santana.

Meus músculos queimavam, e meus ossos pareciam prestes a derreter. Eu desejei com todas as minhas forças a morte. Mas não podia. Forcei meu corpo a continuar firme, se Finn conseguiu, eu também conseguiria.

Minha visão ficou borrada. Tudo estava tingido de vermelho. Eu capturava lampejos da batalha, mas não tinha certeza se estava vendo claramente. Havia Atlas numa armadura de batalha completa, golpeando com seu dardo, gargalhando insanamente enquanto lutava. E Ártemis, um borrão de prata. Ela tinha duas cruéis facas de caça, cada uma tão longa quanto seu braço, e ela golpeava o Titã com selvageria, esquivando e saltando com uma graça inacreditável. Ela parecia mudar de forma enquanto manobrava. Era um tigre, uma gazela, um urso, um falcão. Ou talvez fosse apenas meu cérebro febril. Harmony disparava flechas em seu pai, mirando nas fendas de sua armadura. Ele rugia de dor cada vez que uma achava seu lugar, mas elas o afetavam como picadas de abelha. Ele apenas ficava mais irado e continuava lutando.

Q e Sebastian continuavam lança contra espada, relâmpagos lampejando em volta deles. Quinn pressionou Sebastian para trás com a aura de seu escudo. Mesmo ele não era imune a isso. Ele recuou, estremecendo e rosnando de frustração.

- Renda-se! - Quinn gritou. - Você nunca conseguiu me derrotar, Sebastian.

Ele mostrou os dentes.

- Veremos, minha velha amiga.

Suor escorria pelo meu rosto. Minhas mãos estavam escorregadias. Meus ombros teriam gritado de agonia se pudessem. Senti como se as vértebras da minha coluna estivessem sendo soldadas por um maçarico. Procurei Santana com os olhos, mas não a encontrei. Apenas quando senti o peso dos céus ficar um pouco menos insuportável consegui vê-la.

- O que está fazendo? – Perguntei, reunindo minhas forças.

- Ajudando você. – Ela respondeu com certo esforço. – Não tem a menor possibilidade de eu deixar você carregando isso sozinha. Se tem que fazer isso, faremos juntas.

Dito isso, ela se calou. Senti que ela estava tentando poupar energia, não tínhamos a menor ideia de quanto tempo ficaríamos ali.

Atlas avançou, pressionando Ártemis. Ela era rápida, mas a força dele era impossível de ser parada. Seu dardo atingiu o lugar onde Ártemis estivera uma fração de segundo antes, e uma rachadura se abriu nas rochas. Ele pulou a fissura e continuou a persegui-la.

Ela o estava guiando de volta em nossa direção.

Preparem-se, ela disse na minha mente.

- San. – Murmurei sem forças.

- Eu sei, Britt. – Ela respondeu.

- Você luta bem para uma garota, - Atlas riu. - Mas você não é páreo para mim.

Ele simulou com a ponta do seu dardo e Ártemis se esquivou. Eu vi o truque chegando.

O dardo de Atlas varreu em volta e arrancou as pernas de Ártemis do chão. Ela caiu, e Atlas trouxe a ponta de seu dardo para matar.

- Não! - Harmony gritou. Ela saltou entre seu pai e Ártemis e atirou uma flecha diretamente na testa do Titã, onde se fixou como um chifre de unicórnio. Atlas bradou de raiva. Ele varreu sua filha para o lado com as costas de sua mão, mandando-a voando para dentro das rochas negras.

Eu quis gritar o nome dela, correr em seu auxílio, mas não conseguia falar ou me mexer. Nem ao menos conseguia ver onde Zoe tinha aterrissado. Então Atlas se virou para Ártemis com um olhar de triunfo em seu rosto. Ártemis parecia estar ferida. Ela não se levantou.

- O primeiro sangue em uma nova guerra. - Atlas se vangloriou. E ele apunhalou para baixo.

Rápida como o pensamento, Ártemis agarrou a haste de seu dardo. O objeto atingiu o chão bem ao lado dela e ela o puxou para trás, usando o dardo como uma alavanca, chutando o Lorde Titã e mandando-o voando sobre ela, eu o vi caindo em cima de mim e percebi o que aconteceria. Afrouxei minha pegada no céu, e enquanto Atlas me atingia eu não tentei segurar. Eu me agarrei à cintura de Santana e nos deixei ser empurradas para fora do caminho e rolamos com tudo.

O peso do céu recaiu sobre as costas de Atlas, quase achatando-o até que ele conseguiu se ajoelhar, debatendo-se para sair debaixo do peso esmagador do céu. Mas era tarde demais.

- Nãããooo! - ele berrou tão forte que sacudiu a montanha. - De novo não!

Tentei levantar-me, mas não consegui. Meu corpo inteiro doía, meus músculos pareciam mais gelatina e eu tinha certeza de que pelo menos alguns dos meus ossos haviam virado pó. Minha cabeça jazia no estômago de Santana, e eu pude sentir sua respiração falhando. Atirei o braço ao redor de sua cintura e rastejei até seu rosto. Seus olhos escuros estavam fechados com força, e seus lábios apertados. Rocei o nariz na sua bochecha e deixei meu corpo cair ao lado do dela.

- Brittany. – Ouvi uma voz distante – Britt, acabou. Está tudo acabado.

Reconheci Quinn, mas não encontrei forças para responder. Alguém derramou um pouco de néctar em minha boca e eu mastiguei alguns pedaços de ambrosia. Meu corpo aos poucos começara a voltar ao normal, assim como Santana. Ela sentou-se e abraçou meu corpo com força, deitando a cabeça em meu ombro. Finn sorria para mim, com seus pequenos chifres já reluzentes. Estávamos bem.

- Onde está Sebastian e Sam? – Santana perguntou.

- Fugiram. Tentei segurá-los, mas foi quase impossível. Eles escaparam junto dos outros – Quinn respondeu.

Assenti e olhei ao redor. Artémis tinha uma expressão triste no rosto, assim como Rachel e inclusive Quinn.

- Onde está Harmony? – perguntei.

Elas se entreolharam, sem dizer uma palavra. Artémis tomou ar antes de se pronunciar.

- Está morta. – disse. – O veneno de Ladon a matou. Nós a perdemos.


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Notas finais do capítulo

Aprovado? Alguém querendo me matar pela demora?



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